História Sentimentos são confusos - Ele é igual a mim (parte 1)

Fome foi a primeira coisa que Goku sentiu quando acordou (na verdade, foi isso que o acordou). Sua visão ficou turva por alguns segundos ao abrir os olhos, mas assim que ele se levantou ficou nítida novamente.

Ele não se lembrava de como chegara nesse quarto. Tentou lembrar, mas a última lembrança que veio em sua mente era de estar na nuvem voadora, e então ele havia acordado nesse lugar.

“Olá? ” Falou, olhando ao redor. Sua única resposta foi o silencio do quarto, e depois o som de sua barriga roncando.

O quarto, no ponto de vista de Goku, era enorme, paredes escuras, uma janela enorme sem vidro, e também, ele percebeu, tinha mais de uma cama, que estava vazia, com os lençóis desarrumados.

Foi até a janela. Muito alta. Não tinha como ele olhar nada dali, automaticamente levou o braço até as costas, para pegar o bastão mágico, mas a única coisa que agarrou foi o tecido de sua roupa. Tentou procurar mais uma vez. Nada. Olhou ao redor do quarto mais uma vez. E também não achou seu bastão. Procurou pelo radar do dragão. Também não encontrou. Foi até a porta.

Assim que viu que a porta estava destrancada, saiu do quarto e foi procurar por suas coisas.

Esse lugar, onde quer que fosse, era diferente de qualquer planeta visto por Vegeta, tudo era estranho, e por mais que ele explorasse não havia encontrado ninguém além daquele outro na cama, saiu do quarto sem sequer se dar o trabalho de olhar para lá.

Pareceram horas, embora na realidade foram apenas minutos, percorrendo aquele labirinto de corredores até conseguir sair e se deparar com o exterior exótico.

“Nappa, Raditz, apareçam logo, idiotas” Pensou o príncipe enquanto avaliava os arredores. Estava calmo. Calmo demais. Silencioso demais. Suspeito demais.

Ele estava sem o medidor de energia, então não poderia saber onde estavam os outros dois, ou se tinha algum inimigo a espreita, apenas esperando ele baixar a guarda para atacar.

Depois de procurar – sem êxito – por suas coisas, Goku encontrou a saída daquele lugar, indo parar em um lugar quase tão estranho quanto la dentro.

a cor do céu estava errada, e também havia muitas coisas ao seu redor que ele não sabia o que eram, ou que estavam altas demais para alcançar.

“Nuvem voadora! ” Ele esperou pelo som familiar que a nuvem fazia quando se aproximava. Não ouviu nada. Tentou mais uma vez, mas novamente nada aconteceu. Porque a nuvem não tinha vindo? Será que ele não tinha chamado alto o suficiente? Chamou de novo. E nada aconteceu.

“O que você está fazendo? ” A voz desconhecida por trás o surpreendeu, virou-se rapidamente, e então ele se deparou com um garoto – os rostos separados por alguns centímetros – que era levemente mais alto, e tinha um cabelo estranho que parecia desafiar a gravidade. E ele tinha uma cauda. (Estou em dúvida é cauda ou rabo que se fala? :P)

“Está me ouvindo? Eu perguntei o que você está fazendo gritando daquele jeito? “ Ele se irritou a não receber resposta “ME RESPONDA! ” O grito pareceu tirar o outro garoto do transe, ele piscou uma, duas vezes, e então deu o maior sorriso que Vegeta já havia visto em toda sua vida. Ele sentiu um calor estranho no peito, mas logo se irritou, o que diabos- Aquele idiota deu um chute entre suas pernas. Ele, o príncipe dos saiyajins recebeu a droga de um chute nas –

“Ahh, você é menino certo? ” Disse ele, com as mãos atrás da cabeça. E aquele sorriso irritante, caramba, ele nunca para de sorrir?

“Mas é claro que eu sou...! EI! Para de mexer no meu rabo!”