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História Señorita - I luv you when you call me like that


Escrita por: stoleheart

Notas do Autor


sem ft pra colocar na cover image


obrigada por tirar um pouco do seu tempo e ler <3

Capítulo 1 - I luv you when you call me like that


Fanfic / Fanfiction Señorita - I luv you when you call me like that

“Eu amo quando você me chama de senhorita, queria poder fingir que não preciso de você”.

“Annyeong AMY!! Aqui é Jung Hoseok com informações inéditas! Nosso próximo ‘Bon Voyage’ terá um destino bem diferente dos anteriores... será na América!! Prontos para mais informações? Não percam nossa próxima temporada no V LIVE

Sarangheyo <3”.

Depois de compartilhar no WeVerse, Twitter e Fan Cafe sobre nossas novas aventuras em grupo, decidi pesquisar mais a fundo o novo destino que nos foi divulgado na gravação do primeiro episódio do Bon Voyage: Cuba, o que não deixa de ser curioso ao meu ver.

Afinal é bem diferente de todos que já visitamos. Sempre está na mídia, sobreviveu a guerras e principalmente é um país comunista, um regime a qual não vejo chances de dar certo. Porém não tira a imensa beleza do lugar depois de tantos pontos turísticos que pesquisei, é simplesmente lindo!

— Hyung? Está aí há quase uma hora! Cheguei a achar que estivesse com princípio de catatonia – Jimin havia acabado de entrar em nosso quarto, se jogando na cama enquanto lia um mangá recém comprado.

— Ai garoto, que tipo de ideia é essa? – fiz um gesto esperando que ele viesse para mais perto do laptop. Não poderia ser mais explícita sua cara de espanto.

— Hoseok-ah, não podemos pesquisar sobre o destino! São regras dos staffs – Jimin tentava desesperadamente olhar para mim, mas percebia em seus olhos felinos o quanto ele estava achando interessante.

— Não quer ler um pouco?

— Quero, mas se me perguntarem irei desmentir e sabe que eu minto bem melhor que você – Arqueou as sobrancelhas bem feitas enquanto puxava a cadeira para ver melhor as imagens – o que são?

— Casas noturnas, tocam salsa (?), resolvi não pesquisar sobre isso para me surpreender, parecem bem divertidas.

— É da América que estamos falando! Seria um crime dizer que não é um continente animado.

— Com certeza. Você vai comigo Jiminie?

— Ah hyung, a última vez que o vi fazendo essa cara pedinte nós ficamos encrencados – relembrou nossa última aventura, a primeira a qual fomos pegos.

Digamos que estávamos realmente brincando com fogo, todos fomos beber em uma sexta-feira, porém apenas os outros cinco que voltaram para casa.

Jimin e eu bebemos tanto que fomos achados em um black room de uma boate muito visitada em Gangnam e elogiada na crítica. Mas não poderia dizer o mesmo de dois idols tão famosos praticamente desfalecidos em locais as quais tem notícias de possíveis produtos ilícitos e orgias.

Felizmente essa vergonha não foi parar na mídia, não diminuindo a tamanha bronca que levamos. Afinal, ainda fazemos conteúdos para crianças e pré-adolescentes. Eu os amo, são extremamente adoráveis... mas não posso deixá-los ditarem a minha vida. Tenho 25 anos, por favor!

— Por favor Jiminie, vamos ser discretos, além disso são casas discretas e desconhecidas, não tem com o que se preocupar – aumentei meu biquinho.

— Por que não pergunta aos outros? Talvez Taehyung queira, não?

— Taehyung provavelmente vai querer conhecer os bairros históricos, é arte aberta.

— Namjoonie?

— Bibliotecas e a museus de Havana.

— Yoongi-ssi? Seokjin hyung?

— O que acha? Ficarei surpreso se conseguirem achar o caminho de volta depois de tantas doses de destilado.

— Jungkook? – disse já bufando, farto desse assunto.

— Hm... talvez ele vá, mas ele é tímido. Não sei se saberia flertar e as cubanas são bem provocantes.

— Hoseok... me chamou para conhecer garotas?

— Há quanto tempo você não sai com uma garota?

— Mais de um mês... mas nunca durante a porra do Bon Voyage caralho!

— É perigoso, mas por favor – ajoelhei-me em sua frente, minhas mãos cruzadas perto do meu nariz – por favor, por favor, por favor...

— Yah! Que inferno, tudo bem!

— Isso! – levantei da cadeira e corri para a cama, pulando animado – Vamos conhecer salsa!

[...]

Havíamos acabado de pousar no Aeroporto Internacional José Martí, que era o mais perto do centro. Perigoso? Talvez, mas pelo local não ter sido divulgado não fomos abordados por nenhum tablóide ou fãs um tanto desrespeitosos.

Namjoon estava com um dicionário de espanhol abaixo do braço enquanto lia um livro sobre o turismo em Havana, como sempre bem preparado.

— Já sabe onde vai primeiro? – coloquei minha cabeça na frente para ler melhor sobre.

— Além de seguir o roteiro de viagem? – soquei seu braço, indicando o óbvio de minha pergunta – não sei, acho que vou acabar seguindo o guru da arte – apontou com a cabeça para Taehyung em suas roupas excêntricas que estranhamente eram perfeitas para ele – ele trouxe três câmeras! Deve ser o mais animado entre nós.

— Mais que Jungkook que trouxe todo o material de filmagem? Eu duvido muito.

— Pessoal! As câmeras do Bon Voyage serão ligadas, lembrem-se que nada de palavrões, gestos obscenos ou informações sobre o local. Queremos que o público tenha mais notícias apenas depois do terceiro episódio – concordei com a cabeça enquanto via a luz vermelha das câmeras ser acesa e os polegares levantados pelos câmeras-man.

— Bom dia pessoal, aqui é seu anfitrião mais lindo do BTS Jin-inmida! Acabamos de pousar em nosso destino e estamos extremamente animados para o que nos espera.

— Estão preparados? Provavelmente será o melhor Bon Voyage de nossas vidas, AMY!

Com certeza, Yoongi hyung.

[...]

(8:00 PM.)

“¿Te gustaría entrar y tomar una taza de café?”

— Taza de café...

— Tae, acha mesmo que vendo episódios de... – peguei o DVD me arriscando a pronunciar – ‘Chavo del Ocho’ você irá absorver algo produtivo? É um seriado antigo, assista noticiários!

— Precisamos aprender algumas coisas para amanhã hyung! Os noticiários daqui só passam tragédias – seu biquinho foi tão espontâneo que me permiti rir. Quando tirou totalmente sua atenção do programa, me encarou de forma analítica – para onde vai?

— Algum clube de dança – ajeitei o relógio de madeira em meu pulso, indo ao espelho conferindo novamente minha aparência.

— El Tropicana?

— Não, esse é sempre muito cheio, é perigoso demais. Além disso não fiz a reserva de qualquer forma.

— Oh Jiminie, vai também? – encarou o outro 95line com um blazer de veludo cor vinho despojado, a corrente delicada da Channel contrastando com a pele imaculada.

— Fui praticamente arrastado, mas sim parece divertido, vem com a gente já que está arrumado. – apontou para sua roupa despojada e chique.

— Achei que íamos comer fora, mas não sei se quero sair agora.

— Vem com a gente hyung! – Jungkook sentou no sofá para ajudar a calçar seus coturnos pretos de couro, a calça extremamente apertada e a camisa de cetim com bolinhas lhe davam um toque elegante.

— Vocês estão bem mais arrumados que eu.

— Taetae, pegamos o primeiro conjunto que vimos no armário, não estamos de maquiagem e apenas passamos a mão em nossos cabelos, apenas venha conosco seu pabo. – Jimin segurou o mais alto pelo pulso, entregou-o o par de sapatos Gucci, os quais calçou prontamente e assim saímos pela noite afora.

As luzes da cidade eram levemente antiquadas, dando um ar rústico as ruas tombadas* pelo governo. Andamos por quase meia hora, reparando como a cidade era colorida e animada. Algumas praças tinham pessoas guardando seus instrumentos que foram usados durante boa parte do dia, Taehyung e Jungkook animadamente filmavam e fotografavam os locais mais interessantes aos seus olhos. Até que eu reparei em um estabelecimento intrigante até.

As luzes neon da fachada evidenciavam o nome ‘Palace’. O espaço de fora era colorido em tons pastéis, dando um ar até inocente ao local.

Como um clube de dança noturno poderia ser inocente?

— Vamos naquele – apontei aos meninos que me seguiram prontamente.

Se por fora era uma estrutura meramente histórica, por dentro era artístico, atraente. As paredes em tons bege faziam do lugar bem mais antigo e bonito. As luzes do palco, das mesas e do bar estavam em sincronia em relação a cor e intensidade, a música estava n’um volume apreciável...

Formidável.

Os meninos fugiram de minha vista no momento em que uma música mais agitada tocou, provavelmente foram puxados por belas damas cubanas. Somos carne fresca afinal.

Porém a melodia não durou muito tempo, sendo anunciado um show de música ao vivo, sentei-me no bar pedindo uma dose de whisky com meu precário espanhol.

Holofotes iluminaram apenas o palco, revelando um homem no banquinho segurando um violão e uma mulher em pé.

Que com toda certeza era deveras deslumbrante.

Sua voz reverberou nas caixas de som espalhadas nos cantos das paredes juntamente ao som da melodia de ‘Señorita’. As vozes se completavam de forma bonita, mas profissional. Era esperado que fizessem um teatro simples, expressando ainda mais o amor e erotismo vindo da canção, e estavam fazendo isso bem até, todavia não com todo comprometimento da moça ao expressar com o olhar seu envolvimento com o rapaz ao lado.

Pois ela estava olhando intensamente para mim.

Me peguei entrando em seu jogo sujo, provocando-a de forma limitada. Ela desceu do palco, seus saltos vermelhos deslizando pelo piso de madeira enquanto seus olhos castanhos em nenhum momento desviaram dos meus. Segui seu conselho silencioso e levantei-me, aproximando-me de acordo a batida da música, ou o contrário? Não sei ao certo.

A música havia acabado fazia um tempo, pois quando finalmente estávamos de frente um para o outro ela já estava sem o microfone.

Estendeu sua mão direita e assim fiz o mesmo para saudá-la.

— Samantha!

— Hoseok!

¿Qué?

Ri de sua incredulidade, tentando facilitar a ela a pronúncia de meu nome.

— Call me Hobi, please.- Samantha me ouviu, parecendo ponderar sobre sua resposta.

— Oh, okay... do you know... Salsa? – percebi que seu inglês era tão precário quanto o meu.

Não íamos nos comunicar afinal.

No máximo com gestos, pois neguei com a cabeça, enquanto ela me guiava pelo centro da pista de dança. O ritmo era agitado novamente, algumas misturas de sons distintos que casavam incrivelmente, minhas mãos foram guiadas a sua cintura, as dela em meus ombros. Era possível ouvir tambores e saxofones ao fundo, as luzes estavam em tons de laranja e verde bem subjetivas deixando o espaço levemente psicodélico.

— Call me ‘señorita’. – mostrou-me seu sorriso debochado, seus lábios adornados com batom marrom, contrastando com a pele em um bronzeado leve e natural.

Seus cabelos acinzentados balançavam enquanto eu a girava por todo o local, as ondas brilhando e a franja lisa bagunçando. Nossos movimentos se tornaram mais precisos, sedutores, atraentes aos olhares de terceiros, nossos lábios estavam tão próximos, brincando, sentindo a textura.

Até que ela me beijou. E foi mais incrível do que imaginei.

Aquela dose de whisky realmente me deu coragem.

Segurei um punhado de tecido de seu vestido a puxando para mais perto, senti as luzes escurecendo, estávamos numa penumbra perfeita, ela puxou meus cabelos com força, bagunçando-os ainda mais.

Fui arrastado até uma parede isolada, já era outra música, outro ambiente, mas ainda me sentia quente e acho que ela também. Me percebi tão conectado naquele momento, minha visão e meus pensamentos estavam tão embaçados enquanto ela mordia minha orelha...

— Hm, hyung? – Senti um cutucão em meu braço, a qual afastei rapidamente, ainda imerso. – Hyung! É sério! – foi um grito realmente alto, vindo de uma voz reverberante que a fez afastar os lábios de minha pele.

— Yah Taehyung! O que quer? – olhei de soslaio para Samantha que parecia envergonhada.

— Nós precisamos ir, já são 1 da manhã e temos que levantar cedo.

— Vão vocês, apareço depois.

— O staff fez as regras Seokie, não eu – curvou-se educadamente a moça a meu lado, que havia saído por um momento. Bufei em contradição, mas concordei mesmo assim fazendo o mesmo gesto de Tae me despedindo dela.

Sua despedida não foi tão impessoal quanto a nossa, dando um beijo na bochecha de ambos e entrelaçando nossos dedos. Pude ver ao longe três garotas despedindo de meus outros irmãos com um singelo “Adiós chicos hermosos”.

Quando nós saímos do estabelecimento fomos praticamente correndo para o hotel, alguns mais bêbados que outros, quase fomos pegos pelas câmeras ainda ligadas dos quartos, deixando Jimin em extrema alerta.

Mas isso não chegou nem perto de diminuir meu sorriso quando eu li o conteúdo do bilhete que me foi entregue em mãos.

“No esperes que sea facil outra vez

La señorita

00 53 ****-****” 


Notas Finais


THAT'S IT


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