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História Separate Ways (Worlds Apart) - Everything comes out


Escrita por: elmaxswanmills

Notas do Autor


Hey, amoras! Como estão?

Desculpem-me pela demora.

Foi uma pequena agradável história e eu espero que tenham gostado tanto de ler quanto eu gostei de escrever. =)

Capítulo 4 - Everything comes out


Emma estava na delegacia olhando tão intensamente para o jornal em suas mãos que mal notou quando seu pai entrou. David arqueou uma sobrancelha para a cena diante dele, mas achou melhor não provocá-la a respeito. Ao invés disso ele limpou a garganta para que ela notasse sua presença e quando Emma finalmente levantou os olhos do jornal ele apenas sorriu e colocou em sua mesa um copo de chocolate quente com canela e um queijo grelhado.

— Ruby disse que você não tomou café da manhã hoje então achei melhor trazer algo para você.

— Obrigada, pai. – Emma dobrou o jornal cuidadosamente e colocou em sua gaveta, olhando para o loiro diante dela esperando que ele falasse algo sobre o baile, mas David apenas sentou em sua mesa e começou a tomar o seu café da manhã. — Você não vai falar nada sobre o baile? Não vai me perguntar nada?

— Eu deveria perguntar alguma coisa? – Ele tentou manter sua voz tranquila, mas a ansiedade em saber o que estava se passando com sua filha era quase palpável.

Desde que voltaram de Neverland muitas coisas mudaram e nem todas elas foram para melhor. O ano que passaram separados havia os reaproximado de certa forma, mas quando Hook mencionou que Emma estava planejando ir embora Charming sentiu como se estivesse perdendo tudo novamente.

— Eu tenho certeza que vocês têm um monte de perguntas. – Emma deu de ombros tentando não demonstrar seu nervosismo.

— Você está certa quanto a isso, mas eu sei que não adianta te pressionar. Seja lá o que está acontecendo a decisão de contar ou não é sua. – David sorriu docemente para ela. — Eu só quero que saiba que sua mãe e eu estaremos aqui para você e que você pode contar conosco com para o que precisar.

— Eu estive pensando... – Emma começou, não querendo falar sobre os seus sentimentos por Regina, mas ela sentia que precisava prosseguir com a conversa de alguma maneira. — Talvez eu não deixe Storybrooke, mas eu definitivamente vou buscar um lugar para mim. Vocês precisam de sua privacidade, o bebê precisa de espaço e eu preciso de um tempo sozinha. Eu conversei com Regina durante o baile e Henry ficará com ela por um tempo.

— Mas você...

— Ruby está me ajudando a encontrar um lugar aqui em Storybrooke mesmo. – Emma o interrompeu. — Eu não quis incomodar Regina ou vocês com isso.

— Eu fico feliz que tenha decidido ficar.

— Não é uma decisão final. Eu ainda penso em deixar a cidade, mas... – Emma suspirou, lembrando-se do baile. — Mas talvez por enquanto eu possa ficar por mais algum tempo.

(...)

Regina olhou mais uma vez para o jornal em sua mesa, sorrindo.

Henry havia comprado diversos exemplares e espalhado por toda a mansão a foto que estampava a capa da última edição. Uma foto de suas mães dançando no baile. Emma já sem a máscara e Regina ainda com a dela, mas ainda assim era possível notar que seus olhares estavam presos como sempre acontecia e um sorriso nos lábios de ambas enquanto conversavam e dançavam sem nem ao menos lembrar das muitas pessoas ao redor. Ela deslizou a ponta dos dedos pela imagem e suspirou.

— Será que eu nunca irei conseguir juntar todos os flashbacks que venho tendo desde que você voltou para finalmente descobrir o que aconteceu enquanto esteve lá? – Regina disse sozinha enquanto olhava para a foto.

Ela fechou os olhos e se perdeu nas lembranças do baile. A dança com Emma durante boa parte da noite, – ela precisava agradecer Ruby por isso – Emma dizendo que ficaria em Storybrooke por mais algum tempo desde que conseguisse um lugar para ficar que não fosse o loft ou a pousada, Emma sorrindo docemente para ela o tempo todo, o calor do corpo da loira contra o dela, suas mãos que deslizavam suavemente por suas costas e seus dedos que brincavam nervosos com o tecido de seu vestido, o modo como Emma a olhava, seus próprios dedos deslizando nervosos na nuca de Emma, seu coração batendo ainda mais rápido cada vez que a loira se inclinava para dizer em algo em seu ouvido quando a música ficava mais alta, sua vontade quase incontrolável de beija-la diante de todos, esquecendo-se até mesmo de Robin. Robin.

Regina suspirou novamente, como se despertando de um sonho de volta a realidade.

— Mãe?

— Oi, querido.

— Está tudo bem? Você está com uma expressão estranha.

— Está. – Regina franziu o cenho. — Eu só estava pensando em umas coisas. Trabalho.

— Hmm. – Ele sabia que não era verdade, mas conhecia sua mãe o suficiente para saber que ela não falaria sobre isso com ele. — Ma me contou que ela está considerando ficar aqui.

— Ela comentou comigo... – Regina respondeu devagar. — Eu sei que ela é teimosa demais para pedir a minha ajuda, mas vou ver se encontro alguma casa para ela já que ela não quer continuar na casa dos seus avós e também não quer ficar na pensão.

— Você poderia chama-la para morar aqui.

— Henry eu... – Regina suspirou. — Sua mãe disse que precisa de um tempo sozinha. Seja lá o que estiver acontecendo ela precisa de um tempo para ela. As vezes nós precisamos de um tempo longe das pessoas...

— Mas nós somos a família dela!

— Você ainda é muito novo para compreender, Henry. – Regina disse com cuidado para não acabarem discutindo. — Às vezes nós precisamos de um tempo para entender o que está acontecendo em nossas vidas ou em nossos... – Regina se interrompeu. — A questão é: sua mãe disse que precisa de um tempo longe e devemos respeitar isso. Ela está considerando permanecer na cidade, mas se você ou seus avós ou até mesmo eu a pressionarmos, ela vai acabar indo embora e eu acredito que vocês não querem isso, certo?!

— E o que a senhora quer?

— Eu? – Regina arregalou os olhos, surpresa. A pergunta ousada de seu filho a pegara fora de guarda e ela não sabia o que responder. — Eu acho que seus avós, você e sua mãe já passaram tempo demais longe um do outro para se separarem novamente.

— Não foi isso que eu perguntei, mãe.

— Mas é isso que eu estou respondendo, Henry. – Regina resmungou. Ela não queria iniciar uma discussão com seu filho, mas talvez isso fosse inevitável. — Eu não tenho certeza do que você quer ouvir, mas posso te garantir que nada é tão simples assim.

— Vocês é que tornam tudo complicado demais!

Antes que Regina pudesse responder de volta ele saiu da sala deixando-a sozinha com seus pensamentos.

(...)

Regina adentrou a delegacia e Emma pareceu sentir sua presença imediatamente pois ela levantou a cabeça e seus olhos se encontraram.

— Regina. – Emma a cumprimentou.

— Sheriff.

A loira arqueou a sobrancelha, confusa, mas sua expressão suavizou quando Regina colocou em sua mesa um copo de chocolate quente com canela.

— Você parece precisar de um desses. – Ela deslizou o copo em direção a Emma e se sentou na cadeira diante de sua mesa.

— Obrigada! Eu estava mesmo precisando. – Emma tomou um longo gole e fechou os olhos apreciando o sabor que descia por sua garganta.

Regina parecia hipnotizada pela simples cena diante dela. Ela umedeceu seus lábios e seus olhos acompanharam os movimentos da loira e Regina se mexeu desconfortável na cadeira.

— Então... – A voz de Emma a tirou de seus pensamentos. — O que a traz aqui?

— Ah, sim. – Regina ajeitou seu cabelo e sorriu. — Eu estive pensando sobre o que conversamos no baile... sobre você querer um lugar onde possa ter um tempo para você e tudo mais e eu lembrei de uma cabana que fica próxima à casa onde sua mãe organizou o baile. É afastada o suficiente, mas ainda perto de tudo se você precisar de algo.

Emma a olhou surpresa. Ela não pensou que a morena fosse se preocupar com isso realmente. — Obrigada, Regina. Eu... – Emma suspirou diante de sua falta de palavras. Ela não quis incomodar a morena com a busca de uma casa mesmo sabendo que ela poderia conseguir uma rapidamente e como Ruby a estava ajudando a procurar uma... Ruby. Emma sorriu. Provavelmente sua amiga acabara comentando com Regina. — Eu poderia ir até lá para ver?

— Claro. – Regina sorriu. — Eu posso te levar até lá essa semana.

— Como você conseguiu um lugar tão rápido?

— Eu sou a prefeita. – Regina deu ombros, sorrindo. — Você achou que eu só me ofereci para te ajudar para que você aceitasse ficar?

— Eu sei disso... digo, eu nunca duvidei que você me ajudaria com isso eu só não pensei que... nada. Esqueça. – Emma fechou os olhos, respirando fundo por alguns instantes e então olhou para a morena novamente. — Muito obrigada, Regina. Eu sei que você tem muitas coisas para fazer na prefeitura, com a cidade e também agora você tem um...

— Eu me importo com você, Emma. Você fez tanto por mim, você tem se mostrado alguém em quem eu posso confiar mesmo quando está sendo teimosa e eu aprecio isso. Eu sei que não somos exatamente melhores amigas, mas nós estamos trabalhando em algo – Regina apontou para ela e depois para a loira mostrando que se referia ao que havia entre elas – e eu acho que essa é à minha maneira de retribuir tudo que você tem feito por mim.

— Você é uma das poucas pessoas que não fica me lembrando o tempo todo que eu sou a salvadora. Que não espera nenhum grande feito de mim, que não espera que eu seja perfeita. – Emma sorriu, seus olhos brilhando. — E eu não sou teimosa.

— Claro. – Regina sorriu divertida. — E então, quando você quer ir ver a casa?

(...)

No dia combinado Emma encontrou com Regina esperando por ela do lado de fora da delegacia e arqueou uma sobrancelha quando a prefeita indicou que ela entrasse em seu carro. A maior parte do caminho foi silenciosa, o que Emma agradeceu em silêncio. Ela não estava tendo um bom dia, mas não achou justo remarcar com Regina após ver o quanto ela havia se empenhado em encontrar um lugar para ela.

— O que há de errado? – Regina não conseguiu evitar perguntar ao ver a expressão da loira mudando a todo momento.

— Não é nada demais. – Emma respondeu sem olhar para ela. — Apenas está sendo um longo dia.

— Você poderia ter me ligado e nós viríamos outro dia, Emma.

— Não. – A loira finalmente se virou para encara-la. — Vai ser bom me distrair um pouco.

— Algo com que eu possa ajudar?

Ajudaria se eu pudesse tocar você, beijar você, fazer amor com você. Emma pensou e um riso sufocado escapou por seus lábios fazendo com que Regina a olhasse com uma sobrancelha arqueada.

— Não, nada com que possa me ajudar, mas obrigada por fazer isso por mim. – Inconscientemente Emma pegou a mão da morena e apertou levemente. — Isso... isso significa muito para mim.

— Eu gostaria de poder fazer mais.

Ao chegarem no local em que ficava a tal cabana os olhos de Emma pareceram se animar um pouco. A cabana ficava em um lugar realmente isolado, mas não muito longe do restante da cidade. Era quase como se algum tipo de magia separasse aquela parte da cidade do resto.

Emma saiu do carro e se espreguiçou olhando ao redor em seguida. Havia um amplo espaço lá. A casa principal era elegante de um modo simples e havia uma cabana menor ao lado. Atrás da casa um lago e muita floresta completavam a vista.

— Ar puro. – Emma sorriu. — Vai ser bom acordar e poder respirar um pouco de ar puro antes de começar o dia.

— Eu jamais pensei que você fosse uma apreciadora da natureza. – Regina provocou.

— Existem muitas coisas sobre mim que você não sabe. – Emma rebateu sorrindo.

Seu humor havia melhorado um pouco e ela não sabia dizer se era por causa do lugar ou pelo simples fato de estar na companhia de Regina, mas ela estava feliz agora.

— Assim como você não sabe sobre mim. Caso contrário não confiaria em mim se soubesse... tudo. – A morena disse em voz baixa.

— Um dia eu saberei e ainda assim confiarei em você, Regina. – Emma prometeu. Sem que notasse ela estava tocando Regina novamente.

— Não se engane, Emma. Quando se trata de mim, as histórias do livro do nosso filho não chegam nem perto de como eu sou má. – Seu olhar estava distante. Emma arriscaria dizer triste e isso fez seu coração se apertar em seu peito.

— Eu não acredito nisso. Nunca acreditei. Você não é mais aquela mulher.

— Eu temo que ela ainda esteja por aí. Eu temo que ela possa voltar caso algo ruim aconteça.

— Eu não vou deixar isso acontecer. – Emma sorriu amavelmente. — Eu farei o que estiver ao meu alcance para garantir o seu final feliz, Regina.

— Desculpe-me. Eu não sei porque trouxe isso agora. Eu não...

— Às vezes nós precisamos ouvir que não estamos sozinhos. – Emma apertou o braço da prefeita suavemente.

Os olhos de Regina se perderam nos verdes brilhantes de Emma e ela se pegou desejando mergulhar nesse oceano e deixar todos os seus medos para trás, mas como ela poderia fazer isso se Emma parecia querer apenas sua amizade? Como ela poderia se deixar afogar naqueles olhos quando Emma nunca mais tocou na noite em que compartilharam alguns dias depois que ela e Snow retornaram da Floresta Encantada, quando Emma caiu no portal para salva-la? Como ela poderia se permitir cair por Emma se aquela noite parecia não ter significado nada para ela embora elas partilhassem tantos momentos tão íntimos quanto aquele sem nem ao menos se tocarem?

— Regina?

— Desculpe-me, eu só... – A morena balançou a cabeça para que os pensamentos sumissem. — Vamos entrar?

Regina destrancou a porta e elas entraram.

Emma olhava ao redor como uma criança em uma nova casa e talvez fosse exatamente assim que ela estivesse se sentindo no momento.

— A casa possui duas suítes e um quarto de hóspedes, uma cozinha espaçosa... – Regina indicou o caminho e Emma a seguiu. — Também há um espaço que você pode usar como desejar. Talvez uma biblioteca ou uma sala de jogos.

— Você está falando como se eu tivesse comprado essa casa. – Emma a olhou com uma sobrancelha arqueada.

— Eu estava esperando que essa casa a fizesse resolver ficar de vez. – Regina sorriu fraco.

— Só há uma coisa que me faria ficar de vez. – Emma sussurrou, mas ainda assim a morena ouviu.

Tomada por uma necessidade nova, Regina se aproximou de Emma e seus corpos ficaram a centímetros. Ela podia sentir a respiração da loira acelerando, o calor do seu corpo e elas se olharam em silêncio por um momento.

— Pare de me afastar. – Regina grunhiu frustrada.

— Eu não estou te afastando.

— Sim, você está. – Regina podia sentir sua respiração acelerando e seu coração batendo descompassado em seu peito. Essa proximidade toda estava tirando sua sanidade. Ela havia resistido no baile, provavelmente porque haviam pessoas demais ao redor, mas ali... — Desde que voltou do portal de Zelena você está me evitando, me afastando e eu nem ao menos sei o porquê. Eu fiz algo que a deixou chateada? Eu a magoei?

— O quê? – Os olhos de Emma se arregalaram diante das perguntas da morena. Ela não pensou que Regina poderia estar de algum modo se sentindo culpada. — Não. Não foi nada que você tenha feito.

— Então o que é? – O tom dela era quase uma súplica.

— Eu já disse, Regina. – Emma sussurrou. Seus olhos verdes escurecidos pela proximidade de seus corpos. Ela podia sentir o suave perfume de Regina, o calor que emanava de seu corpo e – Emma podia jurar que sim – seu coração batendo acelerado. E também havia aqueles lábios em que ela não conseguia parar de pensar desde que caíra no portal. Eles eram sedutores e estavam próximos demais para que Emma pudesse pensar direito. Ela queria deslizar o dedo suavemente pela cicatriz sobre o lábio superior de Regina e queria desesperadamente senti-los contra os seus, mas antes que ela pudesse fazer isso seu celular tocou fazendo com que se afastassem subitamente.

(...)

Emma estava sentada diante da lareira e seus olhos estavam fixos na foto que ela havia recortado de um dos jornais logo após o baile. Aparentemente alguém tinha cuidado para registrar cada momento e é claro que não deixariam passar as danças que ela Regina haviam dividido.

Muitas coisas haviam mudado desde Neverland, coisas as quais ela mal tinha tido tempo para pensar porque em Storybrooke nunca havia tempo para ter uma vida normal desde que Emma quebrara a maldição. Sempre aparecia algum vilão ou alguma ameaça e eles tinham que embarcar em alguma missão para salvar a vida de todos ali.

Olhar para seus pais e seu irmão doía e a fazia pensar em tudo que ela não teve com eles, mas ainda assim ela não conseguia culpar Regina por isso. Não. A escolha de colocá-la no guarda roupa foi de sua mãe, não de Regina. Snow poderia ter escolhido mantê-la, eles poderiam ter encontrado outro meio de quebrar a maldição, mas ao mesmo tempo esses pensamentos se chocavam com o fato de que se eles não tivessem feito isso Henry não estaria aqui hoje e uma vida sem seu filho era algo que Emma já não conseguia mais imaginar e ela se lembrou da conversa que teve com Regina no dia em que ela lhe mostrara a cabana pela primeira vez.

Batidas na porta a tiraram de seus pensamentos e ela franziu o cenho pensando em quem poderia ser àquela hora.

— Hey! – Ruby sorriu quando Emma abriu a porta. — Eu trouxe algo para você.

Emma arqueou uma sobrancelha e a garçonete entregou a ela um envelope.

— O que é isso?

— Abra. – Ruby deu de ombros, sorrindo.

Emma engasgou ao ver algumas fotos dela e de Regina dançando juntas no dia do baile. Aparentemente a foto que fora publicada no jornal não era a única que eles tinham.

— Aonde conseguiu isso?

— Bem... eu vi que você recortou essa foto do jornal e resolvi ir atrás de algo melhor para você. Belle me ajudou.

— Você...

— Não, eu não disse nada a ela. – Ruby sorriu inocente. — Mas Belle não é cega. Além do mais, até mesmo um cego pode ver o que irradia entre vocês nessas fotos. Eu deveria entregar algumas para o Robin. Quem sabe assim ele percebe também.

— Rubs...

— É só uma ideia.

Emma suspirou e sentou-se na outra poltrona, trocando o recorte do jornal que estava no porta retrato por uma das fotos que sua amiga lhe trouxera.

— Obrigada. – Emma agradeceu sem olhar para ela. Seus dedos deslizando suavemente através do vidro como se ela estivesse tocando a coisa mais preciosa de sua vida.

— Regina tem uma em seu escritório.

Emma levantou a cabeça repentinamente olhando para a sua amiga com os olhos arregalados.

— Henry disse que ela a colocou em sua mesa no escritório. – Ruby sorriu. — Da mansão.

A loira abriu e fechou a boca algumas vezes sem saber o que dizer. Aquilo era algo completamente inesperado e ela estava se perguntando se tinha algum significado para Regina do mesmo modo que para ela.

— Vocês precisam conversar, Emma. Você precisa deixa-la saber o que aconteceu quando caiu portal. Ela tem o direito.

— Mesmo que ela saiba... – A sheriff suspirou. — Robin é o verdadeiro amor dela, isso não muda nada.

— Não é bem assim que funciona, Em. Eu estive conversando com Tinkerbell. – Ruby sorriu quando Emma a olhou. — Ela contou que Robin era sim um possível verdadeiro amor para Regina na época em que elas se conheceram, mas Regina não entrou na taverna e isso mudou. Robin conheceu Marian e então se apaixonaram e ele a ama. Mesmo hoje, depois de tantos anos, ele ainda a ama.

— Mas ele e Marian não eram o verdadeiro amor um do outro.

— Por acaso você já se esqueceu que o verdadeiro amor é raro? Que é a magia mais poderosa de todas? Emma, se fosse tão simples assim você não acha que todos encontrariam um amor verdadeiro como seus pais? Como Belle e Rumple ou Aurora e Philip? De todas as pessoas que conhecemos em todos os reinos, eles são os únicos que tiveram o amor verdadeiro.

— Eu não sei.

— Tinker disse que o pó de fada indica um caminho para um amor, mas que não necessariamente ele seja o seu amor verdadeiro, sua alma gêmea. A partir do momento em que Regina escolheu não entrar na taverna foi como se esse amor tivesse saído de seu caminho, mesmo que eles tenham se encontrado tanto tempo depois isso não significa que eles sejam o amor verdadeiro um do outro.

— Mas isso também não quer dizer que Regina e eu...

— Não, não quer dizer. – Ruby a interrompeu, sabendo exatamente o que Emma ia dizer. — Mas pode ser. Emma, quando vocês fazem magia juntas ela é mais forte do que qualquer coisa. Vocês pararam um gatilho imparável! Neal contou que você e Regina fizeram um eclipse em Neverland. Emma, um ECLIPSE! Que tipo de pessoa consegue fazer isso? Será que você não vê?

— Neal contou...

— Ele observou bastante vocês duas enquanto estavam em Neverland. – Ruby sorriu docemente. — Ele percebeu.

— Ele percebeu... – Emma repetiu lentamente, se lembrando do que Neal dissera antes de morrer. Ele sabia. Por isso disse a ela para encontrar Tallahasse. Por isso a fez prometer que seria feliz.

(...)

— Eu não me recordo de ter marcado uma reunião com a senhorita. – Regina arqueou uma sobrancelha quando Ruby entrou em sua sala na prefeitura.

— De fato não marcou, mas eu tenho certeza que a prefeita abrirá uma exceção para mim. – A garçonete sorriu de um modo que fez Regina voltar toda sua atenção para ela. — Eu vim até aqui porque estou cansada de ver a idiota da minha amiga sendo teimosa demais.

— Por acaso está falando da senhorita Swan? – Regina sorriu. Algo no modo como Ruby falou despertou todos os sentidos da prefeita e ela sentiu seu coração batendo rapidamente.

— Por acaso há outra idiota teimosa na cidade?

Antes que Regina pudesse manda-la voando para fora de sua sala por falar assim de Emma a garçonete pegou o livro de Henry que estava em sua bolsa e o colocou sobre a mesa.

— Creio que vossa majestade esteja procurando por esse livro.

— E o que o livro do meu filho fazia com a senhorita?

— Emma me pediu para guarda-lo. – Ruby se moveu desconfortável. De repente toda aquela certeza de que estava fazendo o certo não estava mais ali. E se Regina ficasse magoada com Emma por ela não ter contado o que aconteceu? E se desse tudo errado? E se..., mas não havia mais como recuar. O livro estava diante de Regina e ela já estava virando as páginas avidamente. — O que aconteceu quando ela caiu no portal mexeu demais com ela. Emma não é exatamente o tipo de pessoa que deixa os outros entrarem e...

Quando Ruby finalmente olhou para a prefeita novamente seu olhar estava fixado na página em que mostrava o baile do Rei Midas. Ela se calou e saiu da sala sem que Regina notasse. Era como se ela estivesse em uma espécie de transe e Ruby só podia imaginar o que estava se passando em sua cabeça naquele momento.

Regina fechou os olhos e uma enxurrada de lembranças a inundou. O baile, a dança, o sorriso doce do rapaz com quem ela dançara e os olhos verdes que pareciam brilhar ainda mais intensamente toda vez que cruzava com os da rainha. O rapaz deitado em sua cama, um carinho tão grande estava estampado em seu olhar que chegava a assustar. Os toques delicados e ao mesmo tempo firmes do rapaz, seus gemidos, o modo como ele a tocava, o modo como seus olhos sempre se encontravam e ele sempre sustentava o seu olhar, a doçura com que ele a tocava e o modo como parecia saber do que ela gostava. A urgência dele em satisfazê-la e reafirmar que ele estava ali para fazer o que ela quisesse e não o contrário, o modo como ele a deixava conduzir tudo. Seus corpos exaustos, suas respirações descompassadas e então três palavras que fizeram o coração da rainha bater ainda mais depressa em seu peito. Eu te amo, ele dissera e a Rainha com toda a sua descrença o mandara embora com apenas um movimento de sua mão. Emma. Regina ofegou abrindo os olhos repentinamente notando que lágrimas desciam sem controle por seu rosto e ela não estava mais em sua sala na prefeitura, mas diante da cabana em que Emma vivia agora.

Como se sentisse a presença de Regina em sua porta a sheriff largou o porta retrato na mesa de centro e correu em direção a porta.

Ao se deparar com a imagem de Regina chorando ela sentiu seu coração se comprimir em seu peito e seus olhos se arregalaram.

— Regina! – Emma correu em direção a ela a envolvendo em um abraço apertado. — O que aconteceu?

Ao invés de responder a morena se afastou apenas o suficiente para que seus olhares se encontrassem e ela mirou as esmeraldas de Emma por alguns segundos segurando na gola de sua camisa como se sua vida dependesse disso e antes que Emma pudesse registrar o que estava acontecendo ela sentiu os suaves lábios de Regina pressionados firmemente contra os seus. Seus olhos se arregalaram por um instante em surpresa, mas no momento seguinte um gemido suave escapou por seus lábios ao sentir a língua da morena deslizando contra a sua. Emma sentiu a mão de Regina deslizar em suas costas pressionando seus corpos ainda mais juntos e aprofundou o beijo. Seu coração batia tão depressa que ela suspeitava que a morena poderia ouvi-lo sem precisar colocar a cabeça contra o seu peito. Eu te amo, Regina sussurrou contra os lábios de Emma e nesse momento imagens de uma noite há muito esquecida inundaram sua mente como um sonho.

Em um momento elas estavam conversando tranquilamente na porta do Granny’s e então a conversa se transformou em uma discussão e quando Emma deu por si ela estava prensando Regina contra a parede com o seu corpo e seus lábios se chocaram em um beijo urgente, toda a tensão de meses finalmente sendo colocada para fora. No momento seguinte elas estavam no quarto da morena e suas roupas estavam sendo descartadas com a mesma velocidade com que seus lábios se separavam e se reencontravam. Não demorou muito para que gemidos preenchessem o quarto enquanto seus corpos se moviam em uma sincronia que Emma jamais pensou ser possível. A ferocidade urgente foi dando lugar a algo mais, um sentimento que aos poucos estava crescendo no peito de ambas, mas que nenhuma das duas ousava dizer em voz alta. Em poucos minutos seus corpos desabaram na cama com um orgasmo que nenhuma das duas jamais havia experimentado em sua vida antes.

Emma se afastou da morena, ofegante. Lágrimas escorriam por seu rosto enquanto mais e mais imagens invadiam sua memória e Regina a olhou confusa. Quando ela fez menção de soltar sua mão da de Emma a sheriff a segurou no lugar.

— Aquela noite... na sua casa – Emma respirou fundo. — Eu não... porque eu não me lembrava dela?

— Provavelmente desapareceu junto com suas outras lembranças quando você e Henry foram embora por causa da maldição do Pan. – Regina respirou fundo tentando recobrar seu ar.

— Mas deveria ter voltado como as demais quando tomei a poção...

— Eu não sei porque não voltou, Emma, mas isso não importa mais. – Regina deu um passo em direção a ela e tocou seu rosto suavemente. — Eu vi o livro. Eu sei que era você.

Emma arregalou os olhos, sua boca abrindo e fechando sem saber o que dizer. Seu coração batendo acelerado com medo do que Regina poderia dizer a seguir.

— Você realmente quis dizer aquilo?

Emma permaneceu em silêncio por alguns instantes tentando descobrir o porquê de Regina perguntar isso e debatendo se deveria arriscar e dizer tudo ou se seria melhor dar uma resposta vaga, mas o olhar que a morena direcionava a ela era intenso demais para que ela pudesse dar uma resposta que não fosse a verdade.

— Com todo o meu ser. – Emma respondeu sustentando o olhar dela.

E então Regina sorriu. O sorriso mais brilhante que Emma já vira. O mais intenso, o mais verdadeiro. Um sorriso que aqueceu o seu coração de um jeito que ela nunca imaginou.

Regina fechou a pouca distância entre elas e tocou suavemente o rosto de Emma e ela encostou sua testa na da prefeita.

— Eu sinto muito que de algum modo eu tenha causado tanta dor a você. – A morena sussurrou, sua respiração batendo contra o rosto de Emma.

— Você está dizendo que não vai me afastar desta vez?

Regina respondeu juntando seus lábios em um beijo lento. Ela parecia apenas querer apreciar a suavidade, o calor, o amor deles. Mas a queima lenta de seu amor logo foi inflamada por sua paixão e o beijo ficou indubitavelmente ardente.

Emma estava inclinada sobre Regina, pressionando-a na porta da cabana. Quando uma das mãos da loira deslizaram por seu pescoço e clavícula cobrindo seu peito, Regina estremeceu contra ela. Sua mão alcançou a bainha sua camisa deslizando sob a seda e ambas gemeram baixo com o contato. Emma distribuiu beijos pela linha do maxilar da morena enquanto sua mão deslizava sobre a pele de Regina alcançando seu seio deixando seu polegar deslizar sobre o mamilo enrijecido.

Regina gemeu em sua boca, movendo-se involuntariamente contra o corpo de Emma.

— O quanto você se lembrou? – Emma ofegou se afastando ligeiramente.

— De tudo.

— Tudo... tudo? – Emma perguntou, corando.

— Tudo, Emma. – Regina arqueou uma sobrancelha. Ela conhecia a loira o suficiente para saber que algo estava se passando em sua cabeça, mas ela ainda não sabia como perguntar ou pedir. — O que você deseja saber?

— Eu... hum... – Emma fechou os olhos por alguns instantes antes de prosseguir. — Quando Rumple nos mandou para o baile ele usou um feitiço em mim... um feitiço que me deixou irreconhecível...

— O que você quer saber sobre esse feitiço, Emma? – Regina sorriu já imaginando o que ela poderia perguntar.

— Existe um meio de...hum... – Ela desviou o olhar e sentiu suas bochechas corando violentamente. — Existe um meio de fazer o feitiço pela metade?

— Pela metade? – Regina deixou escapar um riso, mas antes que Emma pudesse se afastar pensando que ela estava rindo dela a morena tocou suavemente seu rosto a fazendo olhar para ela novamente. — O que você deseja, Emma?

— Algumas vezes eu me peguei pensando se seria possível executar o feitiço de modo que eu permaneça eu, mas com...

Regina umedeceu os lábios imaginando tal cena e outro pensamento cruzou sua mente deixando-a incrivelmente excitada. Esses pensamentos junto com as memórias que agora estavam muito claras em sua mente a estavam fazendo quase entrar em combustão.

— E você se tocou pensando nisso, Emma? – Ela sussurrou contra o ouvido da loira e sorriu quando recebeu um gemido baixo como resposta. — A resposta para a sua pergunta é sim. Existem variações do feitiço que Rumplestiltskin usou em você.

Emma fechou os olhos choramingando ao sentir a língua quente e úmida da morena contra a sua pele.

Emma podia ver o peito de Regina subindo e descendo rápido, sua respiração começando a ficar ofegante e quando seus olhos se encontraram um gemido escapou por seus lábios ao ver o desejo estampado na morena. Emma a pegou pela mão e elas entraram e antes que pudessem parar para pensar em algo seus lábios se encontraram em outro beijo. Urgente, necessitado. Sem parar o que estavam fazendo a loira as guiou até o quarto e ela sorriu quando Regina a jogou na cama. A imagem da noite que ela compartilhara com a Rainha voltando a sua mente e fazendo seu corpo estremecer de desejo.

Regina sorriu maliciosamente e moveu sua mão. Uma onda de mágica pôde ser sentida e Emma arregalou os olhos ao perceber o que a morena havia feito. Ela tinha compreendido o que Emma estava tentando dizer momentos atrás mesmo que ela tivesse sido um desastre com as palavras – como sempre – mas ela sorriu ao ver Regina umedecendo seus lábios enquanto caminhava lentamente até a cama para montar em seu quadril.

Regina se inclinou sobre ela e beijou seus lábios lentamente enquanto suas mãos deslizavam pelo abdômen de Emma arranhando sua pele suavemente.

A morena pegou a mão de Emma e beijou a sua palma. Seus olhos mirando os da loira e um sorriso em seus lábios.

— Eu te amo. – Emma sussurrou. As palavras escapando de sua boca antes que ela pudesse controlar.

Regina sentiu o corpo da sheriff tencionar debaixo dela e ela sabia o porquê. Da última vez a rainha a mandara embora e mesmo que a situação fosse outra agora o medo de que Regina fizesse o mesmo era algo inconsciente.

— Eu sinto muito que eu tenha te magoado de alguma forma, Emma. Eu realmente sinto muito.

A morena se inclinou e acariciou a bochecha de Emma, seus olhos nunca deixando os dela.

Emma sorriu e tomou os lábios de Regina em um beijo suave tentando se concentrar em outra coisa que não fosse o calor do corpo da morena contra o seu.

— Eu senti sua falta. – Regina sussurrou contra os lábios da sheriff, movendo suas mãos para desabotoar sua camisa.

Quando sua metade superior foi exposta a ela, Regina tomou um momento para admirá-la, seu olhar permanecia em seus seios redondos, e as duas mãos se moveram para toca-los, massageando até que seus gemidos se tornaram praticamente uma súplica e então ela se inclinou sobre Emma capturando um dos mamilos em sua boca, lambendo e sugando.

— Você sentiu a minha falta também? – Regina ronronou. Seus lábios tocando suavemente a bochecha de Emma.

— Você não imagina o quanto. – Emma mordeu com força o seu lábio. O tom de Regina enviando ondas de excitação por todo o seu corpo.

A morena sorriu satisfeita com o efeito que ela estava causando em Emma. Todas as lembranças que vieram de uma só vez misturadas as lembranças de uma outra noite há muito esquecida estavam levando-a ao limite e inconscientemente uma onda de ciúme tomou conta de Regina quando uma das lembranças da noite que Emma compartilhou com a rainha se estabeleceu em sua mente.

— Eu vou fazer melhor do que ela. – Regina murmurou.

— Você sabe que isso... – O que quer que Emma fosse dizer se perdeu em sua boca quando ela se deparou com a imagem da morena trazendo sua mão até seus lábios e sugando seu dedo. Ela sorriu quando ouviu um gemido escapar dos lábios da sheriff. Regina trouxe a mão de Emma e pressionou a palma contra o peito.

A loira gemeu profundamente, sua mão apertando automaticamente o seio ainda coberto. Regina suspirou quando as pontas dos dedos de Emma deslizaram por sua camisa e encontraram sua pele macia.

— Isso é tão bom. – A morena fechou os olhos e sua cabeça tombou para trás quando os dedos de Emma tocaram seu mamilo enrijecido.

Emma envolveu seus braços em torno de sua cintura, sentando-se enquanto ela a segurava de modo que agora Regina estava sentada em seu colo. Ela se afastou para que ela estivesse encostada à cabeceira da cama, e passou as mãos pelas costas, percebendo o que nunca tinha notado antes; Ela era pequena, não frágil ou fraca, mas fisicamente pequena, e isso a estava enlouquecendo. Regina se inclinou contra Emma e a beijou lentamente enquanto suas mãos deslizavam a camisa para fora dos ombros dela e a loira fez o mesmo, querendo sentir o calor de sua pele contra a dela.

— Você é tão linda. – Emma sussurrou quando elas se afastaram em busca de ar. Seus olhos brilhando na fraca luz do quarto.

— Como você, meu amor. – Regina acariciou o rosto da loira, colocando uma mexa de seu cabelo para fora de seu rosto.

O sorriso de Emma se alargou com o apelido e ela abraçou a morena trazendo-a mais próxima de si, distribuindo beijos suaves por seu maxilar e pescoço, se deleitando com os sons que saíam dos lábios de Regina.

Sem dizer nada a morena moveu a mão fazendo com que o restante de suas roupas desaparecesse, permanecendo apenas com sua calcinha e Emma em sua cueca.

— Oh, céus. – Emma gemeu ao sentir o corpo praticamente nu de Regina contra o seu.

Emma inclinou-se para frente e seus lábios colidiram com os da morena em um beijo urgente. Suas mãos agarram Regina pelo quadril a trazendo ainda mais para si e sua língua deslizando contra a da morena.

Regina aproveitou o momento e moveu sua mão deixando-as completamente nuas. Ela não conseguiria levar isso devagar. Lembranças demais estavam dançando em sua memória e ela estava sentindo uma necessidade de Emma como há muito tempo não sentia.

— Eu quero você em cima de mim. – Regina murmurou enquanto escorregava contra o colchão trazendo Emma consigo.

— Sim! – Emma rapidamente concordou gemendo contra os lábios da morena enquanto deslizava entre as coxas macias. Seu pau pressionado contra os lábios inferiores de Regina, o calor e a umidade deixando-o ainda mais duro.

Regina moveu seu quadril no segundo que ela sentiu o pau de Emma entre suas coxas, sentindo que ele separava seus lábios quando deslizava entre suas dobras.

Quando Regina jogou a cabeça para trás, Emma inclinou-se para a frente, os quadris balançando contra Regina enquanto atacava sua garganta. Ela beliscou e sugou a carne sensível, a língua e os dentes explorando a área exposta. Seu pau pulsava com o desejo de estar na boceta quente de Regina, a lembrança da última vez se misturando com a primeira noite que dividiram, há muito tempo atrás.

Regina inclinou os quadris enquanto o pau de Emma deslizava lentamente contra suas dobras, desejando desesperadamente estar dentro. Mas Emma evitou que isso acontece tão já, tornando Regina louca com a necessidade.

— Dentro, Emma. Eu quero você dentro de mim.

— Eu sei, minha rainha. – Emma sussurrou, seu rosto contorcido em prazer quando seu pau deslizou lentamente pela boceta da morena.

— Emma... – Regina sussurrou com fúria enquanto suas bocas se fundiam de novo e Emma sentiu a mão da mulher escorrer entre seus corpos e alcançá-la. Então, a xerife sentiu-se envolvida no calor, rigidez e escuridão de Regina. A sensação foi tão grande que ela mordeu o ombro de sua rainha e se agarrou no pescoço dela e a segurou ali segurando a parte de trás da cabeça.

— Fuck, Regina, Fuck! – Emma nunca sentiu nada assim antes. Parecia que a sensação de estar com alguém que sabia quem você realmente era e que a desejava na mesma proporção era ainda mais entorpecente. Ao mesmo tempo que ela deslizou para dentro de Regina, ela ouviu a mulher gemer o som mais sexy que já havia ouvido antes. Tudo de uma vez foi intoxicante.

Emma tinha estado com a Rainha, mas era diferente de estar com Regina, aqui, agora. A Rainha não sabia quem ela era, não a via quando olhava para ela, mas Regina... Regina sabia exatamente quem era a pessoa que estava fazendo amor com ela.

Pela primeira vez em sua vida Emma viu um amor tão grande refletido nos olhos da mulher debaixo dela que ela teve vontade de chorar. Devagar, Emma. Ela pensou enquanto olhava nos olhos da morena.

Regina sentiu-se delirante com prazer. A cabeça dela estava nadando no prazer que o corpo de Emma contra o seu trazia, os olhos fechados quando ela continuou a balançar os quadris contra o pau de Emma.

Emma inclinou-se e selou os lábios juntos, ajudando os movimentos de Regina com as mãos em seus quadris, deslizando-a para cima e para baixo em seu pênis enquanto se beijavam.

— Isso é tão bom, Regina. A sensação de estar dentro de você, sentindo que você se aperta em torno de mim. – Ela ofegou na boca da prefeita antes de deslizar a cabeça para descansar no vão do pescoço da morena, ela deslizou seus braços ao redor de suas costas e segurou-a forte, apenas saboreando a sensação de estar enterrada tão profundamente dentro da mulher que havia perdido por tanto tempo. Elas permaneceram assim por alguns minutos, segurando-se uma a outra, suas mãos deslizando lentamente pela pele exposta de seus braços, costas e seios, curtindo a sensação de pele contra a pele enquanto se empurravam uma contra a outra lentamente.

Regina reivindicou os lábios de Emma em um beijo urgente. Cheio de necessidade, amor e luxúria, e a loira deslizou sua língua na boca de Regina gemendo com a sensação de carne quente enrolada em torno de seu pênis movendo-se lentamente, deixando-a louca com a necessidade de mover-se mais rápido.

— Emma... – A morena quase chorou quando sentiu a língua de Emma brincando com seu mamilo. — Eu preciso de mais. Preciso que você se mova mais rápido. Preciso que você me foda com força. Você pode fazer isso por mim, querida?

Emma mal acenou com a cabeça. As palavras de Regina a levaram além do que ela conseguia expor e ela apenas atendeu o desejo da morena começando se mover mais rápido, mais forte.

— Era isso que você queria, baby? – Emma sussurrou quando colocou as mãos de cada lado do corpo da morena movendo seu quadril rapidamente.

— Emma... por favor...

— Me diga o que você precisa, Gina. – Ela sussurrou contra o pescoço da morena.

— Mais, Emma. – Suas unhas arranhando as costas da loira com um pouco mais de força, um sorriso malicioso se formando em seus lábios quando Emma gemeu mais alto. — Você gosta disso, não é? De me ter assim...

— Fuck, Regina. – Emma abriu os olhos repentinamente e seu olhar encontrou o da morena. — Você sabe que sim.

— E quanto a isso? – Regina sorriu, suas sobrancelhas arqueadas e uma luxúria em seu olhar que quase levou Emma ao limite.

Regina as virou rapidamente invertendo as posições e por mais que Emma adorasse a vista ela a olhou confusa.

— Eu sei o quanto você gosta quando eu estou por cima. – Regina ronronou enquanto arranhava o abdômen de Emma. — Então aproveite, salvadora.

O tom de Regina ao usar o seu título misturado ao seu sorriso perverso quase fez com que Emma viesse naquele momento. Ela fechou os olhos com força por alguns segundos na tentativa de acalmar a sua respiração e ao sentir as mãos de Regina apertarem seus seios com força puxando seus mamilos. Emma abriu os olhos repentinamente e seu quadril se moveu contra o de Regina se enterrando ainda mais profundamente dentro dela.

— Oh, Emma...

A cena diante dela era quase demais para a loira suportar sem explodir e preencher a morena com seu gozo.

Regina se movia para cima e para baixo em seu pau, os olhos fechados, a cabeça jogada para trás, suas mãos alternavam entre apertar seus seios com força e beliscar seus mamilos enrijecidos. Emma sabia que não duraria muito desse jeito. Sua respiração ficando mais rápida a cada impulso de seu quadril.

— Você vai gozar, Emma? Você vai gozar dentro de mim- aaah! – As palavras se tornaram um gemido quando a mão de Emma deslizou pelo abdômen de Regina e ela começou a esfregar círculos em seu clitóris.

— Goze comigo. – Emma sussurrou entre gemidos.

Por minutos os únicos sons que se ouviam no quarto eram os gemidos, beijos eróticos e o encontro dos corpos de ambas enquanto se moviam em sincronia.

— Eu... eu vou... – Regina gemeu quando Emma acelerou os círculos em seu clitóris.

— Eu também. – Emma choramingou tentando se concentrar para que viessem juntas.

Regina gemeu enquanto sentia o formigamento nos dedos dos pés. — Emma, eu estou... – Ela gritou quando seu orgasmo a atravessou enquanto a loira continuava se movendo. — Me preencha, por favor. – Ela gemeu quando seu corpo estremeceu.

— Fuck! – Emma gemeu quando veio, esguichando profundamente dentro de Regina, seu quadril movendo-se tão rapidamente contra o quadril acima dela enquanto ela preenchia a mulher que ela amava.

Regina desabou sobre a loira e Emma aproveitou a oportunidade para abraça-la desenhando círculos lentos nas costas da morena enquanto suas respirações se normalizavam.

— Eu te amo, Regina. – Emma sussurrou e a prefeita levantou a cabeça para olha-la.

Seus olhares se encontraram e a morena a olhou intensamente sem dizer nada por algum tempo. Emma já estava começando a sentir a angústia, a dor, a sensação de que talvez Regina não se sentisse da mesma maneira e a morena deve ter notado a mudança porque quando Emma fez menção de se mover ela segurou seu rosto com as duas mãos, acariciando suavemente suas bochechas.

— Eu te amo, Emma. – Ela sorriu, suas bochechas ainda coradas de momentos atrás. — Eu lamento por ter esperando tanto para dizer isso a você. Eu lamento ter causado tanta dor a ponto de você querer deixar sua família, seus amigos e Henry...

— Não era como se eu pudesse simplesmente chegar e dizer a você como eu me sentia quando você estava com Robin... – Emma fez uma careta franzindo o cenho. — Falando nisso...

— Eu terminei com ele há alguns dias.

— Mesmo? Porque?

— Eu nunca senti como se pertencesse a ele. Nunca pareceu certo como sempre pareceu com você, mesmo que nós apenas sentássemos para uma refeição com o nosso filho. – Regina sorriu e depositou um beijo suave nos lábios da loira. — E depois que você caiu no portal da Zelena e todos aqueles flashbacks começaram a aparecer na minha mente eu... eu sabia que não era ele. Mesmo sem saber ao certo o que eram aquelas lembranças que estavam surgindo eu sabia que de algum modo tinham a ver com você e mesmo lembranças incompletas me deixavam mais extasiada do que qualquer coisa que Robin fizesse por mim. Não era justo com ele e nem com a gente.

— E como ele reagiu?

— Ele não pareceu gostar muito da ideia, mas depois de Leopold eu prometi a mim que jamais ficaria com alguém que eu não quisesse novamente.

— Eu sinto muito.

Regina notou o aperto na mandíbula de Emma e ela soube que a loira tinha uma boa ideia ao que ela estava se referindo. Haviam tantos significados por trás daquelas três palavras e Regina sabia que Emma realmente queria dizer cada uma delas.

— Está tudo bem, Emma. – Regina acariciou sua bochecha e colocou seu cabelo para fora de seu rosto.

As duas gemeram quando a morena se moveu sobre Emma e ela moveu a mão novamente fazendo desaparecer o pênis que havia conjurado momentos atrás para realizar a fantasia de ambas.

Regina se aconchegou contra o corpo de Emma e suspirou feliz com a sensação. Ela sentiu os braços da loira circulando sua cintura e seus dedos fazendo círculos preguiçosos em sua pele e sorriu.

— Talvez Hook tenha razão. – Emma disse após algum tempo. — Talvez eu tenha mesmo algo que me puxa para você. Como um campo magnético ou algo assim.

— O pirata disse isso? – Regina levantou a cabeça para olha-la, sua sobrancelha arqueada.

— Ele disse isso quando estávamos no passado. – Emma deu de ombros.

— E o que o fez dizer isso?

— Nada demais.

— Emma...

— Eu vi você- a Rainha passar e você estava usando uma calça de couro e um casaco vermelho e um chapéu e o cabelo longo e... – Emma parecia perdida em uma lembrança, um sorriso se alargando em seus lábios, seu corpo estremecendo com a lembrança.

— Emma. – Regina estalou os dedos diante da loira e ela a olhou corada.

— Desculpe-me, eu...

— Você tem fantasias com a Evil Queen?

— Você já viu o guarda-roupa dela? – Emma sorriu.

Regina revirou os olhos teatralmente e mordeu suavemente o seio da loira fazendo-a gemer.

— Voltando ao que você estava falando...

— Oh, sim. Eu não sei aonde nós estávamos. Era uma vila ou aldeia ou qualquer coisa assim e você estava procurando por Snow White e então de repente uma mulher apareceu trazida por alguns guardas com um capuz em sua cabeça e gritando que você iria matá-la...

Emma sentiu a morena enrijecer em seus braços e tocou seu rosto gentilmente fazendo-a olhar para ela.

— Eu sei que você fez coisas terríveis no passado, mas eu também sei que nada é preto no branco. Eu sei que muitas coisas ruins aconteceram em sua vida – embora eu não saiba muito do seu passado – que a levaram a fazer o que fez, mas independentemente de qualquer coisa, você não é mais aquela mulher. Você ainda é e sempre vai ser uma rainha para mim, mas é apenas isso. Rainha. Sem o má.

— Nada do que eu fiz justifica...

— Não? – Emma se ajeitou na cama e colocou a morena em seus braços novamente. — Eu não sei tudo pelo que você passou e me ferve o sangue imaginar e me enraivece ainda mais saber que parte de toda a sua dor foi causada pela minha mãe. Porque ela era uma criança mimada e egoísta e...

— Emma. – Regina colocou suavemente seu dedo sobre os lábios da loira em um pedido para que ela se calasse. — Eu falei sério quando disse que se você conhecer todos os meus segredos você não irá mais querer ficar ao meu lado. Houve um tempo em que eu fui manipulada, sim, mas eu também gostei do poder que as trevas me davam. Eu me deixei consumir.

— E como você poderia lutar contra quando não havia um motivo para isso? Quando não havia ninguém lá por você...

Os olhos verdejantes de Emma estava brilhando com as lágrimas que se formavam e ela os fechou apertados para impedir que elas caíssem. Ela não queria pensar nisso agora. Ela queria apenas saborear o momento, a sensação de Regina em seus braços, suas peles quentes uma contra a outra.

Parecendo sentir todas as emoções que tomavam conta do corpo da loira, Regina a abraçou forte e depositou beijos suaves em seu queixo até alcançar seus lábios. Ela sabia que muito precisaria ser conversado se elas fossem realmente tentar um relacionamento a partir dali, mas essas conversas poderiam ficar para depois. No momento ela queria apenas aproveitar a sensação de finalmente ter Emma em seus braços novamente.

 


Notas Finais


Bem, é isso.

Deixem-me saber o que acharam. =)

Nos vemos em breve em outra história.

Boa semana!


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