História Será que é amor? - Imagine Wonho Monsta X - Tem coisas que nunca mudam.

 

Abri meus olhos vendo meu marido se levantar, mas estava cansada demais depois de fazer amor repetidas vezes naquela noite. Hoseok havia esgotado minhas forças, então apenas me virei e voltei a dormir.

 

 

 

 

Acordei com ele deitando ao meu lado e me abraçando forte como se eu estivesse prestes a sair correndo:

 

- Oi meu anjo, está tudo bem com você? – perguntei o fazendo perceber que havia acordado com seu abraço.

 

- Está sim querida, desculpe te acordar, só não estava conseguindo dormir, mas ficar sem te sentir assim pertinho de mim me deixa mais ansioso ainda. – me beijou na nuca e desceu com beijinhos suaves por todo meu pescoço.

 

- Hm, Ho... – sussurrei cansada – cinco vezes eu não aguento! Não hoje.

 

Ele riu divertido:

 

- Mas eu não fiz nada bebê! Apenas estou te beijando.

 

Me virando, passei a mão por seu abdome até chegar em sua intimidade:

 

- E o que isso significa hm? – o olhei maliciosa.

 

- Significa que eu te amo, e sempre quero ser todo, e inteiramente seu, assim como você é toda e inteirinha minha... – me devolveu o olhar malicioso – Mas eu sei que hoje eu já tive minha cota esgotada. – disse passando os dedos pelo decote da minha camisola, fazendo meus pelos se eriçarem, ao sentir seus dedos massageando meus mamilos.

 

- Para de me provocar que você sabe que eu não resisto a esse rostinho fofo, e esses carinhos! – disse o puxando pra cima de meu corpo, que já pedia por ele.

 

Olhou dentro dos meus olhos, e eu senti um aperto no coração ao ouvi-lo falar, parecia sofrer:

 

- Samy, promete que nunca vai deixar de me amar? – os olhos de Hoseok me transmitiram certa dor. E no fundo eu já sabia o por quê...

 

- Jamais deixarei de te amar, eu prometo isso pra você meu amor. – ele sorriu e seus olhos lacrimejaram, quando num beijo doce e apaixonado terminamos a noite nos amando mais uma vez.

 

 

 

 

O dia amanheceu, levantei espreguiçando-me, e ao olhar em minha volta não vi meu marido na cama. Levantei-me e vesti meu roupão de seda rosa bebê, e andei pelo corredor até a porta do quarto de Jisung.

Hoseok estava lá com ele. Olhava fixamente para o bebê que dormia todo espalhado no berço.

 

Resolvi apenas deixa-lo naquele momento com nosso filho e me dirigi até a cozinha.  

 

 

- Bom dia Sam. – disse Nadir preparando o seu café especial, a moda brasileira.

 

- Bom dia querida. Hum que cheiro maravilhoso.

 

- Já tá quase pronto, senta ai meu bem. Cadê o Hoseok, ta dormindo ainda?

 

- Não, ele está com o Ji. Estava tão quietinho olhando o bebê que não quis atrapalhar eles. – disse distraída enquanto arrumava uma bandeja.

 

- Sam, e o seu amigo heim? Que morenaço! Me deu até um negócio quando eu o vi.

 

- Ai Nadir até você? eu não sei o que vocês estão vendo de extraordinário no Math, sabia. – Nadir me olha com cara de deboche – Tudo bem que ele meio que, mudou, tá fortão e aqueles cabelos estão muito bem cuidados, mas eu não consigo ver ele assim.

 

- Ai Samantha! Por favor né, vai me dizer que não achou ele gostosinho nem um pouquinho? Só estamos nós duas pequena, pode falar.

 

- Não Nadir, não achei ele tudo isso que você e Carly acharam não.

 

- Aish, é porque você o considera como irmão, mas eu tenho certeza que ele não te vê como uma irmãzinha não. Reparei muito bem em como ele te olhou, e fez de tudo pra ficar pertinho de você.

 

Olhei para ela revirando os olhos:

 

- Você tem cada ideia. Vou até sair daqui. Ah, não esquece que hoje o Ji vai ficar com você pra eu ir com Hoseok pra empresa tá.

 

- Sam, o pior cego é aquele que não ver. E eu não esqueci do Ji não, mas eu ainda acho uma má ideia você trabalhar com ele tão pequeno. Sabe como ele é apegado em você e no Hoseok. Sem o pai ele até estava mais acostumado, mas agora sem vocês dois ele vai estranhar muito.

 

Nadir achava que eu não deveria trabalhar na MX agora, que Jisung era muito pequeno. Ela tinha razão, mas eu tinha certeza que daria tudo certo... pelo menos eu pensava...

 

 

 

Entrei no corredor, envolvida em meus pensamentos... “Hoje vou falar com o Math. Deixar claro pra ele que, mesmo sendo amigos ele precisa se afastar um pouco. Agora sou uma mulher casada. Não quero que Hoseok fique com ciúmes dele, pois se isso acontecer, será um problema.”

 

Passo pelo quarto de Jisung, e Hoseok já não está lá. Continuo andando e entro em nosso quarto; ele estava apenas de cueca penteando os cabelos em frente ao seu armário de roupas. Olhava suas peças, escolhendo qual usaria naquele dia.

Coloco a bandeja na cama e devagar chego perto dele, o assustando com um tapinha na bunda.

 

- Ah! – ele gritou – que susto amor! – colocou as mãos no peito e se curvou pra frente, fechando os olhos, enquanto eu ria muito.

 

- Meu Deus, esse homem só tem tamanho!

 

- Você me assustou sabia! Agora vou me vingar de você. – ele me pegou nos braços e me jogou nas costas me levando pra banheira cheia de agua, me jogou lá dentro, molhando meu roupão de seda.

 

- Hoseok! – bufei brava, e imediatamente o puxei pra dentro da banheira comigo. Ficamos brincando na água, como duas crianças por um bom tempo.

 

 

 

Nos arrumamos depois do banho divertido. Comemos e fui amamentar e cuidar de meu filho, que estava quase acordando, enquanto Hoseok foi até a cozinha levar a bandeja.

 

- Bom dia Nadir. Trouxe nossa bandeja. – a cumprimenta.

 

- Oi meu menino, o café estava bom?

 

- Maravilhoso como sempre. – ele sorriu.

 

- Você parece um pouco preocupado. É por causa do bebê? Fique tranquilo, Sam sabe o que faz.

 

- Eu seu Nadir, são outras coisas que me preocupam agora, mas vai passar.

 

- É sobre o Mathews, não é? – Nadir sempre direta. – eu percebi que você não foi muito com a cara dele, mas não se preocupe, ele não vai ser uma ameaça, Sam não tem olhos pra mais ninguém além de você.

 

Hoseok apenas sorriu.

 

 

 

 

 

Deixamos Jisung com Nadir, e fomos no carro de Hoseok pra empresa. Minhas coisas já estavam lá, pois eu havia pedido pra levarem. A sala de Hoseok era ampla e tinha um espaço bem agradável, onde eu pude montar uma mesa para mim.

Os meninos chegaram e foram me cumprimentar. Foi bem rapidinho, pois eles tinham que se reunir pra decidir umas coisas da próxima turnê deles além dos treinamentos dos trainees.

 

 

Eu estava sozinha na sala, quando ouvi risadas alegres no corredor. Eram Jhonny e Math, que entraram da sala para me cumprimentar:

 

- Bom dia minha maninha mais linda! Ué cadê o Wonho? – Jhonny pergunta depois de me abraçar.

 

- Está na reunião, esperando por vocês, que aliás estão atrasados.

 

Ele ri e olha Math, que vem em minha direção, pronto pra um abraço:

 

- Bom dia pirralha! – coloquei a mão em seu peito evitando o abraço. – que foi Sam, não quer que eu a abrace? – ele ri desconsertado.

 

- Bom dia Math, só acho que devemos evitar esse tipo de contato, afinal agora sou uma mulher casada e não é legal esse tipo de atitude entre nós.

 

Ele me olha meio chateado.

 

- Entendi, agora não posso mais abraçar minha irmãzinha porque ela casou?

 

- É isso mesmo, e agora vão que estão atrasados. – me viro achando que eles iam sair quando sou surpreendida por Math, que me pega no colo e me abraça.

 

- Antes me dá meu abraço sua pirralha.

 

Como Math era muito forte, ele facilmente me imobilizou em seus braços, e mesmo brava acabei rindo dele, mas ainda assim o repreendi:

 

- Mathews, é sério, você tem que me respeitar mais. Não sou mais a mesma pirralha de 14 anos. – ele me soltou e eu o olhei mais séria dessa vez – Por favor Math, hm?

 

Ele riu e simplesmente disse:

 

- Vou pensar no seu caso. – saiu bagunçando meu cabelo.

 

Jhonny olhou pra mim, e se despediu rindo:

 

- Até mais maninha.

 

 

 

Depois da reunião Hoseok volta com Shownu até nossa sala. Pergunto sobre Carly e Shownu diz que ela está bem. Me tranquilizo, pois ela havia me mandado mensagem que estava com dores.

Trabalhamos bem nesse primeiro período do dia. Fomos comer em casa pra ver Jisung. Eu já estava morrendo de saudades.

 

 

 

No carro de volta pra casa:

 

 

- Amor, seu amigo é muito inteligente. Ele tem ótimas ideias, que serão úteis pra nossa empresa. – Hoseok disse sério enquanto dirigia.

 

- Que bom Ho, por falar nele, pedi pra ele ser mais controlado comigo. Não é certo que tenhamos tanto contato físico como antes, agora sou uma mulher casada. – sorri vendo meu marido me olhar de canto.

 

- E ele disse o que? – Hoseok pergunta curioso.

 

- Disse brincando que vai pensar, mas ele vai se conter nas brincadeiras, tenho certeza. – era visível que ouvir isso não agradou Hoseok, mas ele não disse nada.

 

 

 

 

Chegamos em casa e Nadir estava com uma cara de preocupada:

 

- Que bom que vocês chegaram. Sam, o Ji não quis pegar a mamadeira. Chorou tanto que até dormiu.

 

- Porque não me ligou Nadir? – disse, jogando minha bolsa no sofá, indo pro quarto de meu filho, que dormia. – Podia ter me ligado.

 

- Não liguei pois achei que ia conseguir fazê-lo parar. Mas foi uma decisão errada. Ele não quer ficar no colo, nem no tapete, está irritado e bravo.

 

- Está querendo a mãe dele. – Hoseok disse sério me seguindo até o quarto.

 

O acordei e peguei em meus braços. Assim que me viu sorriu e me abraçou forte com aqueles bracinhos gordinhos.

 

- Mamã. – ouvi meu filho resmungar manhoso.

 

Olhei Hoseok que tinha um sorriso enorme no rosto:

 

- Sam, ele disse mamãe! A primeira palavra dele foi mamãe. – passou a mão nas costinhas de Jisung, e brincando com ele disse - Sério isso carinha? Tinha que falar papai!

 

Eu estava radiante com isso, meu filho me chamando de mamãe. Foi o ponto alto do dia.

 

Almoçamos e eu não largava meu filho por nada. Hoseok precisava voltar pra empresa, ele e os meninos tinham ensaio a tarde. Hoseok ia se apresentar pela última vez com os meninos no Show de início da turnê deles, assim como Shownu.

 

 

- Fica com ele amor, olha como ele está feliz com você. – Hoseok não queria que eu voltasse pra empresa.

 

- Ho, se eu fizer isso ele vai ficar mal acostumado, e eu nunca mais sairei de casa. Não vou ficar, vou voltar com você. – dei Jisung pra Nadir. – Meu amor mamãe vai trabalhar agora, mas já já eu volto tá bom, meu bem? – o beijo.

 

Arrumei minhas coisas e quando íamos saindo depois de nos despedirmos de Ji, ele iniciou um choro alto e sentido, que cortou meu coração em pedaços. Apenas olhei pra meu marido que me deu um beijo e disse:

 

- Fica com ele amor. – sorri pra Hoseok, e voltei correndo pra dentro de casa, logo pegando meu filho nos braços.

 

- Pronto meu anjinho, mamãe tá aqui.

 

- Mamã! Mamã! – respondeu com os olhinhos lacrimejando.

 

 

 

 

Hoseok voltou pra empresa. Os meninos o esperavam pros ensaios. Jhonny havia saído pra resolver umas coisas enquanto Mathews ficou trabalhando no escritório deles. Viu Hoseok passando perto de sua sala e correu parando na porta:

 

- Ei, Hoseok, Sam está na sua sala? Quero falar com ela.

 

- Não Mathews, minha mulher ficou em casa com nosso filho. Amanhã você fala com ela.

 

Math balançou a cabeça:

 

- Você a fez ficar em casa? Não acha que isso é machismo não, cara? Ela é uma empresária e adora trabalhar, vai mesmo fazê-la ficar em casa? Ela já deixou a carreira de cantora por sua causa, agora não pode mais trabalhar? Vocês coreanos são muito estranhos. Mas enfim, se ela está feliz assim ...

 

Hoseok respirou fundo, e indo perto de Math respondeu:

 

- Primeiro, que ela já não estava se sentindo bem como cantora, como amigo você deveria saber, e segundo que ela ficou em casa por vontade própria, porque nosso filho é mais importante pra ela que o trabalho. Então não é uma questão de machismo, nem de cultura. Samy é livre pra fazer o que quiser, eu não mando nela, se é isso que pensa. Minha mulher não é submissa a mim, nem a ninguém, e isso nunca vai mudar, porque esse é o maior encanto dela, ser ela mesma.

 

Math riu:

 

- Então vai me dizer que não foi você que mandou ela me falar pra eu me afastar um pouco? Me poupe meu amigo. Desde ontem quando nos conhecemos eu reparei que você não gostou nada de mim. Só foi educado por ela. Olha Hoseok, Sam e eu somos amigos desde o berço, temos uma história, e não vai ser você que vai mudar isso, entendeu?

 

- Não tenho essa intenção Mathews. Sei que são como irmãos, mas se você não entendeu ainda, Samantha é casada, e você tem, por consideração, que respeitá-la. – Hoseok estava sério.

 

- E desde quando dar um abraço é falta de respeito cara?

 

- Desde quando a outra pessoa não queira! Se ela disse que não quer que você a abrace, você deve respeitar isso. Eu sei que você a abraçou sem o consentimento dela hoje. Hyungwon viu e me contou. Então por favor, faça o que ela pede.

 

Mathews riu:

 

- Sam é mais que uma amiga, e não vou deixar de fazer as coisas que sempre fiz só porque você quer. – deu as costas pra Hoseok, que respirando fundo foi pra sala de prática com os outros que o esperavam.

 

Shownu notou que Hoseok estava pensativo:

 

- Está tudo bem Wonho?

 

- Está sim hyung, não é nada... – respondeu pensativo.

 

 

 

 

 

 

 

Jhonny voltou de seu compromisso:

 

- E ai meu amigo, com está tudo por aqui. Nossa a Coréia é muito quente... - Jhonny falava distraído enquanto Math, olhava pro nada. – Math, tudo bem?

 

- Tá, não é nada Jhonny. Só não entendo porque esse cara quer fazer a Sam mudar, ela nunca foi de fazer nada que mandassem, e agora esse cara faz o que quer com ela. Você não se incomoda com isso? seu cunhado controlar sua irmã assim? – Math estava inconformado com minha decisão de manter certa distância.

 

Jhonny riu de sua cara:

 

- Math, se duvidar, Samantha é que controla o Wonho cara. Ele faz tudo que ela quer. Olha a Sam mudou muito desde que conheceu o Wonho. Você deve lembrar de tudo que ela passou com o ex dela não é?

 

- Sim, e como. Ela não queria me ver, dizia que tinha vergonha de ter sido manipulada por ele.

 

- Pois é. Hoseok foi o único que conseguiu quebrar as camadas de pedra do coração dela. Ela mudou por amor e por isso ela pensa muito mais pra fazer qualquer coisa, ela não é mais aquela Sam impulsiva que você conheceu. Minha irmã é feliz com o marido. Olha eu confesso que no começo eu tive minhas dúvidas sobre ele, mas depois que passamos a conviver, percebi como ele faz bem pra ela, e a faz feliz. Sam fez a melhor escolha da vida dela casando com quem ela ama. – Jhonny falava sereno, mas logo voltou ao normal – E ele teve coragem de peitar o nosso pai cara, só isso já me fez amar meu cunhado há há há!

 

Mathews se manteve quieto e fez Jhonny perguntar:

 

- Cara, não pode ser, você ainda não superou o romance fracassado de vocês dois? Mathews vira essa página cara, já fazem mais de 15 anos isso!

 

Mathews respirou fundo:

 

- Não consigo, eu ainda a amo. Depois dela, nunca mais consegui amar ninguém. Você sabe muito bem disso.

 

- Mas foi só um beijo! – Jhonny estava indignado. – Você é maluco ou o quê? Parar sua vida por um simples beijo de adolescentes?

 

- Eu amo a Sam. Parece loucura, mas é isso que eu sinto, droga. E eu juro que se eu tiver uma oportunidade por menor que seja, eu não vou desperdiçar.

 

- Cara, vou fingir que nem ouvi isso. – Jhonny não deu importância pro que Math disse. Achava que era brincadeira dele. Mas na verdade não era.

 

 

Jhonny saiu da sala e encontrou com Hoseok e os meninos na sala de ensaios. Assistiu um pouco e durante uma pausa começou a conversar com meu marido:

 

- Vamos comer algo. Jhonny, quer ir?

 

- Claro, vamos. E Sam, não a vi depois do almoço, Jisung está bem?

 

- Mais ou menos, os dentinhos estão nascendo, e ele teve febre. Sam ficou com ele.

 

- Wonho, você não acha que o meu sobrinho é muito pequeno pra Sam deixar ele em casa e voltar a trabalhar? A gente tem o Mathews agora pra ajudar, não precisamos dela aqui. – Jhonny disse a Hoseok, que com um leve sorriso respondeu:

 

- Achar eu acho, mas vai tentar falar alguma coisa pra Samatha? Sua irmã é teimosa, e se ela quer assim, não posso obriga-la a nada. Sabe que eu não fico contra as vontades dela, mesmo que eu não concorde.

 

Eles riram.

 

- Sam não muda nesse quesito não é? Quando coloca uma coisa na cabeça... mas sinceramente eu ainda acho que ela vai acabar ficando em casa pelo bebê. Ela só está se sentindo meio insegura por causa do que aconteceu com a Yerin.

 

- É o que eu espero Jhonny. Ela sabe que pode confiar em mim. – Hoseok se sentiu curioso. – Jhonny, Math não tem mesmo ninguém? Ele é jovem, deve ter alguém.

 

- Math? Não. Ele não é muito de namorar. É um cara bacana, mas ainda não achou ninguém especial. – e sem querer, distraído falou sem nem pensar. – Depois do primeiro beijo dele com a Sam, ele não se apaixonou por mais ninguém.

 

 – Primeiro beijo? Com a Sam? – Hoseok olha assustado pra Jhonny, que se toca do que acabou de fazer.

 

- Ai cara, foi mal, Sam vai me matar, você não sabia não é? Olha Wonho, eles eram crianças e deram um beijo durante uma dança na festa de aniversário do irmão dele, mas a Sam não correspondeu. Ela nunca gostou dele assim, não teve importância pra ela.

 

Hoseok engoliu seco. Se manteve calado, enquanto Jhonny, se desesperou:

 

- Wonho, foi a muito tempo atrás e minha irmã nunca, nunca sentiu nada por ele, eu juro cara.

 

Jhonny sabia que Hoseok era ciumento e sensível, por isso ele ficou apreensivo. Hoseok percebeu:

 

- Fica tranquilo Jhonny, sei que ela deve ter uma boa razão pra não me falar nada.

 

Ambos se calaram e Hoseok voltou pros ensaios.

 

Shownu como sempre sabia que algo estava errado com Hoseok:

 

- Wonho, tudo bem? Parece nervoso.

 

- Não é nada hyung, apenas uma coisa que Jhonny me disse.

 

- O que Jhonny te disse, pra te deixar assim?

 

- Mathews deu o primeiro beijo da Samantha. E ela não me disse nada.

 

- E daí? – Shownu dá de ombros.

 

- Como e daí Shownu? Ela nunca me disse nada. Porque esconder isso de mim?

 

- Será que é porque você ficaria assim, todo paranoico? Hoseok, quando você vai aprender que sua insegurança só te faz mal, e faz mal pra sua mulher heim?

 

- Hyung, eu sei que sou assim, mas ela devia confiar mais em mim. Se não significasse nada ela teria me dito! – Hoseok ficou ainda mais nervoso.

 

Shownu riu:

 

- Quando você vai entender de uma vez por todas que sua mulher te ama e que a vida dela antes de você não existe mais? Olha eu sei que você vai me odiar por isso, mas eu já sabia porque a Carly me contou, e ela me disse que ao perguntar a Sam porque ela não te contava ela disse que tudo que viveu antes de você, não significa mais nada pra ela, que você é a única pessoa que importa pra ela.

 

- Então porque não confiou em mim e me contou?

 

- Ai, ai... Porque você é ciumento demais pra entender que o que passou, passou. Agora desfaz essa cara de burro bravo e vamos voltar pro ensaio.

 

- Hyung...

 

- Hyung nada. Você tem que entender sua esposa cara. Ela ama você! quando uma mulher como Samantha Verner ia deixar a vida e a carreira de anos por um homem, se não foi por amor? sair de seu país e deixar uma vida de liberdade pra viver numa cultura totalmente diferente da sua se não foi por amor?

 

- Eu não duvido do amor dela, só quero que ela confie em mim!

 

- Ela confia, mas é você que não confia em si mesmo, e se sente ameaçado por tudo! Se toca Hoseok, antes que perca a pessoa que mais te ama na vida!

 

Hoseok ficou calado. Pensativo.

As palavras de Shownu o fizeram refletir em como ele era infantil as vezes, e sua insegurança ainda poderia fazê-lo sofrer sem necessidade.

 

 

 

 

 

Pov Mathews:

 

Sam foi meu primeiro amor, e depois do nosso primeiro beijo, eu não pude mais esquecê-la. Mesmo ela nunca tendo me dado esperanças, eu a amava como se não fosse capaz de amar mais ninguém.

 

Quando ela saiu do Brasil por causa da carreira, eu ainda tinha esperanças de um dia poder ficar com ela, mas me enganei. Sam se tornou dura e quase intocável, principalmente depois do namoro conturbado com Chris Evans.

Ela não falava mais comigo, afastava todos que queriam se aproximar, inclusive eu.

Sofri ao vê-la sofrendo, mas ela não quis minha ajuda. Tentei continuar meu caminho e encontrar alguém, mas Sam me deixou um vazio impossível de ser preenchido. Pode parecer bobagem e loucura, mas eu amava Samantha loucamente.

 

Aquela menina doce e frágil que um dia me chamava de melhor amigo, que chorava no meu ombro quando estava triste, que ria das minhas piadas, e me fazia sentir especial, havia desaparecido e dado lugar a uma mulher dura e implacável, que não dava espaço pra um novo amor.

 

Quando eu soube que ela estava de mudança para o outro lado do mundo, eu imaginei que fosse apenas por capricho, mas quando Jhonny me disse que ela estava apaixonada e deixaria sua carreira por ele, meu coração se desfez em pedaços. Como poderia conviver com isso? eu que era próximo dela desde sempre, perder pra um desconhecido que nem ao menos falava nossa língua?

 

Não vou mentir e dizer que desejei que desse certo, pelo contrário. Queria que ela se desiludisse e que voltasse atrás, mas não foi isso que aconteceu.

 

Na sua última turnê, eu estava no Brasil quando ela fez o show em São Paulo, mas disse a Jhonny que iria viajar. Menti porque sabia que ela iria esfregar na minha cara que eu havia perdido pra um idiota de olhos rasgados.

 

Meu coração tentou se aproximar de outras garotas, mas foi tudo em vão. Apenas fiz as pessoas que se aproximaram de mim sofrerem. E claro, sofri também. Mas meu sofrimento maior foi quando vi o anúncio do casamento nas redes sociais. “Casar? Ela vai se casar?” não podia acreditar.

Jhonny me ligou e nos encontramos. Ele me trouxe o convite do casamento, mas como eu poderia ver a minha amada indo pro altar com outro?

 

Não fui, e ela nem sequer perguntou porque não apareci.

 

Me arrependo de não ter tido coragem de dizer o que sentia e ter tentado lutar por ela, mas já era tarde. Tentei me conformar.

 

Ela se tornou um sonho esquecido, e eu um lobo solitário. Saia pelas noites a procura de carinho, mas nada me fazia esquecer Sam.

 

Fiz terapias, e por um tempo eu me senti menos mal pelo que sentia, até ser convidado por Jhonny pra ir para Coreia do Sul, trabalhar, e saber que a veria novamente.

 

“Ela está casada, e feliz. Mas ainda podemos ser amigos!” era o que eu pensava, mas depois de ver o sorriso da minha pirralha, tudo voltou como um turbilhão.

 Se eu tivesse uma chance, por menor que fosse, iria aproveitar mesmo que me custasse caro...