História Será que isso é amor? - Não vai demorar -Por Silena

Ele saiu do chalé. Eu me vesti e não demorei muito para ir. Peguei um Moletom dele com meu short jeans, tênis e meias 7/8. Segui para meu chalé onde as meninas me esperavam. 
-Você anda muito sumida pro meu gosto! -Brincou Alaska, assim que entrei no chalé 
-Você não pode falar nada, mana -Respondi, arqueando as sobrancelhas -Da última vez que arranjou um namorado eu não te vi por meses! 
Eu ri e ela me jogou um travesseiro.
-Exagerada! 
-Ei! Podem parar? -Disse, em tom calmo, Snow, que estava quieta até agora -Estão me atrapalhando! -Ela tinha um caderno nas mãos
-O que está fazendo? Perguntei, me aproximando 
-Tentando escrever -Ela me olhou rapidamente. -Alaska estava de saída então achei que conseguiria relaxar. 
-Ainda tem aqueles problemas? -Perguntei, começando a ficar preocupada 
-Eles vão e voltam... -Respondeu, sem me olhar dessa vez.

-Eu estava indo para o subterrâneo. -Interrompeu Alaska -Visitar a Rainha e ver como estão as coisas.
-Eu tenho o dia livre hoje, vou com você! -Disse já me convidando -Vou me trocar. -Peguei minha mala 
-Se lembra de nosso último chá? -Disse Alaska, sentada na cama 
-Sim -Respondi
-No Oráculo apareceram mais duas meninas, se lembra? Além das três campeãs. 
-Sim, a Clarisse e... Não conheço a outra -Consegui escolher uma roupa
-Acha que devemos leva-la? Parecem ser mortais... 
-Claro! -Se intrometeu Snow -Quanto melhor ela conhecer o subterrâneo, mais fácil será montar ataques. 
-Realmente ficaria mais fácil, mas.. É perigoso -Disse Alaska -E Clarisse tem aquele lance com a Soph, e agora Alice... Será que não vai fazer mal a ela? 
-Não podemos desafiar o oráculo -Argumentei enquanto me vestia -Vai acontecer de um jeito ou de outro então é melhor que elas saibam o que fazer. Precisaremos delas. 

Saímos do chalé e não encontramos Angel. Usamos o portal cartola, eu achava melhor irmos pelos túneis para não usar os resquícios de magia que existem nesse mundo, mas Alaska gosta de se mostrar, mesmo que meus túneis sejam melhores para uma fuga rápida. Depois de andar um pouco estávamos no castelo. 
-O que eu devo fazer? -Perguntou Clarisse, quando passamos pelos portões cercados de guardas.
-Apenas nos siga e imite. Se não entender alguma charada ou trocadilho, apenas ria, mas não exageradamente. Depois quero te mostrar um lugar. -Eu respondi. 

A Rainha caminhava pelo jardim com alguns de seus súditos. 
-Vossa Alteza, É uma honra. -Eu e Alaska nos curvamos, Clarisse logo em seguida. 
-Olá minhas campeãs, como estão hoje? -Sua voz era doce e suave como a saia de seu longo e luxuoso vestido branco. 
-Muito bem, obrigada. -Respondeu Alaska, com um sorriso.
A Rainha se aproximou de nós.
-Me deem licença -Pediu ao pequeno grupo que logo dispersou. -Quem é essa? -Se referia à Clarisse. 
-Ela será nossa general. -Respondeu, minha prima/irmã
-O oráculo a escolheu -Completei - e decidimos traze-la para aprender como as coisas funcionam e quem sabe treinar um pouco. Ela é ótima com estratégias e tenho certeza que se dará bem. 
Clarisse sorriu suavemente, e fez uma referência. Percebi que estava um pouco nervosa mesmo que seu rosto não o transmitisse. 

Tomamos um chá com a Rainha e conversamos sobre a possível guerra. Tudo já estava preparado mas o combate prometia ser intenso. As provocações da Rainha vermelha eram sequentes e o dia marcado no oráculo de aproximava. Tínhamos por volta de um mês para todos os preparativos. Fiz com Clarisse um pequeno tour pelo palácio então saímos andando pelo País das maravilhas. Alaska foi resolver algo com o pai. Acompanhei Clarisse até a casa invertida onde cada quarto era uma nova surpresa. 
-O que viemos fazer aqui mesmo? -Ela perguntou assim que entramos. A gravidade invertida nos puxou para cima.
-Eu só preciso achar a sala certa. 
Olhei ao redor, não tinha uma porta se quer, mas a Janela dava para outro cômodo. Foi por lá que passamos. 

Eu perdi a noção de tempo ali, tempo que no País das Maravilhas já é muito irregular. Parecia fazer dias que estávamos dentro da casa, mas podiam ser horas ou minutos no mundo real. Entramos em uma sala que subia e descia como um elevador. Em outra, para todos os lados haviam brinquedos sexuais o que me lembrou duas coisa. Primeiro que eu estava no cio e segundo que fazia "muito tempo" que eu não transava e precisava de sexo! "Ai Dani..!" Não consegui me conter e peguei algumas coisas que estavam espalhadas pelo chão. Algumas salas depois chegamos ao campo de batalha. Sim, tinha um campo de batalha dentro da casa. 

Eu a ensinai a fazer as cartas obedecerem seus comandos e falei um pouco sobre o terreno que não era tão diferente da própria sala. Em pouco tempo ela pegou o jeito. Batalhamos diversas vezes até ficarmos esgotadas. 
-Agora sim, vamos para casa! -Eu disse, suspirando depois do último combate. 
-Na próxima eu tenho certeza que ganho de você. -Disse ela enquanto se recompunha -Por onde saímos? 
-Pelo mesmo lugar que entramos -Respondi como se fosse óbvio. 
-Mas a porta sumiu! -Questionou ela 
-Sempre tem uma segundo opção.
Agarrei-a pelo pulso e flutuei até uma clarabóia no teto. O Sol estava nascendo. 
-Demoramos muito mais do que eu pensei.. -Comentou ela. 

Alaska decidiu ficar com seu pai mais alguns dias. Eu levei Clarisse para o nosso mundo, nos despedimos e fomos cada uma para seu chalé. Chegando aqui, tinha passado apenas algumas horas. O sol não tinha acabado de se pôr, Dani ainda não tinha voltado. Tomei um banho e me deitei. Estava cansada dos treinos. Em alguns minutos acabei adormecendo.