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História Sereias. - Sereias: Consequências.


Escrita por: TomasMatt

Notas do Autor


Olá, gente! Tudo bom?
Sobreviveram ao último capítulo? rs
Não é nenhum segredo que falei achar mais difícil escrever sobre Arlequina, porém neste capítulo senti facilidade em moldá-los de forma emotiva e dramática.
Agora os lançamentos da estória aconteceram mais rápidos, adiantei alguns capítulos e será até o vinte e cinco mesmo.
Boa leitura!

Capítulo 12 - Sereias: Consequências.


Harley Quinn.

 

Gotham era conhecida por ser uma cidade nublada, cheia de violência, climas tensos e psicopatas soltos em todos os lugares, trazendo mortes e traumas aos cidadãos.

- Pamela... –Harleen sentia as gotas de água cair sobre o corpo, escorrendo do teto aberto até os fios loiros e pele branca descoberta, estando de sutiã e calcinha. O Jardim Botânico agora não tinha mais Hera Venenosa para cuidar das plantas que considerava crianças. –Sinto muito trazer sua morte... –Apertou os lábios vermelhos que estavam feridos, sentindo o vento bater nos seios, mas não sentia o frio lhe abater. –Trouxe você para minha bagunça.

As raízes foram apodrecendo com os dizeres.

- Queria tê-la salvá-la. –Abaixando a cabeça, Arlequina fechou os punhos e cerrou os dentes, não controlando mais as lágrimas que desciam. –Amo você. –Sussurrou erguendo a face e olhando ao redor, sendo a última vez que passaria naquele local.

Harleen foi se afastando, saindo do Jardim Botânico e parando na rua, caindo de joelhos no chão frio e batendo as mãos no piso, esmurrando e socando repentinas vezes, raivosa por ter perdido uma amiga e relacionamento amoroso.

- Estou quebrada. –Murmurou com as mechas claras grudadas nos ombros, recebendo olhares de pessoas que andavam nas ruas com guarda-chuvas. –Pinguim, você é um cuzão! –Encheu os pulmões com bastante e soltou gritando, querendo achar uma maneira de esvaziar as emoções. –Morra! –Cuspia as palavras, levantando e seguindo atrás das pessoas com guarda-chuvas.

Os cidadãos corriam, reconhecendo a seguidora do Coringa.

- Foda-se, Pinguim. –Parando de persegui-los, ergueu as mãos e pairou as íris no dorso dos punhos, encontrando uma ferida externa, que não se comparava à dor do coração. –No fim, nenhum de nós venceu a Guerra.

 

Flashback.

 

Pamela acariciava vagarosamente os fios coloridos de Harleen, que estava encostada em seu ombro, ambas desnudas após fazerem sexo. Hera Venenosa pendeu os olhos no rosto angelical da maluquinha, depositando um beijo na testa pequena e abraçando-a com os braços, acariciando também a cintura corpulenta da mulher que tinha em mãos.

Abrindo as pálpebras, Arlequina foi se esfregando na ruiva, esticando os lábios em um sorriso curto, retribuindo o olhar.

- Bom dia, amor. –Mãe da Natureza sussurrou, passando a língua na boca, admirando a beleza da amante. –Não queria te acordar.

- Não me acordou! –Harleen quebrou todo carinho, passando as pernas ao redor da companheira, sentando em seu colo e pousando as mãos próximas da clavícula feminina alheia, controlando-se para não tocar nas mamas avantajadas que tinha. –Vai batalhar ao meu lado mesmo? –Perguntou receosa, mas não querendo quebrar mais o clima.

Hera Venenosa liberou uma risada curta, trazendo um braço para tirar uma mecha de cabelo de Arlequina de sua face e jogá-la na orelha, sendo lenta em cada gesto, apreciando os segundos sem conflito de ambas.

- Tenho que me redimir pela minha traição... –Harleen se assustou com o tom sério que escapava dos lábios. –Farei de tudo para merecer sua confiança e talvez, em um futuro, possamos ficar unidas.

- Adoraria isso... –A loira ficou sem ar com as falas.

- Sei dos sentimentos que nutre pelo Palhaço do Crime, porém quero batalhar por ti e conquistá-la... –Hera Venenosa subiu o tronco e abraçando-a aproximou as bocas. –As garotas que andam contigo estão fazendo muito para ajudá-las, parece que as Sereias não são mais formadas por mim e Mulher Gato. –Pausadamente, Pamela demonstrava os sentimentos que ocultava. –No fim da batalha, vou segui-la e amá-la.

Harleen negou com a cabeça.

- Confio em você, não precisa provar nada... –Foi interrompida pela veloz ruiva.

- Preciso e vou. –Hera Venenosa cansou das palavras e uniu os lábios, dessa vez em um beijo calmo e cálido.

 

Flashback.

 

Culpava Pinguim. Culpava Sr. Frio. Culpava Coringa.

Pior de tudo, se culpava pelo ocorrido.

- Butch... –Outra vez sentiu os sentidos ficarem perdidos e uma mistura de emoções embrulharem o estômago. – Te arrastei para minha confusão. –O nariz foi torcido. –Você foi outro bom amigo e nunca te esquecerei. –Pausou. –Obrigada.

Dois espíritos assistam Harleen arrasada e não tardou para Hera Venenosa se aproximar e tocar no ombro da loira, com Butch observando de longe com um sorriso estampado na face. Arlequina virou a face e procurou pelo toque frio que sentiu e não viu nada, piscando algumas vezes na medida em quê abraçava os braços.

O frio consumiu-a.

 

Black Siren.

 

O clima dentro do bar parecia sombrio e carregado de energias negativas provindas do falecimento ocorrido. Butch morreu, trazendo aos funcionários uma sensação o qual não sabiam lidar, esperando pela segunda líder do ambiente conhecida como Tigresa.

- Arlequina precisa de um tempo, sozinha... –Laurel comentou apoiando os cotovelos sobre a mesa, olhando entediada para os capangas restantes do mafioso. –Aqui parece um velório.

Caitlin estava sentada ao seu lado, com as mãos deixadas no colo e os brancos fios de cabelo caindo nas costas como cascatas, fitando o homem que tinha um dos braços enfaixado, sendo o que congelou da última vez que saiu do bar.

- É... –Sussurrou sem emoção. –Talvez seja. –Balançando os ombros, Dra. Snow suspirou e torceu os lábios gélidos. –Espero que nossa loirinha maluca fique bem.

A Duplicada da Segunda Terra estranhou toda demonstração de afeto pela loira e lançou um olhar provocativo.

- Como está se sentindo? –Perguntou dos ferimentos que ganhou em combate, recebendo como resposta o riso sarcástico da vilã de Central City.

- Algumas cicatrizes para coleção. –Nevasca comentou irônica, arrastando as unhas na bochecha para coçar. –Pegar o Crocodilo como inimigo foi burrice minha, parece que nenhum dos meus golpes faziam efeito nas escamas resistentes. Fora que depois veio Sr. Frio querendo vingança e...

Sereia Negra a cortou, trazendo o dedo indicador no centro da boca feminina azulada.

- Nem pense em se culpar... –Disse de forma firme, desejando matar os pensamentos falsos que dominavam o cérebro da Snow. –Fez o que podia. Pamela e Butch sabiam no que estavam se metendo. Do mesmo jeito que eles morreram, poderia ser uma de nós duas. –Afastou o dedo dos lábios. –Não somos imunes à morte.

Nevasca absorvia os ensinamentos da mais velha, como se fossem professora e aluna, ao mesmo tempo em que eram amigas. Queria aprender as artimanhas para se tornar mais forte fisicamente e intelectualmente.

- O que aconteceu com Bane? –Questionou Caitlin, encarando as íris escuras de Lance.

- Batman o prendeu após vencê-lo. –Estralou o pescoço, bocejando e jogando as costas na cadeira, subindo as pernas para cima da mesa e cruzando-as. –Ainda bem que conseguimos escapar.

O dançarino machucado chorava, enquanto outro companheiro o acolhia, abraçando por trás. Caitlin olhava a cena estranhando.

- Uma relação bonita... –Sereia Negra pronunciou, juntando as sobrancelhas de Nevasca que a fitou mais intensamente. –Vai dizer que nunca se relacionou com alguém do mesmo sexo?

As bochechas pálidas ganharam uma cor avermelhada.

- Não... –Desviou os olhos brancos e bufou. –Nunca. –Pausou. –Você já? –Rebateu a pergunta.

Laurel deu uma risada breve, esfregando os lábios.

- Sim, já fiquei. Gostaria de prova... –Foi interrompida pelo chutar da porta do bar.

Harleen entrou molhada e tremendo, caindo no chão, em estado de choque.

- Ela está em estado de choque! –Caitlin levantou e correu até a loira, tocando nos ombros da menina e fechando as pálpebras, concentrando na absorção de gelo e controlando pouco da temperatura, ainda não tendo total domínio dos poderes. –Tragam um coberto e façam algo quente para ela tomar. –Ordenou os empregados, que foram cumprir. –Estamos aqui por você... –Deslizou as falanges na bochecha feminina.

(...)

 

Killer Frost.

 

 

Arlequina estava deitada na cama que tinha nos fundos do bar, sendo moradia do proprietário, parecia precisar descansar. Harleen estava coberta com dois cobertores felpudos e quentes na tentativa de aquecê-la, sendo reforçando por um moletom e calça. Nevasca observava atentamente à loira, com os braços cruzados e respirando descompassada.

- Ela está bem? –Perguntou o rapaz.

- Precisa descansar. –Caitlin murmurou, sentindo a cabeça latejar.

Antônio deixou um sorriso morto se apossar do rosto.

- Butch se sacrificou lutando pelo o que achava justo. Morreu na causa da Arlequina em derrotar e matar Pinguim. Nosso líder nos assombraria caso não ajudasse as mulheres que se aliou à causa. –Comentou lentamente, balançando o braço ferido. –Oferecemos um veículo nosso dinheiro e comida para qualquer lugar que forem. –Acenando com a cabeça, o homem saiu, não antes de Nevasca fazer uma observação.

- Desculpa pelo ferimento... –Sussurrou esfregando os lábios.

- Pelo menos aprendi a lição... –Antônio fitou-a antes de sair. –Não tocar em você. –Deixando a porta aberta, afastou-se do ambiente.

- Oh... Arlequina. –Suspirando, Snow bateu uma das mãos na cama e quando foi se afastar, viu Laurel encostar-se à porta, na batente.

- Conseguimos um jeito de sair de Gotham City. –Lance brincou. –Esperemos ela acordar. 

- Para onde vamos? –Caitlin foi se aproximando e parou na frente da Sereia Negra.

- Central City... –Respondeu pausadamente. –Casa.


Notas Finais


E aí pessoal, gostaram do capítulo?
Tenho uma novidade para quem não tenha visto, uma estória de um capítulo do universo da DC: https://spiritfanfics.com/historia/eterno-9756118
Obrigado por lerem até aqui.
Comentários são sempre bem-vindos e motivam o escritor. <3


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