História Serendipity - Imagine Park Jimin - A garota estranha.

Park Jimin.

Era para ser mais um dia normal, tudo o que ele precisava fazer era ir ao mercado, comprar leite e algumas baguetes, uma coisa simples.

Mas então ela apareceu, com aquele cabelo desgrenhado, tênis sujos e vestindo uma combinação estranha de roupas, comprando meio quilo de batata, e alguns saquês de sopa estantânea.

Mesmo sendo doloroso, ele não conseguia parar de olhar, com certeza ela não era daqui, senão ele já teria reconhecido de algum lugar, porque de todas as pessoas inesquecíveis, ela era uma delas.

"Ela não vai durar muito."

Não com todos os populares e as garotas com cheiro de ortência e cabelos sedosos, ela vai ser devorada viva, os predadores do topo da cadeia alimentar não perdoam.

Jimin sabia muito bem daquilo, porque ele era um deles, andava com eles, e fazia parte de suas atividades, o único fato porém, é que o garoto ficava mais na dele, não era um bully desprezível, e isso atraía a atenção de muitas garotas.

Mas a questão é que, ele não quer estar presente, na segunda de manhã, quando todos os olhares estarão em cima dela, até o dos esquisitões, porque eles tem amigos, e ela parece não conhecer ninguém na cidade, ela vai estar sozinha, coitada. 

Jimin não conseguia evitar o olhar de julgamento e o leve entortar de nariz ao imaginar a cena, e quando menos se deu conta, ela estava olhando de volta, os dois, fazendo contato visual, isso não era um bom sinal, o garoto queria desviar mas não conseguia, era como se estivesse preso, naqueles olhos grandes e assustadores.

Então a garota começa a andar em sua direção, com passos firmes e confiantes, pronta para devorá-lo, e deixar os restos para os corvos.

– Tá olhando o quê? Mané. 

Sendo consideravelmente, menor que ele, a garota precisa erguer um pouco a cabeça para parecer a altura, e o ofender com aquela voz mais feminina que a própria aparência, como se ele fosse um verme, e depois sair o empurrando com os ombros.

Aquela cena não poderia ser mais peculiar.

Jimin não conseguia acreditar, apenas olhava para a garota cada vez mais longe, com uma expressão chocada, a boca levemente aberta e olhos espantados, até mesmo esqueceu o motivo de estar ali no mercado, depois de alguns segundos se despertou de seu transe, e voltou a comprar as coisas que a mãe pediu.

Depois daquela cena incomum, o garoto passou o dia inteiro de domingo pensando nela, no café da manhã, almoço e até mesmo enquanto estava ouvindo música em seu quarto, mas não de um jeito romântico, mas sim com uma certa... Curiosidade, com aquele mesmo olhar estranho, de alguém que viu algo que nunca pensou que existiria, e que definitivamente, nunca mais vai esquecer.

"De qual lugar do mundo poderia sair uma imagem daquelas? E por quê ela foi parar logo aqui?"