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História Serendipity - Imagine Park Jimin - O primeiro dia de aula.


Escrita por: DarlingCandy

Notas do Autor


Bom espero que gostem do capítulo, deixe seu favorito e compartilhe a fic por favorzinho ❤️

Capítulo 2 - O primeiro dia de aula.


Fanfic / Fanfiction Serendipity - Imagine Park Jimin - O primeiro dia de aula.

S/n.


A manhã de segunda feira chegou, para a infelicidade de S/n, a questão é que ela estava muito triste, mas muito triste mesmo, tão triste que nem mesmo ir para a Disney ajudaria. Também estava com raiva, só para acrescentar, porque se não fosse pelo idiota do Garret (ele não é digno o suficiente para ser chamado de pai na mente de S/n, só em voz alta, porque ela é obrigada), ela ainda estaria na antiga cidade, e com seus antigos amigos, e com a sua antiga vida social, que nem era tão social assim.

O primeiro dia de aula nunca é uma coisa... excitante, sempre é a mesma coisa de sempre, você entra na escola, todos te olham como se fosse um pedaço novo de carne, e falam de você na mais dura cara de pau, e é sempre assim, nunca tem como melhorar, só piorar, é claro.

S/n se levanta com cuidado para não acordar seus dois irmãos, que dormiam no mesmo quarto, em uma beliche ao lado de sua cama, o quarto é pequeno, mal cabe o guarda roupa, mas pelo menos S/n tem a sua própria cama.

Ela pega o uniforme da escola e mais algumas coisas que precisa para se arrumar.

– Sério uniforme? Na outra escola eu podia usar a roupa que quisesse.–Resmunga enquanto se vestia no banheiro.

Porque realmente é um saco isso tudo, além de te dizerem que você tem que estudar, querem te dizer qual roupa vestir, isso é ridículo, mas pelo menos não podem dizer qual acessório usar, então S/n amarra o cabelo em um rabo de cavalo e prende um laço velho no cabelo, e usa umas cinco pulseiras coloridas no braço, passa lápis de olho preto (o que deixa seus olhos ainda maiores do que realmente são), e coloca seu tênis All Star favorito (mas também o único).

Ao sair, vê a mãe fazendo o café da manhã, ela parecia menos cansada, e isso era bom, porque ela sempre parece cansada, como se carregasse o peso do mundo todo nas costas.

– Bom dia mãe.– S/n sorri e deposita um beijo em sua bochecha.

– Bom dia meu amor, que bom que já está pronta para ir a escola, vejo que está empolgada.

– É... claro que estou.– A ironia fluía de suas veias.

– Ah filha para com isso, hoje com certeza vai ser um ótimo dia e você fará ótimos amigos.

Caroline ainda tinha esperança de que esse dia poderia ser bom para sua filha, a questão é que ela sempre foi uma mulher esperançosa, isso já foi muito bom ao longo de sua vida, mas também a destruiu, pois assim que as coisas com Garret começaram a dar errado, ela sempre tinha a esperança de que um dia tudo iria ficar bem, e então veio um empurrão, depois um puxão de cabelo, mas ela sempre tinha fé de que ele iria melhorar, então quando menos se deu conta, já estava precisando esconder as manchas com maquiagem, ou dizer a mãe que ela caiu da escada ou de algum lugar um pouco alto, ou fugindo e morando em outro estado.

Ao sair de casa, S/n caminha até a escola, as ruas ainda estão vazias, o bairro até que parece ser legal, o ar gelado faz uma fumaça sair de sua boca, como se estivesse fumando. Depois de mais ou menos um minuto, S/n percebe que não conhece o bairro tããão bem assim, e que não se lembra com clareza aonde fica a escola, na verdade, ela só disse para sua mãe que sabia o caminho, para não precisar passar pela humilhação de ser levada pela mãe para a escola no primeiro dia (ela tem a sua cota máxima de vergonha).

Mas a essa altura ela não podia mais voltar, estava quase convencida de ficar fora de casa até o horário da aula acabar, então, um menino com o mesmo uniforme que ela, sai de uma casa (bem bonita afinal), e ele lhe parecia familiar, quando os olhares dos dois se cruzam, ela se lembra imediatamente.

Aquele garoto idiota do mercado.

Bom, mesmo sentindo um leve ódio (sem nenhum motivo aparente, talvez seja pelo modo em que estava a encarando no mercado) pelo garoto, querendo ou não, ele era a sua única chance de conseguir chegar na escola, então ela vai o seguindo, de longe é claro, não queria nem ter que olhar nos olhos dele, imagina andar ao seu lado e ter que... conversar.

Só de pensar nisso já lhe causa arrepios, e uma certa, ânsia, apesar de já ter 17 anos, o que significa que ela é quase uma adulta, S/n nunca beijou na boca, o que significa que ela tem zero porcento de experiência amorosa com qualquer ser humano, e os únicos garotos que ela já conversou na vida (sem ser os seus irmãos é claro), era Timmy Tompsom e Victor Spier, seus únicos amigos homens na outra escola.

O garoto continua andando, e não diz nada, a rua estava vazia, o que claramente ficou evidente que ela estava o seguindo, porque há diversos caminhos diferentes para chegar a escola, mas o bom é que ele não reclamou, nem sequer virou para trás. Depois de mais ou menos vinte minutos, eles chegam na escola, S/n fica observando o portão de longe por mais alguns minutos, depois de tomar coragem e finalmente entrar.

E foi exatamente como imaginava, todos a olhando, e cochichando sobre a nova "atração" do colégio e por ela ser bem estranha, porque ela ouviu uma das conversas, mas o que confortava S/n é que, depois de duas semanas, eles não vão nem se lembrar de sua mera e simples existência, as pessoas são tão previsíveis.

Depois de voltar da diretoria, S/n vai para a sala na qual a indicaram, e ao entrar...

– Só pode estar de brincadeira comigo...– Sussurra para si mesma.

Era aquele garoto de novo, parece que ele tem um ímã, que sempre a atrai para ele, ou vice e versa, inacreditável.


Park Jimin.


– Uma briga entre um gorila um tubarão branco, quem você acha que ganharia?

– O gorila é claro.

– Como assim cara? É óbvio que é o tubarão branco. 

Enquanto seus amigos conversavam sobre assuntos super relevantes, e o resto da turma fazia a maior barulheira na sala, e a professora gritava para todos calarem a merda da boca (claro que ela não disse exatamente assim, mas queria), Park desenhava alguns rabiscos na mesa super entediado, mas então a porta da sala se abre, e... Puta merda, não pode ser possível, aquela garota de novo, já não bastava ela ter seguido Jimin pelo caminho inteiro até a escola, agora ela também é de sua sala.

Ela o encarava com uma expressão emburrada, e depois passou os olhos pela sala, como se estivesse matando todos eles com um simples olhar (na visão de Jimin é claro, porque a garota só estava procurando um lugar para se sentar), e mesmo com o uniforme da escola, que é algo obrigatório, ela não deixava de ter uma aparência estranha.

– Olha quem chegou. – A professora abre um enorme sorriso ao olhar para a menina nova.– S/n, sente se em algum lugar. – A mulher pensa um pouco.– Olha tem um ali na frente do Jimin.

Ela olha relutante para a carteira,  e depois passa os olhos novamente pela sala, como se um novo lugar fosse surgir do nada, e então caminha, com todos os olhos sob ela, e então se senta, sem ao menos olhar para trás, e Jimin agradece internamente por isso.

Ele não pode deixar de notar um leve aroma de cravos, que exalava da mesma, e queria negar que era um cheiro bom.

Os garotos já colocaram os olhos nela, mas não de um jeito bom, era do tipo "nós vamos fazer da sua vida um inferno e depois iremos devorar a sua carne assim que tivermos a oportunidade", ela também não estava em um lugar favorável, os professores também não ajudam em muita coisa.

Jae-Beom, um dos meninos do grupo, amassou uma folha de caderno e atirou contra a garota, e todos riram como se fosse a coisa mais engraçada que ele já fez, Jimin esperava o mesmo comportamento que ele recebera da garota no mercado, esperava que ela levantasse e começasse a xingar o garoto de todos os nomes possíveis, mas ao invés disso, ela apenas ignorou, como se nada tivesse acontecido.


S/n.


Depois de alguns minutos pós entrada completamente humilhante de S/n no zoológico, e da professora ter a enviado diretamente para a cova dos leões, assim como o rei Assuero fizera com Daniel (se você não lê a bíblia não vai entender, a família de S/n era muito religiosa), ela estava copiando a lição do quadro.

– Pessoal eu vou ao banheiro, se comportem, por favor.– A professora se retira.

Não demora muito para uma figura esbelta, de cabelos longos e exageradamente lisos aparecerem bem na sua frente.

– E aí novata.– Diz fazendo um som insuportável de mastigação, o álito de morango que saía de sua boca era quase enjoativo. S/n sabia o que viria depois, porque isso sempre acontece, e também, as pessoas são muito previsíveis, por isso só ignora e continua copiando.

– Eu falei com você verme.– Ela bate a mão com força em sua mesa, S/n levanta os olhos levemente, mas volta a ignorar a garota, uma coisa que ela aprendeu sobre o bullying, é que na maioria das vezes, apenas fingir que nada está acontecendo funciona, mas só as vezes.

Então em um ato inesperado, a garota arranca a folha do caderno de S/n, e a joga em um canto qualquer, a sala toda ri, eles eram uma plateia para todo aquele show.

– Qual é o seu problema garota, o gato comeu a sua língua? Eu estava falando com você... então vamos fazer assim...– Se apoia sobre a mesa.– Quando eu falar, você responde, okay? Nós vamos nos divertir muito esse ano.– Dá um sorriso maligno.

A professora entra na sala, então a espécime de criatura das trevas volta ao seu lugar, S/n passa a mão na nuca ainda tentando digerir o que aconteceu, pega a folha de caderno do chão e tenta desamassá-la.

É, esse ano não vai ser nada fácil.


Notas Finais


Coitada da S/n ✊
O que acharam do capítulo?


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