Jack me cumprimentou na saída.
- Grande jogo hoje, cara. Estamos na Final da Estadual, porra! – ele dá um soco no meu braço.
- Não faria nada sem vocês, otários
- Boa ideia sua desfalcar um dos jogadores.
- Não foi por isso que dei uma surra nele, mas valeu a pena – ri.
- Ah, é foi por causa de quem mesmo?! Aaah é, da garota que você odeia desde o primário –sorriu malicioso.
- Vai tomar no cu, idiota – disse fingindo mau humor.
- Não, sério, quando você vai pegar ela de novo? A garota é muito gostosa, cara. E você foi o único do colégio que conseguiu chegar perto dela a esse ponto.
- Tem homens que nasceram com o dom, entende? E outros, só assistem– pisquei.
Grazer revirou os olhos e abriu a boca fitando uma morena que passou por perto dele falando no celular.
- Foi ótimo falar com você, cara, mas tenho coisas a resolver – ele disse indo atrás da garota.
Sorrindo, eu coloquei minha mochila no ombro e caminhei até eu carro para ver Iris sob ele.
- Bom jogo – disse mordendo o lábio.
- Obrigado, agora vaza – eu falei abrindo a porta e jogando minha mochila dentro.
Rapidamente, ela entra no carro e vai para o banco de trás.
- Apatow, não estou para brincadeira– falei nervoso.
- Muito menos eu – ela fala enquanto desabotoa seu short jeans e fica só de fio dental.
- Saia do meu carro agora – eu falo gaguejando ao ver suas pernas e sua bunda.
Ela sorri vendo que está me afetando e tira a blusa mostrando seus seios grandes.
Fecho a porta do carro e a puxo para mim, beijando-a. Ela pega no cós do meu short e desliza para baixo junto com a minha cueca box.
- Hmmm, estava doida para fazer isso de novo.
Meu celular toca, fazendo-a gemer.
- Não atenda.
Saio do meu transe e procuro onde ele está.
- Alo? – pergunto rapidamente.
- Finn? – uma voz agonizante diz.
- É ele, quem fala?
- É o pai da Millie, Finn. Minha filha, ela está morrendo – ele começa a chorar– minha filha está morrendo!
Não sei como, mas entorpecido, tirei Iris do meu carro e vesti a roupa em menos de trinta segundos e me dirigi ao hospital em estado de choque.
Só conseguia pensar em Millie morrendo. E a culpa era minha. Eu tinha que ficar 24 horas por dia ao seu lado, protegendo-a do assassino que estava atrás dela. Seja quem for ele, eu irei atrás dele onde ele estiver. Irei me vingar do que ele fez a Mills.
Cheguei no hospital e me dirigi a recepção.
- Wolfhard! – a voz do pai da morena soou desesperada.
- O que aconteceu? O que houve com ela?
- Ela pegou o carro escondido... não sei para onde ela ia.. ela... o carro caiu na ponte...um casal que estava passando viu de longe e chamou a emergência...ela...eu não tenho noticias... – ele falou entre os soluços do choro – Não posso perder minha menina, Finn. Ela é tudo o que tenho.
- Se acalme, senhor – eu falo – Vamos esperar os médicos. Ela vai ficar bem. Millie é cabeça dura.
- Senhor Brown! – ouço Sadie dizer com lágrimas nos olhos.
- Sadie, você não devia estar aqui uma hora dessas, filha.
- Minha mãe veio me deixar. Eu não iria ficar em casa quando Millie está aqui. O que aconteceu afinal? – enxugava as lágrimas.
- Calma, pequena. Ela vai ficar bem – tentei acalma-la.
- O que você está fazendo aqui? Você e a Millie não são melhores amigos agora.
- Eu me sinto...responsável por ela.
Ela me olha confusa.
- E porque?
- Me ligaram da emergência e disseram que o carro tinha caído da ponte, depois que cheguei os médicos não me disseram nada. Ela ainda está lá dentro. – senhor Brown falava alheio a nossa conversa.
- Meu Deus.. ela ia para o jogo, Finn. – ela olhou para mim.
- Merda
- Você não tem culpa, meu jovem – ele disse.
- Tenho sim, eu devia estar com ela – cerrei os punhos.
- Você não sabia, Finn. – a ruiva tenta tranquilizar.
E assim ficamos ali, na sala de espera, tentando colocar a culpa em nós mesmos quando o médico enfim saiu.
- Senhor Brown? – o médico perguntou.
- Sou eu, como está minha filha?
- O estado de Millie Brown é um pouco crítico. Ela teve um traumatismo e várias contusões. Ela teve muita sorte em estar viva. Preciso da sua assinatura para iniciar a operação. – ele falou e senti meus pés desabar sobre mim.
Sink sentou-se, arfando.
- O que? Mas..porque operar? – o senhor Brown pergunta.
- O traumatismo afetou muito sua filha, senhor. E se não a operarmos logo, ela pode não resistir.
- O que estamos esperando? Onde eu assino? Salve minha filha, senhor! – falou com desespero quase palpável na voz.
As próximas horas foram o total inferno. Ninguém dizia nada, médicos iam e vinham e nem nos olhavam. O silencio estava me enlouquecendo.
Não consegui dormir nem ir embora. Só conseguia pensar nela.
Ainda conseguia sentir seu corpo quente junto ao meu, seus lábios pressionados contra a minha boca.
Ela não podia ir. Não podia. Não agora.
- Você devia ir, querida. Está aqui desde ontem a noite. – ouvi o pai de Millie sussurrar para a ruiva.
- Eu vou, mas eu volto. Só preciso tomar um banho – ela disse e se virou para mim.- Finn, posso falar com você um instante?
Me levantei e a segui até o hall de entrada.
- O que foi?
- O que está acontecendo entre você e a minha melhor amiga? Sei que está rolando mais do que beijinhos entre inimigos. É alguma coisa séria. E eu quero saber.
Engoli em seco.
- Não sei do que está...
- Para com isso, Wolfhard. Ou você fala ou eu mostro ao pai dela o bilhetinho que ela recebeu.
- Que bilhete? – tento escapar.
Ela suspira.
- Eu o li e parecia mais como uma ameaça. E não me diga que não sabe. Vocês dois estão andando juntos para cima e para baixo de uma hora para outra, e depois você fica de "guarda-costas" dela e agora ela sofre um acidente! Isso está muito estranho, Finn. E você vai me contar. Tudo.
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