História Serial Killer - Nathan Prescott

Pov Maxine Caulfield

Estava indo para Arcadia após tanto tempo longe, na verdade foi cinco anos, mas mesmo assim. Desço do ônibus devagar sem notar exatamente onde estava, ando um pouco mudando a música em meu celular, até que algo, diria um sexto sentido faz com que eu pare, olho para meu lado direito e noto uma casa que tinha duas cores como se não tivesse sido terminada, na garagem uma caminhonete vermelha com a frente arrebentada como se tivesse se envolvida num acidente horrivel.

- Foi horrível. - Pulo de susto quando um garoto loiro aparece do meu lado do nada.

- O que foi horrível? - Pergunto confusa.

- Um dia, um turista chegou a cidade, a família dessa casa acabou aceitando que ele passasse a noite na casa deles e na manhã seguinte, segundo ele, ele seguiria viagem. Mas não foi isso que aconteceu. - Suspira abaixando a cabeça negando.

- O que aconteceu? - Me virei para olha-lo.

- O cara era um maniaco, matou brutalmente a esposa e o marido. Sorte é que a garota, filha da mulher conseguiu fugir.

- Como sabe?

- Eu moro ali. - Diz aprontando para uma casa um pouco longe. - E admito, eu usava um telescópio para espionar a garota, quando eu a vi saindo desesperada pela janela do quarto dela que dá para o telhado e entrar na caminhonete.

- Mas como? Afinal a caminhonete ainda tá aqui. - Apronto para o carro.

- O cara logo notou que ela fugia, saiu logo atrás com o carro do pai dela, a encontrou quase saindo da cidade, forçou ela bater num poste e depois ninguém mais soube dela. O carro só tá aí por causa da polícia que chegou só alguns minutos depois mesmo eu ligando na hora que vi movimentos estranhos.

- Então ela tá morta.

- É o que tudo indica.

- Como os pais dela morreram? - Pergunto horrorizada com a história.

- O rosto deles não dava para se ver nada, a polícia falaram que eram graças a algo pesado indo diversas vezes ao encontro deles, todos os dedos foram amputados, tudo que daria para usar para identificar quem eram, foi retirado.

- Ok, já chega! - Peço virando para o outro lado, cuspindo um pouco no chão segurando minha barriga com vontade de vomitar.

- Me desculpe. - Pede batendo fraco em minhas costas.

- Enfim, preciso ir para BlackHell. - Digo após limpar minha boca.

- Vem, eu te dou uma carona. - Diz me levando até uma mercedez nova em folha preta.

- Não precisa, posso pegar outro ônibus. - Digo com um pouco de medo após a história contada.

- Relaxa, não farei nada contigo. - Diz sorrindo. - Meu nome é Nathan Prescott. - Diz me estendendo a mão.

- Maxine Caulfield. - Digo apertando a mão dele. - Mas só Max.

- Bom, só Max. Eu não farei nada contigo, só o que quiser. - Diz piscando para mim.

Acabo rindo um pouco do seu jeito pateta, mas acabo aceitando sua carona, entro no lugar do passageiro enquanto ele assumia o volante. Fomos o caminho inteiro conversando sobre diversas coisas, nos conhecíamos cada vez mais, no final, Nathan se mostrou ser um bom rapaz, com quem mais pra frente poderia criar uma amizade, tínhamos várias coisas em comum. Acabo descobrindo que ele também estuda em Blackhell, o que era ótimo já que já conhecia alguém, não ficaria tão perdida por lá. Não demora muito para eu avistar a escola, descemos juntos, eu olho para toda a estrutura com ele do meu lado, inspiro fundo fechando os olhos e solto o ar aos poucos, agora era oficial, eu estava de volta e na faculdade.