História Série Love For All Life - Forever. - XXVIII - Kwon Hyukwoo.

Estava tudo em silêncio, poderia ouvir com nitidez cada um dos suaves sons que Hayeon transmitia enquanto dormia no pequeno sofá da minha sala.

Os meninos já estão quase completando um mês de vida e de muita alegria.

Depois da semana das festas de fim de ano, o médico responsável por eles resolveu transferi-los para um quarto, mas sugeriu com que os colocassem no mesmo berço para que eles se interagissem.

Hayeon toda encantada e emocionada com aquele momento nunca será apagada da minha memória.

Nossos amigos e parentes ficam revesando para a visita, nos deixando descansar entre uma e outra.

Ambos estão super espertos, Hongbin adora ser o centro das atenções e sempre fica chorando querendo colo quando acorda. Moonbin, diferente do irmão, fica em completo silêncio esperando para que mexemos com o mesmo.

Kiseok se diverte com a diferença de personalidade dos meninos.

Tirei meus olhos dos papéis que estava analisando quando a porta foi aberta revelando Somin que me lançou um sorriso sem graça.

"Posso entrar?" Questionou segurando de forma firme a maçaneta.

Respirei fundo antes de assentir.

"Não vim arrumar problemas..." Informou olhando para Hayeon. "Vi como vocês não saíram de perto dos gêmeos, eles são bem famosos aqui no hospital." Me estendeu um embrulho médio.

"O que é isso?" Perguntei sem me mover.

Ela começou a se aproximar e colocou o pacote na mesa.

"Um pedido de desculpas, quem sabe?" Deu de ombros. "Não sou uma pessoa tão ruim e quero dar uma lembrancinha para os seus filhos... Sua mulher me colocou no meu devido lugar e não tenho raiva dela por isso!" Sorriu e se afastou para a saída.

Fiquei lhe olhando sem saber o que falar.

"Eu estou tentando mudar, Hyukwoo... Acredite se quiser!" Acrescentou antes de se retirar.

Peguei o embrulho abrindo o mesmo e vendo dois carinhos azuis lá. Abri a gaveta da mesa e os coloquei lá.

Me levantei indo até o sofá e ergui suas pernas, sentei colocando sobre minhas coxas.

Nunca duvidei que as pessoas pudessem mudar da água para o vinho, mas apenas com o tempo essa nova fase de Somin irá me convencer.

Peguei meu celular e comecei a ver as milhares de fotos que tirei dos meninos. Encaminhei as do dia para os grupos de mensagens da família e dos amigos, e mudei meu descanso de tela.

Sai da minha distração quando Soya enfiou a cabeça na sala e sorriu quando me viu.

Soya era outra que não saia de perto deles.

"Menino Hyukwoo, o doutor Im quer falar com vocês!" Vagou o olhar para Hay dormindo. "Bom, neste caso... Apenas com você, deixe ela dormindo!" Sorriu animada.

"O que está acontecendo, noona?" Questionei me levantando com cuidado. "É sobre os meninos, não é?" Fui até a mesma que sorriu.

Soya abriu totalmente a porta e segurou em minha mão me puxando para fora.

"Sempre é sobre eles, Hyukwoo." Deu de ombros divertida. "Mas agora, vai logo." Mandou.

Ao sair vi o médico responsável pelos meninos parado na recepção segurando alguns papéis.

"Olá, doutor!" Exclamei chamando sua atenção.

"Conta, doutor... Conta logo!" Soya pediu animadamente atrás de mim.

Sua ansiedade estava começando a me deixar nervoso.

"Estou com os últimos exames dos gêmeos e como eu sempre suspeitei durante essa semana, eles teriam alta amanhã, doutor Kwon!" Sorriu colocando uma mão em meu ombro.

Não consegui conter meu sorriso de alívio. Uma felicidade gigantesca cresceu em meu peito e me esqueci do significado de controlar as emoções.

Olhei para Soya confirmando se era verdade.

"Eles vão poder ir embora, menino Hyukwoo!" Exclamou antes de me abraçar.

Me afastei para agradecer o médico que logo se afastou.

"Vou acordar meu anjo, Soya... Ela precisa ficar sabendo disso!" Exclamei quase correndo para a sala.

Entrei enquanto tirava meu jaleco, Hayeon estava dormindo do mesmo jeito que a deixei. Me abaixei em sua frente e tirei os fios de cabelo que tentavam tampar seu rosto.

"Anjo, acorde!" Chamei a vendo resmungar algo. "Vamos, amor... Acorde!" Beijei sua bochecha.

Hayeon se remexeu antes de abrir preguiçosamente os olhos e esboçar uma careta.

"O que foi, amor?" Murmurou coçando seu olho direito. "Aconteceu alguma coisa com os meninos?" Questionou séria.

"Aconteceu..." Respondi me sentando no chão.

Ela se sentou tão rápido que até me assustou.

"E você está assim? Calmo? Meu Deus, Hyukwoo. O que aconteceu com meus bebês?" Seus olhos encheram de lágrimas e preocupação.

Dica: nunca crie um suspense envolvendo filhos.

"Não precisa ficar assim, anjo." Toquei sua bochecha. "Eles estão bem, bem até para ganhar alta amanhã!" Sorri vendo suas lágrimas escorrem.

"Não brinca com o meu coração!" Tampou o rosto desatando a chorar.

Dei risada a fazendo me xingar.

"Anjo, presta atenção em mim!" Pedi e Hay suspirou me olhando. "Acabei de falar com o médico, nossos meninos vão para casa... Para a nossa casa, vão poder dormir no berço deles, e conhecer a casa que os pertence!" Expliquei e ela se jogou em meus braços.

Ficamos abraçados ali no chão até mesmo depois que Hayeon parou de chorar.

"Não consigo acreditar..." Sussurrou contra meu peito. "Vamos poder tê-los em casa, meu amor!" Me apertou mais.

"Eu sei, anjo... Eu sei!" Acariciei seus cabelos antes de selar o topo da sua cabeça.

"Que horas são? Preciso ir amamentar eles." Perguntou esticando as pernas.

Subi um pouco a manga da blusa e lhe mostrei meu relógio.

"Vamos?" Se levantou estendendo a mão.

"Vamos!" Aceitei sua mão e me levantando.

Entramos no quarto, vendo Hongbin todo agitado como sempre.

"Olha, as vezes acho que seu filho tem formiga nas fraldas!" Comentei divertido indo até Moonbin que estava de olhos apertos quietinho. "E você, Luazinha do papai? Tão lindo!" Segurei sua mãozinha.

"Agora, ele é só meu?" Perguntou pegando Hongbin e começando a amamentar ele.

Solzinho sempre era o primeiro a se alimentar enquanto o Luazinha era o primeiro a sujar a fralda.

"Reclamei tanto do jeito do seu irmão, que um dos meus filhotes nasceu igual!" Revirei os olhos a vendo rir. "Já posso ver Hongbin irritando meu Luazinha com sobre esse negócio de um minuto!" Reclamei o pegando no colo.

"Quanto mais você fala sobre isso, só aumenta a possibilidade de realmente acontecer!" Retrucou ainda rindo da situação.