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História Série O Som do Coração 1 - Mermaid Singing - Capítulo Seis


Escrita por: BSidel

Capítulo 6 - Capítulo Seis


Fanfic / Fanfiction Série O Som do Coração 1 - Mermaid Singing - Capítulo Seis

Texas, duas semanas depois

Sam

— Você já convidou a Mia para ir com você ao casamento? Tom me pergunta. Estamos apenas nós dois no estúdio.

— Não. Ainda não. E você já falou com a Dakota?

— Falar o que pra Dakota? Ele me pergunta com uma cara de quem não tem a mínima ideia, do que eu estou falando.

— Falar para ela que você gostaria que ela fosse ao casamento com você? Ou tem alguma outra coisa que você quer falar pra ela?

— De onde você tirou isso. Nós somos apenas amigos. Mas não vou pedir a ela para ir comigo, mamãe já cuidou dessa parte.

— A é! E quem é a sortuda da vez. Tenho que admitir, pelo menos mamãe tem bom gosto. Kkkkk.

— Há, há, há. Que engraçado.

— Então quem foi que ela arranjou pra você, em irmãozão!

— Elisa Myers.

— Bom pelo menos você vai se divertir, Elisa é uma gata.

— Se você diz. Ele diz parecendo chateado.

— Tom

— O que é?

— Se você quer ir com outra pessoa, deveria falar com a mamãe.

— Não esquenta ta tudo bem. Eu vou com a Elisa.

— E sobre hoje à noite, está tudo certo? Eu falo trocando de assunto, porque o Tom é teimoso como uma mula, ele não vai admitir que é com outra pessoa que ele gostaria de ir, e não com Elisa.

— Festa na casa do Pieter, e eu já falei com as garotas, ta tudo certo. É bom estar em casa de novo. E depois do show de amanhã, vamos pra fazenda. Duas semanas de folga, e o casamento da nossa caçula. Cara nem acredito que a Maia já é uma mulher e vai se casar. Quando descobri que o Lincoln estava pegando a nossa irmãzinha, eu queria enforcar ele com as cordas da guitarra.

— Ainda bem que você não fez. Se não aquela pequena diabinha, teria acabado com você, e ia sobrar até pra mim.

— Vamos terminar isso aqui de uma vez, quero voltar para o hotel e descansar um pouco, antes da festa.

— Claro.

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À noite na festa...

Sam

Nossa tem muita gente aqui, e nada da Mia ainda. 

Desde aquele dia não consegui ficar um tempo sozinho com ela. Só alguns minutos, e quando ia rolar algo, alguém interrompia. Espero que nessas duas semanas depois do casamento, as coisas fiquem mais calmas. E se tivermos sorte vamos conseguir um tempo juntos.

A fazenda dos meus pais é bem grande, tem espaço pra todos. Minha mãe fez questão que as garotas ficassem hospedadas lá. Disse que ficamos muito em hotéis, comemos fast food demais, então precisamos de ar livre e comida de qualidade. As garotas adoraram a ideia. Então elas vão junto conosco depois de amanhã.

Meu pensamento é interrompido, quando escuto vozes familiares, por cima do barulho da festa. Então eu viro na direção das vozes. Sim, as garotas chegaram, mas não vejo Mia entre elas.

Eu olho em volta para ver se a encontro, não demora muito para achá-la. 

Ela está na frente do bar, apoiando se em seus cotovelos, debruçada, tentando chamar a atenção do garçom. 

Então eu tomo meu tempo admirando a paisagem, ela está usando sandálias de salto fino, que parecem alongar mais aquelas pernas deliciosas, uma saia de couro preta, que fica perfeita naquela bunda. Quantas vezes imaginei as minhas mãos lá. Uma jaqueta de couro vermelha, por cima de uma regata branca, seu cabelo preso em uma trança. 

Ainda não consegui entender porque ela quer manter segredo da gente tentei lhe perguntar, mas ela sempre consegue mudar de assunto. Tentei arrancar algo das garotas. Ou elas não sabem nada, ou tem medo da Mia. Eu tenho certeza de que se alguém sabe os motivos, esse alguém é a Dakota. 

Então algo chama a minha atenção, eu paro de olhar para ela, e olho para o outro lado da sala. Katy acabou de entrar e vem na minha direção, eu não gosto nem um pouco do jeito que ela me olha. 

— Oi baby! Sentiu minha falta? Ela coloca as mãos sob minha camisa, e começa a esfregar o seu corpo no meu.

— Estava dando graças a deus, que você não tinha aparecido para estragar a festa. Eu respondo com nojo, pegando suas mãos e tirando da minha camisa, me afastando um pouco dela.

— Você não acha que essa nossa briguinha idiota já foi longe demais. Ela responde, tentando jogar os braços em volta do meu pescoço.

 Mas, eu sou mais rápido, e pego seus braços. Fico bem perto do seu rosto, para que ela escute o que tenho pra dizer. Desvio o olhar do seu rosto apenas um momento, para procurar outros olhos, e os encontro, olhando diretamente na minha direção, ela me olha de um jeito que não gosto. Ela deve estar achando que tem algo rolando entre mim e Katy, eu a vejo desviar os olhos e seguir na direção das garotas. Eu tenho que acabar logo com isso, então me viro para encarar Katy. 

Ela me olha com desejo, achando que esse joguinho é algum tipo de preliminares. Vou ter que acabar com suas esperanças de novo. Já estou ficando cansado disso.

— Eu vou falar pela última vez Katy. Não estamos dando um tempo, estamos acabados. Desde o momento em que você decidiu ir para a cama com aquele babaca. Eu não sinto nada além de desprezo e nojo por você. Eu estou sendo claro.

— É por causa dela não é? Ela pergunta, já mudando seu jeito, ela não está mais tentando me seduzir, ela está com raiva.

— Não sei do que você está falando. Eu me faço de idiota, fugindo do seu interrogatório.

— Daquela vadia da Micaela.

— Sabe o que mais me irrita Katy. É o fato de você se achar no direito de chamar outra garota de vadia.

— Eu vejo o jeito que você olha pra ela. Você não vê? Ela só está brincando com você, e quando ela se cansar, vai te jogar para escanteio.

— Do mesmo jeito que você fez. Eu falo, e sei que isso vai fazer com que ela fique calada. — Eu não vou voltar pra você Katy, nunca mais. E se você atacar a Mia, eu vou acabar com seu emprego também, e você vai ter que voltar a trabalhar no café da família. Você me entendeu?

Ela não responde, ela só me dá as costas e vai na direção do bar. Vou ter que desligar o telefone mais tarde, sei que ela vai encher a cara e ficar me ligando bêbada. 

Viro-me e vou na direção da Dakota e do Tom. Não estou vendo a Mia.

— Você sabe onde está a Mia? Eu pergunto.

— Ela disse que não estava se sentido bem, e ia voltar para o hotel.

— Ela parecia bem, quando eu a vi.

— Sam é o seguinte, ela viu você com a Katy, e não gostou. Ela achou que tava rolando alguma coisa, e disse que não ia conseguir assistir. Então ela foi embora.

— Mas não rola nada entre mim e Katy, eu já falei isso para ela.

— Desculpa Sam, mas não era o que estava parecendo. Dakota responde.

— Olha mano, eu tenho que dar razão pra Dakota, parecia que estava rolando algo sim.

— Mas que merda! Ta bem!  Eu vou atrás dela. Eu respondo e me viro para sair, mas alguém me puxa pelo braço. Viro-me para ver que é Dakota. O jeito que ela está me olhando me lembra do Tom, quando está prestes a nos dar um sermão. E é exatamente isso que ela vai fazer.

— Escuta bem o que vou te falar Samuel. Se você machucar a minha amiga, eu vou atrás de você pessoalmente e vou arrancar as suas bolas com minhas próprias mãos. Estou sendo clara.

— Perfeitamente clara! Confesso que fiquei com medo dela.

— Então vai de uma vez. Ela diz agora com um sorriso.

Enquanto passo, várias pessoas chamam meu nome, eu ignoro todas. Vou depressa em direção ao elevador. Quando chego à rua e peço para que o porteiro chame um táxi pra mim. Assim que o táxi para, eu entro e dou o endereço do hotel, jogo algumas notas pra o motorista e peço para que vá o mais rápido possível. Assim que o táxi para, eu abro a porta e me lanço em direção ao elevador, aperto o botão com urgência, mas ele parece estar trancado em algum andar, então resolvo ir pelas escadas.  

Quando chego ao andar dela eu paro em frente ao seu quarto, pra respirar e me acalmar um pouco. Depois de alguns minutos eu bato na porta. Ela não demora muito para abrir, está vestindo apenas uma camiseta velha de banda toda surrada, os cabelos soltos, mas isso não me impede de percorrer os olhos por todo o seu corpo de baixo para cima, parando apenas alguns instantes naquela boca, e depois naqueles olhos azuis, que parecem surpresos com a minha presença. 

— Samuel? O que você está fazendo aqui?

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Duas horas antes

Mia

Não consigo decidir o que vestir, fiz uma bagunça na minha mala.

Acabo escolhendo uma regata branca, saia de couro e sandália estilo gladiador. Vou para o banheiro me maquiar, enquanto estou me maquiando, meu pensamento vai para longe.

Fico lembrando aquele dia no bosque. As coisas que ele me disse. O jeito que ele me olhava. Seu sorriso. Sua boca. O gosto dela. Suas mãos em mim. 

Eu lhe disse que queria ir devagar, mas a verdade é que eu menti. Eu precisei usar toda a força de vontade que eu tinha para afastá-lo de mim. A minha vontade era arrancar a roupa dele, e fazer o que eu havia sonhado tantas noites. Mas o bom senso venceu, e com muito custo o afastei.

A verdade é que eu pensei no Derick. Em como ele fazia eu me sentir. Quando estávamos apenas nós dois, ele era o mesmo Derick por quem eu me apaixonei. Quando tinha outras pessoas ele se tornava possessivo, ciumento. Teve uma vez que ele quebrou o nariz de um cara apenas por ele dizer que eu era bonita. 

Mas a verdade é que eu tenho medo de me envolver, me deixar levar pelos sentimentos que tenho pelo Samuel. 

E assim que ele descobrir que estou com outra pessoa, ele vai vir atrás de mim. Porque ele ainda acha que vou voltar, que só estamos dando um tempo. E como eu sei disso? Ele me diz. Sim eu ainda tenho contato com ele. Ele me manda e-mails, pelo menos duas vezes por semana. Eu não respondo, mas eles continuam chegando. Ele sabe o que estou fazendo agora, segundo ele, somos o novo sucesso no mundo da música. 

Ele repete muito uma coisa nos últimos e-mails. Que nos veremos em breve. Não sei exatamente o que ele quer dizer com isso. Só sei que não é o momento exato para me envolver publicamente com Sam. Assim que ele souber que estou com alguém, ele vai aparecer e reivindicar o que ele acha que ainda é dele.

Eu gosto muito do Samuel, não quero que o Derick atrapalhe isso. E é por isso que pedi para irmos com calma. 

Termino a maquiagem e saio do banheiro, as garotas já estão prontas e eufóricas para sair.

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A festa é em uma mansão enorme com porteiro e tudo, tem muita gente. Tento localizar os rapazes, mas só vejo Tom. Dakota é toda sorrisos quando vai em sua direção. Eles fazem um casal bonito, pena que nenhum dos dois viu isso ainda. Sempre que falo algo, ela fica repetindo que são apenas amigos. Acho que nem ela acredita nisso de verdade.

Vou em direção ao bar, preciso de uma bebida. Faço meu pedido ao barman, e enquanto espero olho a minha volta, então eu o vejo. Ele está lindo em uma camiseta preta, as mangas enroladas nos cotovelos, salientando aqueles músculos, uma calça de brim preta justa, e coturnos. Eu não consigo olhar para ele sem me excitar. Às vezes isso é constrangedor. 

De repente sinto como se tivessem jogado um balde de água fria em mim. Quando a vejo passando suas mãos nele, ele a segura pelos braços, e por alguns instantes nosso olhos se conectam, mas logo ele volta sua atenção para ela, que continua se esfregando nele. Eu não tenho estômago para ver isso rolar. 

Não espero pela bebida. Procuro Dakota apenas para avisar que estou saindo. Ela entende porque estou indo, não aguento ver a pena nos seus olhos.

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Não demorou muito pra chegar ao hotel. Assim que entro no quarto, tiro minha roupa e coloco minha camiseta de dormir. Vou para a cozinha fazer pipoca, e olhar um filme idiota qualquer em que provavelmente a mocinha sempre fica com o cara no final. Termino a pipoca e volto para o quarto, esquecendo de pegar a bebida, então volto para a cozinha. Mas alguém está batendo na porta, e parece estar com pressa. 

Quando abro a porta eu o vejo. Até parece que ele correu uma maratona, seu rosto esta vermelho, e ele respira com dificuldade. 

Estou surpresa, era a última pessoa que eu espera encontrar na minha porta.

— Samuel? O que você está fazendo aqui?

— Eu posso entrar? Eu preciso de uma água.

— Claro, entra. Eu digo, dando espaço para que ele entre, vou na direção da cozinha, ele me segue. Alcanço uma garrafa de água, ele bebe sem tirar a garrafa da boca, uma gota de água escorre pelo queixo e escorre em direção ao peito, e meus olhos viajam com ela, vejo seu peito vibrar com uma risada, então olho para seu rosto. Deus porque ele tem que me olhar desse jeito.

— Ta admirando a paisagem Micaela?

— Não, eu vim pegar uma bebida e voltar para o meu quarto para assistir o meu filme, quando um idiota bateu na minha porta, me atrapalhando. Eu tento disfarçar me virando para a geladeira para pegar a minha bebida, e viro na direção do quarto. Ele pega uma bebida e me segue.

— E que filme nós vamos olhar? Ele pergunta tirando os coturnos e deitando na minha cama.

Eu tento me livrar dos pensamentos pecaminosos que estão passando pela minha cabeça agora, imaginando outras coisas que eu queria fazer com ele na minha cama e respondo:

— Você eu não sei. Eu vou olhar "Dez coisas que odeio em você”. Ele me olha de canto de olho, e dá um sorriso. Acho que ele entendeu a indireta.

— Tudo bem. Roda o filme então.

Assistimos ao filme, comemos a pipoca, demos boas risadas. Quando o filme chega ao fim, me levanto e vou na direção da cozinha para tomar água. Não demora muito eu sinto ele atrás de mim. Viro-me lentamente e ergo a cabeça, encontrando aqueles olhos verdes tão escuros agora, me olhando com puro desejo, suas mãos estão ao lado do seu corpo, ele não está me tocando, e ele nem precisa.

— Porque você saiu da festa? Ele pergunta.

— Não sabia que você iria se importar se eu estivesse lá ou não. Você parecia bem ocupado.

Tento passar por ele, mas ele me segura pelos braços me pressionando contra a geladeira. Ele baixa um pouco mais o rosto, ficando bem próximo do meu.

— Vamos ter aquela mesma conversa de duas semanas atrás. Eu não quero a Katy. Sempre que ela bebe, ela tenta se insinuar pra mim, na cabeça dela eu só estou bravo, dando um tempo, e assim que ela estalar os dedos eu vou voltar correndo.

— E não é assim?

— Eu já superei a Katy faz tempo. Antes de você aparecer. E depois que você apareceu, eu não consigo pensar em outra coisa. Você é a última coisa que penso antes de dormir, e a primeira que penso ao acordar Micaela. Eu vou ter que ser mais claro para que você me entenda.

Então ele me beija, e eu não consegui pensar em mais nada, depois de sentir sua boca na minha.

Ele me ergue me colocando sentada na bancada da cozinha, se colocando entre minhas pernas. Com uma mão ele me segurava pela nuca. Segurando minha cabeça para que eu não me afastasse. Como se eu fosse fazer isso de qualquer maneira. A outra mão ele usava para me puxar, segurando minha bunda me pressionando contra a evidência de sua excitação. Eu aproveitei e coloquei minhas pernas ao redor da sua cintura, o puxando para mais perto. Minhas mãos estavam por baixo de sua camisa, explorando aquele corpo delicioso. Sem quebrar o beijo, ele me segurou pela cintura com um braço, e com a outra mão me ergueu da bancada, segurando minha bunda. Indo em direção ao quarto, fechando a porta com o pé, ele me deitou de costas na cama. 

Então ele interrompe o beijo apenas para se erguer e tirar a camisa, eu não me canso de olhar pra ele. Ele segura meu rosto com as mãos, sorrindo pra mim, olhando nos meus olhos.

— Durante esses meses eu sonhei tanto com isso que até parece que ainda to sonhando.

— Me conte como eram esses sonhos. 

— Pequena! Não vou te contar, prefiro te mostrar! 

Então ele volta a me beijar, dessa vez com mais intensidade. Tira a minha camisa expondo os meus seios. Ele para um segundo apenas para admirá-los, soltando um gemido baixo, ele resmunga algo, e então captura um dos seios com a boca, enquanto usa a outra mão para acariciar o outro. Com esta tortura lenta, eu deixo escapar um gemido entre os dentes. Isso só faz com que ele aumente um pouco o ritmo. A mão que acariciava meu seio começa a descer pela lateral do meu corpo. Ele acaricia o meu sexo por cima da calcinha. Isso já é demais pra mim.

— Sam! Por favor! Eu preciso... Eu não consigo nem articular uma frase inteira.

Então ele ergue a cabeça e me olha, aquele sorriso safado, aquelas covinhas.

— Eu sei exatamente do que você precisa baby.

Então ele me deixa apenas um instante e fica de pé, tira as suas calças, tira uma camisinha da carteira e coloca lentamente. Eu não desvio os olhos dele, ele e tão lindo, melhor do que nos meus sonhos. Então ele retira a minha calcinha, e se posiciona no meio das minhas pernas, segura meu rosto com as mãos, ao mesmo tempo em que ele me penetra, lentamente. Nunca desvia os olhos dos meus. Começa lentamente um movimento de vai e vem, e eu sinto que vou explodir a qualquer momento. Isso é tão bom. Ele é muito bom. Nós dois juntos é melhor ainda. Ele começa a ir mais rápido. E não consigo segurar os sons que saem da minha boca. E quando eu chego ao clímax eu grito seu nome com toda a força que me resta. Então ele me acompanha e no seu orgasmo é meu nome que sai da sua boca.

Ficamos algum tempo ainda, sem falar nada, apenas olhando um para o outro. Ele então se levanta, e vai até o banheiro. Ouço o som que ele faz enquanto está lá dentro. Ele volta a se deitar, e me puxa para o seu peito, me abraçando.

Não precisamos falar nada, apenas ficamos ali em silêncio, abraçados. Não demora muito eu sinto sua respiração mudar, ele dorme, não demora muito para que eu o acompanhe. 

Essa noite vou dormir tranquilamente como a muito tempo não faço.

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Conflitos

Sam

A primeira coisa que sinto, é seu cheiro, o cheiro de flores no seu cabelo, suas pernas enroscadas nas minhas, sua cabeça descansa no meu peito. Tento não me mexer. Não quero que ela acorde. Se pudesse nem sairíamos deste quarto hoje. Passo minha mão pelas suas costas, movimentos suaves, apenas um carinho. Sinto seus movimentos, ela está despertando, ela me aperta com força, acho que não sou o único que não quero que isso acabe.

— Bom dia, pequena! Eu sussurro em seu cabelo.

— Por favor, me diga que ainda não amanheceu. Ainda não estou preparada pra te deixar ir. Então ela me olha. E eu vejo tristeza naqueles olhos azuis.

Então eu me levanto e seguro seu rosto em minhas mãos, a olhando nos olhos.

— Eu não vou a lugar algum. Você não está entendendo o que está acontecendo? Eu não quero ir. Eu não quero esconder de ninguém, bem pelo contrário, eu quero subir naquele palco hoje e gritar pra todo mundo que estamos juntos.

Ela me segura pelos pulsos e me olha com desespero, me implorando.

— Não! Você não pode fazer isso, por favor, Sam!

Eu tiro as mãos do seu rosto, como se tivesse levado um choque. Levanto-me na cama e começo a procurar minhas roupas e falando ao mesmo tempo.

— Quer dizer então que vou ser o seu segredinho sujo, é isso?

— Não Sam, não é nada disso. Ela responde se levantando da cama e parando na minha frente.

— Então o que é Micaela? Eu respondo. Já ficando com raiva.

— Eu não posso falar. Você tem que confiar em mim. Precisamos ficar em segredo por enquanto. Por favor, Sam, você precisa entender.

Só que eu não entendo. Coloco as minhas calças e botas e pego a minha camisa e vou na direção da porta. Mas antes de sair me viro novamente, olhando no seu rosto.

— O que é tão importante que você não quer me contar?

— Eu, eu, eu não posso. Sam, por favor, confie em mim. Por favor. Ela diz isso ao mesmo tempo em que segura o meu rosto com as mãos, encostando sua boca na minha, roçando os lábios nos meus.

— Por favor, por favor. Não saia daqui bravo comigo. Ela coloca os braços no meu pescoço, e me puxa para perto. Eu prometo que vou te dar uma explicação, eu só preciso de um tempo. Não vai ser uma conversa fácil pra mim.

Eu vejo nos seus olhos que ela está triste, e eu não gosto disso. Eu a beijo para lhe mostrar que não estou bravo, mas um pouco chateado.

— Eu não vou esperar muito.

— Ta bem.

— Agora eu preciso ir. Tenho muita coisa para fazer antes do show de hoje a noite. Eu digo me afastando e abrindo a porta.

Quando saio não vejo nenhuma das garotas, acho que ainda estão dormindo. Não espero o elevador, vou de escada afinal são apenas dois andares. Assim que entro dou de cara com Shane e Candy no maior romance tomando café da manhã.

— Achei que você estava no seu quarto dormindo? E pela sua cara a noite não foi tão boa assim. Pergunta Shane.

— Minha noite foi incrível, a manhã é que não foi como eu esperava. E vocês dois agora é pra valer. Eu pergunto me sentando e pegando café e rosquinhas.

— O Shane vai me apresentar para os pais dele amanhã. Você acha que eles vão gostar de mim? Ela pergunta insegura.

— Eu acho que você não precisa se preocupar com isso Candy.

— Eu já falei isso pra ela.

Não demora muito para o resto dos caras se juntarem a nós. Tom não diz nada só me observa. Levanto-me e vou para o meu quarto. Tomo um banho, e deito na cama.

Fico pensando que droga é essa. Ela parecia estar com medo de algo, ou alguém. Nesses meses todos, eu não a vi com ninguém por mais de uma noite. Será que ela tem medo de se comprometer com alguém. Só pode ser isso. Ou alguém a machucou muito e é disso que ela tem medo, de se envolver comigo e eu machucá-la. Vou ter que lhe mostrar que não é essa a minha intenção.

Levanto-me para me vestir temos muito que fazer hoje, e amanhã vamos para casa descansar, e curtir o casamento da Maia. E então vou ter duas semanas para convencer a Mia de que não tenho nenhuma intenção de feri-la. As minhas intenções são outras.

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