Já fazia oito dias deis de que eu não saia da cozinha, andei preparando pratos conforme as receitas que minha avó havia me ensinando enquanto eu estudava por lá, e bem, não estou com nenhuma vontade mesmo de sair daqui enquanto eu não superar a Miku...
Bem, hoje seria o grande baile, então talvez esse seja um dos últimos dias que irei sair desta sala e depois me trancar aqui de novo.
- Cozinheiras, continuem no preparo do Bolo, eu irei dar uma pequena limpeza no salão e arrumar as mesas e o espaço para o baile – Enquanto eu me virava eu ouvia alguns cochichos ao fundo, mas os ignorei, não deveriam ser “interessantes”.
~*~
Já estava tudo em seu devido lugar, havia tomado o maior cuidado possível para não tirar o espaço do baile ou da escadaria por onde Rin desceria. Tudo o que faltava agora era abrir as portas do castelo e ir chama-la...
- Rin, vá buscar Rin – Disse um dos guardas próximo a Mim, bem, isso ainda era estranho, os guardas sempre foram quietos e calados, talvez essa tenha sido a primeira vez que eu ouvi um guardar abrir a boca – Nós cuidaremos da entrada.
- Ok.
~*~
Com passos lentos e calmos eu caminhava em direção a porta de seu quarto, bem, eu estava tremendo, afinal, não sei se teria coragem... Não. Eu sou seu servo leal, claro que teria coragem.
- Com licença majestade – Com um movimento lento eu abria a porta de seu quarto, Rapidamente estampando um falso sorriso em meu rosto – Vim avisa-la que o baile já esta pronto, e que os convidados a esperam – Bem, algo estava estranho, porque Rin esta me encarando com uma cara tão preocupada? – O que foi majestade? Porque esta me encarando?
- por que você não veio mais me visitar... – Ainda não sei como ela conseguia disfarçar tão bem, se eu não fosse seu servo privado jamais saberia quando ela esta mentindo ou não. – Mas deixando isso de lado, o Kaito está lá? – Eu assentia com a cabeça, e nisso a Rainha já corava – Avise-o que já estou indo.
~*~
De volta ao salão, eu estava encostado em um canto sozinho, apenas admirando todos dançando, sendo que nem percebi quando Rin havia chegado... É... Meu estado mental esta uma porcaria total...
- Olá Len – Eu me assustava, virando-me rapidamente para o meu lado, vendo uma linda garota, talvez um pouco mais velha que eu... até parece que já a vi Antes – A quanto tempo... Não?
- Quem é você?... – Que droga, eu não consigo me lembrar... Onde eu já vi esses cabelos vermelhos... Espere, Não pode ser... – Meiko... O que a Líder do exercito rebelde está aqui? – Sem que eu pudesse fazer algo, Ela me agarrava pelos braços, puxando-me para dançar.
- Hoje é o Dia Len, eu sei que você é inocente... – O que ela quis dizer com inocente? Eu matei o pai dela e... – Não se preocupe, agora mesmo tem um dos meus em sua residência, bem, ao todo são Oitenta soldados infiltrados, incluindo o vice-líder Kaito, hoje você estará Livre.
- Do que está falando? O que quer dizer com isso... Espere... – Quando eu percebi simplesmente me soltei dela, reparando em toda a festa eu não achei Rin; Num movimento rápido eu roubava a espada de um guarda próximo a Mim, saltando para a escada, subindo os degraus da mesma em alta velocidade em direção ao Quarto da Rin, que por acaso estava trancado. – DROGA! Cheguei tarde demais...
“Olá princesa... E adeus.” – Foi muito baixo, mais foi o suficiente para eu saber que Rin continuava viva, e o suficiente para me dar forças para lutar; Eu foquei toda a minha força em minhas mãos, cortando a maçaneta, trocando a espada de mãos, assim com uma eu movia a Rainha para trás de meu corpo e com a outra eu ricocheteava a Lança para longe, transferindo um corte letal na jugular daquele.
- Jamais toque... Em minha Rainha! – Num grito de guerra eu pegava Rin, que estava assustada e quase chorando, bem, era de se esperar afinal estamos em um “campo de guerra” – Rin iremos para meu quarto, lá explicarei o que iremos fazer.
- O-okay – O estado mental de Rin devia estar péssimo a esse ponto, pois para uma rainha ser pega em uma armadilha em seu próprio castelo é uma vergonha – Len... Obrigada...
Eu apenas assentia com a cabeça, empurrando-a para dentro de meu quarto, colocando um armário na frente da porta, não iria bloquear a passagem para sempre, mas já era o suficiente para isso; Com a minha espada eu cortava meus cabelos, deixando-os semelhantes ao de Rin, e com minha canhota eu retirava o laço de seu cabelo, vestindo-o em mim, e assim entregando-a uma roupa semelhante a minha que vestia nesse momento.
"Aqui, eu irei lhe dar minhas roupas. "
"Vista isso e escape imediatamente. "
"Vai ficar tudo bem, nós somos gêmeos
ninguém irá perceber. "
Como havia mandado, Ela as vestiu, chorando, e eu como seu leal servo cheguei nela, limpando suas lágrimas com minhas mãos; eu já trajava o seu vestido amarelo junto da coroa, e por fora do quarto já ouvia os passos dos rebeldes marchando para cá.
- Tome – Eu disse entregando-a uma corda para fugir pela janela e uma garrafa com uma carta dentro – Fuja o mais rápido que puder, quando chegar ao mar, faça um pedido e jogue essa garrafa nele! Agora!
E como eu havia calculado, o tempo dela fugir foi o mesmo para os guardas adentraram meu antigo quarto, me cercando e prendendo, sem perceberem que eu era Len, exceto por Kaito, eu pude descobrir isso em seu olhar, mas do mesmo jeito ele não ligava, ele apenas queria matar o cara que retirou a vida de Miku, eu.
- Hoje seus dias de corrupção chegam ao fim! Seu julgamento será feito amanhã! As quatro horas da tarde, sua pena? Execução pela forca.
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