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História Sete Meses (SasuHina) - Terceira Fase - Capítulo I


Escrita por: Ewellein-

Notas do Autor


[19/09/2021]

Oioioie <3
Hoje não é sábado, mas as atualizações sempre ocorrerão entre sexta e sábado <3
Como consegui arrumar antes, estou postando.
Seguinte: Capítulo pós-casamento.
Já deixo exposto aqui: Não esperem hentai. Não vamos ter hentai na lua de mel, mas isso não quer dizer que não teremos nada. E também não quer dizer que o hent vai demorar mil anos para surgir. Não! Ele já está escrito e acontecerá, sim, mas mais para frente. Não vamos apressar as coisas. Tudo que é feito com pressa acaba se estragando, e eu não quero passar a sensação de algo forçado. E, se eles transassem aqui, além de forçar a barra, eu também estaria mexendo em algo delicado, uma vez que a Hinata bebeu, como vocês sabem. Não é interessante ela ter a primeira vez dela sob o efeito do álcool. Espero que vocês me entendam e que isso não os desanime com a leitura </3

-- MUITO OBRIGADA pelos 59 comentários do anterior e pelos 378 favoritos :o Cada dia mais, vocês me surpreendem ahuaahuahaua
-- Mesmo esquema, vou responder os coments do capítulo anterior daqui a pouco, então não deixem de comentar nesse <3 Quero muito saber o que vocês acharam <3
-- Se tu curtiu a história, adiciona nos teus favoritos, deixa um coment pra me fazer feliz e não deixa de pôr na tua biblioteca ou lista de leitura <3 Só assim, o spirit vai te notificar quando rolar atualização <3

Sem mais delongas,
boa leitura!

Capítulo 10 - Terceira Fase - Capítulo I


Fanfic / Fanfiction Sete Meses (SasuHina) - Terceira Fase - Capítulo I

Em meio à trégua rápida, irônico e com a boca rente a dela, Sasuke agiu como um bom cônjuge e um ótimo cúmplice que sabia ser quando queria. 

– Difícil. 

 

SETE MESES

TERCEIRA FASE

I

 

Abril ~ 1º Mês

Usar o seu marido como apoio e estar de frente para o distrito Uchiha fazia com que o seu corpo gelasse, ainda mais depois dos inúmeros beijos trocados entre eles durante a comemoração. Aliás, relembrá-los até a surpreendia. Quem era aquela que beijava tão bem o ex-nukenin de Konoha e se sentia tão à vontade em fazê-lo? Era ela mesma?

Sasuke empurrou a porta de madeira e, diferente do que a moça imaginava, a casa era tão simples quanto aconchegante, mesmo que carecesse urgentemente de algumas decorações. Se bem que a casa era do Uchiha e, bom, fazia sentido possuir apenas o principal. Ao observá-la com mais atenção, se deparou com uma escadaria discreta acomodada próxima ao corredor e se perguntou como não havia notado o fato de a residência contar com dois andares.

Envolto no seu ar superior de sempre, o moreno se desvencilhou da kunoichi e a deixou livre para conhecer o local, escorando-se nos batentes. Notou-a estudar aquela área inicial com muita curiosidade e, quando recebeu o olhar dela no seu, julgou que a sua parceira já estava familiarizada com o ambiente. Assim, poderia dar mais detalhes.

— Existem dois quartos em cima. — Ela balançou a cabeça em aceitação. — Um está ocupado, dividiremos o outro. — Como já imaginava, a mulher se espantou com a ideia. — Tem um banheiro incluso e duas camas. — Rolou os olhos quando escutou o suspiro de alívio vindo dela. Lentamente, passou a caminhar com a kunoichi em seu encalço e, no corredor que dava aos fundos da residência, ele apontou para a porta. — Banheiro. — Deu mais alguns passos, revelando um espaço amplo e decorado com o necessário. — Cozinha. — Virou-se para a sua esposa, que tentava memorizar tudo. — Entendeu?

— Acho que sim. — O murmúrio positivo surgiu enquanto os seus pés guiavam-na até a porta dos fundos. — O que tem lá fora?

— Nada de interessante. — Soou como um corte, e era.

Ainda não via necessidade de dizer o que havia na parte externa e, embora a sua intenção fosse finalizar o assunto, o seu tom seco e indiferente só atiçou a imaginação feminina. Com a certeza de que ela já sabia o essencial, o Uchiha deu as costas à moça e adentrou o cômodo do corredor, antes apresentado por ele como um dos banheiros.

O barulho da água a alertou que o rapaz demoraria alguns bons minutos e, bem, ela precisava de poucos para sanar as próprias dúvidas. Nunca na vida tinha sido tão impulsiva e sempre respeitava o recinto alheio, contudo, era como se algo mais forte a puxasse.

Devagar, empurrou a porta de madeira e as suas pérolas, arregaladas, contemplaram a zona vasta que se revelava diante dela.

— Um jardim! — exclamou encantada. — Eu não sabia que ele… — A frase morreu antes de ser concluída.

Mesmo sem saber se poderia ou não, a vontade de mexer e observar as flores de perto foi incontrolável. Moveu-se, descendo a pequena elevação entre a base de madeira e o chão de terra e correu na direção das flores como uma criança. Ali, soube que o seu marido possuía um lado sensível que ele escondia incrivelmente bem.

Distraiu-se o suficiente para dar o tempo necessário ao rapaz, que saiu do banho e a pegou em flagrante. De um lado, ele sentiu o seu interior ser invadido pela sensação de ter alguém violando aquele território sagrado e, de outro, algo ainda mais intenso lhe acalmava, dizendo que não havia problema, sendo ela.

Por fim, se encostou nos batentes e permaneceu em silêncio, a observando. Cruzaria os braços se pudesse. Hinata tinha afinidade com coisas que exigiam paciência e, por mais cuidadosa que fosse, era possível notar que havia se espetado nos espinhos. Também percebeu que a maneira como segurava as rosas e a delicadeza que ostentava lembravam, em muito, ela.

Nas suas lembranças, era exatamente assim que ela ficava quando cuidava do jardim e isso lhe trazia uma estranha sensação de conforto.

— Gosta? — A voz rouca rompeu a calmaria e a kunoichi o mirou com receio.

— Oh… — Procurou por alguma desculpa, sem sucesso. — Eu não queria… bem…

— Já invadiu. — Ele a interrompeu e levou a mão à cintura. Graças aos cabelos molhados, era possível ver as gotículas deslizando pelo seu rosto e a sua camisa se mostrava colada como se ele mal tivesse se secado. — Ainda não respondeu a minha pergunta.

— Ah, eu gosto. — Esperando por uma repreensão, ela confessou, vencida. — Perco horas em lugares assim.

— À vontade, então. — A cara de idiota dela o fez completar: — Sendo você, eu não me importo.

Com as bochechas avermelhadas, Hinata acompanhou a silhueta masculina voltar para dentro da casa. Compreendeu bem o que ele quis dizer com aquilo, afinal era esposa dele e moraria ali, mas por que sentia o coração tão quente? Por que aquela impressão de ter escutado uma coisa, mas a interpretação ser outra?

Foi atrás dele, encontrando-o parado próximo da pia. Devagar, Sasuke abriu a torneira, se apossou do copo e o colocou para encher. Após isso, pousou-o sobre a superfície e voltou a fechar a torneira podendo agora sorver o líquido. A questão de ele não ter aceitado o implante do outro braço passou pela sua cabeça, porém, ainda era muito cedo. No momento certo, tentaria conversar sobre e, quem sabe, convencê-lo.

— Vou aproveitar e tomar um banho também. — A tentativa de puxar assunto foi um fracasso, uma vez que o rapaz apenas meneou a cabeça. — Eu só preciso que me ajude numa coisa… — Ele ergueu a sobrancelha, finalizou o conteúdo do copo e o lavou. — Hanabi apertou muito… Não consigo soltar sozinha…

O Uchiha entendeu que ela falava do laço que prendia o kimono. Indo ao auxílio da kunoichi, ele se aproximou e a moça se virou de costas para ele. Apenas naquele movimentar sutil, a fragrância dela se fez presente da mesma maneira que o cheiro do sabonete que ele usara há pouco. Ela apertou os lábios conforme o sentia mexer nas suas vestes.

Sasuke colocou uma ponta do tecido na boca enquanto puxava a outra com um pouco mais de força. De fato, a pirralha havia apertado bem e ele se perguntava se existia uma segunda intenção naquilo. Ponderou e balançou a cabeça em negação. Muito provavelmente a cena que a mais nova imaginou estava acontecendo.

Ao decorrer dos segundos, a vestimenta se tornou mais solta e Hinata rapidamente a aparou, pousando o braço sobre os seios numa certificação de que ela não cairia.

— Era isso?

O timbre rouco soou colado ao ouvido feminino, o que a fez morder o lábio. A jovem tocou os próprios cabelos e os livrou dos grampos que os prendiam antes de se virar para o seu marido. Ato totalmente inconsciente, mas que o provocou, e muito.

— Era. — Ela deixou que um sorriso meigo surgisse nos seus lábios. — Obrigada.

Vê-la com aquele kimono solto, corada e com os fios azulados livres era uma tarefa árdua. Hinata lhe parecia muito atraente e isso era perigoso. Tão perigoso que se controlou ao máximo para não tomá-la ali mesmo.

Permitiu-se divagar em busca de outro foco e, no fim, fugiu como um covarde. Precisava de um segundo copo d’água.

~ x ~

Ouvir o som do chuveiro ligado dentro do seu quarto era uma provação. A sua mente traidora trabalhava incessantemente no objetivo de destruir a sua paz. Obrigava-o a visualizar a água escorrendo pelo pescoço alvo, deslizando entre os seios, descendo pela barriga lisa…

— Tsc!

Deu graças aos céus quando o barulho cessou, dando fim àquela tortura. Imaginou que Hinata, naquela altura, estaria se secando e… Bom, ele não se recordava de ela lhe pedir uma toalha… Então, talvez…

— Sas… Sasuke…? — É, ela não tinha pedido mesmo.

Mantendo a postura indiferente, o ex-nukenin abriu a porta do armário em total silêncio. Apossou-se de uma toalha branca, felpuda, com o símbolo dos Uchiha bordado nela e encaminhou-se à porta, podendo encontrá-la com o rosto corado, envergonhada.

— Ah… — Constrangida, ela esticou o braço para fora. — Você percebeu…

Ele respondeu com um meneio simples e entregou-a para a morena, que agradeceu com um aceno simpático antes de se fechar mais uma vez. Poucos minutos depois e lá estava a herdeira, vestida com uma camisola larga sem decote algum, que o Uchiha poderia jurar ter pertencido à avó da kunoichi.

Discreto, observou o par de coxas grossas e os seios fartos escondidos pelo sutiã que não deixavam de ter os seus devidos destaques mesmo naquela peça horrorosa. Ruborizada por trajar algo que, para ela, era extremamente íntimo, a moça se acomodou ao lado do rapaz se sentando na cama.

— Sasuke… — Sério, o Uchiha a mirou esperando que ela continuasse. — Eu quero te agradecer, de verdade. — Ele acompanhou o movimentar discreto dos lábios femininos e se amaldiçoou por isso. — Obrigada por tudo que fez por mim. — Calado, permaneceu firme. — Mesmo sem me conhecer direito, aceitou essa loucura e está aqui, cumprindo com a sua palavra. — Ela desviou o olhar do intenso, dele. — Muito obrigada.

— Não é como se fosse um sacrifício, Hinata. — Um sorriso curto e despreocupado apareceu, quase imperceptível.

— Sei que boa parte disso se deve ao otous…

— A minha decisão em nada envolve o Hiashi. — impediu-a antes que ela concluísse, o que a fez suspirar, consolada. A ideia de ser usada em uma vingança não era nada agradável.

— Quer dizer que o temido e misterioso Uchiha Sasuke sabe ser gentil? — Com um deboche visível, brincou.

— Hm. — O semblante dele voltou ao fechado, natural, e a kunoichi se encolheu. Ele tinha mudanças significativas de uma hora para outra. — Quando ele quer — Uma breve pausa foi feita antes de completar: — e quando ele acha que vale a pena.

Diante daquela resposta, o clima se tornou diferente. Era como se existisse algo além, forte e impossível de conter. A herdeira comprimiu os lábios, certa de que era inevitável não rebatê-lo.

— E… — As suas bochechas coraram ainda mais. — Qual dos dois… se encaixa na nossa situação?

— É uma boa pergunta. — admitiu, com o cenho franzido.

— Um dia, acha que eu… consigo descobrir? — A gagueira a atingiu, mas Hinata prosseguiu firme, recebendo o olhar nebuloso dele.

— Talvez. — A provocação ficou clara quando ele arqueou a sobrancelha e a desafiou: — Tente.

Aquelas insinuações… A rouquidão presente na voz e o sorrisinho charmoso e sutil lançado por ele a estremeceu. A vontade de repetir os feitos das últimas horas a embalou num misto de censura com ansiedade, gerando uma confusão que não durou muito tempo.

Os olhos perolados foram fechados e a morena passou a diminuir a distância que teimava em existir entre eles. Ainda que internamente Sasuke hesitasse, a carne era fraca… estranhamente mais fraca quando se tratava de Hinata.

Ele encurtou o trajeto e uniu os lábios em um novo beijo que nenhum dos dois tinha sequer cogitado. Antes que pedissem passagem, elas já estavam abertas, escancaradas, à espera da exploração que aconteceu o mais arrastado e inebriante possível por parte do Uchiha, uma vez que a kunoichi só se mantinha apreciando o ditar experiente e único dele.

As línguas se acariciavam numa brincadeira instigante e sexy, o que resultou em algumas pontadas diferentes na região do baixo-ventre feminino. Deixando as suas intenções claras, o rapaz a agarrou pelo pulso e a puxou para si, e por que não?! Pela primeira vez, Hinata se via à vontade e com vontade de experimentar daquelas sensações e Sasuke, seu agora marido por sete meses, mostrava dominar aquela arte como ninguém, além de estar disposto a ensiná-la.

A mulher mordeu o lábio inferior sem imaginar o rebuliço interno que causava no seu companheiro contratual e desviou o olhar para baixo, avaliando até onde ia a sua coragem. Tal ato fez com que o Uchiha a soltasse deduzindo que ela havia recuperado a sanidade que ele tinha perdido. Contudo, quando a moça separou as pernas e levou uma para cada lado da sua cintura já se posicionando em seu colo, ele moveu a cabeça, desacreditado.

Embaraçada, Hinata o envolveu pelo pescoço espremendo os próprios seios contra o peitoral definido e marcado pela camisa. O olhar enigmático e em chamas do guarda-costas do Hokage a encarou fundo, estudou os lábios borrados pelo batom e olhou-a novamente, buscando compreender até onde ela estaria disposta a ir.

A mão masculina a agarrou pela nuca e um outro beijo voraz e sedento começou. Os dedos sorrateiros desceram pelas costas e seguraram firme no quadril, encaixando-a mais em seu corpo de maneira que ela pudesse senti-lo rijo. Um gemido involuntário escapou dos lábios dela devido ao contato íntimo e inesperado, acendendo-o por completo.

Mesmo que a sua mente gritasse ordenando que interrompesse aquilo, a sua mão a guiava, impondo o ritmo das reboladas sensuais que ela dava acima da sua excitação. As pulsações vieram avassaladoras e Hinata sentiu cada uma delas, extasiada. Ela se colocou com um pouco mais de força podendo percebê-lo com mais clareza. Engoliu em seco, passando a língua pelos lábios molhados dele e recebendo um chupão feroz daquele homem que se mostrava cada vez mais irresistível e poderoso diante dela.

Os beijos dele se moveram pela bochecha tomada pela vermelhidão e seguiram pela linha do pescoço, onde uma trilha de saliva ao mesmo tempo que era feita pela língua calejada, também era apagada pela respiração quente e descompassada dele. Pelos fios longos, ele a reteve depois de abandonar a carne recém-amaciada que revelava uma marca considerável em uma das coxas grossas. Rude, a puxou.

A herdeira arqueou naquele abraço delicioso ainda firme pelos cabelos negros, que caíam sobre a sua pele durante as mordidas depositadas por ele em seu pescoço. Com os pêlos eriçados e sentindo-se como se estivesse em combustão, a morena rebolou mais uma vez pressionando-se intimamente nele, o que arrancou um gemido baixo, rouco e desejoso do Uchiha, que lhe cravou os dentes com mais força. Estava impotente e entregue às vontades dela.

Tudo aquilo era novo, principalmente a palpitação descontrolada vinda do seu peito e a pulsação sedenta da sua calça. Pretendia grunhir, repreendê-la com rispidez, afastá-la, mandá-la para bem longe, lembrá-la de que era um contrato e só isso! Entretanto, aquela mulher o capturou mais uma vez, lhe roubou beijos cada vez mais quentes e, inferno! Estava perdido!

E estar perdido, por mais contraditório que fosse tratando-se de Uchiha Sasuke, lhe causava medo. Medo de gostar, medo de se apegar, medo de perder tudo, de novo.

— Hinata. — Os fios azulados foram soltos. Ele havia voltado a si. — Desça.

— Sasuke…? — Confusa, ela sussurrou o nome dele sem entender nada.

Esforçando-se para não perder a paciência, os dedos grandes foram levados às pálpebras. Ela não compreendia e também não tinha culpa.

— Só desça, Hinata. — repetiu com firmeza já se arrependendo muito daquilo.

A sua esposa assentiu e se desvencilhou dele que, naquele instante, viu o quão incômodo era não ter a quentura dela ao seu redor.

— Tsc! — Indignado, o Uchiha estalou a língua por conta daquela sensação ridícula. Numa briga interna, ele se pôs de pé. — Eu preciso ver o Kakashi. — afirmou sem delongas. — Escolha uma cama, as suas malas estão no outro quarto e há espaço no armário. — Ela concordou com aquele turbilhão de informações secas e o acompanhou jogar a capa de qualquer maneira sobre si. — Não me espere. — E usando o teleporte, desapareceu.

Sozinha, a Hyuuga não sabia como encarar aquilo. Embora a saída dele tivesse sido ríspida, ela não se via magoada ou triste, muito menos se sentia recusada pelo rapaz, mas estava preocupada. Era como se tivesse mexido em algo adormecido nele sem permissão, o que deixava claro que o contrato deveria ser respeitado.

Não esperaria por ele, também não tocaria no assunto e, no dia seguinte, seria como se nada tivesse acontecido.

~ x ~

De manhã cedo, a médica despertou com uma leve dor de cabeça. Julgando pela bagunça da outra cama, ele havia chegado pela madrugada e ela nem tinha o visto. Pensando em como falaria com o companheiro após aquele amasso, a kunoichi se levantou e seguiu ao banheiro onde fez a sua higiene. Passando pelo pequeno corredor que levava à escada, ela escutou sons de pergaminhos vindos do quarto ao lado.

Apertou os lábios imaginando que ele estava ali, porém não teve coragem de ir até lá. Desceu, indo direto à cozinha conforme trabalhava a própria mente para não reagir quando estivesse na presença dele. Abriu os armários e mexeu na geladeira. Tinha de fazer algo para comer, mas não fazia ideia dos gostos de Sasuke. No fim, resolveu seguir um lado mais genérico. Ovos mexidos.

O barulho dos armários sendo desbravados e das panelas no fogão alertou ao shinobi que a sua esposa já estava de pé. Pela primeira vez em muito tempo tinha a impressão da sua paz ser perturbada pela presença de outra pessoa na sua casa, mas não tinha o que fazer.

Procurou se manter imerso na análise daqueles documentos, todavia, o cheiro da comida que ela preparava tomou o seu quarto, o obrigando a ir até lá. A movimentação dele, assim como o arrastar da banqueta às suas costas, chamou a atenção da agora Uchiha que respirou fundo e se virou para ele.

— Bom dia, Sasuke. — Com um sorriso, ela o saudou enquanto tentava ser forte. — Tomei a liberdade de mexer nas coisas.

Acomodado, ele meneou a cabeça e murmurou um som afirmativo que a fez gravar na memória que aquele ruído significava um simples “entendi”. O jovem apoiou o braço sobre o balcão de madeira e ficou a observá-la em silêncio. Hinata ainda vestia aquela camisola de velha.

Calados, a ninja continuava na sua tarefa sem se importar com a quietude entre eles. O Uchiha mentiria se dissesse que não cogitava falar sobre a noite anterior, além de relembrá-la quais os limites que deveriam ter. No entanto, a médica parecia ter se esquecido, talvez imaginasse ter sido um sonho. E se ela tinha esquecido, era melhor assim.

— Não pensei que a Princesa do Byakugan cozinhasse.

— Ah… — Ela girou o corpo e voltou a olhá-lo depois de contar até três. — Eu sempre gostei de aprender essas coisas… — Sorriu sem jeito. — E você? Sabe cozinhar?

— O básico para a sobrevivência. — A sobrancelha arqueada e o tom debochado a fez abafar uma risada divertida.

— Entendi.

Outra vez os dois ficaram quietos, ao passo que o moreno assistia a mulher manusear com destreza os hashis e a frigideira. Pôde perceber que ela não se incomodava com o seu jeito reservado e também não lhe soava invasiva — excluindo o episódio do jardim. De certa forma, eram boas descobertas.

— Kakashi nos deu três dias e o Hiashi desistiu da prova.

Não precisou entrar em detalhes, uma vez que a mulher corou de maneira absurda ao ter a mente invadida pela certeza de que havia sido por pouco. Mais um pouquinho, e eles teriam uma prova concreta para apresentar.

— Otousan deve ter percebido que era desnecessária. — Ela nem ao menos o olhou antes de responder. Talvez ela lembrasse?

— Hinata. — O chamado grave a fez saltar. Talvez ela realmente lembrasse. — Coloque tomate.

— Tomate? — Com as bochechas em chamas, repetiu interrogativa. — Gosta de tomates? Eu não sabia.

— Há muitas coisas que não sabe. — Não foi um corte, foi um comentário e a moça entendeu isso.

— Consegue pegá-los?

O rapaz murmurou o mesmo som anterior e ela soube que ele o faria. Por mais que se sentisse tensa pelos acontecimentos, viu-se sorrindo como uma boba por tê-lo compreendido. Ele tomou posse da sacola de tomates e passou por ela, que apoiou a frigideira no fogão e estendeu as mãos para que ele lhe entregasse, mas o moreno se recusou.

Sasuke se posicionou na pia, abriu a torneira e passou a lavá-los um por um. Depois de feito, escolheu uma das facas na gaveta e a mulher teve a impressão de que ele pretendia cortá-los, mas como? A kunoichi largou a frigideira de vez e parou ao lado do seu marido.

— Eu corto. — Sendo observada de canto pelo parceiro, ela tomou a esfera avermelhada da mão dele sem cerimônia. — Em cubos?

De baixo, a morena o olhou e o ex-nukenin encarou aquela criatura pequena e sorridente, abismado. Por que ela tinha de ser tão boazinha? O que ela queria? Não era possível alguém ser tão docinha o tempo inteiro. Naqueles poucos segundos, o rapaz parecia querer desvendá-la, mas ela se manteve surpreendentemente resistente, mesmo vermelha como um tomate.

— Sim. — assentiu antes de reforçar: — Em cubos.

Hinata começou a cortá-los com facilidade depois de trocar o apoio de uma perna para a outra, e o seu marido voltou a se sentar. Quando a mulher concluiu a refeição, serviu o prato do Uchiha primeiro, seguido do dela. Acomodou-se na banqueta ao lado e, em silêncio, degustaram do café da manhã simples como se nada tivesse acontecido.

Sasuke, além de achá-la saborosa em diversos aspectos, percebeu o quanto a comida caseira lhe fazia falta. Levando em consideração tudo vivenciado até ali, os sete meses convivendo com Hinata lhe soavam até bem interessantes.

 

Continua...


Notas Finais


Será que os sete meses serão realmente interessantes?

E o Sasuke? Precisou de uma força do carai, hein ahahaahaua
Mas, na minha visão, ele não tá errado.
Primeiro pelo motivo que eu citei do álcool lá em cima e segundo que o trauma é complicado.
"Sentir" mexe num campo difícil de lidar, pra ele.
Mas, com o tempo, veremos Hinatinha quebrando isso... Se bem que ele já parece beem mexido, não?!

O que vocês acharam do capítulo mesmo sem hentai?
Espero que tenham gostado e me perdoado pela falta da tainha, do vinho e do sexo :x

Só pra constar: @Uchiha-Leh, aguenta que ainda não chegou hauhauahaa Foi só uma prévia! O completo vem pela frente! <3

Beijos, comentem <3
Até a próxima atualização <3


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