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História Seu dono - Jane!


Escrita por: JustAFujoshi17

Capítulo 17 - Jane!


– E se ele não aparecer? E se vier só pra rir da minha cara? E se ele acabar indo viver com o Alfred e os dois ficarem andando por aí rindo da minha cara? Ai, isso seria pior ainda... eu não iria suportar tanta desgraça e... – Um Thor desesperado andando para lá e para cá, na casa de Tony Stark, era de causar pena e aflição. Esperava Loki, com o coração na mão.

– Homem, pare por favor! Está me deixando maluquinho da vida! – Tony Stark segurava o amigo forte pelos ombros, tentando acalmá-lo, pois aquele desespero todo também estava lhe deixando desesperado. – Ele mandou hoje um bilhete avisando que vinha, não foi? Então trate de se acalmar e aja com dignidade senão todo mundo vai perceber seu comportamento estranho. As amigas de Foster disseram que você foi muito grosseiro com ela ontem.

– Ah, Tony... se eu pudesse atirar esse anel de noivado pela janela, eu faria com o maior prazer... quisera ser livre como um pássaro para escolher montar meu ninho com quem me aprouvesse... e o pior é que ela não tem culpa de nada e... poxa estou enrascado mesmo!

Nesse instante, ouviram batidas na porta. O mordomo de Tony foi atender. Neste instante, Thor viu entrar na sala a esfuziante presença de Loki, trajando um sobretudo cinzento, pincenê com aro de ouro, luvas de pelica bege, e um colete também cinzento bordado com fios de prata. A camisa que usava com o colete era branca, lhe assentando bem. E Thor podia dizer que as calças que o moreno de olhos verdes usava faziam saltar aos olhos certos... atributos. Ficou embasbacado de admiração e até Tony Stark distraiu-se olhando para Loki por alguns minutos.

Tony, muito senhor de si, ofereceu com um gesto, a poltrona com assento de veludo para que ele se sentasse. Loki agradeceu e sentou-se depois que o mordomo ofereceu-se para guardar seu sobretudo.

– Senhor Stark... – sorriu, cheio de malícia e sedução. – Senhor Thor... estou encantado com o convite que recebi.

– Haverá muitos outros convites, senhor Laufeyson... é uma honra tê-lo aqui em meu humilde lar.

– É sempre uma honra ter alguém em casa, desde que seja rico e ostente roupas bonitas, não? Assim o anfitrião fica com boa fama e não se envergonha... conheço bem a sociedade. – A ironia que Loki deixara escapar de propósito, deixou desconcertados os dois.

– Não é por causa de nada de belo e valioso que o senhor tem, que o convidei para minha casa, acredite, senhor Laufeyson. Acontece que seu avô também era muito querido por meu pai e por mim. – Disse Tony, em tom bastante sério. Não gostou da insinuação de que era interesseiro.

Ao ouvir mais uma vez alguém tocar no nome do seu adorado avô, Loki levou um lenço de seda aos olhos verdes. Pobre Salazar, ainda bem que sua lembrança permanecia com muito carinho na memória de todos que o haviam conhecido.

– Fico feliz por isso. Mas não foi para discutir sobre a pessoa maravilhosa que o falecido foi, que me chamaram aqui, não é mesmo? – E olhou sorrindo de maneira misteriosa para Thor, que estava muito nervoso. A presença daquele homem o oprimia, apesar de o fascinar também. Agora que Loki estava rico e poderoso, não sabia mais como agir perto dele, como se a riqueza agora tivesse lhe transformado em um cantor famoso de ópera ou em um ídolo, um deus, um santo de igreja que um mero mortal não deveria nem tocar.

– Não, Loki. – Thor tomou coragem e também tomou a palavra. – Eu sugeri a Tony a ideia de convidá-lo para passar a tarde aqui porque... bem... eu te amo, Loki. Eu... meu casamento está próximo, você sabe, é daqui a dois dias...

Loki fechou os olhos por alguns instantes, aborrecido. Péssima ideia ter vindo. Se Thor viesse lhe sugerir serem apenas amantes, escondidos de tudo e de todos, sem que ninguém ficasse sabendo, enquanto Thor permanecesse casado, estava muito enganado. Seu amor era nobre demais para aceitar uma coisa destas.

– Sim, eu sei... você a ama, não? Homem de sorte. Será uma excelente esposa. – Disse, irônico, deixando bem claro em seu tom, que não acreditava de jeito nenhum que a ''tonta da Jane'' fosse dar uma boa esposa.

Thor irritou-se. Estava difícil dialogar com Loki. Não era pra menos. – Não, Loki, não. – Tomou coragem e tocou no joelho dele, que estremeceu de surpresa e prazer. – Não amo Jane e você sabe disso. Estou disposto a fugir com você... não sei, para Paris. Sei que lá muitas pessoas são mais liberais do que aqui em Londres e...

– Como é que é? – A ideia de fugir pareceu a Loki um despropósito. – Thor, como pode ser tão egoísta? Quando eu era pobre você não quis fugir comigo, não é? Agora que ocupo um lugar na sociedade e que posso oferecer uma boa vida para minha família, agora que está tudo dando certo, financeiramente para mim, você vem com essa ideia? A resposta é não, Thor. Não sou um criminoso para fugir de todos. O meu amor não é um crime, nem uma doença contagiosa para que eu me esconda. Entenda isso.

Quando deu por si, estava acariciando os cabelos louros do amado. Thor pegou a mesma mão que tocara em seus cabelos e a beijou com ternura, uma ternura que nunca tivera para com Jane.

– Rompa com ela e seja meu... vamos enfrentar o mundo... – Sussurrou Loki no ouvido do amado.

Ouviram então uma voz feminina gritando:

– ... Eu sei que ele está aí! Peça a seu patrão para chamá-lo! – Era Jane.

– Madame, eu não sei do que a senhorita está falando.

– Sabe, sim! E me deixe passar senão farei com que seja despedido! – E empurrou o mordomo de Tony, chegando até a porta. Não escondeu o desagrado ao ver o futuro marido conversando meigamente, quase com o rosto colado ao de Loki, o rapaz que vira na festa, e que julgava um efeminado. Os dois viraram o rosto na direção da moça, tentando se recompor.

– Thor? O que está... fazendo aqui...?



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