História Seu jeito me encantou. - O Perdão.

Capítulo 97 – O Perdão!

Vitória’s POV

Depois de todos terem subido para ver a Thalia eu fui a ultima, cheguei ao quarto e bati na porta, logo em seguida Nathan disse “entre”, entrei e o encontrei sentado em uma cadeira ao lado da janela e a minha amiga estava deitada recebendo o sangue doado por Nathan, a bolsa já estava quase vazia então Nath disse indo em direção a porta.

Nathan: Viih, vou na cantina pegar alguma coisa pra comer e depois chamarei a enfermeira pra ela vir aqui quando o sangue da bolsa acabar!

Vitória: Ok, pode ir, eu fico aqui até você voltar!

Nathan saiu e eu fiquei sentada em uma cadeira ao lado da cama da minha amiga, comecei a acariciar a mão dela com carinha, ele estava muito fria, mas os batimentos estavam normais, peguei a mão dela com cuidado e comecei a brincar com os dedos dela como ela sempre fazia com os meus quando estávamos conversando, um sorriso se abriu no meu rosto ao me lembrar das nossas conversas bobas e sem nexo, a medida que eu mexia na mão dela ela ia ficando um pouco mais quente, segurei a mão dela com firmeza e disse passando a outra mão no rosto dela para retirar alguns fios de cabelo que ali estavam.

Vitória: Thay, estamos todos sentindo tanto a sua falta, vcê precisa melhorar amiga, os filhos da Jayne estão doidos para poderem te ver... Acorda logo amiga!!!

Dei um beijo nas costas da mão dela e deitei minha cabeça na beira da cama ao lado dela, comecei a cantarolar o refrão da musica favorita dela do “Imagine Dragons – On top of the world”.

'Cause I'm on top of the world, ‘ay 
(Porque eu estou no topo do mundo, ei)

I'm on top of the world, 'ay
(Eu estou no topo do mundo, ei)

Waiting on this for a while now
(Esperando isso há um tempo agora)

 Paying my dues to the dirt

(Pagando minhas dívidas para a terra)

I've been waiting to smile, 'ay

(Eu estive esperando para sorrir, ei)

Been holding it in for a while, 'ay

(Guardei por dentro por um tempo, ei)

Take you with me if I can

(Levo você comigo se eu puder)

Been dreaming with this since a child

(Tenho sonhado com isso desde criança)

I'm on top of the world

(Eu estou no topo do mundo)

 Eu cantarolava com lagrimas nos olhos a musica que ela costumava cantarolar quando estava fazendo alguma coisa sozinha, de repente o aparelho que mede os batimentos começou a aumentar a velocidade e eu me assustei, olhei para o aparelho e as linhas estavam passando rápidas, abri a porta rápido e chamei a primeira enfermeira que eu vi no corredor, ela entrou e verificou oque estava acontecendo e saiu do quarto correndo, fiquei observando minha amiga intacta deitada na cama, alguns minutos depois a enfermeira retornou acompanhada do medico com uma seringa nas mãos a mulher passou aquela seringa para o medico que a aplicou no braço da Thay, segundos depois os batimentos dela voltaram a ficar lentos e calmos, fiquei aliviada com aquilo e perguntei um pouco assustada.

 Vitória: O que aconteceu!?

 Walldre: Não sabemos, mas ao que tudo indica ela teve uma reação nervosa a alguma coisa que você disse ou fez. O que você fez antes dela se alterar?

 Vitória: Eu cantei uma musica que ela gosta!

 Walldre: Pelo que me parece ela esta ouvindo, mas não consegue recobrar a consciência.

 Vitória: Mas doutor, tem algo que nós possamos fazer para ajudar ela a recobrar a consciência!?

 Walldre: A única coisa que vocês podem fazer é ficar do lado dela, conversar e fazer com que ela se sinta viva, só assim ela não vai desistir de viver... Você e os outros amigos dela são o único elo que ela ainda tem com a vida, vocês são os únicos que podem mante-la lutando contra a morte.

 Nathan: E é isso que vamos fazer!

 Nathan disse entrando no quarto e interrompendo nossa conversa, o medico o olhou e sorriu fraco e ele retribuiu, o doutor e a enfermeira então saíram do quarto e nos deixaram sozinhos, Nathan se sentou na cama onde ele dormiu e me perguntou parecendo um pouco mais feliz.

 Nathan: O que aconteceu depois que eu sai!?

Vitória: Eu me sentei do lado da Thay, conversei com ela por um tempo e depois comecei a cantarolar o refrão de uma musica que ela gosta muito, do Imagine Dragons, ai os batimentos dela começaram a acelerar, eu fiquei assustada e chamei o medico, ai ele aplico um negocio nela que eu não sei oque era, mas acho que deveria ser algum tipo de sedativo, pois ela se acalmou.

 Nathan: Ela acordou?

 Vitória: Não Nath, eu fiquei assustada porque a única coisa que aconteceu foi os batimentos acelerarem, mas ela não se moveu, mas o medico disse que isso foi uma reação que ela teve ao me ouvir cantar, ela pode estar nos ouvindo só não consegue acordar.

 Nathan: Mas como assim, ela esta consciente, mas não pode acordar!?

 Vitória: Não, ela esta consciente, mas não consegue acordar, reagir completamente, mas nós temos que prestar atenção, porque se ela reagiu assim ela pode progredir e quem sabe amanhã ela pode mexer alguma parte do corpo, abrir os olhos ou até acordar.

 Nathan: Eu ouvi o medico dizer que nós somos a única coisa que pode fazê-la permanecer lutando pela vida...

 Vitória: Exatamente, nós somos a única força que ela tem para continuar lutando.

 O garoto ao ouvir isso abaixou a cabeça e eu pude ver uma lagrima correr por seu rosto, ele estava chorando, por se sentir culpado pelo o que aconteceu ao vê-lo chorar me lembrei de que não havia dito a ele que ela tinha perdido os filhos deles, e nem sabia como dizer isso a ele, aquele pensamento me angustiou e eu me senti com medo, então disse.

 Vitória: Nath preciso ir agora, mas mais tarde eu volto para ver a Thay outra vez.

 Ele assentiu sem me olhar, dei um beijo no rosto dele e sai andando em passos largos, desci até a recepção e não encontrei meus amigos, olhei por todo o local e a única pessoa que eu vi foi Max, me aproximei dele contra a vontade e disse seca o tirando dos pensamentos.

 Vitória: Onde estão os outros?

 Max: Foram almoçar, você estava demorando e a Mah já estava com muita fome.

 Vitória: Por que você ficou aqui?

 Max: Porque eu não estava com muita fome e queria conversar com você!

Vitória: Qual o nome do restaurante?

Perguntei sem dar importância ao que ele disse, ele me olhou de cenho franzido e ao ver minha expressão de poucos amigos revirou os olhos e se levantou, ficando a poucos centímetros de mim.

 Max: Eu te levo no...

 Vitória: Não precisa, eu vou de taxi é só me dizer o nome do lugar!

 Disse cortando a frase dele e sai andando e logo fui seguida por ele que deu uma leve corridinha para me alcançar, segurou na minha mão e disse me fazendo olha-lo.

 Max: Não precisa disso tudo Viih, eu te levo!

 Vitória: Vitória Max, para você e para o James é Vitória!

 Ele novamente revirou os olhos, soltou meu braço e eu continuei caminhando para fora do local com ele ao meu lado, ele correu até o estacionamento e eu fiquei parada na causada esperando algum taxi aparecer, como ele não tinha me dito o nome do restaurante eu iria voltar para o AP e comeria qualquer coisa, mas antes que eu pudesse pegar um taxi ele parou o carro na minha frente, abriu a janela e disse indicando com a cabeça para a porta do carona.

 Max: Entra, por favor.

 Vitória: Não.

Respondi com firmeza, mas ele então abriu a porta, saiu do carro, segurou no meu braço de leve e me arrastou até o outro lado, abriu a porta e apontou com a mão para o banco como um cavalheiro, desisti e entrei no carro contrariada, ele voltou para o seu lugar e deu partida seguindo o caminho.

 Max: Viih, eu queria pedir desculpas por ter feito aquilo em New York, eu não deveria ter me metido na sua vida, poderia ter feito perder o emprego, mas só queria que você soubesse que eu sinto muito.

 Vitória: Eu poderia ter sido processada Max, poderia ter sido deportada e nunca mais eu poderia viajar para outro país novamente, você sabia disso?

 Eu disse seca e ele engoliu seco, respirou fundo e disse colocando a mão sobre a minha sem tirar os olhos da estrada.

 Max: Me desculpa mesmo irmã, juro que não pensei por esse lado, se não, não teria ido até lá, e muito menos levaria o lesado do Jay!

 Vitória: É, mas você não pensou, não pensou nenhum segundo em mim Max, você foi lá com toda a sua masculinidade, ignorância e ainda levou o James. Graças a Deus o Harry é um anjo e não fez nada, ele nem mesmo me demitiu, eu só tenho a agradecer a ele Max, o cara que você julga e odeia tanto!

 Eu disse com a voz firme, porem com lagrimas nos olhos, evitei olha-lo para que ele não percebesse minhas lagrimas, ele ficou em silencio e logo parou na frente de um restaurante simples, eu desci logo do carro e caminhei em direção a entrada sem esperar por ele enquanto sequei minhas lagrimas disfarçadamente, mas antes que eu pudesse entrar no local ele segurou meu braço me fazendo olhar para ele e disse.

 Max: Por favor, me perdoa Viih, prometo que vou tentar controlar meu ciúme e não vou mais agir por impulso!?

 Fiquei olhando para ele e refletindo por alguns segundos, eu estava decidida a não ceder, mas eu gostava tanto da presença dele, das besteiras que ele faz e nesse momento difícil nós precisamos ficar o mais unidos possível, abaixei a cabeça e disse sorrindo de lado ao voltar meu olhar para ele.

 Vitória: Você me promete que vai mesmo tentar controlar seus ataques de ciúmes?

 Max: Prometo!

 Vitória: Então eu aceito suas desculpas!

O puxei para um abraço e sorri, ele ficou meio estático, parecia não acreditar, mas logo retribuiu o abraço e sorriu com o rosto enterrado no meu pescoço, nos desvencilhamos do abraço, eu enganchei no braço dele e entramos no restaurante juntos, quando chegamos a mesa todos nos encaravam e sorriam com sinceridade menos Jay que evitava me olhar.