História Seu jeito me encantou. - Toda ferida deixa uma cicatriz!

James's POV
Estávamos na sala todos juntos, até Thalia estava conosco, assistíamos algo na TV e conversamos muito e pedimos pizza, todos estávamos muito animados com o fato das coisas estarem se normalizando, Thalia aceitou muito bem sua condição de careca e Max até zoava que os dois estavam idênticos agora, diferentes apenas por ela ser uma mulher e ele não.
Max: Fala sério, estamos idênticos. Olha só pra isso!
Thalia: Haha' A única diferença é que eu sou bonita, neh Max?
Thalia zoou e ele a encarou de olhos cerrados.
Max: Está insinuando que sou feio?
Max fez uma careta e ela se fez de cínica enquanto todos rimos.
Thalia: Lógico que não, Max, você é lindão, só não mais do que eu!
Ela fez uma careta e o abraçou. A pizza chegou e eu fui atender, peguei as pizzas e levei para a cozinha, logo depois todos foram comer e eu fui em direção aos quartos para chamar Nath que não saiu do quarto, mas antes que eu subisse as escadas ela chamou.
Thalia: Jay!
Jay: Oi!
Thalia: Onde vai?
Jay: Chamar o Nath. Por quê?
Thalia: Nada, será que eu posso ir?
Jay: Ok, ele está no quarto.
Ela sorriu e subiu no meu lugar, dei de ombros e voltei para a cozinha, comemos e conversamos e nada dos dois descerem.
Nathan's POV
Eu estava deitado apenas de bermuda debaixo do edredom, com meu bloco de anotações nas mãos eu pensava em algumas letras, foi quando ouvi a porta, me levantei colocando uma camisa e fui abrir a porta, mas dessa vez esqueci de perguntar quem era, então abri e me deparei com ela, cabeça baixa e braços entrelaçados na frente do corpo, me espantei e disse.
Nathan: O que faz aqui?
Thalia: Podemos conversar?
Nathan: Claro, entre.
Dei espaço para ela entrar e se sentar na cama, abri o closet e peguei um edredom para ela, entreguei nas mãos dela que logo se enrolou e me agradeceu, voltei para cama e me deitei enrolado no edredom que eu já estava usando.
Nathan: Então...
Thalia: Olha, eu... Queria me desculpar com você por tudo o que disse no hospital, mas é que eu só estava nervosa, como você mesmo disse eu fiquei nervosa porque não consigo entender como é possível não me lembrar do meu próprio namorado...
Nathan: Não quero que se sinta mal, não por isso, eu te amo e não poderia te cobrar algo tão idiota, eu intendo que você sofreu um acidente e já foi a maior barra para você tendo todos os seus amigos do seu lado, te apoiando ao envés de te cobrar... E além do mais não se pode dizer a uma pessoa que ela te ama, por isso eu decidi me afastar e te deixar livre para ver o que realmente existe dentro de você, o verdadeiro sentimento.
Thalia: Nathan, eu sinto muito por não me lembrar...
Nathan: Não sinta, você não tem culpa. Eu só quero que confie em mim, porque não foi só isso que aconteceu, eu quero te contar tudo, desta vez sem nenhuma mentira ou nenhuma omissão, mas você precisa estar pronta para saber.
Ela me olhou atentamente e concordou, eu respirei fundo e segurei a mão dela.
Nathan: Você tem certeza de que pode aguentar? Não é nada fácil o que eu vou te dizer.
Thalia: Eu não sei se vou, ou não, mas eu sei que não quero mais mentiras, não quero mais ficar sem saber, eu quero que você me diga tudo o que eu não sei, mas acima de tudo... Esteja do meu lado para me ajudar a suportar. Você pode fazer isso?
Ela disse me olhando nos olhos e co um semblante sério, eu fiquei um pouco confuso sem saber o que ela queria dizer com isso então eu disse.
Nathan: Claro, eu vou estar do seu lado e você vai estar no meu coração como sempre esteve assumindo seu lugar e eu vou ter paciência de...
Antes que eu terminasse de falar ela se enclinou e em um ato rápido ela me beijou, suas mãos tocavam meu rosto e meus olhos estavam arregalados, quando percebi o que estava acontecendo fechei meus olhos e a abracei puxando seu corpo para cima de mim de forma que ficacemos deitados. Suas mãos acariciavam meu rosto e o beijo era calmo, não sei quanto durou, mas quando acabou fiquei com medo de abrir os olhos e ter sido apenas um sonho.
Thalia: Nathan?
Nathan: Que foi?
Thalia: Nathan, está tudo bem?
Nathan: Sim...
Thalia: Então abra os olhos!
Nathan: Não posso...
Thalia: Mas... Como assim não pode?
Nathan: Não posso se eu abrir os olhos vou acordar desse sonho!
Thalia: Para de ser bobo, eu estou aqui, isso é real.
Ela disse sorrindo e me dando um leve empurrão no braço e eu disse.
Nathan: Tem certeza? Eu não vou acordar sozinho?
Thalia: Claro que tenho!!!
Ela riu mais ainda e eu abri os olhos para apreciar aquele sorriso lindo então me aproximei e a beijei outra vez, depois que partimos o beijo ela se ajeitou no meu peito e ficamos agarrados em silêncio durante um bom tempo.
Thalia: Sabe, eu tive um sonho outro dia, foi um sonho confuso, mas foi tão real que eu não sei se foi uma lembrança ou um sonho.
Nathan: Que sonho foi esse?
Perguntei olhando para o rosto dela que repousava em meu peito, então ela se levantou e caminhou até uma gaveta no meu closet e veio com um papel em suas mãos e seus olhos arregalados para mim.
Thalia: Eu sonhei com isso!
Natan: Como assim com isso?
Eu perguntei me sentando na cama e a encarando sério, ela caminhou de volta para a cama e se sentou ao meu lado abrindo o envelope que parecia de um laboratório.
Thalia: No meu sonho eu ia até a gaveta e pegava esse papel e logo depois eu me sentava nessa cama, com esse papel nas mãos chorando, mas quando eu ia abrir eu acordei.
Nathan: Então você não sabe o que tem nesse envelope?
Thalia: Não, mas talvez seja o resultado de algum exame de rotina para saber se estava tudo bem...
Nathan: Mas, não é isso que está escrito, de acordo com o que está aqui isso é um teste de gravidez.
Thalia: O que?
Ela se espantou e me olhou de cenho franzido, eu continuei lendo e era realmente um teste de gravidez, então ela sabia que estava grávida antes do acidente.
*
Nathan: Amor, calma, eu preciso te contar agora. Antes de você sofrer o acidente, eu e os rapazes fomos viajar para New York, e só voltamos quando você sofreu o acidente, na verdade era para termos ficado lá por 2 semanas, mas com o acidente eu voltei para ficar com você e quando eu cheguei de volta a Londres o médico me disse que você havia passado por uma cirurgia, mas que não era com relação ao acidente mas sim a um aborto espontâneo devido ao impacto do acidente. Isso era o que nós achávamos no começo, porque alguns dias depois, quando você deu sinais da leucemia o médico descobriu que você sofreu o acidente porque na hora em que estava atravessando a rua você sentiu as dores do aborto, por causa da leucemia os bebés estavam mortos sem vitaminas, seu organismo não conseguiu segurar os nossos filhos.
Eu expliquei e ela ficou em silêncio com os olhos cheios de lágrimas, eu a abracei e afaguei seus cabelos.
Thalia: Eu estava grávida... Nós iamos ter um filho?
Nathan: Na verdade eram dois. Dois garotos, eu sinto muito por não poder ter feito nada.
Ela me abraçou e chorou, meus olhos ficaram marejados de tristeza por vê-la daquele jeito, ainda mais por ser algo tão doloroso para nós dois. Me deitei, puxei ela para meu peito e fiquei acariciando seus cabelos enquanto ela chorava, e assim dormimos.