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História Seu Pecado - XXII - Não há pecado que não possa ser perdoado


Escrita por: JulisBW_

Notas do Autor


Oie <3 Perdão pela demora, semana passada foi bem movimentada, estava estagiando em uma agência de publicidade <3 MELHOR SEMANA DA MINHA VIDA.


Mas agora, tudo voltou ao normal, e as fics estão chegando ao fim.. - Seu Pecado, infelizmente tem um prazo para acabar, eu espero muito terminar ela até o dia 27 deste mês, mas se esse não for o caso, até o meio de julho.

Eu tenho alguns projetinhos novos, que vão demorar a ser postados, mas por enquanto, curtam a reta final dessa fic.

Capítulo 22 - XXII - Não há pecado que não possa ser perdoado


Sasuke ficou estático com a notícia, se houvesse pior hora para o retorno do seu pai, ele não poderia citar. Sakura o tinha expulsado de casa, e definitivamente não estava prestes a perdoa-lo. Ele fitou a parede sem saber o que fazer, bom, não havia muito o que fazer, mandou uma mensagem para Naruto, pediu para que ele o encontrasse no hospital mais tarde, já que Hinata estava com a sua garota, ele não poderia sair de casa com os filhos, principalmente no tempo que assolava Nova York.

Ele desceu as escadas, ainda atônito, como contaria ao seu pai sobre os últimos três anos, mais precisamente como contaria a ele sobre os últimos seis meses, e toda a reviravolta que tomou conta da sua vida, é claro que haveria uma enorme briga devido ao fato dele ter escondido durante todo o tempo, o fato de que Sakura estava grávida ao deixa-lo sob suas ameaças, e ainda no assunto ameaças, haveria é claro, mais uma discursão sobre suas últimas ações em relação a sua pequena princesa.

Por um segundo, Sasuke sorriu, pensar em como Sarada foi capaz de mudar sua vida nos últimos meses era estonteante, por dentro, ele tinha um medo surreal de não ser suficiente para menina, mas ela o amava de uma maneira tão incondicional que as vezes chegava a assusta-lo, como alguém podia ser tão inocente e perfeita, em seguida, o sorrido sumiu da sua face, ao lembrar da pequena da Mia, e nas consequências que suas ações tomaram contra a vida daquela menina.

- Droga. – Ele pressionou as mãos contra o volante do seu corpo, se dando conta que tinha perdido tudo, que Sakura provavelmente nunca mais o olharia com amor, e que faria de tudo para afasta-lo de Sarada, e mesmo que ele não deixasse, as coisas nunca seriam de verdade como ele desejava, uma grande família feliz, e logo quando seu pequeno Deisuke tinha finalmente achado a mãe que merecia, ele, definitivamente não merecia sofrer mais, e não poderia ser mais uma vítima do passado de Sasuke. – Ela tem que me perdoar. – Murmurou em silencio, implorando mentalmente para que no coração de Sakura houvesse um pingo de compaixão e que ela não o fizesse mais infeliz do que ele tinha sido pelos últimos cinco anos.

Sasuke seguiu para o hospital, não tinha pressa, seu pai tinha acordado depois de um longo coma de três anos, Deus sabe como seu estado físico estaria, ou pior, o mental. Ele observou o homem definhar por meses no hospital enquanto esperava ansioso para que ele acordasse, afinal de contas, no Japão, Fugaku era o último pedaço de família que lhe restava, por mais que fosse um pedaço podre, ainda era o seu pai. Ele dirigia há cerca de 40km por hora, e chegou no centro médico por volta das 08 da manhã, não foi difícil se localizar.

Ele caminhava de uma maneira mórbida, imaginando o que teria acontecido se Sakura não tivesse pedido para que ele a contasse sobre Amsterdam, estaria feliz e acomodado em seus braços nesta manhã, mas não, ela tinha que pedir, e ele tinha que contar, porque mentir para Sakura não era mais uma opção, tinham vivido uma mentira que os condenou a cinco anos de infelicidade, porém naquele momento, Sasuke se perguntava por quanto tempo mais, ele ainda seria infeliz.

O médico o aguardava do lado de fora do quarto de seu pai, estava paciente, esperando por sua chegada, ele segurava um dos tablets com a ficha de Fugaku Uchiha, e tinha um olhar meio desolado focado contra o vão da porta.

- Sr. Uchiha, muito prazer, eu sou Dr. Hoshigaki, sou o neurologista responsável pelo caso do seu pai. Veja, o senhor Fugaku esteve em coma pelos últimos três anos, assim que ele deu os primeiros sinais de consciência, nossa prioridade era avaliar seu estado mental e infelizmente constatamos que o lapso de consciência do seu pai, é o que chamamos de surto. – Ele explicou calmamente para Sasuke, enquanto ele observava através de um pequeno vidro, seu pai acordado e reclamando com uma das suas enfermeiras, por algum motivo, sentiu-se nostálgico, não feliz, apenas nostálgico, ver seu pai reclamando de alguma coisa era uma grande parte do seu dia, principalmente nos primeiros meses de Deisuke, reclamava de quanto tempo Sasuke dedicava ao menino e que qualquer babá poderia fazer aquilo, mas aos poucos, foi deixando que o neto o conquistasse.

- Perdão, mas surto? O que isso significa? – Sasuke perguntou, voltando sua atenção ao médico.

- O surto é o que a comunidade médica chama, ao último suspiro de vida de um paciente terminal. – As palavras vieram como facas cortantes contra a pele de Sasuke, terminal? Ele engoliu o seco.

- Terminal?  Como assim terminal? Meu pai não tem nenhuma doença terminal. – Afirmou com convicção.

- Como não? O senhor não foi informado sobre o caso?  Seu pai foi internando com câncer Sasuke, é um dos motivos do AVC. – Ele explicou, como se achasse que o filho mais novo do Uchiha tivesse simplesmente esquecido que seu pai tinha câncer

- ELE ESTAVA EM COMA PELOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS, PORQUE INFERNO VOCÊS NÃO O TRATARAM? – Gritou, mesmo sabendo que não era culpa do hospital, afinal de contas, ele tinha passado a maior parte do tempo internado no Japão.

- Seu pai assinou uma cláusula de não-tratamento antes de sofrer o ataque vascular cerebral, e havia algo que não nos permitia lhe contar pelo selo de confidencialidade doutor-paciente. – A frieza com que o médico falava estava tirando Sasuke do sério, como era possível alguém ser tão passivo com uma notícia daquelas.

- Você está dizendo que meu pai vai morrer? Em quanto tempo? – Ele respirou fundo, deveria sentir mais triste com aquela noticia, que tipo de filho era, mas ele não estava devastado, era como se estivesse vazio por dentro com aquela noticia, sentia-se apenas vazio.

- Podem ser horas, ou alguns dias, mas é fato que seu pai não viverá até o início do verão. – Falou, se afastando e o deixando ali, parado, encarando seu patriarca pelo vidro, gostaria de ter Itachi ali, ele sim, saberia lidar com aquela situação, bom, mas se ele estivesse ali nada disso teria acontecido.

Ele respirou umas dez vezes, e contou até o mesmo número em sua cabeça umas centenas, até finalmente ter coragem de entrar no quarto, e encarar seu pai, acordado diante de si.

- Sasuke, finalmente, o que está acontecendo? Porque estamos nos Estados Unidos, o que aconteceu com a empresa? Por que você está aqui? Imagino que eu tenho vindo para cá para receber um melhor tratamento, há quanto tempo eu estou dormindo? Alguns dias, eu suponho, ainda está frio, então provavelmente estamos no final de maio.

- Oi pai. – Ele falou apenas, enquanto observava a ira do homem cair sobre si, três anos e ainda continuava um idiota grosso e ignorante.

- Sasuke, não se faça de estupido, há quanto tempo estamos aqui? Você tem que voltar para o Japão, não podemos deixar aquele incompetente do filho do Minato controlar tudo sozinha. – Ele engoliu o seco, e tudo que estava entalado em sua garganta, subiu para ponta da sua língua, pronto para sair estilo uma metralhadora.

- Você está em coma faz três anos. – Disse friamente, encarnado pai de maneira severa, deixou que ele absorvesse a informação por um tempo, estava claramente chocado mas não falou nada, apenas ficou quieto, Sasuke encostou-se contra a porta do quarto e continuou: –  A  empresa fechou faz seis meses por causa daquela maldita secretária que você insistiu em contratar para me vigiar, estamos nos Estados Unidos porque fui processado por fraude e eu tive que escolher entre declarar falência, ou fazer uma fusão com uma empresa de outro país, e escolhemos a Haruno-NoSabaku, que você já deve imaginar pelo sobrenome, pertence a mãe da minha filha, filha essa que eu não sabia que existia até seis meses atrás, mas você sabia não é, porque você pagou cem mil reais para ela sair do Japão e fazer um aborto, para que eu nunca soubesse disso, e ainda teve a audácia de ameaçar a menina quando ela ainda era um bebê, que tipo de monstro é você? Não é toa que minha mãe te largou, não é à toa que todo mundo te largou Fugaku, porque você não é uma pessoa que as pessoas querem ter ao lado, é uma pessoa da qual todo mundo foge, e o único motivo pelo qual eu fiquei, bom, eu queria dizer, queria muito dizer que é devido ao fato de que você é meu pai e eu te amo acima de tudo, mas não é verdade, eu não te amo, na verdade pai, eu odeio você. – Sasuke não conteve as lágrimas de ódio que lhe invadiram. – Odeio que tenha condenado a minha vida a essa miséria que ela foi pelos últimos cinco anos, odeio o fato de que eu tenha perdido cinco anos da vida da minha filha por sua culpa, por seu egoísmo e ganancia, que tipo de pai condena um filho a uma existência tão patética quanto essa?

Fugaku ficou sem palavras, pela primeira na sua vida, o patriarca sentiu o peso das palavras de Sasuke contra ele, o menino que sequer tinha lhe levantando a voz direito tudo toda sua existência, agora estava ali diante dele, despejando a culpa por todos os seus erros, por tudo que ele tinha feito a ele, realmente, que tipo de pai condenaria o próprio filho a uma existência como aquela.

- Eu estou morrendo, Sasuke, mas imagino que isso já seja do seu conhecimento precisava de alguém para ficar no meu lugar, e Sakura era para você, como sua mãe era para mim, um ponto fraco, ao lado dela você nunca seria o homem que eu queria que você fosse. – Disse com franqueza.

- Só isso? Nem um pedido de desculpas? Meu Deus, porque eu esperei algo de você? – O homem se virou bruscamente contra porta, estava prestes a sair, quando seu pai falou mais alguma coisa, no fundo, Sasuke só queria um motivo para perdoa-lo, não queria que ele morresse sabendo que a única pessoa que ainda estava ao seu lado o odiava, Fugaku também tinha perdido tudo, perdeu a mulher da sua vida, e logo em seguida perdeu seu filho, é claro que nada justificava seus erros, no entanto, Sasuke queria desesperadamente, não o odiar tanto.

- Eu realmente acreditava que estava fazendo o melhor por você, meu filho. – Disse, tentando se justificar de alguma maneira, o tom severo não estava presente naquela frase, e sim, um tom de amargura e arrependimento.

- A minha filha tem cinco anos, se chama Sarada, e é uma garotinha incrível, eu contei a Sakura sobre Amsterdam, então você não pode mais me ameaçar com isso, mas ela provavelmente nunca vai me perdoar, eu poderia ter tido uma vida ao lado dela pai, eu poderia ter feliz, Konan não precisaria ter morrido, e Deisuke não teria sido criado como filho de um homem que não é. – Ele se martirizava a cada palavra, queria que seu pai soubesse. – Você tem noção do impacto que teve em minha vida saber que tenho uma filha, uma filha realmente minha, que passou cinco anos sem mim, pai, você tirou de uma pequena garotinha o direito da paternidade por cinco anos, tem noção do estrago que causou? Mas é claro que não, você nunca tem noção do tanto de merda que faz.

- Eu sinto muito, mas não há nada que eu possa falar ou fazer que altere os meus pecados Sasuke, e também não há nada que eu possa fazer que evite que você sai por essa porta nos próximos minutos, me odiando. – Essas foram as últimas palavras de Fugaku, antes do filho sair feito um tufão pela porta

Sasuke sentiu-se ainda pior do que antes, ele não queria ser forte pelos próximos minutos, queria ser uma criança novamente nos braços de sua mãe, e chorar desesperadamente depois de uma bronca do pai, porque ele tinha que ser tão idiota, porque ele simplesmente não poderia pedir desculpa, talvez se ele pedisse, fosse capaz de pensar em perdoa-lo.

Quando ele saiu do quarto, encontrou os braços mais inesperados prontos para envolve-lo, Sakura estava em sua frente, com Sarada e Deisuke no chão ao seu lado, ela o olhava com ternura e não com o medo, ou muito menos de desprezo, ela parecia genuinamente sincera em relação a ele naquele instante. Quando Naruto avisou para Hinata que o pai de Sasuke tinha acordado, ela correu para porta para procura-lo, mas não o encontrou, imaginou o tanto de coisas que ele teria para dizer ao pai, então correu para acordar os filhos, não podia deixa-lo passar por aquilo sozinho.

As crianças não entenderam muito bem quando Sakura as acordou de maneira tão abrupta, e pior ainda quando ela disse que visitariam o papai no hospital, imaginaram logo o pior, mas tudo foi explicado no caminho ao hospital, Hinata fora junto com a amiga, fazendo com que ela tivesse certeza que estava indo pelo caminho certo.

- Quando eu soube que ele tinha acordado, sabia que precisaria de mim. – Sakura confessou ainda envolvida pelo abraço dele.

- Obrigada por estar aqui. – Disse com ternura, recusando-se a solta-la naquele instante, tudo.

- Não tem outro lugar que eu deveria estar. – Ele enxugou um pouco as lagrimas, cheirou o pescoço dela antes de se afastar completamente para encarar os filhos, um pouco assustados com toda a situação, Sasuke se abaixou a altura das crianças, e deu um beijo na testa de cada um.

- Bom dia campeão. – Disse, se direcionando ao filho. – E bom dia, minha princesa, dormiram bem?

As crianças assentiram um uníssono, concordando com a pergunta do pai, apesar de terem ouvido alguns gritos vindo de Sakura, acharam melhor não mencionar já que o semblante do pai revelava um cansaço e tristeza. – E você papai, dormiu bem? – Sarada perguntou inocente, arrancando um sorriso simples do pai.

- Não meu amor, mas eu estou muito melhor agora que vocês e mamãe estão aqui. – Ele respondeu a pequena com carinho, acariciando seus cabelos, antes de direcionar seu olhar para a mulher em pé ao seu lado. – Vai ficar tudo bem. – Repetiu, mais para si mesmo, do que para as pessoas ao seu redor.

Quando ele se levantou, recebeu um abraço de Hinata, dizendo que só podia imaginar pelo que ele estava passando, e que desejava que as coisas pudessem se acertar, mas no fundo, Sasuke não pensava em uma maneira como aquilo podia se acertar, mesmo que seu pai pedisse desculpas, não seria capaz de perdoa-lo, claro que em parte ele tinha sua culpa, mas gostava de pensar que sem o pontapé inicial de Fugaku, nada disso teria se tornado a bola de neve gigante que se tornou.

É claro que ele poderia ter procurado Sakura nos últimos anos, mas não sabia onde começar, não a merecia, com que direitos apareceria na vida dela depois de anos, depois de tê-la mandado embora daquele jeito, ele tinha um segredo para esconder, e dois anos atrás a possibilidade de conta-lo para a mulher que amava era aterrorizante demais, mas hoje, a ideia de perde-la tinha sido ainda mais assombrosa, principalmente depois de tê-la de volta depois de tanto tempo, e com uma filha.

E mesmo que depois disso tudo, Fugaku pedisse desculpa, e ele pudesse perdoa-lo, seu pai estava à beira da morte do mesmo jeito, e não tinha um maneira fácil das coisas se acertarem, o final sempre seria o mesmo, perdoado ou não, Fugaku ainda tinha poucos dias ou horas de vida, Sasuke estava diante do maior conflito de sua vida, e resolveu ligar para uma pessoa que talvez pudesse ajuda-lo.

Ele pegou o telefone, disse que Sakura que precisava falar com alguém, está o deixou sozinho e levou as crianças para a cafeteria para que pudessem comer, já que saiu com tanta pressa de casa que esqueceu de alimentar os filhos.

- Mãe? – Ele falou com cuidado, Mikoto atendeu ao filho logo na primeira chamada, e com o soar da voz dela, Sasuke sentiu que realmente podia desabar. – Ele acordou.

- Seu pai? – Ela sabia que Fugaku estava em coma, soube logo após o incidente, teve que ir ao Japão na mesma semana para ver como Sasuke estava depois disso, e acompanhou o tratamento do ex-marido de longe, por algum motivo, não conseguia se desligar completamente daquele homem. – Como ele está?

- Um canalha como sempre. – Sasuke comentou, rindo de nervoso, entre as lágrimas que o assolavam, e Mikoto entrou no mesmo clima que o filho, rindo levemente.

- Não achou que três anos em coma pudessem mudar a personalidade do seu pai? – Ela perguntou curiosa, imaginando a resposta do filho, mas este ficou em silêncio.

- Acho que esperei que ele pudesse pelo menos admitir o quanto me fez mal. – Sasuke disse em resposta a mãe, não, ele não acreditava que seu pai pudesse mudar, mas no fundo do seu coração, existia uma pitada de esperança, assim como existiu no coração de Mikoto por anos durante seu casamento.

- Seu pai não vai mudar, ele não mudou por mim, que me dediquei durante 20 anos a ele, e infelizmente meu amor, não vai mudar por você. – Disse com firmeza, uma dura realidade que Sasuke precisava ouvir.

- Ele tem câncer, mãe. – Ela ouviu em choque a afirmação do filho, ficando um pouco desnorteada com a informação. – E ele não se tratou pelos últimos três anos, o coma preservou bastante, mas os médicos acreditam que ele esteja passando por um surto e que talvez só tenha horas ou mesmo dias de vida. – Com pesar e dor, Sasuke explicou para sua mãe, a realidade por trás do caso de Fugaku.

- No fim, o bastardo ainda me faz sofrer por ele. – Sasuke ouviu o som do choro da mãe através do telefone. – Em que hospital vocês estão? – Ela perguntou.

- Não precisa vir por mim, eu vou ficar aqui, Sakura e as crianças estão aqui, e logo o Naruto aparece.

- Não vou apenas por você meu filho, ainda tenho algumas coisas entaladas na garganta para dizer ao seu pai. – A mulher afirmou com convicção, o tom de sua voz chegava a ser até um pouco assustador, e Sasuke tratou de responder logo com sua localização, e ela lhe deu um breve até logo e desligou o telefone.

Sasuke encontrou todos na cafeteria, Naruto já tinha chegado com os filhos, que estavam sentados quietos, por um milagre, comendo juntos.

- Oi cara, como você está? – O loiro se aproximou, percebeu o abatimento logo de cara, e envolveu o amigo em um abraço.

- Um bagaço, é incrível como aquele homem ainda tem o poder de bagunçar tudo em minha vida, acredita que eu estou me sentindo um lixo porque não posso perdoa-lo? – Confessou Sasuke, sentando em uma mesa, longe da que todos estavam, não queria que os filhos ouvissem isso.

- Não é sua culpa que não possa perdoa-lo Sasuke, o cara fez muito contra você e a Sakura, ele afastou você da sua filha, tem todo o direito de estar com raiva. – O loiro explicou e Sasuke soltou um sorriso irônico.

- Ele está morrendo, tem horas, ou provavelmente dias de vida, quão irônico é isso? Meu Deus, ele parece sempre estar um passo a minha frente.

Naruto estava surpreso, não sabia o que dizer para Sasuke, mas em um lapso de momento. – O que você quer que seu pai leve para o tumulo? Eu sei que está com raiva, e tem todo o direito do mundo em não querer perdoa-lo, mas pense que em alguns dias ou horas, você vai estar livre dele para sempre, todos vão estar, e quais vão ser as suas últimas palavras para ele?

Sasuke ficou quieto e deixou que o amigo se afastasse, ele foi buscar Sakura, talvez ela fosse a pessoa mais recomendada para lidar com aquela situação, afinal de contas, ela também foi uma das pessoas mais prejudicadas por Fugaku, ela veio caminhando lentamente até o encontro dele, acariciou os cabelos do pai de sua filha, e sentou-se ao seu lado.

- Agora, me conte o que aconteceu. – Ela pediu, o encarando profundamente.

- Eu joguei tudo na cara dele, tudo, sobre Sarada, você, eu, a empresa e ele não fez nada, não me pediu desculpas, e porra, ele nem parece arrependido, mas uma parte de mim esta desesperada para perdoa-lo, ele é meu pai Sakura, tudo que eu sempre quis na vida era que ele me notasse como notava o Itachi, eu vivi minha vida em função de ser aprovado por ele, e mesmo assim, ele não me vê, aposto que está no quarto tentando dar um jeito de me levar de volta para o Japão, para me separar de você, porque segundo as palavras dele, você é um ponto fraco. – Sasuke falava com tanta dor estampada na voz, que Sakura não conteve o impulso de abraça-lo. – Droga, eu só queria ter um pai que me amasse, e agora o sujeito está morrendo, e eu não consigo perdoa-lo.

- Ele ama você, desse jeito distorcido e psicopata dele, mas ele ama. Sasuke, eu não sou a melhor pessoa para dizer que deve perdoa-lo, porque eu não o faria, mas para você é importante, e mesmo depois de tudo que ele fez com a gente, no final, nós voltamos um para o outro, e as coisas vão dar certo, nem ele, nem ninguém vai nos separar. – Ela falou, e no mesmo instante Sasuke arregalou os olhos em surpresa, será que o que ela disse significava o que ele realmente estava pensando.

– Sim, Sasuke, eu perdoo você, porque você não é mais o homem que deixou aquela criança morrer, você é a homem que daria a vida por um estranho, e principalmente pelos nossos filhos, porque você é bom, e o Fugaku não te merece, não merece esse filho incrível que tem. – Ela segurou o rosto do rapaz em suas mãos, e o beijou suavemente. – Eu amo você, com todas as minhas forças Sasuke, eu te amo, e eu já passei tempo de mais sem ter você ao meu lado, nossa filha já ficou muito tempo sem um pai, e eu já fiquei muito tempo sem o amor da minha vida. – Ela o beijou, dessa vez com mais intensidade.

- Quando eu penso que você não poderia me fazer feliz, vem você e me surpreende, ah Sakura, eu achei que depois de ontem, você nunca mais fosse olhar para mim. – Ele a levantou da cadeira, a beijando ardentemente, esquecendo-se até que estavam em um hospital. – Ah Sakura, eu amo tanto você, amo a nossa filha, amo o nosso filho, e essa família que você está me dando, obrigada por ficar ao meu lado, e principalmente, obrigada por me perdoar.

- Cansei de viver a minha vida sofrendo por não ser capaz de te perdoar, porque desde o início, eu sempre fui capaz de perdoar, só precisava ver você se esforçando para isso, ver você lutando por mim, e pela nossa família, e eu vi o quanto você sofreu para me contar sobre Amsterdam, você ficou cinco anos longe de mim por aquele segredo, e ontem, eu percebi que você é o homem com qual eu quero passar o resto da minha vida, porque ninguém nesse mundo jamais vai ser capaz de me fazer tão feliz quanto você.

Sasuke pegou-a pela cintura, ergue seu corpo sobre o chão. – Você me faz mais feliz que tudo nesse mundo Sakura, você e Sarada são as únicas mulheres da minha vida, não queria viver sem você, e obrigada por não me deixar precisar disso.

Depois daquele momento tocante, o casal voltou de mãos dadas para a mesa, e eles viram imediatamente os sorrisos cumplices dos filhos, que cochichavam alguma coisa em segredo, estavam felizes e isso não podia ser disfarçado. – Vou falar com meu pai depois que minha mãe chegar, não tenho mais espaço em minha vida para odiar aquele homem, e se ele não conseguir, não vai levar para o túmulo essa culpa que tenho em mim, preciso dar um basta nisso. – Sasuke falou para os amigos, por sorte, as crianças estavam muito entretidas para dar atenção as suas palavras, mas os adultos sim, o escutaram.

- Sua mãe está vindo? Para falar com seu pai? O que eu não daria para ser uma mosquinha naquele quarto.


Notas Finais


Eu preciso da opinião de vocês, vou soltar um pequeno spoiler, então, se vocês não quiserem ler, basta dar um pulinho para os comentários, mas se estiverem interessados, gostaria muito da opinião de vocês.
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Desde o início da fanfic, eu planejava trazer o Itachi de volta (Os detalhes não vou explicar, para não estragar a surpresa), só que agora, eu estou com um pequeno problema, A Sakura se apegou ao Deisuke, e eu não acho justo com a criança ou muito menos com a Sakura, retira-lo dela, mas a presença da Itachi é claro que alteraria alguma coisa, o que eu pretendo é coloca-lo, não com a imposição de querer se o pai do Deisuke, porque infelizmente, ele não é, pode ser o biologico, mas foi o Sasuke quem o criou, e pai é quem cria.
Queria saber a opinião de vocês, trago ou não o Itachi de volta, e se trouxer, concordariam com ele não agindo como alguém que quer tomar o Deisuke, porque honestamente, acho que o menino já faz parte da família SS, mesmo que não seja filho biológico deles.

Ah, no proximo capitulo vão ter altas emoções, vou trazer alguns plots que estavam esquecidos no churrasco, e tratar de fazer uma reconciliação direito.
OBRIGADA POR LEREM, E VOCÊS TÃO VENDO QUE EU TO RESPONDENDO OS COMENTÁRIOS ANTIGOS NÉ? UM DIA, SE DEUS QUISER, RESPONDO TODOS


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