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História Seu Pecado - XXV. O pecado final


Escrita por: JulisBW_

Notas do Autor


É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará

Então gente, esse é o fim de Seu Pecado, é o fim da minha primeira fic, e eu não estou bem com isso.. Mas eu quero primeiramente agradecer a todos os meus leitores, pela paciência, hoje depois de finalizar minha ultima leitura da fic toda, eu percebi que ela está cheia de furos e fiquei bem louca, porque são coisas que não sei como consertar então, quero primeiramente pedir desculpas.
Quero que entendam que essa foi minha primeira fic, e que foi uma long-fic, e eu não estou preparada para escrever fics deste tamanho, então, vou parar de faze-las, ou seja, Seu Pecado foi minha primeira e última fic com mais de 20 capítulos, até segunda ordem.
Acima de tudo, peço perdão se o final não agradar vocês, eu fiz ele bem bobinho, porque eu realmente confesso que perdi todo o meu gás para escrever essa fic, e eu não queria decepcionar vocês, e deixa-la sem final, mas lembrem que ainda tem um epílogo, e que eu não sei quando vou posta-lo, mas também saibam que eu deixei o fim meio em aberto, porque esse não é o fim da história deles, mas apenas o fim da minha fic, o fim do plot, e de tudo que gerou os motivos de escreve-la.
Eu estou emocionada porque gostei muito de escrever essa fic, gostei das emoções que sentir ao ler os comentários de cada um de vocês, e quero me despedir em alto estilo <3

Capítulo 25 - XXV. O pecado final


Fanfic / Fanfiction Seu Pecado - XXV. O pecado final

 

—  Talvez, isso tenha sido para o melhor. – Mikoto passou a mão entre os cabelos bagunçados do filho, depois da morte de Fugaku, ele ficou na casa da mãe, não achou justo com Sakura vê-lo naquela forma, e ter que lidar com um Sasuke em luto por alguém que ela claramente tinha todos os motivos para odiar.

—  Não consigo acreditar que a morte dele tenha sido para o melhor. – Sasuke comentou, enquanto tomava o café que sua mãe preparou, ambos estavam prontos para ir ao velório.

—  Seu pai estava sozinho, meu filho, você eventualmente pararia de visita-lo, eu, não podia ficar com essa farsa de ficar o vendo todos os dias, Tobirama é bom demais comigo para que eu fizesse isso com ele, não havia futuro para ele, e agora ele deve estar ao lado do seu irmão. – Mikoto sentiu o peso das suas palavras finalmente, falar de Itachi era difícil, lembrar que perderá seu primogênito no auge da vida a destruía completamente.

O filho caçula, no entanto, ao perceber que sua mãe estava prestes a desabar, saiu da sua cadeira e envolveu firmemente. – Eu também sinto falta dele. – Confessou, deixando algumas lágrimas rolarem novamente, sua cota de choro já tinha sido extrapolada nos últimos dias.

—  Pelo menos, ele não está mais sozinho. – Mikoto murmurou entre os soluços que lhe acometiam. – Seu pai vai cuidar bem dele. – E mais uma vez, os sobreviventes da família Uchiha se abraçavam, se apoiando mais do que fisicamente um no outro.

Depois de recomporem, a matriarca foi retocar um pouco da sua maquiagem, pois o rosto estava cheio de olheiras das noites mal dormidas, enquanto ela chorava até conseguir cair no sono. Alguém bateu a porta, e Sasuke saiu dos seus devaneios.

—  Quantas vezes eu tenho que lhe dizer para não se fechar quando está sofrendo? – Sakura estava do outro lado, completamente emburrada, sabia que Sasuke não gostava de demonstrar fraqueza perto dela, principalmente quando estava sofrendo.

—  Eu sei como você se sentia em relação a ele, não quis jogar esse fardo em você. – Confessou, sabia que ideia de Sakura estar preocupada com ele, porque Fugaku tinha morrido parecia absurda.

—  É certo que eu odiava seu pai, mas você, Sasuke, você eu amo, e não importa quanto eu o desprezava, nunca vou jogar esses sentimentos em você, acabou de perder seu pai, e sei que está sofrendo, eu só quero estar do seu lado. – Ela estendeu os braços na direção do moreno, e os enlaçou em seu pescoço.

—  Obrigada Sakura, é uma dor que eu não consigo explicar, estou com raiva dele por ter morrido. – O Uchiha deixou seu orgulho de lado, para confessar-se para ela.

—  Eu sei meu amor, sei que apesar de tudo, ele era seu pai e você o amava.

— Estou me sentindo culpado, porque acho que deveria estar mais triste.

—  Sasuke, ninguém pode medir a sua dor, ninguém pode te julgar por ela também, só você em seu coração, sabe o que sentir. – Ela se afastou, colocou as mãos sobre o coração dele, e pensou em sua própria dor, sequer pensava na possibilidade de perder seu pai, mas a ideia a assustava, então tinha uma pequena noção do que ele estava sentindo.

Mikoto logo apareceu na sala, e ficou surpresa ao ver Sakura na sala, e ainda mais surpresa por ver quem caminhava pelo corredor atrás dela.

- O que você está fazendo aqui? – Perguntou, quase gritando na verdade, assustando Sakura, por achar que era com ela.

—  Mãe? O que é isso? – Sasuke praguejou assustado

—  Você achou que eu ia deixar você passar por isso sozinha? – A voz de Tobirama, surgiu feito um trovão, assustando o jovem casal que se encontrava nos braços um do outro na porta

—  Cadete, vejo que se acertou com a garota. – Ele comentou irônico, enquanto passava deles para o encontro de Mikoto.

—  Você não precisava ter vindo até aqui. – O homem de cabelos grisalhos a envolveu em um abraço reconfortante, e a mulher se desatou o chorar. – Não tem nada a ver com isso.

—  Não estou aqui por ele, estou aqui por você. – Tobirama beijou o topo da cabeça da mulher, e deixou que ela chorasse em seus braços, enquanto seu filho assistia aquela cena, com sentimentos conflituosos, em parte era estranho ver sua mãe nos braços de outro homem, chorando por seu pai, e em outros, estava feliz por ela ter alguém naquele momento.

—  Ela vai ficar bem, e você também. – Sakura interrompeu seus pensamentos, dando-lhe um selinho nos lábios.

—  Eu sei, mas obrigada por estar aqui por mim. – Ele lhe devolveu o beijo, dessa vez com mais profundidade, e alguns minutos os quatro saíram para o funeral

Sasuke ouvia atentamente as palavras do padre, que pregava sobre o caixão de seu pai, poucas foram as pessoas que compareceram ao funeral, não havia corpo, na verdade, o homem pedira especificamente para ser cremado, no entanto fizeram uma recepção, informaram aos “amigos” do homem, e alguns vieram direto do Japão ao saberem da trágica notícia, mas o Uchiha caçula podia jurar que ouvia algumas risadas de certos homens próximos a urna que jazia seu patriarca.

Quando ele ligou para Sakura, esperou que ela ficasse feliz, ou que pelo menos ignorasse, mas a mulher o surpreendeu novamente, pois pareceu genuinamente triste com sua decepção, pois apesar de tudo, ele ainda era seu pai, e agora estava morto. Mikoto por sua vez, estava acompanhada de Tobirama, ainda não tinha compartilhado com o namorado o fato de estar visitando o ex marido todos os dias no hospital, antes dele falecer, não parecia ser a hora adequada, mas ele também tinha se recusado a deixa-la ir sozinha a recepção.

Depois da recepção, Sasuke se despediu da mãe, avisando que ela poderia ligar para qualquer coisa, a mulher resolveu ficar com a urna que continha as cinzas do seu ex-marido, e seguiu para casa com Tobirama, que prometeu ao Uchiha que não a deixaria sozinha em hipótese alguma.

O jovem casal dirigiu até a firma, ele não queria trabalhar naquele dia, e Sakura não o culpava, no entanto ela precisava, iria para o apartamento que agora já era dos dois, Sasuke não via os filhos tinha dois dias, sequer pode explicar a eles sobre tudo que aconteceu, estava tão acometido e aprofundando em sua própria dor que não pensou nas crianças. Ainda era cedo, então eles estariam na escola, mas pediu a Sakura que ele pudesse busca-las enquanto ela ficava na firma, queria fazer uma surpresa.

No entanto, após deixa-la na firma, Sasuke não foi para casa, ele foi comprar alguns brinquedos, queria se desculpar com as crianças de alguma maneira, principalmente porque tinha prometido que não iria mais deixá-los e foi exatamente o que ele fez quando algo ruim aconteceu, precisava assegurar para aquelas crianças.

Naquele dia, Sasuke ficou extremamente pensativo sobre a vida, e sobre como as coisas seriam daqui para frente, afinal de contas, a sombra de seu pai já não existia mais para assombrar o relacionamento deles, e já tinham tomado o passo de morar juntos, só falta uma coisa, faltava colocar uma aliança naquele dedo de Sakura, faltava fazê-la sua mulher. Mas ainda existia algumas pessoas com quem ele precisava falar para tornar aquilo oficial.

Ligou para seu cunhado, e o chamou para almoçar com ele, no que Sakura havia dito ser o restaurante favorito dele em Nova York, ele estava com o carro cheio de brinquedos, quando chegou para busca-lo no prédio.

—  Meus pêsames pelo seu pai. – Kakashi perguntou logo de cara, antes mesmo de entrar no carro. – O que você quer comigo?

—  Quero conversar sobre Sakura. – Respondeu Sasuke, se ele não queria fazer arrodeio, ele não o faria.

—  Não está pensando em deixa-la de novo? Porque eu vou lhe avisando, que se fizer isso, eu vou te caçar por todo o planeta, não tenho problemas em voltar para cadeia. – O albino ameaçou, e por um instante, Sasuke achou ser em tom de brincadeira, mas ele sabia que Kakashi falava sério até demais.

—  Eu não sou louco, mas eu te conto quando chegarmos no restaurante, vamos ao Lebanos, sua irmã me disse que gosta de lá.

—  Uau, você está tentando me impressionar, vai pedir a mão dela em casamento por acaso? – Sasuke tossiu no mesmo instante que ele terminou de falar a frase, um pouco assustado.

—  Como você sabe? – Respondeu novamente, ainda em sobressalto.

—  Sério? Vai pedi-la em casamento? Finalmente. – O sorriso que recebeu do seu cunhado foi mais do que o suficiente para saber que ele estava de acordo, mas ainda assim, eles almoçaram juntos, e conversaram sobre o possível futuro, Kakashi tinha algumas perguntas sobre como era ser pai de uma menina, mas Sasuke também era um pouco leigo no assunto. Desde que o resultado do ultrassom apontou que o bebê que sua esposa Karin carregava era uma menina, ele ficou eufórico, ao contrário de sua esposa, que estava desejando loucamente por um menino, mas ele disse que logo se encarregaria de fazer o segundo, e que seria um pequeno companheiro para princesa deles.

—  Eu perdi tudo dos primeiros anos, mas Kakashi, eu te garanto que a preocupação sempre vai ser a mesma, desde o primeiro momento que você colocar olhos nela, vai ser amor à primeira vista e você vai querer protege-la do mundo em um potinho, mas é claro que não vai poder. Uma coisa que é novidade para mim, é que com o Deisuke eu não era acostumado a ceder tão fácil, mas é só a Sarada me pedir qualquer coisa, que já estou de joelhos praticamente, fazendo. – O albino riu, em sua mente, ele não seria assim, mas Sasuke sabia agora como era ser pai de menina, e tudo que isso acarretava.

—  Eu já estou agoniado o suficiente, não precisa me assustar. – Comentou, o almoço não durou muito, pois Sasuke ainda tinha que pegar os filhos.

Eles seguiram juntos até a escola das crianças, Sarada já estava na porta com Deisuke segurando sua mão, a cena era linda de se ver, e o pai não pode deixar de ficar emocionado com ela, quando o carro dele ficou no campo de vista dos pequenos, eles ficaram um pouco surpresos, afinal de contas, já tinha dois dias que não o viam, então quando Sasuke saiu do carro, eles correram juntos, quase caindo por não soltarem as mãos, para os braços dele.

—  Papai, papai. – Gritavam juntos e eufóricos. – Você voltou.

— Mas é claro que eu voltei, para onde eu iria sem vocês? – Ele falou, dando um beijo em cada um.

—  Mamãe disse que o seu papai está no céu agora, e que o senhor estava muito triste, mas eu não entendi muito bem, quanto tempo o vovô vai ficar em um avião? – Deisuke foi quem o surpreendeu com aquela frase, o menino era tão inocente que Sasuke não pode deixar de sorrir com tudo aquilo.

—  O vovô não está em um avião, lembra quando o papai disse que em algum ponto da nossa vida, nós vamos ficar junto do papai do céu? Então, o meu papai está com ele agora. – Como se as surpresas daquele não fossem o suficiente, as duas crianças o envolveram um abraço caloroso.

—  Eu sinto muito papai, que você ficou sem o seu papai, é muito triste isso. – Sarada murmurou, e só então ele percebeu que sua menininha estava chorando.

—  Oh minha princesa, você não precisa chorar, está tudo bem, ele está em um lugar melhor. – Ele tentou consolar a filha.

— Mas você nunca mais vai ver ele, e isso é triste, porque sempre que o senhor vai embora eu tenho medo de você não voltar, mas daí você volta e eu fico feliz, e o seu papai não vai voltar. – Além de surpreso, Sasuke estava com dó, seu coração ficou apertado com a declaração da filha, não fazia ideia dos medos de sua pequena.

—  Sarada, o papai vai sempre voltar para você, tudo bem. – Ele colou sua testa na dela, e falou fixado nos olhos da filha. – Eu amo vocês dois, mais que tudo. – Olhou para os dois filhos, e o apertou.

—  E eu tenho uma surpresa para vocês, mas vocês não podem contar para mamãe ainda. – As crianças que iam se recuperando depois de terem sido quase esmagados pelo pai, ele tirou uma caixinha do bolso. – Eu vou pedir a mamãe em casamento, o que vocês acham?

Sarada deu um grito de felicidade, enquanto Deisuke não entendia muito bem o que estava acontecendo. – Ah papai, eu adorei, vai ser tão lindo, quando vai fazer? Hoje? Faça hoje por favor. – Ela se contorcia de felicidade, enquanto ele só sabia rir das reações diferentes.

—  Não, primeiro eu tenho que conversar com o avô de vocês, e assim que ele der permissão, nós vamos fazer uma surpresa bem grande para ela, e eu vou precisar da ajuda de vocês, mas lembrem que tem que manter segredo.

—  Então, você pode fazer hoje, o vovô e a vovó estão na casa da tia Karin. – A menina falou, e Sasuke olhou imediatamente para o cunhado que ainda do lado do carro.

—  Surpresa. – Ele respondeu com um sorriso sarcástico.

—  Justo na semana que isso acontece, seus pais resolvem aparecer? Ótimo, agora seu pai deve achar que eu sou um irresponsável.

— Não, não, Sakura explicou tudo para eles, e meu pai é super compreensível quando quer ser, o problema é você querer pedir a mão da filha dele em casamento depois disso, ele vai achar que é porque seu pai morreu e você está tentando compensar alguma coisa.

—  O que não é. – Ele já estava ajeitando os filhos dentro do carro, nas cadeirinhas.

[..]

Chegar em casa e dar de cara com os pais de Sakura no apartamento em frente não era a ideia favorita de como ter que uma conversa séria com seus sogros sobre pedir a filha deles em casamento, mas ainda assim, era o que Sasuke tinha que fazer, após subir com os filhos e os acomodar, Sakura não voltaria para o almoço, o que lhe daria uma deixa de aproximadamente 4 horas para falar com os pais da mulher.

— Boa tarde Sasuke, minha filha me contou o que aconteceu, meus pêsames pelo seu pai.

— Boa tarde Mebuki, obrigado. – Ele agradeceu, e cumprimentou a senhora que estava em sua cozinha, provavelmente cozinhando algo para os netos.

— Quer dizer que vocês chegam e não dão nem um abraço da vovó? – A mulher reclamou, sua filha falava tanto do pequeno Deisuke ao telefone, que já se sentia mais próxima do menino, no entanto, este estava receoso com o contato.

— Eu também? – Tanto que esta foi sua pergunta, quando viu a mulher de braços abertos, recebendo Sarada, mas parecendo que ainda não estava completa.

— Que eu saiba, eu tenho dois netos, não um só. – Ela proferiu, e o menino abriu um largo sorriso que encantou a todos, e seguiu para os braços da mulher. – São as crianças mais fofas desse mundo, vovô preparou uma lasanha maravilhosa para vocês, agora vão se lavar.

— Estranho, a Sakura não ter falado nada sobre a chegada de vocês. – Ele comentou, voltando-se para a sogra.

— Acho que ela não quis aborrecê-lo, você já estava passando por tanta coisa, e sua mãe como está? Pobrezinha, deve estar arrasada, você a deixou sozinha? – Ela era curiosa, tanto que Sasuke havia se esquecido que o dom de falar tanto em Sakura tinha sido herdado dela.

— Não seria aborrecimento nenhum, sim, minha mãe está bastante abalada, mas o namorado dela ficou com ela, é um bom homem, trago para a senhora conhece-lo no casamento. – Então ele deixou escapar sem querer, as suas intenções, porque ele realmente já estava pensando na festa do casamento

— Casamento? Você pediu a Sakura em casamento? Finalmente... Ah meu Deus, eu preciso contar ao Kizashi. – Mas antes que a mulher esbaforida saísse pela porta do apartamento, o Uchiha a impediu.

— Não, eu ainda não pedi, preciso pedir a permissão de vocês antes, afinal de contas, seu marido não é meu maior fã. – Ele explicou e Mebuki riu.

— Kizashi é um turrão as vezes, o jeito teimoso e irritante da Sakura vem todo dele. – Não todo, pensou o homem. – Mas ele também sabe que você é o único capaz de fazer nossa filha feliz, além do mais, ele viu o bem que fez para Sarada desde que chegou, ela já era uma criança feliz, mas com você aqui, essa menina brilha, tem que ver como ela fala de você, toda orgulhosa, é uma coisa linda, e o Deisuke, ah Sasuke, ele é uma preciosidade, um menino tão calmo nessa idade, não faz birra, não chora fácil e além de ser um colírio para os olhos, imagino que a mãe dele tenha sido muito bonita.

— Konan e Itachi eram o casal perfeito, não esperava menos deles, tenho que acreditar que em algum lugar do céu, eles estejam olhando pelo menino deles, e saibam que o amo, e que agora ele é meu. – Sasuke comentou com possessividade, jamais admitiria para ninguém além da família que Deisuke não era seu filho biológico, e tinha pavor em pensar no dia em que precisaria dizer isso a ele.

— Esse é menino é mais seu filho do que jamais será deles, lembre-se sempre disso, e amo a ideia dele também ser nosso agora, Sakura está radiante com o novo filho, e imagino que também ficará com o casamento, falando nisso, já temos uma aliança? – Ela perguntou curiosa e Sasuke novamente pegou a caixinha aveludada de seu paletó e mostrou-a para sua sogra.

Deixou as crianças sobre o olhar vigilante dela e seguiu para o apartamento em frente, afim de falar com seu sogro.

[..]

Enquanto isso, Sakura andava de um de lado para o outro no seu escritório, deixando sua sócia confusa e um pouco tonta. – Já tem 12 dias de atraso, Temari, ela nunca atrasou tanto, será que foi porque eu emendei a pílula para que ela não descesse, mas – A mulher de cabelos rosas ficou pensativa tentando lembrar a última vez que esteve tão atrasada e seus olhos se arregalaram imediatamente.

— Não, não, mas é claro que não, nós usamos proteção, eu estou na pílula. – Ela repetiu para si mesma, e Temari realmente não sabia o que estava fazendo ali.

— Qual foi a última vez que vocês transaram? – A loira interrompeu os devaneios de Sakura.

— Sábado. – Falou diretamente. – Mas nós usamos camisinha, e ela não estourou. – Falou com convicção.

— Você tem tomado o anticoncepcional direto, e não deixou a menstruação descer por um mês inteiro, qual foi a última vez que fizeram sexo antes disso? – Temari perguntou novamente, dessa vez com um tom mais crítico, queria fazer Sakura pensar.

— A última vez foi antes dele ir para o treinamento, mas foi só uma rapidinha, e foi há dois meses atrás. – Temari então lhe deu um sorriso.

— Shikadai também foi fruto de uma rapidinha, elas são as mais perigosas, acho melhor você ir ao médico fazer um exame de sangue, ou posso pedir a alguém para comprar um teste de farmácia se achar melhor.

— Acho que um teste de farmácia me ajudaria por agora. – Sakura repetiu eufórica, ela estava feliz com a ideia de estar gravida novamente, mas ao mesmo tempo estava em pânico, o que Sasuke acharia disso, ele finalmente poderia acompanhar a gravidez de um filho deles, e as crianças ganhariam um irmão, como elas se sentiriam com isso? Ah meu Deus, ela precisava ligar para Hinata, pensou de imediato, e para Ino, meu Deus, definitivamente precisava ligar para Ino, e talvez marcar alguma coisa para essa noite, seus pais estão em casa, Sasuke também, eles poderiam ficar com os filhos para que ela pudesse ter uma noite com as amigas.

Mas ela nem tinha certeza se estava realmente grávida, e se não estivesse, meu Deus, ficaria arrasada, em sua mente já tinha pensando em nomes, decorações e em momentos que ela finalmente poderia dividir com Sasuke sobre a gravidez, e talvez ele não ficasse tão feliz depois de presenciar suas mudanças de humor no 2ºbimestre, mas talvez ficasse bem satisfeito com sua fase eternamente excitada do 5º mês, mas naquele instante, tudo que pairava em sua mente, era sobre a possibilidade de ter outro filho e como aquilo a deixaria feliz.

Temari saiu e pediu para uma de suas funcionárias fazer este favor, esta não demorou muito pois em um dos kits de primeiros socorros do prédio, eles guardavam testes como esses, e a loira ficou indignada e curiosa com isso.

— Uau, que rápido. – Sakura falou, ao notar a amiga entrando em seu escritório

— Aparentemente, eles guardam isso nos kits de primeiros socorros do prédio, porque é claro que um teste de gravidez é algo super emergencial. – Falou debochada, e depois as duas seguiram para o banheiro do andar.

Sakura entrou na cabine, nem estava com tanta vontade de ir ao banheiro, mas a torneira ligada propositalmente pela loira do lado de fora a ajudou um pouco, se ajeitou com o teste e o fez. Saiu dali e ficou segurando, sem coragem de olhar, e aqueles talvez tenham sido os segundos mais torturantes da sua vida nos últimos tempos.

— Não consigo olhar, olha você. – E entregou o teste para sua sócia, ela olhou e com um cara de decepção, encarou a rosada.

— Sinto muito amiga. – Temari proferiu e toda a felicidade de Sakura escorreu pelo ralo, suas lágrimas começaram a escapar sem querer e seu corpo inteiro se encolheu – Tem certeza?

Temari confirmou com uma cara triste, e Sakura desabou em sua frente, queria parecer forte, mas já estava completamente destruído

— Sinto muito Sakura, mas você vai voltar a trocar fraldas e acordar de meia em meia hora para dar de mamar por sim, você está grávida.

Sakura arregalou os olhos e nunca desejou tanto bater em Temari como naquele instante, como ela tinha brincado com algo daquela magnitude, mas no fundo, ela estava feliz por ter sido sujeita aquilo, pois agora tinha realmente certeza de que era aquilo que queria, ela desejava um novo bebê.

— Ah meu Deus, não se brinca com uma coisa dessas Temari, pelo amor de Deus, eu quase enfartei. – Sakura retrucou.

— Mas isso é bom, porque agora você tem realmente certeza de que é isso que você quer. – A loira confirmou exatamente o que ela estava pensando.

— Cancele tudo que você tiver para hoje a noite, nós vamos fazer uma noite de garotas.

[..]

— Kizashi, eu entendo que você quer proteger a sua filha, mas você precisa acreditar em mim, nunca mais vou abandona-la, não tenho mais forças para ficar longe dela ou muito menos dos meus filhos, porque agora Deisuke é tão meu filho quanto dela, e você sabe disso. – Sasuke conversava “amigavelmente” com o sogro.

— Você também tem que entender meu lado, da última vez que veio me pedir permissão para casar com ela, você a abandonou grávida e ela foi embora do país, e eu não quero ver minha princesa daquele jeito nunca mais.

— Eu estou te implorando, eu vou fazer isso com ou sem a sua aprovação, porque tudo que eu quero nessa vida é fazer a Sakura feliz, e ela deseja um casamento desde pequena, só quero realizar os desejos dela, porque eu sei que em algum lugar desse apartamento, ela tem um fichário cheio de planos para o casamento que ela vivia me contando. – Sasuke revelou um dos segredos de sua futura noiva. – Mas eu gostaria muito da sua aprovação, e sei que sua filha também.

— Você sempre teve a minha permissão, porque acima de tudo, é o pai da minha neta, e é o único homem que sei que é capaz de fazê-la feliz, mas tem que me prometer que vai fazer sua missão diária, deixa-la sempre feliz, e que não vai abandona-la ou machuca-la e eu lhe prometo que se um dia você trair a minha filha, eu te mato. – E essa já era a segunda ameaça de morte que ele recebia em menos de 24 horas, um recorde talvez.

— Eu prometo, Sr. Haruno. Vou fazer de minha missão diário, a felicidade de Sakura e dos meus filhos. – Sasuke murmurou uma última.

— Então, pode pedi-la em casamento, Sasuke Uchiha. – Resmungou, em um aperto de mãos caloroso, e aquilo para Kizashi era a maneira de dizer que o tinha perdoado por tudo que fez a sua filha, e que seu orgulho tinha sido deixado de lado para que sua menina fosse feliz ao lado dele.

Depois que saiu da casa de Karin, ele seguiu de volta para sua casa, e recebeu uma mensagem de texto de Sakura.

Sakura <3 [20 de julho de 2017 às 16:12]

Amor, eu vou jantar com as meninas hoje, então só vou chegar um pouco tarde, desculpa não poder passar esse momento com você, mas Ino tem uma surpresa e pediu para que nos reuníssemos.

Ele respondeu com “Tudo bem”, “Divirta-se” e um “Sinto sua falta” e ela lhe devolveu um emoji de coração, e por um segundo Sasuke ficou feliz em pensar que aquela seria sua rotina.

— Crianças, nós vamos fazer a surpresa para mamãe hoje, ela vai jantar com umas amigas e nós vamos aproveitar para fazer essa surpresa, o que acham? – Sasuke invadiu a sala, e os filhos ficaram eufóricos com a novidade, o que será que o pai queria aprontar, o moreno aproveitou e mandou mensagens para Naruto e Sai contando seu plano e que talvez precisasse da ajuda deles.

 

[..]

Sakura ligou para suas amigas e para sua cunhada e marcaram um jantar em um restaurante, e por uns momentos se sentiram em Sex and the City.

— Quem imaginou que estaríamos juntas novamente, aqui em Nova York, com nossos maridos/noivos/namorados e filhos, me sinto como a Carrie Bradshaw. – Sakura retrucou.

— O que me espanta é pensar como nossa vida mudou tanto nos últimos anos, nunca imaginei que teria um filho com sete anos, apesar de que ele já é a alegria da minha vida. – Ino comentou, e as meninas riram, ela estava aproveitando o máximo todas as experiências da maternidade.

— Eu não imaginei que me casaria com o Shikamaru, porque ele não era exatamente meu tipo. – Temari comentou e mesa inteira riu.

— Oi? Não era seu tipo? Temari, você e o Shikamaru desde a primeira briga era evidente que ia terminar juntos, e desde quando gostoso e inteligente não fez seu tipo? – Ino foi quem fez o comentário ousado.

— Como é? Eu odiava o Shikamaru e a preguiça dele, nunca imaginei que ele teria tanta disposição na cama. – Ela comentou e as amigas novamente desataram a rir.

— Odiava nada, você falava do Shika o tempo inteiro, Shikamaru isso, Shikamaru aquilo, acho que nem percebeu e já estava completamente apaixonada por ele, e ele por você, mulheres problemáticas são o ponto fraco de preguiçosos, era o que ele vivia me dizendo. – Sakura fez o comentário, mas ela sabia que em alguns minutos ainda tinha mais revelações a fazer.

— Acho que desde que conheci o Naruto, imaginei a gente junto sabe, ele sempre foi “The One”*, nunca houve ninguém que eu imaginasse um futuro além dele. – Hinata fez a declaração dela, fazendo a mesa inteira soltar aquele “Own” arrastado.

— Eu era assim com o Sasuke no começo, e depois de tudo, ainda continuei com essa ideia que no fim nos ficaríamos juntos, mas confesso que durante o tempo que estive com Sasori, consegui imaginar um futuro com ele, mesmo que por pouco tempo. – Durante essa fase de declarações, Karin se manteve calada, e só escutava, afinal de contas não participou dessa fase da vida delas, apenas as conheceu em um acampamento de verão.

— Mas o verdadeiro segredo e o que eu acho que todas queremos descobrir é como você conquistou o Kakashi? – Todas se viraram para Karin depois da pergunta de Temari. – Porque Sakura, não queria te dizer isso, mas virei sua amiga porque seu irmão era gato para caralho e eu queria dar uns amassos nela.

— Você e a metade feminina da nossa escola, Kakashi era o sonho de consumo geral, nossa, quando ele ia te buscar na escola, puta merda, eu só faltava chorar, não disse por onde. – Ino acrescentou, enquanto Karin ficava ainda mais vermelha.

— Não tivemos essa grande história de amor, a Sakura já sabe da história, ele trabalhava em um bar, e eu ia com as minhas amigas, só que elas pararam e eu continuei, ele meio que sacou que eu estava afim dele, mas demorou três meses para me convidar para sair, e quando o fez, me levou para um bar.

— É a cara do Kakashi ter feito isso. – A rosada murmurou.

— Mas depois foi tudo um mar de rosas, ele me levou para conhecer tantos lugares, e acho que a gente fez bem um ao outro, eu o convenci a ir para faculdade, convenci a voltar para casa, que ele diz que foi a melhor decisão que ele já teve, ah e ele é um viciado em sexo. – Depois das partes melosas, ela finalizou com chave de ouro, e as mulheres riram.

— Acho que todos os homens das mulheres nesta mesa são. – Hinata comentou, surpreendendo a todos. – O que foi? Acham que meu loiro com aquele corpo escultural dele não é um depravado na cama? Ah, como acham que fiz dois filhos em um instante, não foi por tomar cuidado, isso eu garanto.

— Falando em filho, acho que alguém nessa mesa tem uma novidade para contar. – Temari pronunciou, e a as meninas olharam para Karin, que fez cara de paisagem, mas Sakura levou imediatamente as mãos a barriga, e as meninas se surpreenderam.

— Ah meu Deus, você está grávida. – Ino gritou chamando atenção do restaurante inteiro.

— Como você soube? – A loira apenas se levantou para abraçar a amiga, emocionada. – Não acredito nisso Sakura Haruno, mais um bebezinho para gente, eu estou feliz por vocês, quando descobriu.

— Hoje à tarde. – Ela respondeu.

— Já contou ao Sasuke? Por favor, não enrole ele por meses que nem da última vez e dê no que deu. – Hinata comentou ácida e as meninas riram.

— Deus me livre, não, dessa vez eu vou contar logo hoje a noite quando chegar, mas por algum motivo queria contar a vocês primeiro, porque eu não estava me contendo de felicidade.

 


Notas Finais


Eu acho que faltou alguma coisa, né? Depois desse final, aguardo vocês no epílogo. Adeus da Julis <3 Considerem este um fim apenas para a minha história, porque a de Sasuke e Sakura vai continuar por muitos anos.


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