- Eu? Não, eu só fiz o curso como um hobbie. - eu estava realmente surpresa.
- Eu acho legal - Caíque disse.
- Eu também, vai ser bem legal ter alguém que a gente já conhece como nossa fotógrafa. - Nathan sorriu - Ainda mais que você já está acabando a escola e ainda não arrumou um emprego.
- Sério? - eles fizeram que sim com a cabeça - Não foi o Paulo que obrigou vocês a dizerem isso?
- Estamos tão surpresos quanto você - Caíque disse.
- Ai gente, não acredito nisso. - abracei os meninos.
Estava tão feliz com tudo isso. Poder fotografar e acompanhar os meninos nos shows e rádios era a melhor coisa que poderia acontecer, já que eu era de longe a maior fã deles.
- Tudo decidido? - Nathan perguntou, se levantando do sofá.
- Sim, eu acho - Caíque se espreguiçou no sofá.
- Então podemos ir embora? - olhei para Paulo - Você inventou pra minha mãe que eu iria estudar, então tenho que ir estudar.
- Fazer o que né? - Paulo se levantou do sofá.
Nos despedimos dos meninos e fomos embora. Paulo parou o carro na frente de casa.
- Não acredito que vou ter que ficar tancada no quarto, sozinha, fingindo que estou estudando só porque você inventou isso. - resmunguei.
- Quem disse que vai ficar sozinha? Eu disse pra sua mãe que iria te ajudar a estudar porque ainda lembro de tudo que estudei na escola.
- O que é mentira, porque um: nós provavelmente não vamos estudar; e dois: você não sabe nem escrever mais - saímos do carro.
- Ainda bem que você sabe que não vamos estudar, já que hoje eu não ganhei nem um selinho - Paulo disse no meu ouvido.
- Não falei nesse sentido, mas até que não é uma má ideia - sorri e entramos na minha casa.
- Oi mãe, oi pai - disse quando os vi sentados no sofá.
- Oi - meu pai respondeu enquanto ainda olhava para a tv.
- Paulo, quanto tempo que não te vejo. - minha mãe levantou do sofá e o abraçou.
- Faz um tempo mesmo. Nossa a senhora emagreceu? - Paulo pegou minha mãe pela mão e a girou.
- Você sempre fala isso, e eu estou sempre mais gorda - minha mãe sorriu.
- Claro que não, a senhora está incrível.
- Ta bom né? Tenho que estudar. - interrompi os dois.
- Nada de trancar a porta, ouviu Nat? - meu pai disse enquanto subíamos as escadas.
- Tá bom.
Eu estava a meia hora tentando estudar enquanto Paulo ficava me olhando e mordendo os lábios.
- Assim não dá pra estudar - falei como se estivesse brava.
- Eu não tô fazendo nada. - deu risada e colocou a mãe na minha cintura, me puxando pra mais perto - Se eu estivesse fazendo isso, - passou a mão nas minhas costas, subindo até a nuca e jogando meu cabelo para o lado - ou isso... - beijou meu pescoço - Ai sim, eu estaria fazendo alguma coisa.
- Não provoca Paulo, não provoca. - sorri, me afastando - Eu tenho que estudar.
- Depois você estuda - Paulo fechou meu caderno e me puxou para perto.
- Se eu não passar de ano, a culpa é sua. - o puxei e nos beijamos. Coloquei a mão dentro da sua camisa e fiquei alisando as suas costas, ele estava com a mão na minha cintura até que ouvimos um barulho. E eu quase que pulei da cama de tão rápido que me afastei do Paulo.
- Eu só vim trazer um lanche. - minha mãe disse enquanto abria a porta.
- Ah, hum - nunca fiquei tão envergonhada em toda a minha vida.
- Obrigado Ana - Paulo sorriu e se levantou para pegar a bandeja com sanduíches e copos de suco.
Minha mãe já estava saindo - Não se esqueçam que o Paulo veio aqui para te ajudar a estudar e que tiveram sorte de o seu pai não ter vindo trazer o lanche. Uma pena ele já estar dormindo porque estava muito cansado. - piscou e sorriu.
- É impressão minha ou ela disse isso só para não pararmos o que estamos fazendo? - Paulo disse, confuso.
- Não é impressão, é só que ela já foi adolescente e confia em mim - sorri e voltei a estudar.
- Você está levando essa coisa de estudo muito a sério - Paulo me puxou de novo e nos beijamos.
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