História Seus Encantos - Cap 58

Luan narrando:

Acordei na mesma posição que dormi, de conchinha com Minha Baixinha. Fiquei ali, sentindo seu cheiro de rosas e sorri ao saber que realmente eu tinha encontrado a mulher da minha vida. Fiquei uns vinte minutos tentando despertar e saí de mansinho pra não acordá-la. Vi no relógio que eram 7:30, pra ela estava super cedo, fui ao banheiro e tomei um banho demorado. Quando terminei, escovei os dentes e saí com a toalha amarrada na cintura e a vi sentada no meio da cama com as pernas feito índio, com o rosto amassado, ela sorriu ao me ver.

-Bom dia amor! –Falei chegando perto da cama.

-Bom dia Gordo! –Falou com a voz rouca. –Nada melhor que acordar assim! –Falou me olhando por inteiro e eu sorri, ela veio até mim, ficou de joelhos e me beijou, a coisa foi esquentando e sem  mais nem menos eu a joguei brutalmente na cama, fazendo com que ela ficasse deitada; prendi seus dois braços com as minhas mãos e fui distribuindo beijos por todo o seu corpo, ela estava com uma camisa minha e uma calcinha, sem sutiã, então ficaria mais fácil. Enquanto distribuía beijos por todo o seu corpo, ela ficava de olhos fechados, dando leves gemidos. Tirei minha camisa do seu corpo, a deixando apenas de calcinha, já estávamos bem excitados, fui descendo os beijos e dei um beijo em sua virilha e ela se contorceu, ainda com os braços presos.  Tirei sua calcinha e estiquei o máximo possível do meu braço para pegar o preservativo que tinha no criado-muro. Peguei e pus em meu membro já rijo e sem mais nem menos, entrei nela com toda vontade, ela dava gemidos baixos, ali naquele quarto, nossos nomes se misturaram numa espécie de prazer inexplicável. Fomos banhar e como de costume, ali aconteceu de novo. Estávamos super cansados e ofegantes, então banhamos e tudo se acalmou. Ela veio enrolada numa toalha que já era dela e eu fui pegar meu roupão.

-Não sei porque você usa essa toalha, já te vi sem ela mesmo. –Falei procurando uma roupa pra ir a academia.

-É, aí eu molho o chão do seu quarto e você enxuga! –Falou balançando a cabeça negativamente, indo procurar uma roupa pra ela também. –Gordo, me empresta uma camisa de mangas sua. –Falou ela.

-Tá, pega aí, já sei que você não vai devolver mesmo né?-Falei sarcástico.

-Com certeza não.-Falou ela rindo e eu ri também.

Me vesti e ela estava terminando de se calçar, ela havia deixado um tênis vinho na minha casa, ela vestia um short curto e, pela camisa que ficava grande nela, dava apenas pra ver a beirinha dele.

-Você tá só de camisa? –Falei fingindo que não tinha visto a beira do short.

-Tô. Tô só com a camisa. –Falou erguendo a camisa e deixando o short. Fui até ela e lhe dei um beijo.

-Vai logo se despedindo desse seu estilo aí- Falei apontando para as roupas. –Que daqui a pouco a barriga vai crescer e vai ser só vestido, essas coisas. –Falei e ela fez careta.

-Eu mereço isso! –falou desenrolando o cabelo e eu ri. Fui até o banheiro pra arrumar meu cabelo e não estava conseguindo. Voltei ao quarto e ela estava amarrando uma camisa de manga comprida xadrez, vinho e branca em sua cintura.

-O que foi amor? –Falei.

-Não tô conseguindo ajeitar meu cabelo. –Falei meio irritado.

-Senta na cama, deixa eu arrumar. –Falou paciente. Eu sentei e ela começou a arrumar os fios que estavam desarrumados, suas unhas deslizavam pelo meu cabelo e ela é muito delicada. Depois que terminou, sentou no meu colo e acariciou meu rosto.

-Pronto, tá arrumado. –Falou calma e eu sorri, depois lhe dei um beijo.

-Te amo Minha Baixinha. –Falei acariciando seu rosto.

-Eu também te amo Meu Gordo! Muito - Me deu um selinho. –Muito- Me deu outro. –E muito! – Me deu um beijão. –Agora vamo que eu tô com fome! –Falou levantando e me puxando.

-Depois eu é quem sou esfomeado! –Falei irônico.

-Não ligo para suas ironias, não é culpa minha se nosso filho tá com fome. –Falou ela, enquanto descíamos ás escadas e eu ri quando ela falou “Nosso filho”, essa expressão é tão nova pra mim, ter que chamar uma criança de filho é realmente um sonho pra mim.

Tomamos café numa conversa descontraída e muito alegre, Júlia insistiu em ajudar na louça do café e vimos que eram 9:45, hora de ir a academia e ela tinha marcado de ir na empresa que organizou a festa da Thaís pra organizar a dela também. A festa da Júlia vai ser um jantar casual, só pros mais íntimos mesmo. Será nesse sábado e nesse sábado será também o dia em que vou pedir a Júlia em casamento. Deixei ela perto da empresa, que não ficava longe e fui pra academia. Quando cheguei, já tinha algumas alunas minhas, inclusive a Letícia.

-Bom dia gente! Desculpe o atraso. –Falei. –Bom, vamos começar nos aquecendo como sempre né? Então vamos lá... –E assim foram duas horas do meu dia.  Depois que terminou a aula, Letícia parecia pálida e seus lábios não tinham a mesma cor, estavam lubres. Fiquei meio preocupado, mas pensei que era coisa minha. Fui tomar água e quando me espanto, vejo a Letícia com a mão na testa, suas pernas tremiam e vi que ela ia desmaiar, então corri até ela e ainda deu tempo de segurá-la, ela estava desmaiada, sua pele suava frio e eu fiquei muito desesperado, não sabia o que fazer.

-Chama uma ambulância! –Gritou uma de minhas alunas, enquanto amontoavam-se muitas pessoas ao nosso redor, peguei em seu pulso e vi que ela estava viva, graças a Deus! A ambulância chegou e eu fui junto com ela atrás, enquanto uma amiga dela também estava conosco. Chegamos rápido no hospital, ela foi examinada e pediram pra esperarmos. O nome de sua amiga era Lúcia, eu já conhecia desde quando eu e Letícia estávamos juntos.

-O que você acha que ela tem? –Perguntei a Lúcia.

-Não sei, ela andava muito deprimida, e sentia muito sono, mas sempre tomava remédio e melhorava. Ela está de férias do serviço dela e eu tô com ela em sua casa, pra não deixar ela muito sozinha. –Falou e eu assenti, senti uma pontada de culpa me atingir, mas foi ela que escolheu assim, fui fiel, até certo ponto, mas ela me traiu muito pior e hoje estou muito mais feliz. Logo depois, a mãe dela chega e eu a acalmo, o doutor veio nos chamar e disse que ela estava acordada, fomos vê-la e ela estava deitada numa cama, com roupas brancas, tomava soro pela veia. 

-Então, não há nada de errado com ela. Isso só foi um sinal pra sabermos que ela vai ser uma futura mamãe, parabéns senhorita Letícia, você está grávida, mas vamos ver na ultrassom de quantos meses e preciso encaminhá-la para um ginecologista! –Falou o doutor e foi como se meu mundo estivesse caído, fiquei tenso e Letícia ficou boquiaberta. –Bom, vamos começar o procedimento agora. –Falou o doutor, saí da sala perplexo. Fui procurar um bebedouro pra tomar uma água e me acalmar, Lúcia veio logo atrás de mim também surpresa.

-Luan, esse filho é seu? –Falou Lúcia tomando água também.

-Eu não sei Lúcia, agora não sei mais de nada! –Falei sério e meio tenso.

Ficamos esperando os exames terminarem e fomos de novo pra sala.

-Bom, a senhorita está grávida de quatro meses, quase cinco. E temos um belo meninão vindo aí! –Falou e meu Deus! Quatro meses! Fazia quatro meses que eu e a Letícia nos separamos e teve uma vez que nós transamos sem preservativo, foi a última vez que transamos! Meu Deus como isso pode tá acontecendo? A maior parte as chances é que eu seja o pai! Deixei todo mundo sair  pra conversar com a Letícia a sós.

-Eu não quero te pressionar nem nada, mas esse filho é meu? –Falei sério.

-Eu tenho certeza que sim Luan, a última vez que transamos foi a quatro meses atrás e pelo que eu me lembre não nos prevenimos. – Falou.

-Você me traía com um e outro, porque não pode ter me traído dessa vez também? –Falei.

-Como você pode falar isso Luan? Eu tenho certeza que esse filho é seu sim e nós vamos fazer o teste de DNA quando ele nascer só pra te mostrar que eu estou certa, nós vacilamos e é isso! Agora eu não vou abortar só porque o filho é seu! Eu vou criá-lo com muito carinho e apesar de ainda te amar, não vou exigir nada seu! Posso muito bem sustentá-lo com meu próprio dinheiro! –Falou ela.

-Eu não tô acreditando nisso, vou ser pai de dois agora? –Falei mais pra mim mesmo do que para a Letícia.

-Como assim dois? –Perguntou.

-A Júlia, minha namorada, também tá grávida. –Falei de cabeça baixa e ela não falou nada. –Eu preciso ir Letícia, tchau, melhoras. Depois nós conversamos melhor. –Falei e ela assentiu. Saí do quarto e vi que meu celular estava chamando, na tela tinha “Amor” e uma foto dela, era a Júlia, atendi.

Ligação on:

Lu- Oi amor. –Falei

Ju- Onde você tá? –Perguntou.

LU- Tô no hospital. –Falei meio tenso.

Ju- O que você tá fazendo no hospital? Aconteceu alguma coisa? –Perguntou preocupada.

Lu- Uma aluna minha passou mal. –Falei.

Ju- Eu também tô no hospital. –Falou e eu me desesperei.

Lu- Como assim? –Falei.

Ju- O Hugo sofreu um acidente e eu tava perto quando aconteceu e eu vi o acidente, eu acompanhei ele até aqui. Vem pra cá. –Falou nervosa.

Lu- Tá, qual é o hospital? –Falei.

Ju- xxxxxx...xxxxxx  -Falou o endereço.

Lu- Tá, tô indo. Tchau. Te amo. E desliguei.

[...]