História Seus olhos... - Especial - Kuroken

A medida que iam se distanciando de Hinata e Kageyama, seguiram um caminho tranquilo até estação. Oikawa fez várias brincadeiras e piadas ruins e Kenma só ri - algo muito, mas muito raro mesmo - do idiota que o aconpanhava. Faltava meio metro para chegar á estação onde infelizmente teriam que se separar. Kenma havia gostado muito da presença de Oikawa e se divertiu bastante. Oikawa havia achado Kenma uma pessoa legal e se divertiu mais do que imaginava com o pequeno Neko-chan.

Como dito, Oikawa é um levantador e um bom observador. Sabia que Kenma não estava indo embora por causa da mãe, pois ficou sabendo do próprio Kenma que sua mãe não ligava muito pra ele, ainda mais quando saia de casa. Diferente da mãe de Tooru, que por qualquer coisa é motivo para castigar Oikawa e se preocupar, e ainda tinha que chegar antes do horario marcado.

Examinou um pouco mais Kenma antes de perguntar:

- É o Kuroo, né? - falou e olhou o amigo que agora se aparentou meio assustado com a pergunta. Kenma sabia melhor que ninguém que nunca voltaria pra casa sem ter um motivo relacionado ao Kuroo, suspirou antes de responder.

- sim... ele mandou mensagen dizendo que precisava falar comigo... - falou em seu tom habitual, mas Oikawa pode ver a tristeza na voz do loiro tingindo.

-oh, entendo! Você costuma dá vários conselhos para o Chibi-chan, certo? - o outro concordou com a cabeça. -e ele não parece te dá muitos conselhos por conta da sua falta de experiência, mas qualquer coisa pode contar comigo!

Oikawa como já dito, era bastante experiente em tais assuntos, não era a toa que Kageyama vivia atrás dele. Mas Kenma se sentiu feliz por saber que agora podia ter alguém que pudesse realmente contar, não que Shouyou não fosse essa pessoa, mas por conta da falta de experiência do ruivinho seus conselhos amorosos não eram de lá os melhores. Seria bem mais fácil ouvir um "se acalme e converse com ele no seu tempo" do que um " quando ele estiver comendo sorvete e se sujar lambe ele", nada fazia sentido quando era Shouyou lhe dando conselhos amorosos, sendo que este ainda sofre mas não percebe.

Agora que Shouyou se deduziu apaixonado pelo seu companheiro de time, sabia que as coisas não funcionavam de um jeito "descuidado", e com o tempo irá descobrir mais sobre. Mas Kenma já se via perdidamente apaixonado por Kuroo a muito tempo. Assim como Hinata, não era tão experiente - na época - e sempre acabava fazendo besteira por conta disso, sorte a dele Kuroo ser meio idiota.

Quando aprendeu com seus erros, viu que as coisas deveriam acontecer "naturalmente" e então decidiu esperar. E quanto mais esperava mais aflito ficava, a relação deles não mudavam e Kuroo não fazia nada de diferente. Kenma então cogitou desistir, e fingir que nada havia acontecido e que nunca se apaixonou. Enfiou isso em sua mente, mas seu coração rejeitava ter que ficar perto da pessoa que uma vez amou e isso só o machucou mais.

Tomou sua personalidade mais fria e anti-social, começou a se distrair com games e outras coisas apenas para não pensar em Kuroo. E isso teve suas consequências! Além de começar a dá menos atenção a Kuroo, deu menos atenção para as coisas a sua volta e acabou viciado, como é conhecido hoje. Kenma percebeu que quanto mais dava menos atenção ao Kuroo mais o outro pedia por ela, e incomodava Kenma toda santa madrugada por isso e como era irritante!

Se acostumou com o tempo, até Kuroo o convencer de jogar vôlei. Ao invés de ficar jogando videogame ás 6:00 da manhã, era acordado para jogar vôlei. Podia não gostar de se mexer, mas acabou pegando uma afeição ao esporte se dedicando ao máximo, mesmo sem fazer muito esforço e o máximo que trabalhava era a sua mente brilhante que levou seu time a várias vitórias desde então. E agradecia Kuroo por isso!

Hoje além de passar sua maior parte nos videogames, treinava com seu melhor amigo que também era e ainda é sua paixonite. As vezes jogar o fazia lembrar que o culpado era Kuroo e se ele continuasse a fazer coisas para ver o cabeça de pudim feliz, só estaria piorando a situação, pois a cada dia ele se apaixonava mais!

Mas Kenma sabia que a culpa não era 100% do Kuroo, mas se convencia que sim!

Quando chegaram a estação tiveram que, infelizmente, se despedir. Kenma queria dá apenas um simples adeus, mas Oikawa o forçou com um abraço apertado e carinhoso. Deu um mini sorriso com esse pequeno afeto, e quando se afastou pegou sua passagem de volta a Tokyo e entrou no metrô que o esperava. Se sentou perto da janela e continuo observando Oikawa o acenar, enquanto o metrô começava a se mexer.

Oikawa começou a fazer uns gestos que foram traduzidos para "me liga quando chegar", Kenma apenas concordou com a cabeça e ambos seguiram o seu caminho.

Se passara 30 minutos, e logo desceu na estação mais longe de sua casa. Queria demorar um pouco mais e por seus pensamentos em ordem, Kuroo estava agindo muito estranho! Suspirou e olhou o céu com uma coloração bonita, um rosa meio alaranjada se formando ao por do sol que se misturava com o céu escuro da noite. Era uma vista um tanto quanto bonita, um mini sorriso surgiu em seus lábios rosados. O laranja se misturando ao azul... isso lembrava o Shouyou e o Tobio, pensou.

Continuou caminhando numa rua não muito movimentada, sua casa ficava a umas 5 ruas depois daquela, e de cá até lá teria muito tempo para pensar.

- que frio... - pronunciou baixo e para si mesmo, era Fevereiro ou seja inverno, podia nevar a qualquer momento nem que fosse apenas um pouco. 

Teve que interronper sua caminhada até em casa pois sua fome era maior, e nunca gostou de comer a comida de sua mãe. Entrou na loja ao lado e pegou um pão curry para si e seguiu andando enquanto comia. 

Pensou sobre qual assunto seria esse, para Kuroo ter lhe enviado mensagem, coisa que ele só fazia quando era pra encher o saco de Kenma. Estava preocupado, ansioso e curioso para saber o que é, então ate  apressou mais seus passos.

Em exatamente 20 minutos, chagou em sua casa, não era lá grande coisa, mas pelo menos podia viver. Destracou a porta e entrou, seu pai igual a um velho alcoólatra, estava como sempre sentado no sofá vendo coisas aleatórias na TV e com a famosa cachaça ao seu lado. Sua mãe como uma pobre enpregada doméstica de seu pai, fazendo o trabalho sujo que ele deixava para trás.

- aonde esteve para ter demorado tanto? - perguntou o pai do garoto, sem muito interesse.

- eu sair com Shouyou e mais uns amigos dele, nada demais! - respondeu tirando os sapatos.

- sei.

- já comeu algo, querido, passou tanto tempo fora. - falou a mãe, bom, ela pelo menos se importava, mesmo que fosse pouco.

- comi com eles. - falou, o que não era uma grande mentira.

Subiu até seu quarto, antes de se encontrar com Kuroo tomaria um belo banho e quem sabe passaria a noite na casa dele. Ao adentrar o quarto levou uma grande surpresa ao ver Kuroo sentado em sua cama mexendo nos seus ursinhos e suas bonecas lolis, algumas personagens de anime outras de jogos. Não sabia o que dizer e como reagir, estava surpreso e quando Kuroo notou sua presença foi logo lhe dá um abraço, o que era normal.

- Kenma! Ah, senti sua falta, onde estava? - desfez o abraço se sentando novamente na cama do pudim.

- eu estava com Shouyou e mais uns amigos dele. - disse com o humor de sempre, mas agora parecia um pouco mais contente.

- engraçado, você costuma ser muito preguiçoso nos sabados, não sei da onde tira tanta coragem pra levantar da cama e ir até Miyagi. - falou cruzando os braços.

- fui só pra ajudar o Shouyou com uns probleminhas que ele anda tendo, sexualmente pelo Tobio. - disse se sentando ao lado de Kuroo que começou a ri. Sempre gostou dessa falta de vergonha do amigo.

- oh, então eles estão namorando? - perguntou.

- não ainda, mas estão no meio de uma aposta fudida que o Tobio fez, nada demais. - deu de ombro, mas, estamos falando de Kozume Kenma o cara mais direto da Nekoma. - por que mandou mensagem? Do que quer conversar?

- direto como sempre! - ri.

- pensei que fosse se encontrar com o "Tsukki". - falou sarcasticamente e meio irritado.

- não, ele que veio me encontrar, queria ajuda com o best dele. - sorriu sapeca, sempre soube que Kenma não gostava de Tsukishima por conta da aproximação que tiveram no último acampamento de treino. Ou melhor, desde que se conheceram!

- mas... e o Koutaro? - perguntou, confuso.

- ah, Bokuto? Eu e ele saimos pra comprar uma coisa... que eu quero te entregar. Um minutinho! - falou indo até a mochila jogada de qualquer jeito no quarto rosa claro do amigo.

Quando voltou, estava com um novo super nintendo e a coleção inteira de Legend of Zelda, o jogo que Kenma amava, mas só jogou algumas vezes em maquinas de fliperamas. Kenma estava feliz e surpeso, então era pra isso que ele tinha saido com Bakuto? Para comprar um jogo?

" Maldito Kuroo, tenho certeza que faz isso de proposito!" pensou animado.

- edição ilimitada! E olha lá, isso aqui não foi barato não tive que economizar bastante e agradeça o Bakuto também, ele colaborou muito e o Akaashi-san também. - disse. - espero que goste, e mais uma coisa...

Kuroo voltou até a mochila com uma caixinha preta, Kenam estava meio inseguro do que poderia ser mas se manteve calmo e curioso, Kuroo hesitou um pouco para entregar a caixinha para Kenma. Quando pegou, perguntou ainda inseguro:

- o que é isso? 

- Abra!

E abriu, nunca vira algo tão brilhante, na verdade nunca imaginou está ganhando isso de Kuroo. Um colar de um de seus animes lolis preferidos Mirai de Kyoukai no Katanata, podia chorar sangue ali mesmo. Bom, basicamente, Kenma além de um gamer mega viciado, era um Otaku fã de Lolicon e Shotacon, fazia parte de seus "fetiches". Mas enfim, estava feliz demais para reagir, então apenas disse:

- pra que isso? Não, melhor, por que? - voz embargada, nariz e bochechas avermelhadas assim como seus olhos, coração a mil, talvez algumas lágrimas "passageiras" e sentimentos fluindo. E sim, Kenma estava a beira de um ataque emocional!

- por que é assim que eu demonstro meus sentimentos por você! E... feliz dia dos namorados! 

Ah sim, agora tudo estava explicado, 14 de fevereiro, o famoso dia dos namorados onde você, no Japão, costuma estregar chocolates para a pessoa que gosta ou ama, na verdade não importa se é chocolate ou não, o que importa é que você fez algo para a pessoa amada.

Aquilo foi o ápice do momento, podia não ser a primeira vez que chorava, mas agora tinha um bom motivo para querer chorar e nunca se esquecer desse dia. Kuroo já esperava esse tipo de reação já que Kenma era um ser frágil, se fazia de forte mas no fundo sempre se preocupava com que as pessoas poderiam falar dele, por isso sempre manteve a aparência de alguém calmo e comum.

Kenma abraçou Kuroo que limpou suas lágrimas, e foi aí que se lembrou de Oikawa, desfez o abraço e logo se pôs a ligar para Oikawa e lhe contar a noticia, mas antes como um bom e fiel amigo, mandou mensagem para Shouyou que, provavlemente, estaria com Kageyama para responder de imediato. E Kuroo só observando.

Chamando...

- Alo? Tooru?

- Neko-chan? Você chegou em casa em segurança, está tudo bem? Por que demorou?

- imprevisto! Mas cheguei sim em segurança.

- ai que b-

-  Ganhei vários presentes de dia dos namorados!

- Do Kuroo?

- sim!

-meus parabéns, Neko-chan! Estou tão orgulhoso, então aproveita aí e mais tarde me conta os detalhes. 

Ninguém percebeu a malicia na voz desse idiota! 

- idiota! Até.

- até.

Desligou o celular e voltou sua atenção a Kuroo que perguntou.

- quem é?

- um novo amigo e conselheiro, roubei do Tobio! - Kuroo só pode ri, não imaginava que Kenma fosse fazer um novo amigo enquanto saia com Shouyou, que agora é seu conselheiro roubado de Kageyama.

Mas agora, tudo que queria era ter Kenma para si. Se aproximou mais e o olhou nos olhos, bem fundo, como se visse sua alma. Kenma se arrepiou todo ao ver que a cada medida ele ia diminuindo a distância entre seus lábios, nunca havia beijado ninguém e não possuia esse tipo de experiência, mas mesmo se permitiu ser tomado pelos lábios asperos e frios de Kuroo. Se movimentava no mesmo ritmo que o moreno, que passou sua lingua sobre seus lábios e continuou com o beijo. Pediu passagem para adentrar a boca do outro e essa logo foi cedida, e tudo que tornava o beijo mais gostoso era o como Kuroo sabia conduzir um beijo. 

A falta de se fez presente, e um estrondo de alguém caindo no chão também foi o suficiênte para fazer com que os dois parassem com que estavam fazendl. Olhara  em sicronia para a porta e viram uma mulher mkrena caida no chão, agora Kenma sabia que estava ferrado.

continua...