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História Seus Olhos Escarlates (Imagine Hidan) - Chapter III



Notas do Autor


Espero que gostem do último capítulo deste pequeno imagine.

Capítulo 3 - Chapter III


Inglaterra 

Século 19 

Algum lugar nas estradas de terra 

 

Uma semana havia se passado desde que [seu nome] tinha fugido com Hidan de seu casamento arranjado e forçado com Madara Uchiha, o viúvo sádico da grande Londres. 

Sete dias completos que morava naquela mansão horrenda e sem vida, uma semana que descobriu o que aconteceu com seu amado namorado.

Nunca foi de acreditar em criaturas mitológicas e fantasiosas, que apenas conseguia contato através de livros de terror ou contos falados para assustar crianças travessas. Porém, seu namorado realmente era um vampiro. 

Aquela criatura sobrenatural imortal e que se alimentava de sangue, mesmo que não o fizesse em frente da jovem, lhe deixava curiosa para saber como ele se sentia ao saber como ele o fazia, já que nunca via nenhuma outra pessoa passar por ali perto.

Kakuzu não era amistoso e ficava a maior parte do tempo a evitando, no qual, ele assegurava que seria melhor assim, para evitar uma tragédia. 

Entretanto, [seu nome] não conseguia conter a curiosidade que se instalava em querer saber mais sobre a vida que aqueles seres com quem compartilhava o teto levavam, e mesmo amando Hidan, ele não era uma das melhores pessoas para passar informações. Vivia espiando ambos pelos cantos da mansão, sendo mais discreta o possível para não levantar suspeitas. Onde acabou descobrindo que a única pessoa que chegava perto da casa era de um hemonúcleo que ganhava uma porcentagem para levar bolsas de sangue para Kakuzu; Hidan vivia de assassinatos de aluguel que Kakuzu arranjava, com a alcunha de "Jack, o estripador"; e o mais importante, que poderia ser notado há milhas de distância, o desagrado mútuo que existiam entre eles, que sequer faziam questão de esconderem. 

Certos momentos era irritante ver as discussões por ambos, em outros, gerava um entretenimento para os dias arrastados que tomavam conta daquele lugar. 

Durante uma madrugada, assim que Hidan voltou de um de seus trabalhos, trazendo consigo um jornal do dia para agradar Kakuzu, com esperança de calá-lo para não escutar as reclamações de sua demora. Porém, não foi isso que aconteceu de fato. 

Quando Kakuzu leu a notícia da primeira página, iniciou uma discussão acalorada com Hidan, acordando [seu nome] e sua curiosidade. Pé ante pé, sem deixar qualquer ruído mostrar sua presença os bisbilhotando no escritório do dono da residência.

As poucas coisas que conseguiu captar foram que Madara estava procurando a sua esposa fugitiva com um homem que assassinou metade de seus funcionários e alguns dos parentes que ainda festejavam o casório. Quem os ajudasse, ganharia uma farta recompensa. 

— Hidan, seu energúmeno! Sabe quantos anos estou escondido e evitando atrair atenção?! Você sai sem minha permissão, invade uma casa matando as pessoas e trazendo uma mulher fugitiva?! — Kakuzu se exaltava. 

Hidan deu um forte tapa na mesa de bétula; fazendo as canetas de pena, tinteiros e outros objetos que se encontravam em cima da mesa caírem. A discussão estava cada vez mais forte.

— Existem vários rabos de saia por aí! Por que justo ela?! — Kakuzu não abaixava o timbre de sua voz. 

— Jashin e você sabem muito bem o porquê! Você está me deixando irritado e sabe muito bem o que acontece quando estou irritado...— Hidan foi cortado. 

— Eu to nem ai para você irritado, agora temos que arrumar essa confusão que você fez com ela. 

Kakuzu se levantou da cadeira, apoiando suas grandes mãos na mesa e puxando seu tronco para cima, pegando seu manto negro e colocando sobre seus ombros largos e então voltando a olhar para Hidan e falar com um tom baixo: 

— Tenho que resolver uns assuntos e você, vá trabalhar. Quando voltar, terminamos de conversar. 

[Seu nome] se apressou pelo longo corredor, tentando não fazer nenhum ruído enquanto voltava para o seu dormitório, onde se lançou sobre o colchão e puxando o edredom sobre a sua cabeça, se escondendo. 

Alguns minutos depois, Hidan se sentou ao seu lado na cama, puxando a coberta um pouco para baixo de sua cabeça, onde passou o polegar em sua bochecha e depois penteou seus cabelos com os dedos ásperos dele. Conseguia sentir os olhos dele queimando enquanto te observava e após alguns segundos que pareceram uma eternidade, ele beijou os cantos de seus lábios. 

Então saiu deixando você sozinha no breu do quarto, sendo inundada pelos seus pensamentos. 

Estava novamente com aquele que fazia o coração perder o ritmo das batidas, mas qual teria sido o preço? Se Hidan tivesse desistido de buscá-la e ter aceitado ficar com Madara até o fim de sua vida, ele estaria em paz com Kakuzu? 

Aquelas ideias martelavam em sua mente, fazendo que [seu nome] ficasse se revirando no leito enquanto observava o céu clarear lentamente pelas frestas das janelas e das cortinas grossas. Conseguindo ouvir quando Kakuzu e Hidan chegaram, mas não a última conversa que tiveram antes de cada um se recolher para seus quartos. 

 Assim como todas as noites, Hidan foi primeiramente ao dormitório onde [seu nome] se encontrava, se surpreendendo ao encontrá-la acordada e abraçada em seus próprios joelhos e o observando enquanto tirava seu sobretudo negro com a barra enlameada, ficando apenas com o seu peito desnudo. Fazendo com que as bochechas da jovem tomassem um tom mais avermelhado.

— Ei, o que está fazendo despertando esse horário? — Hidan questionou. 

[Seu nome] se ajeitou na cama e passou a mão pelos os próprios cabelos os acertando. 

— Te esperando, oras. 

O jovem de cabelos grisalhos sorriu ao escutar as palavras que soaram tão doces vindo dos lábios daquela mulher que compartilha afeto. Ela bateu a palma da mão no lado dela, onde ele foi se sentar perto dela e a aconchegando em seu tórax. 

Mesmo que ela o amasse mais que tudo e que a felicidade que sentia de poder estar com ele novamente, havia se modificado um pouco. A epiderme de Hidan não possuia mais aquela temperatura aconchegante e o respirar calmo, agora era apenas gélida e sem quase nenhum movimento vindo de seus pulmões. Ainda se acostumava com sua nova realidade. 

— Eu escutei sua discussão com Kakuzu e sobre Madara. — revelou. 

— Tsc. 

— Hidan. Você foi castigado de alguma forma? — a voz dela soou preocupada. 

As mãos dela foram em direção ao rosto dele, apoiando nas bochechas recém barbeadas, fazendo que aqueles olhos marsalas olhassem diretamente para as orbes [cor delas] da jovem. 

— Não precisa se preou…

— Me diga, por favor. Eu não tenho nada para fazer nessa mansão, então uma investigação vai me fazer bem. 

Hidan olhou para baixo e soltou um riso baixo. 

— Não poderei me alimentar durante uma semana, começando por hoje. 

A feição de [seu nome] mostrava sua dúvida sobre tal punição. 

— Ele espera que eu perca o controle e acabe te atacando. Kakuzu quer que você volte para aquele velho rabugento, mas nunca vou te entregar, prometo em nome de Jashin!

— Então vamos mostrar para ele, que você não vai perder o controle. 

Desta vez foi Hidan que possuía uma olhar questionador. 

[Seu nome] sentou na frente dele de joelhos, arrumou os cabelos e mostrou seu pescoço desnudo. 

— Vai em frente. — disse respirando fundo e prendendo o ar em seus pulmões. 

— Eu não posso. 

Com o olhar sério e confiante, apenas conseguiu falar:

— Vai logo. 

Hidan se aproximou e depositou um beijo casto no pescoço e se desculpou pelo ferimento que teria que acometer, no qual [seu nome] apenas fechou os olhos e segurou o lençol esperando que ele terminasse.

 

[...]

 

Sentada na escrivaninha do seu dormitório, com a caneta tinteiro em sua mão terminando de escrever uma singela carta para seu amado e o senhorio da casa pela recepção e pela hospitalidade que tiveram com ela, mas que teria que partir para mais nenhuma desavença entre eles, já que era uma intrusa ali. 

[Seu nome] aproveitou que ambos, Kakuzu e Hidan, estavam em seus respectivos cômodos e aproveitou para tirar as tapeçarias pesadas das janelas, deixando a luz solar invadir aquela mansão que não recebia nenhuma luz há anos. E sem olhar para trás, com lágrimas no rosto, partiu sem olhar para trás aceitando o futuro que foi predestinado. 

Quando Hidan despertou, sentiu que o perfume de [seu nome] não estava mais presente dentro da residência e ao abrir a porta de seu quarto sentiu sua pele queimar ao ver que todas as cortinas estavam no chão. Foi então que recordou da ação que sua amada fez ao alimentá-lo, ela parecia se despedir dele. 

Pegou seu manto e jogou sobre si e correu o mais rápido que pode ao final do corredor e entrou no cômodo que era o quarto dela, no qual estava vazio e uma carta estava sobre a cama dele. Ao lê-la sentiu uma raiva a consumir e cogitou ir atrás dela. Entretanto, Kakuzu o parou, estava atrás de Hidan com partes de seu corpo sendo queimadas pelos raios solares, com sua feição estressada corriqueira. 

— Não ouse. 

— Ela precisa de mim, Jashin…

— Hidan. Não. Olhe para o sol, ela pensou em tudo. Se sairmos, vamos morrer. 

O grisalho olhou para a janela e pensou o quão longe [seu nome] estaria naquele momento e deveria ter prestado mais atenção nela. No fundo ele sabia que o assunto sobre Madara no jornal poderia causar algum desconforto na jovem, já que ela sabia das recentes discussões e das punições de Kakuzu.

A única coisa que ele poderia fazer neste momento era ajeitar as cortinas e orar para que Jashin a protegesse. 

 

[...]

 

As pernas de [seu nome] estavam cansadas, como se pesasse mais do que o normal; o sol fazia aquela caminhada ser ainda mais exaustiva, seus cabelos estavam grudando em sua pele devido ao suor; as roupas também não lhe ajudavam muito devido ao peso. Aquele vestido rosa pastel com adornos eram dourados, com os calçados sujos de terra e com pedregulhos pequenos presos em suas solas. 

Mesmo que a vontade de desistir fosse enorme, por vários motivos, como amar demasiadamente Hidan e temer Madara, continuava andando até o local mais próximo onde se entregaria e voltaria para o casamento que não fazia questão em estar. Esperava que seu amado entendesse sua decisão solitária. 

A jovem levou a mão em direção ao pescoço, que estava escondido através da gola comprida, colocando a palma de sua mão na região onde Hidan havia mordido para se alimentar e deixou um sorriso escapar. Afinal, aquele foi um dos momentos mais íntimos que teve com um homem. 

O sol estava em seu ápice, esperava conseguir manter o passo apressado, para conseguir chegar antes que Hidan saísse da mansão. Mesmo que sentisse que a pressão estava caindo por um longo tempo sem se alimentar de algo salgado, continuava se esforçando para conseguir chegar e se entregar. Colocando um fim em tudo isso. 

Antes de conseguir avistar qualquer sinal de uma civilização maior, uma carroça que carregava montes de fenos e cilindros de leite passou por [seu nome] e o casal idoso ofereceu uma carona para a moça até a cidade, no qual ela os recompensou com algumas moedas de prata que surrupiou de Kakuzu. 

Conseguiu cochilar um pouco no caminho, mesmo com o sacolejar da parte de trás devido a estrada desnivelada, não acordou. Apenas despertou com o som de vozes e os sons da cidade grande, estava em Londres novamente, com o sol se pondo lentamente. Estava de volta à sua antiga vida. 

Antes que pudesse pensar em ir atrás de seu marido por lei, foi reconhecida por um oficial que a viu descendo da sua carona e a levou de imediato para Madara que estava reunido com vários homens e seu olhar de ira a recebeu. 

— Eu voltei, Madara. — o cumprimentou abaixando a cabeça numa reverência. 

Ele agarrou o braço dela e a puxou para dentro de um galpão que funcionava como uma das fábricas da família Uchiha, Madara a arrastou até um homem que estava ajoelhado no chão com diversos machucados e sangrando. No mesmo momento [seu nome] o reconheceu como o rapaz que trabalhava no hemonúcleo que contrabandeava as bolsas de sangue para Kakuzu. 

— É ela?!

Madara colocou sua jovem esposa assustada com aquela reação e tumulto, o homem ferido a observou e confirmou silenciosamente. 

— Sim senhor, é a senhorita que vi na casa que levo as bolsas. 

Madara fez um sinal com a cabeça, então dois homens parrudos ficaram um de lado e levantaram o ferido do chão. 

— O paguem bem, afinal, foi de grande ajuda. 

[Seu nome] se virou e encontrou Madara guardando um revólver na cintura e pegando uma adaga que guardou dentro de seu blazer, agarrou a cintura de sua esposa a encarando. 

— Agora, você e seu amante vão entender o motivo de ninguém mexer com a família Uchiha! 

Sem ter o que fazer contra, resistindo á força bruta, foi levada à força pelo seu marido até os homens que esperavam suas ordens de encontrarem aqueles homens e acabar com eles. O coração afoito e aflito quase saltava para fora de seu busto, lágrimas escorriam por temer pela vida de Hidan e por nada conseguir fazer. 

 

[...]

 

Assim que o sol abaixou, Hidan e Kakuzu vestiram seus mantos negros, partindo em direção a Londres onde Hidan planejava encontrar [seu nome] e Kakuzu partir para outro país na Europa onde ficassem longe o bastante de qualquer caos e ligação com tudo aquilo que seu novo transformado se meteu com ele. 

Durante a ida, Hidan conseguiu captar algumas falas soltas de fazendeiros que voltavam para suas quintas enquanto comentavam que o luxuoso e riquíssimo Madara Uchiha tinha conseguido de volta sua esposa fujona e que planejava uma vingança por sua travessura na noite de núpcias. Aquilo fez a raiva de Hidan subir e acelerar para encontrá-la e, talvez, dar um final àquele homem que odiava. 

— Precisamos encontrá-la e rápido. 

Kakuzu o encarou enquanto corriam através das trilhas no meio da floresta que ficavam um pouco acima da estrada principal. 

— Hidan…

— Se encontrarmos [seu nome], podemos encher mais bolsas de sangue para viagem e quem sabe eles estejam carregando algumas libras com eles?

Kakuzu revirou os olhos e bufou, o jovem grisalho havia acertado bem no ponto fraco de seu transformador. Não sabia o passado dele e muito menos sua motivação por ser tão ambicioso e querer tanta moeda corrente, mas sabia muito bem que ele nunca evitaria de conseguí-la. 

Hidan se agarrou ao pentagrama de Jashin que carregava numa corrente sobre seu peito desnudo, segurando com muito zelo e força nas pontas de seus dedos, orava para que seu Deus o abençoasse com uma boa matança e que perdoasse aquelas almas que não sabiam o que estavam fazendo com sua amada e prometida; caso não concedesse tal pedido, só poderia almejar perdão e uma morte tranquila para ele e ela. 

Afinal, ele a amava demais para deixá-la morrer sozinha.

 

[...]

 

[Seu nome] chorava pelo caminho inteiro, estava silenciada por meio de pressão da carruagem que estava, rodeada por Madara em sua frente e outros dois homens parrudos que também estavam armados e conversavam sobre si. O Uchiha mais velho estava quieto, observando a janela e evitando olhar para sua esposa desesperada que não balbuciava uma palavra sequer. 

A escuridão da noite caia entre as árvores do lado de fora, como um véu negro esticado pelo horizonte, estava esfriando e o corpo de [seu nome] estava trêmulo pelo nervosismo e a friagem. Ela apenas orava para que Hidan estivesse longe dali. 

Entretanto, o tempo de oração acabou rapidamente, quando tiros foram escutados em sua frente; os cavalos relinchavam alto, batendo os cascos no chão de terra batida e fazendo os arreios que os seguravam se chocar contra seus montadores e aquele que guiava a carruagem. Os homens gritavam e atiravam, era audível os urros de dor e um cheiro metálico que se instalava pelo local. 

O mesmo cheiro metálico que [seu nome] sentiu quando via Hidan e Kakuzu se alimentando. Era sangue. 

Os parrudos que estavam os acompanhando dentro do meio de locomoção apenas saíram após um forte baque no teto e a ordem de Madara. Porém, em vão. O corpo de um foi arremessado para longe e logo um vulto passou rapidamente perto da janela da jovem que levou um susto. 

Então, sem mais ou menos, uma mão ensanguentada bateu contra o vidro do lado de Madara. Nesse momento, Uchiha pegou o pulso de [seu nome] e a puxou para o outro lado da carruagem, saindo daquele meio de locomoção e pegando um cavalo que estava solto e assustado, colocou a jovem em cima e o montou em seguida; desferiu alguns golpes com chicote nos quadris do animal o fazendo correr rapidamente pela estrada. 

[Seu nome] olhou para trás, vendo a sombra de duas pessoas na carruagem que olhavam para o animal que corria em disparada. Um dos vultos, que carregava uma enorme foice tripla, começou a correr atrás do animal com os fugitivos. Era Hidan. 

Antes que conseguisse soltar qualquer frase, Hidan saltou nos galhos das árvores e aterrissou alguns metros antes do cavalo, assustando o animal que se ergueu nas patas de trás e relinchou de medo. Madara conseguiu saltar do equino, mas [seu nome] se desequilibrou e acabou caindo no chão machucado o braço. 

Hidan guardou a foice atrás de suas costas e se aproximou de [seu nome] que segurava o próprio braço contra si mesma ao notar que tinha quebrado o osso. Assim que ele se aproximou um pouco mais, era perceptível que sua esclera estava negra como o céu e a íris estava num tom escarlate. 

— Venha [seu nome], podemos achar um médico e cuidar disso — Hidan estendeu a mão. 

Entretanto, Madara ao ver seus homens mortos alguns metros atrás e aquele homem indo roubar novamente algo que lhe pertencia — sua esposa adquirida num jogo, e aquilo o irritava mais do que ter participado de algumas guerras, espiões em suas fábricas, roubo de seus bens mais preciosos. Estava esgotado e acabaria com tudo aquilo e achar uma esposa que fosse mais leal do que a que tinha no momento. Foi então quando começou a disparar seu revólver contra Hidan.  

Ele se surpreendeu quando os projéteis que acertaram o corpo de Hidan estavam para fora do corpo dele e que cada ferimento estava se cicatrizando de uma forma extremamente rápida. Então pegou o ombro de [seu nome] erguendo e colocando em sua frente com a adaga em seu pescoço, fazendo Hidan parar e pensar no que fazer antes de voar contra Madara. 

— O que foi?! Tá com medo que eu machuque essa vadia? — Madara cuspiu as palavras, fazendo Hidan franzir a feição de raiva. 

— Na verdade otário, estou esperando a sua cara. 

Madara sentiu uma presença atrás dele e antes que pudesse fazer qualquer coisa, sentiu duas mãos grandes agarrando sua cabeça. Não poderia morrer daquele jeito, daria um fim em tudo ali, então fincou a lâmina profundamente no ventre de [seu nome] que gritou com a dor. 

[Seu nome] caiu segurando seu estômago com aquela adaga fincada, chorando de dor e tentando estancar o sangue com suas mãos trêmulas. Madara cairá morto atrás dela enquanto Kakuzu revistava os bolsos dele. 

— [Seu nome], vamos reaja! [Seu nome]! — o timbre de Hidan soava preocupado e desesperado. 

A jovem ergueu a mão ensanguentada até a face de seu amado, tocando a epiderme gélida dele enquanto algumas lágrimas escorriam de sua face. Os olhos de Hidan voltaram a ser como eram e algumas lágrimas escorreram deles e tocando a face de sua amada. 

— Estou feliz por te ver novamente — a voz de [seu nome] soou lenta e dolorida — Eu te amo tanto…

Hidan a colocou sobre seu colo em seus braços a puxando para perto a beijando e pedindo misericórdia para Jashin, Kakuzu se aproximou deles e olhou a jovem que parecia dar os últimos suspiros. 

— Hidan, ela não tem mais jeito…

— Tem que ter! — ele se exaltou. 

Kakuzu respirou fundo, chutou um pedregulho para longe e olhou para os bolsos cheios de dinheiro que havia conseguido. Não queria mais problemas, mas não se arriscaria a toa por nada. 

— Faça. 

Hidan ergueu o olhar, como se procurasse pela primeira vez em Kakuzu, a confirmação. 

— Apenas faça. 

Então ele retirou a lâmina da adaga e beijou o local quando [seu nome] urro de dor num som quase inaudível, um murmúrio. Hidan fez um corte na palma de sua mão e gotejou algumas gotas de suas hemoglobinas nos lábios de [seu nome]. 

— Tiveste sede de sangue...— a voz de Hidan soou baixo. 

Então a respiração de [seu nome] cessou, Hidan em prantos puxou ela para mais próximo de si e a abraçou enquanto chorava. 

— E eu, de sangue te encho.. — aquela voz fez que Hidan tivesse um sobressalto. 

Hidan olhou [seu nome] que estava acordada, com os ferimentos se cicatrizando rapidamente, fazendo o osso do braço quebrado estalar por se recompor e calcificar. 

— Minha cabeça dói. 

Kakuzu viu a cena e riu, era sempre assim, a primeira coisa era reclamar a dor de cabeça. 

— Bem vinda de volta, [Seu nome]. 

A jovem que estava se transformando aos poucos, se ajeitou e olhou para Hidan com o sorriso mais sincero que tinha acompanhado com uma sensação libertadora em seu peito. Como se aquele pássaro azul engaiolado em nossos corações fosse solto para voar por onde quiser. 

— É bom estar de volta. 

Hidan pouco se importou com Kakuzu os olhando, apenas a beijou nos lábios como sempre quis e sonhou. Tudo se tornou melhor quando [seu nome] o beijou reciprocamente na mesma intensidade. 

— Hidan, vamos perder o trem, temos que ir e conseguir mais uma passagem. — Kakuzu chamou ambos. 

— Estamos indo. 

Hidan tirou seu manto e colocou sobre os ombros de [seu nome] e ajudou a se levantar, limparam suas faces e deram as mãos. 

— Então, Hidan, o que faremos agora?

Enquanto seguiam Kakuzu e deixando a cena do resgate com alguns óbitos para trás, Hidan olhava a lua cheia no céu. 

— Primeiro, Transilvânia. E o futuro, apenas Jashin pertence, afinal temos toda a eternidade. 


Notas Finais


*Quinta (s) - Propriedade grande rural em Portugal.


Agradecimentos especiais:
Projeto que me proporcionou isso @Project_Escrita
A capa feito com muito zelo por @Zartarx
Betagem feita com muito esmero por @mismiria


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