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História Seven - A fuga


Escrita por: Shy_Shy7

Capítulo 28 - A fuga


Fanfic / Fanfiction Seven - A fuga

- Onde ela estava? - Anne perguntou ofegante, havia subido 3 lances de escada até chegar no apartamento de Luke.
- Na casa da Misha. - Luke disse baixo.
- Amanhã, quando ela acordar, precisamos ser... positivos, eu sei lá. - Hayden disse se sentando no sofá.
- Amanhã quando ela acordar ela precisa de todos aqui.
- Vou dormir aqui. - Lucy disse.
- Todos nós vamos. - Jacob disse e todos assentiram.
Na manhã seguinte, Catherine se levantou e coçou os olhos indo em direção a sala, assim que chegou a mesma viu que estava vazia, não havia ninguém lá, não exatamente oque ela esperava, imaginava algo do tipo, todos sentamos na mesa do café tentando lhe mostrar são a melhor família que ela tem, oque verdade.
Catherine abriu a geladeira e pegou a caixa de leite, em seguida abriu a porta do armário, havia abrido a porta errada, era a parte das bebidas, já era de se esperar um estoque de vodka na casa de Luke, a garrafa a encarou e seus olhos tristes e sonolentos encaram aquela bela garrafa transparente.
- Não me olhe assim, eu só... fui um pouco idiota em acreditar que ela fugiria comigo. - ela disse respirando fundo - Fui imbecil, burra... só queria que ela dissesse sim, queria que fosse diferente. - ela revirou os olhos - Estou falando com uma garrafa. - ela se sentou em um dos bancos altos a poucos centímetros do armário - A vida não podia ser mais fácil? Eu não poderia... simplesmente ser feliz? Sem a Misha, sem lembrar a todo momento que para eu estar aqui as pessoas que eu mais amava morreram? - ela pegou o leite e bebeu na própria caixa - Sou uma estúpida.
A porta se abriu e Luke e Jacob entraram, seus rostos transmitiam tristeza.
- Eu... - Luke ia falar algo com Jac, mas parou e engoliu o seco ao ver Catherine sentada naquele banco, com seus grandes olhos azuis focados nele.
- Você... está tudo bem? - Jacob perguntou indo em direção a Catherine.
- Sim.
- Tem certeza?
- Eu nunca tenho. - Jacob e Luke ainda pareciam apreensivos, e Catherine notava isso com os olhos castanhos de Jacob não ficavam nos seus - Me fala oque está acontecendo. - Luke piscou os olhos e olhou para o lado, sua boca se abria mas nenhuma palavra saia dela.
- É... a Megan... - Catherine segurou a bancada.
- O que houve? O... que aconteceu? - ela perguntou indo em direção a ele.
- Eu... sinto muito. - seus olhos se enxeram de lágrimas e seu ar simplesmente acabou.
- O... que aconteceu? - sua voz estava falhada - Luke... por favor... me diz que ela está bem. - ele a abraçou e ela apenas relaxou o corpo, sentia que poderia desaparecer naquele minuto, era oque queria fazer.

Flashback on
- Caloura idiota! - o punho cerrado de Georgia ia em direção ao rosto rosado de Catherine, que fechou os olhos, mas uma voz despertou seus ouvidos, mesmo ainda com os olhos fechados o seu foco era naquela voz.
- Deixem a garota em paz. - ela vinha se aproximando das garotas que seguravam Catherine.
- Por que? O que vai fazer, me bater?
- Talvez, eu sou boa nisso, pergunta a Ella. - as garotas se entreolharam e uma delas assentiu. - a garota agarrou a gola da blusa de Catherine e a jogou no chão, a mesma abriu os olhos assim que se chocou com o asfalto.
Catherine se recompos e olhoi para aquela garota com cabelos bem curtos e belos olhos verdes.
- Oi, eu sou Megan.
- Catherine. Campbell.
Flashback off

#Catherine
De novo, eu já conhecia os olhares, as lágrimas, a grama verde, aquele lugar horrível, que eu pensei que não voltaria por bastante tempo.
O cemitério de Kissimmee, as dez pessoas presentes naquele lugar tinham as lágrimas mais sinceras de todas.
Eu queria entender, oque fez a Megan decidir que sua vida deveria acabar? Aquela garota cheia de vida, sempre animada, brava e as vezes fechada, aqueles olhos verdes que brilhavam. Eu não queria estar ali, não porque eu não me importava, afinal é muito ao contrário disso, mas porque eu... simplesmente nâo queria acreditar, andar até aquele caixão fechado era mais difícil do que parecia, cada segundo, cada memória, cada sorriso passava pela minha mente, ainda de longe vi Julie e Harry de mãos dadas, era surpresa para mim, mas não era o meu foco, assim que cheguei bem do lado daquele caixão com a bandeira estendida em cima do mesmo, senti que... sim, é verdade, a minha melhor amiga, está morta.

Flashback on
- Você deveria ser mais sociável. - Harry disse colocando aos mãos nos bolsos do casaco.
- E você deveria ser menos gay. - Megan disse e Julie e eu sorrimos, Harry fez uma careta mas riu em seguida.
- Sabe que... as vezes eu imagino que tudo isso foi planejado? Que era pra ser assim. - Megan disse sorrrindo fraco - Aproveitem que eu tô poética hoje enh. - sorri - Este café... eu nunca quero esquecer desses momentos, nunca.
- Ai meu Deus! - Julie disse abanando os olhos - Você está me fazendo chorar, precisamos de um abraço em grupo.- os quatro se levantaram e todos os poucos olhos presentes se voltaram para nos, Harry sorriu fraco para mim e todos os abraçamos.
Flashback off

Aquele abraço, o momento em que eu queria que estivéssemos eu um filme para que eu pudesse ver e rever várias e várias vezes aquele abraço.
Me sentei ao lado de Harry que assim como Julie estava com os olhos vermelhos, Harry entrelaçou seus dedos nos meus.
- Como isso aconteceu? - perguntei baixo quebrando o silêncio, Harry me deu um pingente com um copo de café.
- Ela deixou isso pra gente, estava na mesa, ao lado corpo. - Harry disso baixo, sua voz rouca era quase um sussurro - Tinha os nossos nomes, e... não sabemos de nada, só... - ele apontou para o caixão com os braços - Aconteceu. - as lágrimas desceram por suas bochechas.
- Seguimos nossas vidas... e... a Megan... ainda não tinha encontrado o caminho dela. - Julie disse igualmente baixo.
- Nossos conselhos não iriam server, não sem ações. - disse sentindo as lágrimas desceram.
- Poderia ter sido diferente, tudo poderia. - Harry disse.

Mais tarde, assim que sai do cemitério, fui direto a uma joalheria, comprei um colar simples e fino, e coloquei aquele pequeno pingente, que seria um pedacinho da Megan em mim.
Tudo mudou tão rápido, é estranho pensar que essa história pode estar se repetindo por ai, que não somos os únicos a chorar por um amor, um amigo.
Eu me sinto fraca, impotente, inútil, sinto que tudo poderia explodir agora, mas isso não aconteceria só porque eu quero, a noite estava começando a ficar gelada, mad andar pela cidade era confortante, mesmo com o nariz vermelho igualmente como os olhos, que ainda derramavam lágrimas hora ou outra quando o sorriso de Megan vinha a minha mente, passei em frente a um tatuador, o da Megan, ela era apaixonada por aquele cara quando cheguei a cidade, ele tinha cabelos loiros e olhos verdes, era alto o magro.

Flashback on
- Um dia eu vou entrar aqui, e tatuar cada centímetro do meu corpo, só para poder passar horas ouvindo a voz dele e encarando seus olhos verdes maravilhoso. - Megan disse o paquerando pela vidro, Juliette e eu rimos e bati em seu braço de leve.
Flashback off

Suspirei, abri a porta, não seria algo descartável apenas para paquerar um tatuador, seria especial, seria a tatuagem mais importante da minha vida.

Assim que passei a frente do apartamento de Megan eu não resisti, precisava ver aquele lugar antes que tudo fosse mudado, antes que todas as pequenas lembranças daquele quarto desaparecessem.
Entrei e haviam garrafas pra todo lado, roupas, sapatos e tudo mais, o apartamento estava uma zona, me sentei no sofá e pensei em todas as vezes que a Megan olhou para os lados e não viu nada, achou que ninguém pudesse ajudá-la, pensou que tirar sua própria vida era o melhor jeito.
                                                                (…)

#Observador
- Um carro por favor. - a mulher entregou um formulário.
- Vai viajar?
- Sim.
- E quando pretende trazê-lo de volta?
- Não se preocupe, em menos de uma semana ele estará de volta. - a mulher assentiu e Catherine pegou a chave - Obrigada.
- Volte sempre.
Catherine colocou o capuz na cabeça e foi até o carro.

- Deveríamos ir a casa do Jason. - Luke disse.
- Ela não iria lá depois de tudo que aconteceu. - Luke deu de ombros - Okay... vamos considerar todas as possibilidades .
Assim que Luke e Jacob chegaram a frente do apartamento bateram na porta, depois de três ou quatro tentativas a porta se abriu, Jason parecia abatido, como se não tivesse dormido bem.
- O que querem? - ele perguntou desanimado.
- A Catherine esteve aqui? - ele riu sarcástico.
- Ela não se atreveria.
- Você... chegou em casa agora? - Luke perguntou observando que havia um pouco de terra em seus sapatos.
- É, eu fui ao hospital, explicar que voltarei ao trabalho mais cedo já que a minha lua de mel foi cancelada, assim como meu casamento.
- E tinha alguém aqui? - ele assentiu.
- Joana. - a mulher de cabelos curtos e pele bronzeada se aproximou.
- Alguém esteve aqui? - ele perguntou e ela olhou para Jacob e Luke.
- Sim, uma mujer de cabelos longos e castanhos, ela estava usando um moletom azul escuro, tinha ojos azuis e una voz suave. - Jacob e Luke se entre olharam.
- Ela levou alguma coisa? - Jason perguntou parecendo tão surpreso com Jacob e Luke.
- Sí, saiu com una bolsa cheia de roupas, também pegou um livro. - Jason olhou para Luke.
- O que está acontecendo?
- Não sabemos, mas... acho que... eu não sei, sinceramente não sei oque se passa na cabeça dela neste momento.

- Mais alguma coisa? - o rapaz perguntou enquanto passava as compras, Catherine olhou para o painel de informações - Mais alguma coisa? - ele repetiu e ela negou, pagou e foi até o painel, observou bem cada palavra do anúncio e arrancou o papel.
Assim que entrou no carro ouviu seu celular tocar a cima da banco do carona, Luke.
- Luke... - ela encarou o celular vibrar e tocar sem parar, varias vezes seguidas sem parar, até finalmente atendê-lo.
- Onde você está? - ele perguntou colocando o celular no alto-falante, para que todos presentes na sala ouvissem.
- Não importa.
- Importa, me diz onde você está e eu vou te buscar agora.
- Não.
- Catherine... sei que tudo isso... a Misha, o Jason... a Megan...
- Eu não quero, me deixa em paz, só atendi pra avisar que... - Luke a interrompeu.
- Pra falar que está fugindo, de novo.
- Não estou fugindo.
- Um carro alugado, um mapa, pra mim você está fugindo.
- Como sabe do carro?
- Refizemos seus passos... estão todos preocupados, volta pra casa.
- Eu não tenho casa, não tenho família, não tenho nada, e... por mais que eu ame a Megan, não quero acabar como ela, não quero... sentir que a única solução é...
- E quanto a nos, somos a sua familia, a Lauren, sua mãe.
- Ela exige a minha total honestidade e está sempre mentindo, eu não sei sobre oque, mas toda vez que olho nos olhos dela sinto que ela está me escondendo alguma coisa, enquanto ela não me disser oque está escondendo pra mim ela é só uma estranha. - Luke olhou para Lauren, que apertou os lábios e enxugou a lágrima solitária que descia pelas suas bochechas rosadas.
- Pra onde você vai?
- Eu preciso pensar, preciso entender tudo que está se passando na minha cabeça e no meu coração agora, eu preciso... finalmente, depois de tantos anos, descobrir quem sou eu, e ser um ser humano melhor.
- Desde o começo você fugiu, e nunca deu certo, por que acha que isso vai mudar agora? - ela encarou o papel em cima do volante.
- Porque agora... nada, nem ninguém me impedem de... viver, de descobrir oque eu realmente quero fazer, e de sentir que a Olívia... a Megan... ficariam orgulhosas de mim. - suas lágrimas começaram a cair - Que a Talia e o Alex olhariam pra mim e dissessem... eu sei lá... que se orgulhassem de mim.
- Eles tinham orgulho de você, eu sei que tinham.
- Quero provar a Talia, que a vida que ela me deu, está valendo a pena, que aquele dia, no carro, ela se enfiou nos vidros e cacos no chão, por alguém que vai ser exatamente oque ela pensou.
- Catherine... por favor, me escuta, você está no caminho errado, esse não é o melhor jeito, essa não é a solução, é apenas... a tristeza dizendo que precisa de tempo e espaço, mas vai se sentir melhor quando ver que existem pessoas que se importam que voçe.. que amam você.
- Eu te amo Luke, amo todos vocês, eu amo tanto vocês, que nem sei mais como é me amar. - ela respirou fundo - Não me procurem, quando eu estiver pronta, eu vou voltar. - ela desligou o telefone.

"Procura-se voluntários para o departamento de oncologia infantil de San Antonio, Albuquerque."

- Texas... - Catherine guardou o papel no porta-luvas, pôs as mãos no volante e encarou o plástico em volta de seu pulso, o número "7" e a palavra "Friends" tatuadas lhe fizeram viajar até o dia em que essa tatuagem ganhou o seu significado, na verdade, todos os momentos, mas agora ela queria acertar, mesmo todos dizendo que vai errar, ela quer acreditar que talvez tudo melhore.



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