História Seven Days - Narusasu - Profundo

 

 

 

"Dia VII – Domingo..."

 

 

 

Não havia como mentir para si mesmo, se lembrava perfeitamente do dia em que o olhou pela primeira vez não o vendo como um parente próximo, mas sim o olhava com desejo e tentação, queria tê-lo, e obviamente não podia era tão inalcançável e errado, mas isso o excitava. As lembranças do dia em que percebeu que aquilo era errado ainda estavam presentes, mas não venciam todas, sempre que sua vontade tomava conta do calor de sua pele.

 

Não sentia culpado por “amá-lo”, se sentia com necessidade de vê-lo a todo instante o que era doentio já que preferiu não olhar para ele por longos anos para conseguir controlar a vontade que mantia, era só um adolescente com os hormônios a flor da pele pela puberdade, mas como conseguia sentir aquilo com tanta clareza? 

 

Ele era seu próprio tio.

 

O primeiro menino, ou a realidade, o primeiro homem no qual havia sentido atração em toda sua vida tinha nome e sobrenomes, Naruto Uzumaki Uchiha, aquele dia no entanto foi um tanto quanto confuso. Quando o viu em seu aniversário de treze anos por alguma razão doentia sentiu uma atração, uma atração física, seus amigos todos se divertiam na piscina de sua casa, e graças ao clima árduo e caloroso, seu tio que já não tinha o costume de se vestir com todas as peças de roupa, fazia menos questão ainda, usava apenas uma bermuda.

 

O que era complexo, com o tempo piorava, o olhava em curtos espaços de tempo, o via lhe encarando descaradamente não que fosse estranho, ou que tivesse outras intenções, mas sentia que as tinha, desde pequeno seu corpo sempre foi muito definido, tinha sua bunda farta, sua cintura era fina, seu abdômen seco, barriga lisa, era um puta de um gostoso.

 

Todos sabiam.

 

 Foi seu primeiro contato com a atração por alguém do mesmo sexo, não demorou muito para descobrir sobre o que homossexualidade se tratava, e foi justamente quando descobriu conseguiu se aceitar, começar ser quem era, sem medo da opinião alheia, percebeu que com o tempo era um garoto que sentia atração apenas por outros garotos.

 

Com suas novas experiências foi descobrindo mais de si mesmo, com sua primeira vez não tinha mais vontade de foder alguém, e com sua nova primeira vez sendo penetrado não se imaginava mais fodendo alguém, mas sempre que passava em sua cabeça que queria ser fodido novamente, apenas essa sensação, fazia com que um arrepio conseguisse percorrer todo seu corpo.

 

Queria morrer quando sentiu a necessidade de gostar de alguém e na sua cabeça havia se apaixonado por seu melhor amigo, queria sempre pensar nisso, um dos maiores arrependimentos de sua vida, foi que depois de um tempo Sasuke finalmente se sentia seguro para tentar uma aproximação com alguém. Tomou coragem para poder se declarar para Neji, a pior coisa que fez em sua vida.

 

Já era de se esperar, meninos na sua idade tinham a cabeça muito fechada, e obviamente seus sentimentos não foram correspondidos, e sim acabou por perder sua amizade, nenhum garoto iria querer manter relações com uma pobre criança gay, os pais já criam seus filhos com seus preconceitos formados, o que são refletidos neles. Não ter sido correspondido por um lado até que foi bom, pode colocar sua mente no lugar, mas por outro lado se sentia impotente por acabar com uma amizade.

 

Aquilo era passado em sua vida, eram jovens, e no fundo ele sabia que nenhum dos dois sentiam algo naquilo, Sasuke se sentia pressionado por não gostar de ninguém, e Neji nunca teve a intenção de algo com ele, mas sabia no fundo o que queria sentir, gostar de outras pessoas, apenas queria se sentir um garoto normal que amava pessoas normais e não alguém que teria de manter em segredo um pecado que ele fecundava.

 

Não queria se sentir enojado, não queria ter em sua mente a todo instante que amava seu próprio tio, queria poder ter um relacionamento normal com alguém que poderia viver a vida normal sem se esconder, mas aquilo não o atraía por algum motivo precisava que fosse Naruto, sentia essa enorme necessidade do proibido.

 

Ainda não tinha vivido nada comparado a tudo que sofreu após aqueles dias com Neji, foi a pior época de toda sua vida, todos lhe zoavam já que o garoto tinha espalhado a todos o maldito boato de Sasuke ser gay, por algum motivo com o tempo ninguém parecia se lembrar daquilo, e por algum motivo as meninas começaram a se aproximar novamente de si, é como dizem rumores sem provas somem pouco a pouco,  mesmo todos os seus “amores” antigos, nenhum deles o fazia ter a mesma atração que sentia ao ver Naruto.

 

– Sasuke, diga alguma coisa, você está bem mesmo? – O garoto perguntou do outro lado da chamada.

– Ah... Perdão? – Não estava sequer prestando atenção, estava confuso e apenas agora havia parado para olhar em seus olhos.

– Está vermelho, não para de mexer os dedos, alguma coisa aconteceu? – Ele estava preocupado consigo?

– Não foi nada, estou bem, só devo ter feito uma besteira.

 

E sabe qual era a besteira? Tinha se apaixonado.

 

– Mas isso não vem ao caso. – Dizer toda a verdade a ele era o que queria, o problema é que não estava com paciência alguma para ter de responder milhões de perguntas.

– Tem como me dizer o que aconteceu? Me explicar o porquê de você estar me evitando? Por que naquele dia não quis que eu ficasse? Achei que nós tínhamos algo fixo, mas pelo visto já está com alguém.

– Você acha muita coisa... Digo, hm... Gaara olha me desculpe, nada disso é culpa sua e-eu só...

– Você só não quer mais nada comigo. – Disse com amargura na voz que chegava a ser óbvio apenas por ver a maneira que ele enrolava para falar.

– É... Quer dizer não, não é bem assim, não é nada em relação a você eu só não quero uma pessoa só para ter uma foda quando alguma das duas quiserem e depois me sentir desolado sem ninguém. – Sasuke disse dos seus mais puros sentimentos, gostava do que tinha com ele, mas não chegava aos pés de seus sentimentos por Naruto, o silêncio era aterrorizante para si, mas era a única coisa que se fazia presente ali entre os dois. – E-eu só não quero mais isso, não quero ter que te ver apenas como um parceiro de foda, sabe quero alguém que me ame.

– Você tem outro não é? – Não queria ouvir a resposta, mas era algo óbvio.

– Não tenho outro parceiro, na verdade eu nem sei o que eu tenho com ele, não posso dizer nada ainda, só sei que é diferente do que eu e você temos. Eu prefiro arriscar todas as minhas fixas. – O respondeu, riu com tristeza chegava a ser estranho o tom em sua voz, via sua tristeza e em seus olhos seu desprezo, mas não entendia o motivo deles serem presentes já que não havia sentimentos envolvidos entre os dois.

– Tudo bem, não estou mal só triste por ter que acabar com tudo, espero que você seja feliz e que faça esse alguém feliz. – Disse forçando um sorriso, suas intenções não eram ruins, mas não eram as que gostaria de dizer.

– Seja feliz, olha você é uma pessoa incrível, mas não foi feito para mim, a gente se vê, e-eu preciso ir. – Disse ao garoto desligando o computador e acabando com o contato de seus rostos.

 

Não, não queria mais vê-lo e sabia disso.

 

Gaara agora era um capítulo fechado em sua vida, um capítulo não muito importante, foram inúmeras as vezes que pediu pizza e foi retribuído com o pau do Sabaku, mas nunca sentiu nada por ele, não chegavam a trocar cinco frases completas depois que transavam, aquilo era algo descartável que não tinha chance alguma de se reviver tanto por eles quanto por terceiros envolvidos, se é que entende.

 

Não havia sentimentos enquanto transavam, não tinha carinho, não sentia seu coração pulsar quando o via, e nenhum arrepio era causado em seu corpo quando ele lhe tocava, o que era totalmente diferente com seu tio, o problema é que mesmo sendo um garoto, Gaara certamente de que teria mais chances de ser aceito por sua mãe, já Naruto... 

 

O único problema é que Sasuke era complicado, ele podia ser aceito por sua mãe, mas não seria aceito por si mesmo, seu coração não o aceitaria.

 

Não era o que imaginava para si, estava longe disso, não era ele quem tinha o piercing que tanto amava, não era ele que tinha o corpo bronzeado e os fios loiros que seu tio tinha, não era ele a pessoa feita para si, sabia disso mais do que ninguém, não teria que esconder nenhum pecado estando com ele, e convenhamos isso não tinha nenhuma emoção ou risco, isso não era prazeroso.

 

Por mais que tentasse não conseguia sentir nada por Gaara e não queria sentir, se ao menos fossem ligados por sangue e ele tivesse o nome Naruto em sua certidão de nascimento quem sabe poderiam ter algo, mas como não era esse o caso preferia ficar com o que tinha, e caralho apenas ouvi-lo chamar seu nome lhe causava uma sensação intensa.

 

– Sasuke! – Ouviu seu nome ser gritado no primeiro andar, ele tinha o tom rouco e ao mesmo tempo forte, aquela voz gostosa do caralho, era diferente, se arrepiou por inteiro, sabia bem que era aquilo que queria e que precisava para si não havia dúvidas disso.

 

Protestando contra sua preguiça se sentou em sua cama e não demorou muito para que se levantasse, nunca era chamado por banalidades e quando não estava com ele, o procurava por vontade própria e quando era chamado era porque certamente de que algo importante aconteceria, bom, vê-lo já era um motivo concreto o suficiente para seu corpo querer sair de seu quarto, desceu as escadas lentamente e o procurou no andar e jogado ao sofá estava lá, sem nenhuma cerimônia andou até ele e parou ao seu lado.

 

– O que foi? – Disse sem nenhuma animação.

– Isso é modos de falar comigo? – Perguntou em seu tom autoritário, caralho aquilo era incrível o olhou no fundo de seus olhos azuis sem acreditar naquilo e ele realmente falava sério, soltou todo o ar de seus pulmões era inútil resistir a ele.

– Está bem Naruto! – Passou sua perna pelo corpo dele fazendo-o ficar entre suas pernas e se sentou em seu colo, o contato era ação e reação, se excitavam tão facilmente que chegava a assustar, apoiou seus antebraços nos ombros largos do maior e o encarou. – Meu querido tio, o que você precisa falar comigo?

– Hm, assim melhorou... – Seu pescoço era sempre tão receptivo que não fez esforço algum para marcá-lo novamente, se desligava do mundo e tudo o que importava era como excitaria Sasuke, sua língua caminhou uma trilha de saliva de seu lóbulo até sua clavícula isso tudo apenas para brincar com sua sanidade. – Vamos sair, comprar alguma coisa para beber, eu preciso andar, ficar preso aqui nesta casa cansa.

– É cansativo ficar aqui comigo? – Perguntou com total intenção de drama, olha, mais uma coisa que Sasuke era muito bom em fazer. – Se eu soubesse disso ant...

– Não me provoca Sasuke, você entendeu que não foi isso que eu quis dizer já que não tem um momento com você que eu não fique totalmente ocupado. – Sorriu com malícia e suas mãos o fez movimentar a cintura, era bom e era imperceptível para si, mas seu tio o fazia se mover de maneira que seu membro ficava exatamente entre suas nádegas.

– Hm... Gosto quando ficamos ocupados. – Sua mão em contato com a pele dele lhe causava um arrepio, era uma sensação estranha, nunca havia reparado no quanto o toque de alguém era importante para se sentir bem.

 

Ao contrário do que pensava não tentaria nada ousado nesse momento mesmo que quisesse pensaria bem em tudo que iria fazer já que poderia se arrepender amargamente, a excitação no lugar aumentaria cada vez mais, e sabia que Naruto era uma bomba relógio e não poderia testá-lo era provocar e ser fodido.

 

Suas aulas estavam longe de começar e sabia que mesmo quando sua mãe voltasse já que teria três semanas sem ir a escola suas tardes seriam na casa de seu tio, seus dias vivendo vinte e quatro horas com ele estavam perto do fim, mas nunca pensaria na hipótese de não vê-lo mais, aquela ideia lhe perturbava em cada parte de seu corpo, gostavam tanto de tirar a paciência um do outro e só queriam se assegurar de que aquilo não acabaria.

 

As visões de Naruto sobre seu corpo eram constantes em sua mente sempre que o tinha em seus pensamentos a excitação era cada vez mais torturante, sempre que fechava seus olhos podia ver e ouvir o som de sua pélvis bronzeada batendo contra seu corpo. Ele não estava diferente podia a cada instante sentir o toque de Sasuke contra seu corpo, ansiava por ter mais dele.

 

Aquela noite seria especial não se aguentariam, e não pensariam em deixar que o último dia que estariam juntos passasse sem nenhuma despedida, e somente por saber que hora ou outra estariam transando os dois conseguiam sentir uma onda de calor que subia por seus corpos e aquilo tinha nome, excitação.

 

Iriam sair, por mais que fosse perigoso já que Mikoto conhecia metade da cidade já que era uma advogada respeitada, eles sairiam juntos e sozinhos, não que ir comprar bebida fosse grande coisa, mas ainda sim alimentaria sua imaginação queria negar o pedido e aproveitar o máximo que poderiam daquela noite, juntos e sozinhos, mas sabia que Mikoto iria provavelmente chegar bem tarde na segunda e querendo ou não teriam mais um dia para aproveitar.

 

"Vamos sair..."

 

Aquelas palavras pequenas chegavam a parecer proibidas já que tudo era um grande segredo que levariam para suas covas, que se dane, se descobrirem seria uma dor de cabeça a mais em sua vida, mas não era algo que nenhum dos dois queriam esconder por mais perigoso que seja.

 

– Vou me trocar. – Disse saindo de seu colo e o deixando daquela maneira boba que sempre ficava quando acabava com o contato de seus corpos chegava a se achar tolo por apreciar aquela expressão dele, mas nada que passasse despercebido para ambos os lados, seus olhos o olhavam e grande parte das vezes sentia que tinha amor naquilo.

 

Não fez muito esforço para se vestir, afinal quando chegassem em casa roupas seriam apenas empecilhos lhes atrapalhando, vestiu uma bermuda preta e tampou seu abdômen com um moletom nada mais, não precisava de mais nada, antes sentia que suas relações se completavam apenas em algo girando em provocações e  malícia, mas agora algo novo que tomava cada parte de seu corpo pouco a pouco e era aquela sensação que lhe deixava bobo.

 

Quando desceu, foi até um pouco estranho ver que pela segunda vez naquela semana o via usando uma camisa cinza e uma bermuda escura, era diferente, vê-lo usar tantas peças de roupa assim... O caminho foi um tanto quanto divertido, as ruas não estavam cheias e sentiu algo diferente correr por seu corpo quando sentiu o braço do tio sendo lentamente colocado por trás de sua nuca aproximando seus corpos.

 

 Sasuke tomou a iniciativa de unir uma de suas mãos a dele, era confuso, aquela realmente não era uma relação saudável, mas possuíam uma relação de carinho e de amor que até então não tinha visto nas atitudes de Naruto, um de seus maiores medos era que ele apenas o usasse durante essa semana e logo após aquilo tudo acabaria, mas algo lhe confortava o outro lado de seu tio que pode conhecer nesse tempo era um lado cuidadoso e atencioso que era incrível.

 

A cidade era iluminada, e música tocava nos estabelecimentos que passavam, era um lugar lindo e mesmo sendo a área nobre da cidade não lhes passavam uma sensação de que aquele lugar era esnobe ou algo do tipo, depois de tanto andarem chegaram em um lugar, era como um mercado, não havia entrado com o tio que logo saiu com uma sacola de cervejas.

 

– Vamos? – Perguntou e apenas assentiu, a proximidade que estavam era diferente, lhe fazia corar como nunca, era estranho se sentir assim, mas ao mesmo tempo era muito bom. – Está muito quieto.

– Eu só estou pensando, ficar perto assim de você é bom, e mesmo dando vergonha eu confesso que tenho medo de que isso não aconteça de novo... – Seu tom era inseguro e sabia que ele podia ver seu lado frágil, sabia que ele o amava e talvez aquilo fosse clichê demais ou realmente importante para si, mas não queria que Sasuke sofresse queria se assegurar de que ele não se machucaria com tudo aquilo, por mais que fosse difícil ou até impossível, queria se assegurar de tudo isso.

– Se precisar eu enfrento sua mãe por você. – Confessava que nesse momento até mesmo ele estava com vergonha e talvez o olhar nos olhos seria difícil, manteve em sua direção se renderia muito fácil a ele se estivesse o encarando. Um gatinho com olhos marejados, impossível.

– Você não é louco de fazer isso. – Se assegurava muito de suas palavras, mas não sabia do que ele era capaz de fazer por si, se precisasse botar em risco sua relação com sua própria irmã não iria pensar duas vezes, faria aquilo.

 

Naruto podia pensar que seria fácil e que Mikoto não se importaria, mas não era tão fácil assim na cabeça do mais novo, aquilo não seria nem um pouco possível, a palavra namorar, ou melhor namorados um dia poderia ser aplicada a eles? Tinha certeza que não, e isso era mais um motivo para aquela relação não terminar em um caminho certo.

 

Namorar com Naruto? Ou na verdade o real problema que não saía de sua mente era namorar com seu próprio tio?

 

– Sasuke, você nem imagina do que eu sou capaz de fazer, ainda mais pra conseguir o que eu quero. – Aquilo foi estranho de se ouvir.

 

Em sua cabeça não havia uma maneira sequer de que aquela loucura pudesse dar certo, chegava a ser estupido, mas enquanto andavam lado a lado sabia que queria sentir mais daquilo queria ter a sensação de estar junto dele a todo instante.

 

Se não fossem da mesma família, se não fossem tão diferentes um do outro poderiam ficar juntos? Poderiam ter um "final feliz", um final onde nada desse errado, era isso que queria saber, sabia que não era a pessoa ideal para Naruto, sua mente fazia questão de lhe lembrar a todo instante, e não precisariam manter tudo o que tinham em segredo se não estivessem um com o outro.

 

– Já namorou o suficiente para saber como isso é complicado, certo? – O perguntou.

– Onde é que você quer chegar com isso? Acha que eu sou apenas um jogador oportuno? – Presumiu o que ele quis dizer, e foi fuzilado por olhos negros indignados. – O que foi? Por quê está me olhando assim?

– Sabe que não foi isso que eu quis dizer imbecil.

– Bom, falando sério, se o critério para "namoro" for passar grande parte do seu dia com a pessoa e ter uma relação de sexo constante, sim, pode se dizer que eu namorei muito, mas um compromisso sério de viver com a pessoa acho que apenas uma vez, Hinata, a maldita mulher que dilacerou meu coração. – Não queria que Sasuke sentisse pena de si, era apenas sua vida feita de desilusões. – Mas se você estiver dizendo que namoro é sentir algo por alguém, mesmo sendo sentimentos um tanto quanto superficiais como os que eu tive pelo meu professor de sociologia, fica um pouco confuso dizer.

– Você é um canalha. – Disse mirando novamente seus olhos para frente.

– Meu Deus como você é bom em me ouvir. – Encharcava sua voz em cinismo. 

– O meu tio, me desculpe, pode falar.

– Besta, na verdade eu não sei bem, se você falar que namorar é igual maneira como eu me sinto em relação a você, podemos dizer que eu só me apaixonei por uma pessoa então. – Estava corado, e muito, não sabia se era pelo frio, ou por falar que em toda sua vida ele era a razão de sua paixão. pode ser idiota, mas você faz com que eu me sinta diferente, quero confiar em você, e gosto de confiar em você, mesmo que isso me mostre ser uma pessoa frágil.

 

Deu de ombros aquela situação já não importava muito, tudo aquilo era superficial, ficou um tanto quanto surpreso, nunca haviam falado como se sentiam um para o outro e agora com Naruto lhe contando tudo aquilo, se sentia especial.

 

– Ser frágil como meus olhos é algo estranho.

– Não acho que seus olhos sejam frágeis, eles são profundos e acho que são penetrantes, o azul antigamente me deixava todo bobinho, quando você olha para minha bunda.

– E quem disse que eu olhava para sua bunda?

– Quer enganar quem? – Disse olhando para cima, ele não enganava ninguém.

– Ah, é, então tá, isso é como eu me sinto, por que não me conta agora o seu lado da história? – Talvez se abrir fosse uma desculpa para poder saber o que realmente Sasuke sentia, talvez, mas aquilo foi um tanto quanto confortante. 

– Eu pensava muito em amor, sabe? Mas acho que de um tempo para cá eu parei. – Não queria que ele pensasse que aquilo foi para não sentir dor, mas queria que soubesse que aquilo era para aguentar todos os sentimentos confusos que tinha.

– E por que parou?

– Eu sempre fui alguém deixado de escanteio, em relação a amor, entende? Nunca tive grande importância na vida de alguém sempre usavam do meu corpo quando precisavam e depois me deixavam, mas eu não tenho nenhum arrependimento, acho que por conta disso eu sei agora como ver o mundo. – Riu de si mesmo, tudo o que dizia, em sua mente chegava a ser apenas uma manifestação de como o viam como uma puta.

– O que tem de engraçado nisso?

 

Naruto desfez do contado de suas mãos e de seus corpos e parou de andar, o obrigando a fazer o mesmo, ficando frente à frente um com o outro, direcionou seus olhos azuis aos olhos escuros de Sasuke, sentiu seu corpo vibrar, queria vê-lo e entender seu lado era confuso tudo o que dizia e queria raciocinar tudo lentamente.

 

– Nada, eu só acho isso bobo demais até, eu acho que desisti de procurar alguém dentro dos padrões para minha vida, tem algo, ou melhor alguém, que é superior aos padrões, eu posso não levar uma vida normal e pacata como todos os casais têm, mas eu não quero ter que simplesmente ficar fora da vida de uma pessoa, acho que o que eu disse chega a não fazer tanto sentido, eu só preciso... – Suspirou ao sentir a brisa bater contra seu rosto estava quente, mas o frio parecia não dar trégua.

 

Aquilo tomou um rumo que não esperava que conseguiria levar, suas bochechas agora eram rosadas e seu coração batia como nunca, era insano a sensação do risco, podia sentir seu sangue ferver, queria desmaiar pela tensão, percebeu o que estava fazendo tarde demais, não tinha mais volta e ainda assim percebendo tudo aquilo colocou em sua mente que não iria mais adiar.

 

– Eu só acho que... Queria me sentir diferente, queria ser diferente na vida dele eu não sei explicar, só não quero que tudo desabe é estranho, e e-eu só preciso que saiba... – Podia não estar pensando muito bem no momento, aquilo seria um caminho sem volta era dizer o que queria e colocar tudo em risco, mas já não ligava mais, estaria sendo sincero consigo mesmo. – Que eu te amo Naruto.

 

Lhe faltou o ar ao perceber o que tinha dito, arrependimento? Não sabia ao certo se era isso que sentia, mas estava certo de que não era algo bom, estava se sentindo um tolo e apenas de pensar no que havia acabado de fazer sentia vergonha de si mesmo, o olhar nos olhos seria muito difícil, apenas abaixou seu rosto fixando seus olhos as pedras que juntas trilhavam um mosaico ao chão.

 

– Hm... Apenas esqueça isso, por favor, não quero que isso te incomode, eu vou indo na frente... – Não queria que ele fosse obrigado a lhe dar explicação alguma a última coisa que queria era isso.

 

Apenas se virou, seus planos era chegar em sua casa e apenas encerrar com aquilo, provavelmente teria arruinado a última noite que poderia ter com Naruto, mas isso já não era tão importante. Não tinha reação já esperava aquilo vindo de seu sobrinho, mas agora era diferente ele havia acabado de falar com todas suas palavras, era estranho achava que estava preparado, mas não, não estava mentalmente preparado para ouvir aquilo vindo dele.

 

E sinceramente, por que deixar a razão tomar conta do que realmente sentia, Sasuke foi sincero que seja, já não importava mais, se sentia um tolo por estar ouvindo aquelas palavras vindo dele há bastante tempo e não ter se tocado que ele estava falando de si.

 

– Você é burro? Eu praticamente disse que só me apaixonei por você, e outra me diga... Como? Como você espera que eu ouça tudo isso e apenas ignore? – Travou ao ouvir aquelas palavras ficou confuso não havia entendido completamente, pode se dizer que não havia entendido nada, agora tudo ficaria claro sentiu a mão dele puxar seu ombro e o toque foi incrível uma onda de calor percorreu todo seu corpo aquilo foi diferente o olhar dele parecia diferente de um jeito bom...

 

A mão no pescoço, e seus lábios se juntando ao outro foi… Caralho, a sensação que um único beijo passava, antes de dizer tudo que queria o beijava sem sentir nada além de tesão, agora queria cuidar de cada parte que era dada para si, se aquilo fosse uma resposta positiva por tudo que haviam dito não conseguia raciocinar nada por estar tão feliz, tudo o que passava em sua mente é que havia sido correspondido, mas nada ainda era certo.

 

O puxou pela cintura e tornou o contato de seus corpos ainda maior, seus olhos poderiam saltar de seu rosto quando foram abertos e viram que Naruto lhe beijava com toda sua vontade.

 

A contra gosto separou sua boca da dele, ouvindo o som dos lábios se soltarem.

 

– Ei, hm… Para, alguém pode ver!

– E que se fodam, eu quero te beijar. – O queria tão abertamente em seus sentimentos que não teve, medo ou vergonha em lhe beijar em um espaço público, a sensação que a língua lhe transmitiu quando entrou em contato com a sua lhe deixava sem chão, suas pernas bambearam com um único beijo e fez daquilo o melhor momento que já passaram juntos, lhe faltou o ar e se separaram, não romperam o contato de suas testas e tudo que conseguia passar em sua cabeça era...

 

"Naruto me beijou..."

 

– Você se confessar me fez lembrar da primeira vez que senti atração por você, tudo o que você disse me fez lembrar o quanto minha vida era desprezível, e que o único momento em que eu me sentia bem era quando eu pensava em você eu não tinha ideia do que fazer no começo de tudo isso, mas agora eu só quero que tudo aconteça como for.

 

Era tentador ouvir tudo o que ele dizia se sentia especial por saber que também tirava seu sono e ficou muito feliz com tudo aquilo não que suas vidas fossem ser perfeitas, mas sabiam que elas não teriam sentido se não estivessem ligadas em algum futuro.

 

– Desde o começo você me deixava incomodado de uma maneira diferente era difícil entender, eu sempre procurava por você, mas nunca te encontrava, as poucas palavras que eu ouvia de você me deixavam nervoso, cada vez que eu via seu corpo eu ficava ansioso e feliz, saber como você se sente me deixa louco embora às vezes eu despreze amar meu sobrinho, eu tinha que conter minha inquietação toda vez que eu via você, que por sinal quando sua mãe me pediu para passar um semana com você eu enlouqueci eu não estava feliz em saber que você me deixava excitado e não podia te tocar por ser menor, mas agora é diferente...

 

Seu coração batia de maneira que errava as batidas, se antes estava corado apenas por se declarar, imagine agora que estava ouvindo tudo aquilo vindo dele, tudo isso era novo e ficava tão contente por isso.

 

– É difícil aceitar e dizer, mas eu também gosto de você, eu espero que você aceite bem minhas palavras não vai ser fácil tudo isso, mas eu estou disposto a acabar com minha vida para te ter. – Sua palma acariciou o rosto corado de Sasuke, seu polegar fez com que tremesse seu lábio inferior e pode tomar novamente conta de sua boca o beijando calmamente queria passar todas as suas emoções. – Quando chegarmos em casa, vamos transar até amanhecer. 

– Idiota! – Riu, mas não negaria amou mais do que tudo ouvir aquelas palavras.