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História Seven days with Park Jimin - Sexto Dia


Escrita por: jinmangs

Notas do Autor


Para quem gosta de ler ouvindo música, aconselho Stay, do Blackpink.
Boa leitura!

Capítulo 7 - Sexto Dia


Fanfic / Fanfiction Seven days with Park Jimin - Sexto Dia

 Ao acordar naquela manhã, Jeongguk sentia várias coisas. Todo seu corpo doía, por ter dormido no chão duro, sentia um friozinho arrepiar a si, graças à brisa que entrava pelas pequenas janelinhas... E ao abrir os olhos, aquele frio na barriga que conhecia tão bem. Jimin sorria para si, a cabeça apoiada em uma das mãos enquanto, aparentemente, observava o mais novo em seu sono.

– Bom dia, Jeonggukkie~ – A voz do mais velho soou um tanto melódica, de forma que o garoto acabou sorrindo, seu rosto corando fortemente. – Espero que tenha dormido bem.

– Bom dia, Jimin hyung... – O mais novo o respondeu, suspirando baixinho. Logo após suas palavras, um selar fora depositado em seus lábios, e Jeon não hesitou em retribuir aquele ósculo. – Eu... Hum. Dormi bem sim. – Riu baixinho, um tanto constrangido.

– Eu também. Muito bem, na verdade... – Jimin uniu-se ao garoto naquela risada, e Jeongguk, talvez pela primeira vez, viu aquele hyung corar diante de seus olhos, o que era deveras fofo. – Eu comprei café da manhã. Suco de laranja e algumas rosquinhas. – O mais velho pegou uma sacola de plástico branca, com algumas coisas dentro. – Aceita?

– É uma ótima ideia.

Jeongguk apoiou as mãos no chão, sentando-se com um pouco de dificuldade. Assim que o fez, apoiou as costas na parede de madeira, o cobertor que escondia seu corpo descendo um pouco - rapidamente, o garoto segurou a beirada do cobertor, subindo-o como se ainda quisesse se esconder. Jimin apenas sorriu, levando uma rosquinha aos lábios do maior, que logo mordeu o doce, mastigando o pedaço calmamente.

– Não tem necessidade de se esconder. Não tem nada ai que eu não tinha visto. Ou tocado. – O mais velho riu ao notar que o rosto do garoto corou mais ainda, não resistindo ao impulso de provocá-lo mais. – Ou beijado...

– Yah! – Jeongguk resmungou enquanto Jimin ria de sua reação - céus, tão fofo -, jogando sua blusa, que se encontrava ali aperto, no outro. – Quer morrer? Abusado!

Jimin também não resistiu à forte vontade de selar os lábios de Jeongguk, e tudo que o garoto fez foi grunhir baixinho, retribuindo àquele contato. Contra os beijos de Jimin, ele simplesmente não tinha argumentos.

 

Os dois caminhavam lado a lado, em silêncio, porém sorridentes. Jeongguk havia decidido que era tarde demais para ir pra escola, então iria para casa, encontraria Hoseok e o pediria para falar que estava doente. Precisava, também, ver se o primo estava bem e se havia escapado ileso - torcia para que esse fosse o caso, senão tinha certeza que sua mãe jamais confiaria em Hoseok se soubesse da metade das coisas que fizeram naquela semana.

– Não quer mesmo ficar? – Jeongguk questionou ao mais velho quando finalmente chegou em casa, seguindo em direção à porta de entrada.

– Preciso ir em casa. Tomar um banho, resolver algumas coisas com meus pais... Mas eu posso te ligar de noite. Ou vir, se você quiser. – O mais novo o respondeu, segurando uma das mãos do garoto, que virou de frente para si.

– Certo... Se cuide, ok? – Jeongguk sussurrou, abrindo um sorriso tímido, que encantava cada vez mais Jimin. – Se alimente direito, e descanse. De noite nos falamos. – O mais velho assentiu, aproximando-se um pouquinho mais.

Jimin olhou para os lados, certificando-se de que nenhum vizinho de Jeongguk estava olhando, e então, roubou um selar dos lábios do maior, abrindo aquele seu sorriso que fazia os olhos sumirem. As bochechas de Jeongguk queimaram, porém acabou abrindo mais o sorriso, apertando um pouquinho a mão e seu hyung.

– Se cuide também, Jeonggukkie. Até mais tarde. – Jimin piscou um olho, então virou-se de costas para o garoto, andando em direção à sua casa.

Jeon não estava acostumado àquilo. Nunca tivera interesse em relacionamentos amorosos, fossem eles apenas ficadas sem compromisso ou namoros sérios, e aliás, sempre fora muito certinho; a cada segundo que passava perto do mais velho, sentia como se mudasse, e gostava daquela mudança. Ficou ali, observando Jimin se afastar, até que ele sumiu na rua; então destrancou a porta, logo entrando em casa.

– Hoseokkie, cheguei! – O mais novo se manifestou, deixando sua mochila encostada na parede e tirando seu blazer da escola.

– Ele ainda está dormindo. Bom dia, Jeongguk. – Ouviu a voz de Yoongi vindo da cozinha, e então, seguiu até ali.

O ruivo usava um pijama simples, e passava uma geleia vermelha em torradas, colocando-as em um prato. Ao ver o garoto, abriu um sorriso mínimo, meneando a cabeça para ele, como se o cumprimentasse. Jeongguk seguiu até a bancada, sentando-se ali com um pequeno desconforto, tentando disfarçá-lo - não conseguiu, porém não era do feitio de Yoongi perguntar coisas pessoais assim, era algo mais de Hoseok.

– Seu primo ficou preocupado que algo tivesse acontecido, mas eu falei que não precisava disso, Jimin cuidaria de você. Ele cuidou? – Jeongguk assentiu com a cabeça, e Yoongi abriu mais um pouco o sorriso. – Ótimo. Já comeu?

– Uhum, o Jimin hyung comprou café da manhã pra comermos juntos. Está fazendo café da manhã para o Hoseokkie?

– Isso mesmo. – O mais velho o respondeu, fechando a geleia e a guardando na geladeira. – É a nossa primeira manhã como namorados oficialmente, apesar de estarmos juntos há algum tempo... Quero fazer algo especial para ele.

– Hum... Yoongi, como você soube que gostava do Hoseok? – O garoto o perguntou, um pouco hesitante. – Quer dizer, se não quiser responder, não precisa se incomodar.

– Pff, não vejo nada demais nessa pergunta. Bem... – O mais velho pensou um pouco, servindo-se de uma xícara de café. – No começo, quando eu conheci o Hoseok, eu tinha certeza que não gostava dele. Ele falava demais, ria alto, era barulhento, e eu nunca suportei pessoas assim. E a primeira vez que eu o vi, estávamos de cueca, só. – Yoongi riu, divertido, se lembrando da situação. – Ele estava reclamando de sermos obrigados a fazer educação física, que ele odiava basquete e mais um monte de coisas do tipo.

– Foi no ensino médio que vocês se conheceram?

– Uhum. Éramos da mesma turma, porém ele estava mais avançado em algumas matérias. Aquele bichinho barulhento era inteligente demais. – Yoongi abriu um sorriso bobo, e era a primeira vez que Jeongguk o via com aquela expressão calma, relaxada. – O Hoseok ainda estava com aquela ex dele na época. Mas eu vi que ele começou a ficar em silêncio... E depois de algum tempo, sempre estava com olheiras e os olhos inchados. Me incomodou ver aquele cara tão feliz assim, mais do que me incomodava ele gritando e rindo por onde passava. Então eu me aproximei dele.

"Não era a intenção, mas eu era novo na escola e não tinha amigos além do Namjoon, e acabei me aproximando mais dele do que eu pensei que me aproximaria. Decidimos ir para a mesma faculdade, e depois disso, não demorou muito tempo para que eu me apaixonasse por ele. Mas eu sempre respeitei o namoro dele, e só quando eles terminaram definitivamente que eu realmente resolvi tentar. E funcionou. Agora, eu que sou o dono daquela criança."

O último comentário fizera Jeongguk rir, um tanto derretido pela forma que Yoongi falava de seu primo.

– E valeu a pena? – Jeon o perguntou, não disfarçando o sorriso em seu rosto.

– Não foi muito fácil, mas valeu. Cada minuto investido no Hoseok valeu a pena. Somos muito diferentes, o oposto um do outro... Igual você e o Jimin, aliás. – O rosto de Jeongguk sumiu, e Yoongi acabou rindo baixinho, debochado. – Mas é como se nos equilibrássemos. Não consigo mais me imaginar sem ele. Eu acho que-

Antes que Yoongi completasse o pensamento, os dois ouviram o bocejo de Hoseok, que vinha da escada. E logo em seguida, ele apareceu na porta da cozinha; cabelos bagunçados, coçando um dos olhos, com a expressão um tanto sonolenta. Ao ver Jeongguk, porém, o garoto soltou um gritinho, correndo até o mais novo e o abraçando com força.

– Jeon Jeongguk! Eu fiquei preocupado com você, seu maldito! – Yoongi abriu um sorriso enorme, observando os dois. Hoseok então se afastou, segurando o mais novo pelos ombros. – Onde você estava?

– Hyung... Calma. Eu estou bem. – Jeon riu, colocando as mãos em cima das do mais velho. – Eu, bem... Eu estava com o Jimin hyung.

Na mesma hora, a expressão de surpresa do mais velho se transformou em um sorriso, que certamente faria inveja no gato de Cheshire. Jeongguk olhou de relance para Yoongi, mas aquele hyung apenas ergueu as sobrancelhas, divertido pela situação; se tivesse um balde de pipocas ali, Yoongi certamente estaria comendo e observando a cena, como se fosse um filme.

– E como foi, hum? – Hoseok o perguntou, sua voz em um tom sugestivo. Jeongguk revirou os olhos, rindo baixinho, e desviou do seu primo, passando por ele.

– Foi legal, só ficamos conversando e dormimos. Mas eu vou descansar mais, porque dormimos no chão e estou todo dolorido. – Jeongguk disfarçou, respondendo Hoseok. – Você liga pra escola e fala que eu estou passando mal?

– Claro, vai lá. Quando você acordar, eu vou pedir uma pizza, pode ser? – O mais novo assentiu, e então, subiu as escadas.

Quando os barulhos de seus passos sumiram, os dois que sobraram na cozinha se olharam, divertidos. Hoseok foi até o mais velho, o abraçando por trás e deitando a cabeça em seu ombro, selando o lugar pouco antes de deitar ali.

– Eu te disse que eles combinavam. – Hoseok sussurrou, fazendo com que Yoongi risse baixinho. – Acho que você está me devendo dinheiro agora, Min Yoongi.

– Posso pagar com beijos? – O mais velho o respondeu, virando-se de frente para Hoseok.

– Ainda pergunta? – Os dois riram, e então, uniram seus lábios.

 

Jimin não sabia como era possível se sentir feliz e triste ao mesmo tempo, mas era o seu estado de espírito naquele momento. E um pouco confuso, também. A noite que tivera com aquele garoto foi maravilhosa, mas não tinha certeza quanto ao que Jeongguk queria de si. Quer dizer, ele obviamente se sentia atraído por Jimin, mas e se fosse apenas carência? Além disso, após a conversa que tivera com sua mãe, caso o sentimento de Jeongguk não fosse apenas carência, teriam que lidar com algo difícil.

Outro motivo para se sentir feliz e confuso, além da existência de Jeon, era a notícia recebida de sua mãe. Porém não sabia como reagir a ela. Se tivesse recebido uma, duas semanas antes, conseguiria respondê-la sem que tivesse qualquer hesitação, mas agora, não se tratava apenas de aceitar e ir embora. Tinha um motivo para ficar, e novamente, voltava-se para Jeongguk.

Enquanto encarava o teto de seu quarto, lembrava dos momentos que vivera com o mais novo durante aquela semana. Talvez sua vida não fosse tão alegre quanto ele demonstrava - sempre estava sorrindo, independente da situação -, mas de alguma forma, mesmo com os problemas de família recém descobertos, experimentava uma felicidade que jamais o afetara de forma tão óbvia. Desde que colocara os olhos em Jeongguk que desejou entrar na sua vida, e agora que havia conseguido, não via uma forma de sair - e nem o queria. Mas se fosse o caso, teria forças para tal?

Era o que descobriria. Tinha tempo para pensar, mas queria contar para o garoto. Não era justo que aproveitasse mais duas semanas ao lado dele escondendo algo, e era por isso que o contaria, naquela noite. Mas só de pensar na possibilidade de Jeongguk não reagir bem e o mandar embora, seu peito doía. Como era possível, refletia Jimin, que conhecesse Jeon há tão pouco tempo e já se sentisse assim? Tantas perguntas em sua mente e não sabia sequer qual conseguiria responder.

Por isso que, ao ver a mensagem de Hoseok o convidando para ir até a casa de Jeongguk, não negou. Seria melhor não evitar.

Tomou um banho, se arrumou e, ao sair de casa, já começava a anoitecer. Não fez questão alguma de apressar o passo ou de ir rápido, apenas queria sentir o vento bater em seu rosto e se preparar mental e emocionalmente para o que provavelmente viria, seguindo um caminho que, naquele ponto, já conhecia; seus pés o levavam automaticamente, não precisando nem de olhar o nome das ruas. E mais rápido do que esperava, estava ali, de frente para a casa do mais novo.

Bateu na porta algumas vezes, e quem abriu a porta foi Hoseok, que praticamente se jogou em Jimin.

– Eu não quero que você me enrole, vai me contar tudo, já basta o Jeongguk fingindo que nada aconteceu! – O mais velho se manifestou, e Jimin só conseguiu sorrir. Hoseok conseguiu ver algo triste por trás daquele sorriso, e isso o preocupou. – Uh... Alguma coisa aconteceu?

– Ele está acordado? – Hoseok assentiu, dando espaço para que o menor entrasse. – Eu quero falar com vocês, mas tem que ser quando ele estiver junto.

– Aconteceu algo, Jimin? – O maior o perguntou, fechando a porta, um tanto preocupado. – Quer dizer, claro que aconteceu, mas não é nada sério, é?

– Ani, ani. Quer dizer... Não é nada de preocupante. É só uma notícia. – Jimin o respondeu, tirando sua blusa de frio e a pendurando. Então, seguiu para a cozinha, onde se encontrava Yoongi. – Eu não estou atrapalhando vocês dois, estou? Porque se for o caso, posso esperar do lado de fora. – O garoto riu, sentando-se à bancada, e Hoseok o acompanhou.

No andar de cima, Jeongguk vestia um de seus pijamas favoritos. Era um pouco antigo, precisava assumir, mas ainda ficava bom, e era quente - e ah, deveria mencionar que era do Homem de Ferro? Jimin não havia lhe mandado mensagem, então presumira que ele não apareceria por ali, já que aquele era o caso, não via problema algum em ficar em casa à vontade.

– Jeongguk, a pizza já chegou! – Ouviu Hoseok o chamando, e então se apressou para descer as escadas.

– Já vou, hyung! – O respondeu, apagando a luz de seu quarto e descendo para a sala.

Descia a escada sem pressa alguma, porém, quando estava na metade dela, olhou para o último degrau e viu quem o esperava. Park Jimin usava uma roupa escura, preta, e encarava Jeongguk com aquele sorriso usual em seu rosto... E por algum motivo, novamente seu sorriso não alcançava-lhe os olhos. Mas ainda sim, era o sorriso de seu hyung, e Jeon só conseguiu sorrir de volta. Jimin subiu alguns degraus até se aproximar o bastante do garoto para depositar um selo casto em seus lábios, o que fez Jeongguk corar e abrir mais ainda o sorriso.

– Roupa bonita, Jeonggukkie. – Jimin riu, e Jeongguk corou mais ainda. Droga, deveria ter escolhido outra coisa, mas agora, já era. – Vamos?

O mais novo assentiu, então terminou de descer as escadas com Jimin, os dois seguindo juntos para a sala de estar. Ao vê-los, Hoseok não pode deixar de sorrir, um tanto orgulhoso de si mesmo. Tinha certeza que seriam um casal maravilhoso, e ali estava a prova disso. Mas ao mesmo tempo em que eles entraram, um clima um pouco tenso se instalou no ambiente. Era como se Hoseok e Yoongi esperassem que Jimin fizesse alguma revelação arrebatadora a qualquer momento, enquanto Jeongguk apenas se sentia deslocado, sentindo que algo estava errado, só não sabia o que.

Ao sentar-se, manteve uma pequena distância do mais velho, apesar da sua vontade ser a de ficar encostado nele - não sentia-se confortável de ter contato físico ali, na frente do primo, mesmo que fosse algo bobo. Jimin não se incomodou, provavelmente imaginando o motivo, e apenas se manteve calado.

O silêncio entre os quatro durou alguns minutos, e quem quebrou o silêncio foi Hoseok, um tanto incomodado - e curioso - com o que Jimin não falava.

– Você vai falar o que aconteceu, Jimin? – O mais velho se manifestou, sua voz soando um tanto irritada. – Eu estou preocupado e ficar em silêncio não vai ajudar.

– ...Ai, Hoseok. – Jimin o respondeu, evitando olhar para Jeongguk. – Eu não falei pra vocês antes, mas meus pais estão se separando. Mas não é bem isso. – Ele cortou Hoseok assim que percebeu que ele o interromperia. – Eu estava conversando com minha mãe hoje. Eles querem fazer isso de forma amigável, e minha mãe estava me falando das opções. Posso morar com meu pai, que vai se mudar para o centro da cidade, posso morar em uma república, ou... – Jimin hesitou um pouco, respirando fundo antes de falar. – Ou eu posso morar com ela...

– Ah, mas isso é simples, não? – Yoongi o questionou – Quer dizer, você se deu bem com sua mãe, pode morar com ela numa boa com ela.

... em Gangwon. Ela quer se mudar para Jeongseon, meu avô e ela conversaram. Sabe, ele quer que eu continue com os negócios. – E então, seu olhar foi diretamente para Jeongguk. – Se eu aceitar, nos mudamos em duas semanas.

O garoto se manteve quieto por algum tempo, retribuindo o olhar do mais velho. Como reagir àquela situação? Jimin se aproximou um pouco de Jeongguk, segurando a mão do mais novo, e este apertou a alheia em resposta.

Era o único naquela sala que sabia o quanto aquilo era importante para Jimin, tinha certeza disso. Lembrava-se do que ele o contou na noite anterior, da forma que ele falou sobre como era importante para si, como queria cuidar do que era uma herança de família. Aquele era o sonho de Jimin, e tudo que Jeongguk poderia fazer era apoiá-lo.

– Você devia ir, hyung. – Se manifestou, e só então notou que Hoseok discutia com Jimin. Os três presentes na sala olharam para o mais novo - Yoongi e Hoseok, confusos, e Jimin... Não sabia o que o olhar dele queria dizer. – É sério, acho que você devia ir com sua mãe.

Hoseok não acreditou no que ouvia. Sequer respondeu o primo, apenas se levantou do sofá e saiu da sala, subindo as escadas; pela forma que pisava, estava muito bravo.

– Eu vou tentar falar com o Hoseok. – Falou Yoongi com os garotos, se levantando e seguindo para o andar de cima.

E então, estavam sozinhos.

Jeongguk não tinha mais o que falar. Jimin queria entender a reação do garoto, então se aproximou mais dele, o abraçando pelos ombros - o mais novo não se afastou, pelo contrário, aninhou-se nos braços de Jimin conforme pudera. Suspirou baixinho, mordiscando o lábio inferior, enquanto finalmente caía a ficha. Se Jimin realmente fosse, acabaria ali. Aquela semana que passaram juntos se tornaria apenas uma lembrança, uma coisa boa para que pudesse se lembrar no futuro, mas não queria que acabasse. Queria que ele ficasse, queria poder encontrá-lo depois da aula, fazer as coisas como fizera naquela semana, esconder-se com ele em seu paraíso pessoal, um lugar que apenas eles conheciam.

Era isso, não queria que Jimin fosse, mas não conseguiria dizer aquilo para ele. Não poderia ser tão egoísta com alguém que, naquele pouco tempo que conhecia, havia sido tão maravilhoso para si.

– Realmente acha que seria melhor se eu fosse? – Jeongguk assentiu com a cabeça na mesma hora, respirando fundo.

– É o que você sempre quis, pelo que me contou. É a sua chance, hyung. Você tem que ir, tentar, ver se é o que você realmente quer, e se for, seguir em frente. – O mais novo encarou o outro, colocando as pernas em cima do sofá e as abraçando. – Eu te disse ontem, acredito em você. Acredito no seu potencial de ser grande... Mesmo se não for fisicamente.

Os dois riram, e aquela risada tinha um gosto agridoce.

Jimin queria ir, mas ao mesmo tempo, queria poder levar Jeongguk consigo. Estava acostumado com ele, em tão pouco tempo, e não queria que o tempo deles se resumisse a apenas sete dias maravilhosos juntos, e apenas isso. Mais do que isso... Estava apaixonado por Jeon, e não sabia se conseguiria deixá-lo.

– Acho melhor eu ir. Acabei com a festa.

– Ani, o Hoseok que exagerou. Jimin... Você não quer ficar? Minha mãe só chega de tarde, você pode dormir aqui, se quiser. – A voz do garoto foi diminuindo gradualmente, até que terminou de se manifestar.

O mais velho sorriu tristemente, selando os lábios do garoto em resposta. Durante algum tempo, manteve apenas a pressão de seus lábios, aproximando-se mais de Jeongguk ao mesmo tempo em que aprofundava o contato. O que o mais novo queria era ir para o colo de seu hyung e prendê-lo ali, não deixar que ele fosse embora, jamais, mas a única coisa que conseguiu fazer foi leva uma mão ao rosto alheio, afagando-lhe a bochecha carinhosamente. E quando o contato fora quebrado, ambos sabiam que havia acabado.

– Eu estou indo, Jeongguk. Você vai se cuidar? – O garoto assentiu, selando os lábios do mais velho uma última vez.

– Se cuide, Jimin. – O garoto voltou a abraçar suas pernas, acenando para o mais velho. Jimin fez o mesmo, e após pegar sua blusa de frio, saiu.

Jeongguk manteve-se quieto, em silêncio, por um tempo que julgou serem anos, mas ainda sim, segundos. Ao sentir a primeira lágrima descer, sentiu todo seu controle esvair de seu corpo, e permitiu-se chorar. Em silêncio, quieto, escondendo o rosto, desejando que pudesse fazer algo para mudar a situação, que fosse menos covarde, que conseguisse ser mais egoísta. Queria também desejar que jamais tivesse conhecido Jimin, mas em quase dezoito anos de vida, jamais havia se sentido tão vivo quanto naqueles dias que estivera ao lado do mais velho. E mesmo ali, sentia-se vivo; o seu coração doía mais a cada batida, e essa era a prova que sim, estava vivo.

Do lado de fora, seguindo em passos lentos para sua casa, a reação de Jimin não era diferente. Lágrimas desciam pelo seu rosto, e não sabia ao certo o motivo. Queria ficar, mas queria ir. E Jeongguk apoiava sua ida, mas por que quisera tanto que ele fosse contra? Por que queria tanto que ele o pedisse para ficar? De repente, Jimin parou, deu meia volta e começou a seguir por outro caminho. Precisava de um lugar para pensar.


Notas Finais


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