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História SEVEN, Os 7 Pecados Capitais - Capítulo 1 - Recomeçando, ou não


Escrita por: KimDieHyun

Notas do Autor


Nesse ninguém morre. Ainda...

Capítulo 2 - Capítulo 1 - Recomeçando, ou não


10 Anos depois...

24/10/2017

 

- Deus, meus irmãos, somente Deus pode julga-los pelo certo ou errado...

- Ta bom, chega né? Vamos colocar uma musica para dar uma animada nesse carro – Jisoo mudava a estação do rádio do carro de Seokjin e o mesmo nem ligou, estava muito atento a estrada – Ei! Terra chamando, Jin? Amor!

- Ahn? – Jin sacode a cabeça voltando em si – O que?

- Tava pensando nele, né? – Jisoo coloca a mão no ombro de Jin e da um pequeno aperto ali, como forma de carinho.

- Em quem?

- Jin, você sempre fica assim nessa época, não precisa disfarçar – Ela sorri reconfortante para ele, que retribui.

- Não sei por que ainda tento, você me conhece melhor que ninguém mesmo em – Ele leva uma das mão até a coxa de sua companheira e da pequenos tapas ali – Por isso eu te amo.

- É né, até que esses cinco anos casados serviram para alguma coisa! – Ela observa a expressão de Jin se fechar novamente – Você sabe que a gente pode dar meia-volta e voltar para nossa casa, nossos vizinhos, nossos amigos...

- E fazer você perder essa proposta ótima? Não sou tão egoísta assim – Ele ri.

- É só um emprego, e o hospital não era tão ruim assim.

- Jisoo, querida, ta tudo bem – Ele sorri novamente – Não se preocupe comigo, farei tudo para te ver feliz, na alegria e na tristeza, lembra? – Ele entrelaça seus dedos ao dela e leva até sua boca dando um beijo na mão de Jisoo, que sorriu e assentiu.

 

Jin e sua esposa Jisoo moravam algumas horas de onde Jin havia crescido, onde ele havia perdido seu melhor amigo. Ele conheceu Jisoo na faculdade, ela era uma veterana de medicina e ele um calouro em artes plásticas. Não que ele fosse mais novo, só que nunca havia mostrado interesse por faculdade, até que um dia ele resolveu tentar e assim ele conheceu o amor da sua vida, Jin fora um jovem muito bem “vivido” com experiências muito boas e algumas até traumatizantes, a morte de seu irmão foi o que ocasionou tudo isso, seus pais mudaram de cidade para tentar apagar esse momento trágico de suas vidas.  Mais tarde, devido a imensa tristeza, seu pai passou a beber, de mais, todos os dias, todas as noites, virava a madrugada em bares e com isso veio a falecer por problemas sérios em seu fígado. Depois, Jin começou a viver bem mais sua vida, aproveitar festas, pessoas, tudo, pois não sabia quando seria sua vez.

Até que um dia sua vida toda perdeu o sentido, sua mãe, sua melhor amiga, seu ombro para quando estava triste, seu porto-seguro, veio a ter câncer de mama, e após alguns anos de tratamento duro, dia após dia, não resistiu e veio a falecer também. E foi nesse dia que Jin jurou tomar um rumo na vida, e dar um motivo para ela se orgulhar, ser o filho que ela sempre quis que ele fosse.

Jin estacionou em frente a casa, sua antiga casa, a qual eles iriam morar. Bom, eles não estavam com uma condição financeira muito boa, a proposta de emprego de Jisoo iria salvá-los disso, e como a casa era sua por direito ele preferiu ficar com ela. E assim fez.

Ajudou Jisoo a descer as malas do carro, pegou algumas e deixou que ela fosse à frente para abrir a porta para ele já que suas mãos estavam mais ocupadas e ao chegar na pequena escada da varanda da frente ele parou para analisar o local e flashbacks invadiram sua mente daquela noite, as sirenes policiais, a ambulância levando o corpo ensacado de Seokmin, sua mães aos prantos ajoelhada no chão enquanto ele estava em choque, parado na porta de entrada, não conseguia acreditar no que estava vendo.

Sentiu alguns cutucões em seus braços, voltando a realidade fitou Jisoo com uma expressão curiosa em sua frente.

 

- Tudo bem? – Assentiu e continuou andando a deixando ali parada sem entender. Até que ela fitou o chão e viu algumas manchas na madeira e logo veio em sua cabeça sobre o que o marido refletia. – Foi aqui, não foi?

- Sim... – Jin ainda de costas respondeu, colocou as malas no chão e foi ao encontro de Jisoo. – Bem aqui... E eu... Estava ali – Apontou para a porta – Parado, sem fazer nada, como o inútil que sempre fui.

- Ei! E o que você poderia fazer? Não se culpe, querido – Ele segura o rosto do marido com as mão e lhe da um pequeno selar nos lábios – E nunca mais fale que você é um inútil, eu detesto isso.

 

Jin assentiu e deu um abraço em Jisoo. Como ele era agradecido por ter conhecido aquela mulher, separou o abraço e a olhou em seus olhos fez um “eu te amo” com a boca, sem sair qualquer som e a menor em sua frente entendeu sem nenhuma dificuldade. E assim iniciaram um beijo lento, repleto de romance.

 

- Vocês tem uma casa enorme, não acham melhor fazer isso lá dentro? – Uma voz grave soou no quintal, onde eles pensaram que estavam sozinhos – Quanto tempo senhor Seokjin – O maior caminhou em direção do casal.

- Ahn? – Jin separou o beijo e se virou para ver quem era – Namjoon? – O maior assentiu – Quanto tempo, cara – Jin abraçou o amigo em sua frente

- Dez anos... Então são vocês quem vão morar aqui, quanta coragem – Ele diz apertando o ombro do amigo.

- Nem me fale... – Jin fitou Jisoo que apenas sorria simpática para os dois sem entender nada – Namjoon, conheça Jisoo – Ele a puxou em um abraço – Minha esposa!

- Você sempre teve bom gosto em – O maior segura a mão de Jisoo e a leva até sua boca – Muito prazer, sou Kim Namjoon – Ele sorri e ela retribui o sorriso.

- Jisoo, é muito bom finalmente conhecer algum amigo, antigo, do Jin

- E bota antigo nisso – Jin ri – Amor, porque você não vai levando as malas até nosso quarto?

- E qual seria?

- O último do corredor, o quarto maior.

- Certo, foi um prazer conhecê-lo Namjoon – Ela sorri para o maior – Licença – Jisoo adentra a casa novamente e paga as malas que ela havia levado para o hall da casa e agora as leva para o quarto no qual Jin a explicou, ficou espantada pelo tamanho do quarto, era maior do que ela imaginava.

- Sério, cara, você vai morar ai mesmo? – Namjoon encarava o amigo.

- Sim, digamos que eu não tenha tanta escolha assim, o dinheiro ta pouco, os apartamentos aqui são caros, essa casa, bom, é minha por direito – Jin ri reconfortante para Namjoon que assente.

- Bom, pelo lado bom, vamos ser vizinhos.

- Você ta morando na casa da senhora Jung?

- Sim... Comprei a uns dois anos, desde que ela morreu a casa estava vazia, eu precisava me mudar então Jimin fez um preço bom nela pra mim, coisa de amigo sabe – Namjoon piscou para Jin que ri.

- Jimin? Park Jimin?

- Sim, o maior corretor da cidade.

- Achei que o pai dele iria querer que ele fosse pastor também, ou algo do tipo.

- Depois que ele se assumiu? Acho que não – Namjoon ri e seu relógio apita – Deixa eu ir, to atrasado, foi bom te ver Jin – Ele da pequenos tapas na costa do amigo – Aparece em casa hoje pra tomarmos uma cerveja, leve Jisoo também.

- Pode deixar – Assentiu e viu o amigo ir em direção a seu carro e depois virar a esquina no mesmo o perdendo de vista.

 

Jin pegou o resto das malas que estavam ali e entrou na casa a procura de Jisoo. Seguiu até o quarto e a encontrou sentada no chão tirando as roupas da mala e as separando, cor, tamanho, as dela e as dele, sempre fora muita organizada e Jin amava isso nela.

Ele se sentou ali no chão em sua frente, apenas para observa-la e admirar o quanto de atenção ela dava para cada uma das roupas, o cuidado que ela tinha, tudo.

Por fim, quando terminaram de colocar todas as roupas em ordem decidiram tirar um cochilo nesse resto de tarde que ainda tinham, e assim fizeram. Acordaram já estava noite, Jisoo levantou primeiro e foi em direção da cozinha para ver o que faria para o jantar, Jin continuou deitado. Alguns minutos se passaram e resolveu ir para a sala, onde Jisoo estava sentada no chão, já que o caminhão com os moveis só chegaria pela manhã, usando seu notebook com uma vela ao seu lado.

Jin chegou devagar se sentou atrás dela e deu um pequeno beijo no ombro esquerdo de Jisoo que estava descoberto devido a camiseta de Jin que ela usava e ficava larga em seu corpo. O toque a fez arrepiar e levar um pequeno susto, mas vendo seu marido ali ela sorri.

Alguns minutos se passam e os dois ficam ali juntos enquanto Jisoo termina de enviar alguns e-mails avisando que já estava na cidade. O som da campainha ecoa na casa fazendo com que Jin levantasse curioso e caminhasse até a porta da entrada. Abriu a mesma e encarou o entregador de pizza, sua expressão de curiosidade chegou a ser até engraçada para o homem em sua frente. Jisoo passou em sua frente e entregou uma quantia de dinheiro ao motoboy e o agradeceu, logo voltando para dentro com a caixa de pizza em suas mãozinhas. Ele ia se virando para voltar a sua moto quando a curiosidade falou mais alto.

 

- É você mesmo? – Jin o fita e arqueia as sobrancelhas – O irmão do garoto assassinado a algum tempo atrás? Nessa mesma casa? E você voltou a morar aqui? Uau... Tem mesmo louco para tudo – O homem se vira e vai em direção a sua moto, aquelas palavras acabaram com a noite de Jin que voltou para dentro de sua casa totalmente perdido, assim como seu apetite.

- Pedi pizza, não estava nem um pouco a fim de cozinhar nada – Ela ri – Até porque nem tem onde cozinhar.

- To sem fome...

- O que? – Jisoo encara Jin que não estava com uma cara boa – Ei, querido, o que houve?

- Só um babaca que não sabe ficar quieto – Jin massageia sua testa com a ponta dos dedos – Vou dar uma volta... Esfriar um pouco a cabeça.

- Tudo bem, você ta precisando mesmo – Ela pega sua mão – Cuidado, ta bom? – Jin assente e sai pela porta da frente, de camiseta cinza e uma calça de moletom marrom, calçando apenas um chinelo de couro preto. Em suas mãos apenas seu celular, para caso Jisoo precise de algo.

 

A noite estava um tanto quanto fria, mas nem sentia o vento bater contra seu corpo já que sua mente não estava ali no momento, ele apenas caminhava sem rumo, pensando naquela noite, aquela noite que sempre o atormentava toda vez que fechava os olhos para dormir, sempre que se lembrava de seu irmão, e de não ter protegido ele quando foi preciso.

Já estava caminhando a cerca de uns quinze minutos e estava dando uma volta no quarteirão, quando escutou alguns passos vindos de trás, ele então se virou e para sua surpresa era ele, ele mesmo, o homem encapuzado com a máscara de médico da peste. Jin, depois do susto que levou, encarou o homem e riu.

 

- Você ta achando isso engraçado? – E nada – Volta pra sua casa, ta tarde – Jin voltou a andar e o homem continuou o seguindo – Eu to falando sério, se não vou chamar a policia – E mesmo assim ele continuava sendo seguido, estava começando a ficar preocupado, acelerou os passos vendo que o homem acelerava os dele também – Isso já perdeu a graça! – Jin se virou e o homem simplesmente tinha sumido, ele começou a olhar em volta de maneira desesperada, seus olhos iam de um lado para o outro, até uma mão tocar seu ombro fazendo com que ele tomasse um grande susto.

- Ei, ei, calma ai – Namjoon o segurou – O que aconteceu? E o que você ta fazendo aqui no meio da rua?

- Era ele Joon, era ele – Jin estava desesperado e assustado, sua respiração estava acelerada, assim como seus batimentos cardíacos – O homem, com aquela mascara de bico.

- O que matou seu irmão? – Jin assentiu – Calma, deve ser só um babaca querendo te assustar – Passou a mão nos cabelos de Jin, bagunçando os fios – Vem, eu te levo pra casa.

- Tem razão – Jin recupera o fôlego – O que você tava fazendo aqui?

- Eu caminho a essa hora, é mais tranquilo, mais fresco – Ele ri – Só não costumo encontrar pessoas perdidas – Os dois riram.

 

Jin e Namjoon caminharam até a porta de entrada onde Jisoo o esperava aflita com o celular em mãos.  Namjoon deu um abraço no amigo, acenou para Jisoo que retribuiu e caminhou para a casa ao lado. Jisoo pegou na mão do marido sentindo que tinha algo errado, mas não iria tocar nesse assunto, não agora. Apenas entraram e foram para o quarto de volta.

Antes de deitarem o celular de Jin vibra, uma mensagem.

 

Número Desconhecido: Sentiu saudades? 7.



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