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História Severely - Minha Pequena História.


Escrita por: Sra_Kpop

Notas do Autor


Aigoo, primeira fanfic postada na page.
Sei que vai ser mais difícil ter muitos leitores, ainda mais quando é um shoujo.
Tentei o meu máximo para fazer essa fic yaoi, mas não deu, o shoujo ficou melhor mesmo-Até que se verem eu coloquei MyungJong, ou seja, terá uma interferência yaônica-
Aqui vai o primeiro capítulo, comentem e favoritam.
Espero que gostem ><

Capítulo 1 - Minha Pequena História.



             Eu  nunca havia me importado com minha vida ou com meu futuro, mas isso tudo mudou no verão de meus 25 anos, quando eu simplesmente morri. Não, eu não estou escrevendo isso depois de morta, pelo menos não depois de minha segunda morte. Mas, sinceramente, para eu explicar essa situação-que é muito longa e complexa- vai demorar muito, então vou explicá-la ao longo dessa história que estão prestes a ler.

Na minha adolescência, posso dizer, que eu sempre fui muito ingênua. Cresci e aprendi a viver sozinha. Eu não acreditava que eu tinha algum valor, que eu valia algo para alguém, eu apenas achava que minha vida era nada, que se eu morresse ninguém estaria ali para rezar pela minha alma, pois para minha família me abandonar eu deveria ser assim, era o único pensamento que dava para eu ter. Mas eu nunca pude estar tão errada, e só fui descobrir isso no dia em que eu morri, vamos parar de enrolação, certo? vamos contar isso direito e desde o começo.

Eu era quieta e tentava nunca chamar atenção, mas esse meu jeito idiota e "misterioso" acabou chamando a atenção de uma pessoa, Lee Sungyeol, um dos meninos mais incríveis que tinha na escola na época em que eu estudava. Ele tinha cabelos medianos e meio ondulados, eram castanhos como seus olhos, mas era um castanho diferente, parecia que eles tinham um tipo de feitiço, um feitiço que faziam as garotas caírem aos seus pés. E, obviamente, eu não era diferente. Desde que eu me lembrava, eu tinha uma queda por ele, mas eu nunca contaria para ele nem se me pagassem, preferia ficar assim, apenas observando-o de longe.

Mas um dia, digamos que eu tive uma surpresa... Era tarde, e como sempre eu estava na biblioteca da escola, ler era um prazer em minha vida, eu esquecia de tudo e lembrava apenas daquilo que estava em minhas mãos, podia ter a vida que eu quisesse apenas usando minha mente, mas uma chuva surpreendente começou a cair do nada, e desesperadamente eu comecei a guardar minhas coisas. Se eu contasse isso para alguém, eles podiam me dizer que foi o destino ou algo desse tipo, pois na hora em que eu coloquei meus pés para fora da biblioteca, que ficava ao lado dos armários, ele estava alí, apoiado ao lado da porta segurando um guarda-chuva. Me lembro de ficar paralisada, sem saber o que fazer, mas ele deveria estar esperando sua namorada e eu iria apenas atrapalhar. Fiz tudo que eu precisava e saí apressado, meus olhos encaravam o chão na hora em que eu passei por ele.


-Você demorou hoje-Sua voz grossa ecoou por todo o corredor, fazendo com que meus pelos se arrepiassem. Parei de andar e olhei para ele, seus olhos estavam sobre mim e tinha um pequeno sorriso em seus lábios. Olhei para os lados sem dizer uma palavra se quer e receosa eu apontei para mim mesma, alguns segundos depois de eu fazer esse gesto eu consegui ouvir sua risada gostosa-Acho que eu estaria louco se não estivesse falando com você .


-Ah... Me de-desculpe-Dei uma leve curvada para ele, que continuava sorrindo.

Se eu estava achando estranho? Era mais do que isso, dava vontade de olhar para os lados e procurar por uma câmera ou algo do tipo. Meu rosto estava corado, nunca em toda a minha vida escolar, eu havia falado com alguém na escola e nunca imaginaria que a primeira seria bem ele. Ele olhava em meu rosto e eu tentava ao máximo desviar seu olhar.


-Por favor, diga que não está esperando ninguém. Eu iria ficar envergonhado se estivesse.


-Não. quem eu estaria esperando? Hm... quero dizer, é... Não, não estou.


-Está de boa então. Pegou suas coisas?-Ele olhou em meu braço e viu que todas as minhas coisas já estavam ali. Ele segurou meu pulso e me puxou para perto dele. Meu peito pulsava e meu rosto queimava cada vez mais, essa aproximação, esse calor que seu corpo emanava, era tudo muito novo para mim. 


          Quando saímos da escola ele abriu o guarda-chuva, seu braço ainda apertava meu ombro e seu sorriso continuava estampado em seu rosto delicado.


-Talvez você se molhe um pouco, e eu sinto muito por isso. Para que lado é a sua casa?


-Eu tenho que ir de ônibus.


-Então nós vamos de ônibus? Não, nós vamos de metrô, que tal?


-Você vai junto?


-Não quer que eu vá? E outra coisa, se eu te deixasse na parada sozinha eu teria feito um trabalho mal feito. Se estou te levando para casa eu devo fazer o serviço completo.

Minha cabeça girava num ciclo quase que infinito, me perguntava o que estava acontecendo. Era demais para raciocinar . Ele andou o caminho todo cantando baixo e, as vezes, falando sobre qualquer coisa. Me arrependo até hoje por não ter conseguido trocar nenhuma palavra com o mesmo, apenas encarava o chão ouvindo tudo e pensando sobre tudo.

Quando ele me deixou em casa, a única conclusão que consegui tirar disso tudo, é que eu estava mais apaixonada por ele do que eu era, se possível. Ele era alguém que eu queria passar meus dias, que eu queria ser, pelo menos, uma amiga para compartilhar sentimentos e conversas com ele. Naquela noite, apenas me lembro, que fiquei sentada pensando nele e, como eu não havia feito a muito tempo, sorrindo verdadeiramente.

Naquele tempo, minha cabeço funcionava de um jeito diferente, como disse antes, eu não achava que alguém ligasse para mim, então no outro dia, eu fiquei dentro da minha sala, tentando não trocar nenhum olhar com SungYeol. Acho que foi assim por três dias, que infelizmente, foram muito poucos para mim.

SungYeol apareceu na porta da minha sala, como era um ano mais velho que eu, e olhou para todos, algumas meninas foram para perto da porta para tentarem seduzir ele, mas ele nem olhava para elas. Como eu sabia disso? Bom... meu olhar não saia de cima dele, ele parecia tão mais bonito e eu cada vez mais feia, me sentia horrível. Eu gritava internamente para eu parar de olhá-lo, mas minha cabeça, nem meus olhos, não se mexiam, até que seus olhos caíram sobre mim. Ele suspirou e entrou na sala.

Todos olhavam para ele, pois, qual seria o motivo do menino mais popular da escola estar entrando bem na minha sala? Eu sabia o motivo, mas ao mesmo tempo, não queria saber. 


-Por que sumiu assim?-Perguntou ele, quando sentou em minha frente em alguma cadeira vaga. seus olhos corriam por toda a minha face a procura de alguma resposta.

 Eu estava sem fala, olhava para sala inteira e todos tinham sentimentos diferentes em seus olhos, mas assim mesmo, todos tinham algo em igual, esses sentimentos estavam entre ódio e raiva. SungYeol parecia não se importar com isso, ele continuava ali, me ollhando enquanto eu fazia minhas coisas, e o pior de tudo, é que ele sorria. Aquele sorriso que fazia meu coração bater cada vez mais rápido e minha concentração ser tirada rápidamente.


-O que está escrevendo?-Ele disse baixo, como se o que eu escrevia fosse um segredo. Eu havia percebido que, mesmo se eu quisesse, eu não conseguia ignorá-lo, era algo que eu simplesmente não conseguia fazer.


-Depois você lê, okay?


-Finalmente você falou.

Aquele dia foi o primeiro de muitos que o meu intervalo começaria a ser assim, ele indo para minha sala e eu conversando com ele. O sorriso que ele dava cada vez que eu dizia algo era algo que eu não trocaria por nada. Meus sentimentos eram fortes e puros, e de algum jeito, eu queria que isso chegasse nele, mas eu não conseguia dizer algo que poderia comprometer nossa amizade, então por 2 longos anos eu guardei isso dentro de mim, esperando um dia para eu contar a ele.

Não preciso dizer nada sobre isso, apenas que no fim, acabamos ficando realmente juntos, e eu nunca havia sido tão feliz do que quando meus sentimentos foram correspondidos.

Mas tudo que tem um começo deverá ter um fim, certo? Naquele tempo eu realmente não sabia que isso podia ser verdade, eu achei que eramos para sempre, mas o nosso fim chegou mais rápido do que o previsto. Foi no verão de nossos 25 anos, eu estava sentada e ele deitado em meu colo, há alguns meses antes haviamos recebido uma das noticias mais felizes que um casal poderia ter, eu estava grávida. Por um tempo eu não queria acreditar, ou melhor, eu não conseguia. Mas tudo era real, SungYeol ficou tão feliz e eu também, foi uma grande surpresa, lembro-me de chorar de felicidade junto a SungYeol. E agora, três meses depois, estávamos tentando decidir o nome do bebê, ainda não sabiamos se era menina ou menino, mas assim mesmo nos divertiamos fazendo algo de família. Tudo estava certo, até meu celular começar a tocar, SungYeol  se virou um pouco e segurou o mesmo me entregando.


-Alô.-A linha havia ficado muda por um tempo, mas logo uma voz soou, uma voz que de algum jeito era conhecida por mim.


-Alô... Hye, é você?


-A mesma, quem fala?


-É o SungJong. Meu Deus eu sabia que você estava viva.


          Meu coração havia dado um pulo e rapidamente eu arrumei minha posição, ficando mais ereta e rígida. SungYeol percebeu meu nervosismo e se levantou de meu colo me olhando.


-Noona...A eomma morreu, o que eu faço.


-Calma SungJong, me diz aonde você está? Por favor, não fique mais nenhum minuto nessa casa, saia aí e vá para algum hotel perto de onde você está, não deixe aquela família chegar até você, ouviu? Vou desligar e depois te ligo, okay?

Quando abaixei o celular lágrimas desceram juntas ao ato, meu coração não aguentava aquilo e mais agora que estava com os hormonios à flor da pele. SungYeol me olhava chorar com os olhos arregalados, mas eu não chorava desesperadamente, mas de feliz. Desde que nasci minha família me abandonou apenas por ser uma filha bastarda, e o por ser filha de um moço pobre, não conheci meu pai pois minha mãe o abandonou logo que descobriu sua gravidez. Mas, um anjo apareceu em minha vida, e esse anjo foi minha irmã, que tinha 17 anos na época em que eu nasci. Ele me criou como se fosse sua própria filha, eu cresci sabendo que ela era minha noona, mas mesmo assim, eu a tratava como uma verdadeira mãe. Quando eu tinha seis anos, ela engravidou de um homem que fugiu após não aceitar ser pai. Ela estava horrível, mas assim mesmo feliz por ter outra pessoa em sua vida, e eu? Eu não parei de pular por todos os meses de gravidez, fiquei com ela dia e noite, cuidando e ajudando a mesma. O bebê foi um lindo menininho, que demos o nome de Lee SungJong. Eu amava esse menino, ele era o melhor irmão que a vida podia me dar, um menino fofo e carinhoso.

Me lembro, que eu tinha 13 anos quando seu trabalho mudou de cidade fazendo com que ela precisasse se mudar também, ela tentou de tudo para levar a nós três, mas o dinheiro era escasso, e eu decidi ficar para o bem dela e de meu irmão. Ela se foi, com o coração na mão, mas se foi. Ficar sozinha naquela casa foi o pior que pode acontecer, eles me odiavam, chegava a passar dias sem comer por que eles não me deixavam, até que um dia, depois da escola, quando cheguei em casa, eles haviam sumido e me deixado sozinha, na mesma época que parei de ter noticias de minha "mãe". Ouvir a voz de meu irmão depois de tantos anos foi muito para aguentar, e ainda mais com uma noticia dessas.


-Quem é SungJong?


-Parece que é o filho da minha irmã-Disse ainda sem acreditar no que eu ouvira.


-Por que não me contou que tinha uma irmã.


-Nunca tive muita confiança...-SungYeol se levantou e quando seus olhos pousaram sobre mim eu vi que sua feição não era das melhores.


-Min Hye, sabe qual é a base principal para um relacionamento duradouro? Sim, é a confiança!! Já coversamos sobre isso!!-Ele ficou quieto por um instante-Vou tomar um ar, não me siga.-Então ele saiu de casa batendo a porta com força.

Meu coração disparou e eu me levantei o mais rápido que eu podia, ele me pediu para não segui-lo, mas eu iria. Numa parte do nosso namoro, quando eu ainda era bestinha, eu disse a ele que não confiava nas pessoas, que eu tinha medo de confiar. Para que fui abrir o bico? Ele ficou bravo, disse para mim, que nele eu podia confiar e que nunca mais queria ouvir aquilo sair de minha boca, pode parecer besta, mas essa foi uma das brigas mais feias que já haviamos tido. 

Eu coloquei meu sapato e fui atrás dele, queria dizer que ele entendeu errado. Eu confiava nele mais do que tudo, e que na verdade, eu ainda não tinha confiança em mim para contar essa história perturbadora, eu não confiava que eu aguentaria pensar mais nisso, eu queria apagar essa história. Quando sai na rua, um vento forte bateu em mim, o céu estava escuro, triste. Gotas caiam do mesmo como se fossem lágrimas depois de um dia difícil, apertei meus braços em volta de meu corpo e voltei a andar.

SungYeol não estava muito longe, apenas alguns passos a minha frente. Ver suas costas se distanciando de mim fez com que meu coração apertasse e eu quisesse chorar, era como se eu não conseguisse alcançar, como se ele estivesse fora de minhas mãos, uma sensação ruim, muito ruim. 


-SungYeol-ssi!!

 Eu tropeçava em meus próprios pés tentando chegar mais perto dele, mas eu não conseguia, não sabia se era por causa de minha barriga-que era muito grande para ter apenas quatro meses- ou se era por causa dele, como se ele não quisesse que eu chegasse nele. Tentei acelerar meus passos mas assim mesmo fora falho.


-O que faz aqui!! E u disse para deixar-me respirar um pouco.


-SungYeol, você entendeu errado.


-Por favor, Hye. Me deixe por alguns minutos.


-SUNGYEOL!!! Eu não consigo...-Minha respiração estava pesada e meus pés não moviam mais, eu estava no meio da rua, o sinal estava vermelho. Olhei para ele se afastando de mim e lágrimas se forçaram a embaçar minha vista-Eu não consigo ficar nem mais um segundo sozinha... SUNGYEOL.

Isso é tudo que me lembro, depois tudo ficou em um grande breu. A única coisa que meu corpo sentia era uma dor no peito, e só. Foi muito difícil aceitar o que estava acontecendo. Na hora foi estranho, pois eu acordei, era como se tudo não se passasse de um mero sonho, ou melhor, uma mero pesadelo. Eu estava deitada na cama de nosso apartamento com meu pijama, tudo normal. Me levantei procurando por SungYeol pois ele não estava na cama. Olhei pela casa inteira, todas as nossas fotos estavam alí, todos os nossos pertences, mas ele não estava.

Minha mão foi inconscientemente para minha barriga, e um desespero cobriu todo o meu corpo, ela estava reta, sem traços de gravidez. Corri para um espelho qualquer e foi como se meu mundo virasse de ponta cabeça, como se eu não tivesse chão. Meu rosto, meu corpo, tudo, havia voltado a ser como aquela garota de 15 anos.
 


Notas Finais


Aaaaai, estou sinceramente nervosa, fico pensando: "Será que vão gostar??"...
Se gostaram, por favor comentem e me façam feliz ><
Amo vocês, Mafeh <3


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