História Severus Snape- Villa Upper Swell - Após a declaração de Snape

-Eu te amo, Claire.

Aparatei na minha sala escura e silenciosa. 

Coloquei as mãos no rosto e comecei a chorar. 

Ouvi um barulho e Claire apareceu atrás de mim.

A olhei surpreso com meus olhos vermelhos e molhados. 

Ela correu em minha direção e me prendeu contra a parede atrás de mim.

-Achei que você nunca mais iria calar a boca.

-Calar a boca? - Nem sabia no que pensar. Meu coração estava em pedaços. Eu estava prestes a perder tudo. Perderia novamente o amor da minha vida e teria que me refazer em outro lugar. Minhas lágrimas sessaram com o baque contra a parede e o choque. 

-Eu não to nem aí sobre o que você pensa que é melhor pra mim, sobre o que você pensa que os outros vão pensar...Eu sou adulta e posso muito bem tomar minhas próprias decisões. 

Eu tentei me pronunciar, mas ela me apertou mais contra a parede.

-A única coisa que eu sei é que eu sou verdadeiramente, loucamente, profundamente apaixonada por você desde a primeira vez que eu te vi.

Meus olhos se arregalaram. Fiquei paralisado. Eu não sabia o que fazer, mas ela sabia. 

Ela me beijou, seu gosto era muito melhor do que eu podia imaginar. No começo resisti, pensei que aquilo não poderia ser verdade. Então finalmente abri a boca e aprofundamos o beijo. Aquilo era real!

Um calor se apoderou de todo o meu corpo, era um sentimento e uma sensação maravilhosa que há muito tempo não sentia ou talvez nunca havia sentido com tanta intensidade. 

Agarrei suas costas, cochas, pernas, cabelos e pescoço. A vontade de saciar aquele desejo era muito grande, a queria ha muito tempo.

Nos distanciamos por falta de ar.

-Você me ama mesmo? - Perguntei. Lágrimas rolavam pelos nossos rostos. Estávamos emocionados pela realização de que amávamos e éramos correspondidos. - Eu nem posso acreditar!- Eu ria de felicidade, não conseguia parar de sorrir.

Ela riu junto. 

-Sempre, meu amor. Sempre! Eu te amo muito, muito, muito, muito... Como é bom poder finalmente te beijar e te chamar de “meu amor”.

Voltamos a nos beijar e abraçar. 

Ela pegou minha mão e deslizou para baixo de seu vestido.

Arfei ao sentir sua pele contra a minha. Meu membro já estava duro, muito muito duro. Olhei pra cima pra recuperar ar. A pressão contra o zíper da minha calça era grande. Claire se aproximou ainda mais e pode sentir. Ela sorriu. Sorri de volta um pouco envergonhado. 

Ela colocou uma mão em meu rosto e me deu um beijo carinhoso nos lábios. 

Fazia eu passar minhas mãos em sua perna, depois barriga e finamente as puxou até eu encostar em seus seios. Soltei um gemido alto sem querer. 

O vestido estava para cima de seus quadris. Eu estava prestes a perder o controle e ela também. 

Ela tirou meu paletó e começou a abrir minha camisa.

-Espera! 

-O que foi, Prince? -Ela parou. 

-Eu ... Eu preciso dizer algo antes de continuarmos, algo que você precisa saber, algo que eu nunca contei a ninguém.

-O que foi, meu amor? - Ela perguntou com carinho. Me olhou paciente sem mover um músculo.

-Eu nunca fiz amor...

-Você é virgem?- Ela perguntou com cuidado, não querendo causar nenhum constrangimento da minha parte.

-Não, você não entendeu. As mulheres que eu me relacionei até hoje, eu... -Abaixei minha cabeça para não mostrar minha tristeza. 

-Você teve que pagar...- Ela disse como se aquilo fosse simples e óbvio. Ela apertou minha mão, mostrando todo o seu apoio e carinho. 

Assenti, aquilo era doloroso de mais para falar em voz alta. Senti meu queixo tremer e minha respiração ficar mais pesada. Não queria estragar o momento, mas aquilo era constrangedor. Não para ela, eu confiava nela, mas de alguma forma, foi constrangedor para mim mesmo. 

-Ei, ei... - Ela colocou as duas mãos em meu rosto, enxugando as lágrimas com os polegares e me fazendo a olhar diretamente. 

-Eu amo você verdadeiramente, com todo o meu coração e vou te mostrar como você merece ser tratado. 

-Claire, já faz um bom tempo que eu não...

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, ela me puxou para outro beijo. 

A deixei tirar minha camisa, a cada botão, minha respiração ficava mais forte. Finalmente tirei seu vestido, e pude admirar seu corpo nu. 

A deitei no sofá, ela beijou cada cicatriz do meu corpo, se prolongou na minha marca negra, me fazendo delirar de prazer. 

-Claire, Eu não vou aguentar mais tanto tempo.

Ela sorriu e deitou por completo. Coloquei uma almofada atrás de sua nuca.

Ela abriu meu cinto e tirou minha calça e cueca. 

-Claire...Você está pronta? 

-Há muito tempo...

-Você tem certeza que quer fazer isso?

-Nunca tive dúvidas.

A penetrei. Sorrimos. Ela me abraçava e beijava meu pescoço. 

Nunca me senti tão amado. 

Os movimentos foram ficando cada vez mais rápidos e chegamos ao orgasmo juntos, suados, com lágrimas nos olhos e um sorriso imenso. 

Deitei ao seu lado, com ela em meus braços. Ela era o meu mundo e eu era todinho dela. Nunca me sentira tão feliz e completo em toda a minha vida.

-Claire, e os convidados? - Perguntei tentando recuperar o fôlego.

-Que se dane os convidados! - Falou voltando a me beijar.

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Durante os 5 anos que se seguiram:

Eu e Claire vendemos a minha casa, compramos um estabelecimento no centro da vila. Montamos uma livraria/editora em uma metade e na outra fizemos uma loja de poções vistas por bruxos apenas. No porão fizemos um laboratório e um grande escritório.  

Claire continuava a fazer os projetos da vila e foi contratada pelo governo trouxa para fazer os jardins de outras três vilas.  

Nós dois entramos com um processo contra Joseph e finalmente a poção Unalcohol teve o nome da sua real inventora em seus rótulos. Claire nunca mais voltou a beber ou usar drogas. 

Nos casamos na igreja da vila com Minerva e o trio de ouro no altar. Mantive minha segunda identidade perante a vila. 

Charlotte, Anne e Amelie estavam no altar também e Claire entrou sozinha  e veio ao meu encontro. Ela era a noiva mais linda que eu já havia visto. Seus pais estavam presentes, mas não subiram ao altar. 

(Eles nunca pediram as devidas desculpas a nenhuma das filhas, mas faziam questão de tentar fazer o certo sempre. Era ainda uma situação complicada, mas eles tentavam a todo o custo manter o respeito e a harmonia).

Naquele dia, eu abracei Minerva e disse a ela o quanto era importante para mim. 

Abracei cada um do trio de ouro que assentiram e retribuíram aos meus agradecimentos. Fomos na mesma noite para Itália onde passamos nossa lua de Mel.

 Depois de nove meses, compramos uma mini van, uma vez que um carro pequeno não caberia os gêmeos Albus e Harry e depois não teria espaço para a nossa garotinha Ella e muito menos para o bebê.

Voltei para casa depois de um longo dia de trabalho na nossa livraria/Loja de poções Princess & Prince. 

Abri o portãozinho branco e abracei forte cada um dos gêmeos que correram em minha direção, dando um beijo em suas bochechas. Eles tinham cabelos lisos pretos e os olhos da mãe.

-Papai!- Ella correu até mim e me deu um de seus “abraços de urso”- Senti muitas saudades! 

Fiquei de joelhos para olhar minha menina que tinha os meus olhos e os cabelos da mãe. 

-Eu senti mais, minha princesa. 

Dei um beijo em sua testa.

Um sorriso enorme brotou no meu rosto ao ver o amor da minha vida com luvas e avental de jardinagem, sorrindo para mim enquanto acariciava a enorme barriga. 

Fui em direção a Claire, Ella de mãos dadas comigo e cada um dos gêmeos pendurados um em cada perna. Beijei minha doce Claire demoradamente nos lábios, beijei sua barriga.

-Oi meu bebê, você se comportou hoje?

-Mais ou menos, chutou bastante hoje. Mal deixou a mamãe descansar. - Ela sorriu para mim aquele sorriso que sempre me fazia sentir nas nuvens. 

-Vem cá meu amor. 

Nos abraçamos enquanto olhávamos nossas crianças se soltarem e brincar felizes no jardim. 

Minha mão apoiada na barriga de Claire, sentindo nosso bebê chutar. Seus braços entrelaçados ao meu corpo e um pôr do sol maravilhoso. 

Cheguei perto da orelha de Claire e sussurrei.

-O que você acha de colocarmos o nome do nosso bebê de Minerva?

-Prince, essa é uma ideia maravilhosa. Mas fique sabendo que eu escolherei o nome do próximo! 

Gargalhei. 

-Papai, quando a tia Minerva e os Potters vem nos visitar?

-Semana que vem, Albus! Eles vão vir para o nosso aniversário de casamento. 

-Os Weasleys também vem?

-Com toda a certeza- Respondi enquanto fazia uma careta engraçada.

Claire riu de mim e me deu um longo beijo. 

Eu era o homem mais feliz do mundo! 

FIM.