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História Sex Angel (jikook) - Trinta e um


Escrita por: evyamaze

Capítulo 31 - Trinta e um


Sentindo o cheirinho de mel no ar, Jimin passeou pela casa com os pés descalços. Seus dedos estavam encolhidos devido à temperatura fria que o piso estava, mas nada o fez parar quando, assim que acordou, o cheiro encheu-lhe e fez a boca salivar.

Sorriu quando encontrou com sua sogra na cozinha e desejou-lhe bom dia, deixando um beijinho em sua bochecha.

ㅡ Mais pão de mel? ㅡ Jimin riu, parando ao lado da mulher.

ㅡ Você e o Kookie gostam, pensei em fazer mais, já que os outros acabaram.

ㅡ Mas, noona, assim eu vou ficar gordo!

ㅡ Claro que não, você gasta tanta energia dançando. Não se preocupe com isso.

Jimin riu, mas não negaria que amava aqueles pãezinhos, da mesma forma que adorava tomar sorvete de morango.

ㅡ Você pode pegar mais farinha? ㅡ Jiwoo pediu.

ㅡ Claro. ㅡ Jimin aproximou-se da geladeira e pôs-se na pontinha dos pés. Esticou-se ao máximo até alcançar o pote que Jiwoo havia colocado ali. ㅡ Noona, é melhor deixar na bancada. ㅡ Explicou, entregando-lhe. ㅡ se deixar em cima da geladeira, só o Kook-ah vai alcançar.

ㅡ Alcançar o quê? ㅡ Jungkook apareceu na cozinha vestido numa cueca samba canção preta com desenhos de patinhos. Seus cabelos estavam soltos e cheios, caiam sobre seus ombros, mas até mesmo bagunçados, deixava-o bonito. Jimin apreciou a imagem do amado e viu-o desejar bom dia a mãe, também deixando um beijo em sua bochecha.

ㅡ Chimchim está reclamando por sermos pequenos. ㅡ a mulher disse, rindo. ㅡ não alcançamos o pote sobre a geladeira com facilidade.

ㅡ Eu disse para deixá-lo na bancada, é mais fácil. ㅡ Jimin falou.

ㅡ É verdade. Já basta o Taehyung que enfiou o elefante que o hyung me deu aí.

ㅡ Por falar nisso, não é melhor tirar? ㅡ Jimin olhou-o. ㅡ pode cair dai e quebrar.

ㅡ Eu pensei nisso, mas… você viu, Minie, o hyung entrou naquela crise…

ㅡ Eu ainda não entendi o que aconteceu. ㅡ Jiwoo falou, pensativa. ㅡ ele ficou triste com o lugar que você colocou o enfeite?

ㅡ Eu não acho que tenha sido isso, mãe. O hyung estava visivelmente abatido… acho que a separação tem deixado tudo ruim para ele. É triste ver um amigo numa situação dessa.

ㅡ Realmente… Espero que ele fique bem logo. Ele precisa se concentrar no bebê que ele e a ex têm juntos.

ㅡ Verdade. Eu disse isso a ele, e vai ver que depois, não sei… talvez eles voltem.

ㅡ Foi traição, Kookie… não acho que tenha perdão suficiente para voltarem.

ㅡ É muito grave não é?

ㅡ Muito.

Jungkook suspirou junto ao namorado. Jiwoo olhou-os brevemente, mas focou-se no pão que fazia.

ㅡ Então, eu conversei com Taehyung e já decidimos a data de inauguração. ㅡ Jungkook falou, sentando-se num dos bancos da ilha.

ㅡ Mesmo? ㅡ Jiwoo olhou-o. ㅡ e quando será?

ㅡ Em outubro. ㅡ falou animado. ㅡ mais precisamente, dia treze.

ㅡ Mas… é o meu aniversário. ㅡ Jimin falou, surpreso.

ㅡ Eu sei. ㅡ o outro lançou-lhe um sorriso dentuço. ㅡ vamos comemorar as minhas duas maiores conquistas. A inauguração da Fire e o aniversário do dono do meu coração.

ㅡ Que brega. ㅡ Jiwoo falou rindo, fazendo-os lhe acompanhar.

Jimin riu, indo até o namorado, abraçando-o por trás, pelo pescoço e deixou um beijo estralado sobre a bochecha dele.

ㅡ Vai ser o dia mais fantástico de todos.

ㅡ Com certeza será, Minie. E vai ser seu primeiro aniversário que vamos passar juntos.

ㅡ Mas antes tem o seu. ㅡ ditou. ㅡ e eu quero comemorar.

ㅡ Mesmo? O que pensou em fazer? ㅡ olhou-o quando sentou ao seu lado.

ㅡ A noona pode fazer um bolo, e eu a ajudo. Depois, chamamos todos os outros e cantamos parabéns.

ㅡ Um bolo?

ㅡ Uhum, um bolo com coelhinhos.

Jungkook riu alto, negando, mas encarando os olhos de Jimin, via que aquilo estava longe de ser uma brincadeira.

ㅡ Fala sério?

ㅡ Uhum.

Jongin havia acabado de acordar e observava aquela conversa com fastio. Seus olhos apenas queriam se focar em Jungkook. Nada mais importava.

Esperava ter alguma informação que lhe desse privilégios, mas enquanto tal coisa não chegava, era o seu garoto que tomava conta de toda sua atenção.

Entretanto, seus olhos reviraram quando Jungkook deixou um beijo animado nos lábios do outro. Não aguentava mais ter que ver toda aquela palhaçada, mas era como um preço que precisava pagar por ter que implantar uma câmera no ambiente tão natural para eles.

Era claro que iriam se beijar, mas o modo em como Jimin parecia grudar no seu Jungkook, fazia sua raiva aumentar.

Os olhos de Jimin estavam fechados enquanto ainda sorria. Jungkook ainda mantinha-o preso pela cintura e Jiwoo falava bobagens que Jongin estava cansado demais para prestar atenção.

Entretanto, as vozes cessaram quando a campainha da casa tocou. Até mesmo Jongin prestou atenção quando Jungkook se ergueu e batidas fortes foram dadas na madeira da porta.

ㅡ Quem é? ㅡ Jiwoo perguntou assustada, enquanto o filho observava através do olho mágico.

Um suspiro cheio de fastio foi dado e antes de abrir a porta, Jungkook mirou os olhos do namorado.

ㅡ É meu pai? ㅡ foi o que indagou. Mas a negativa do Jeon para a pergunta, fez-lhe suspirar também, já esperando o que viria a seguir.

Destravando a porta, Jungkook não se importou com sua roupa quando abriu a porta.

Boram encarou-lhe daquele modo, mas adentrou a casa sem sequer pedir licença, parando no centro da sala.

A mulher retirou os óculos escuros que usava e olhou ao redor com o nariz franzido.

ㅡ Você não pode entrar assim! ㅡ Jungkook falou, mas de nada adiantou.

Os olhos da mulher foram guiados para o filho e então seu semblante se transformou, deixando evidente a sua cólera.

ㅡ O que você faz aqui? ㅡ Jimin se ergueu, indo até à mulher.

ㅡ Vim acabar com essa palhaçada. ㅡ falou sem pontos, cruzando os braços. ㅡ você vai voltar para a casa.

ㅡ O quê? ㅡ os olhos pequenos se arregalaram. ㅡ não vou não.

ㅡ Vai. Isso não é um pedido, sequer uma notificação. É uma ordem. Eu sou sua mãe e se estou dizendo que irá, você irá.

ㅡ Você não pode entrar aqui e falar assim com o Chimchim. ㅡ Jiwoo abandonou a massa que fazia e limpou as mãos com o pano, caminhando até a sala.

ㅡ O lugar de empregados, não é esse, então não se meta.

ㅡ Como é? ㅡ Jiwoo perguntou, boquiaberta.

ㅡ Você não pode vir aqui e falar assim com a minha mãe. ㅡ Jungkook fechou a porta para que Fluffy não saísse e parou ao lado de Jimin.

ㅡ Então a ralé é sua mãe? ㅡ riu, cheia de escasso. ㅡ só podia…

ㅡ Você está sendo ridícula, mãe, por favor... ㅡ Jimin falou, envergonhando-se por ela.

ㅡ Ridículo está sendo você! O que você tem na cabeça para vir morar aqui com esse… ㅡ seus olhos foram para Jungkook, seu semblante era de nojo. ㅡ delinquente! O que você acha que somos? Da ralé? Você acha que pode mesmo vir morar com esse tipo de gente e ficar por isso mesmo? Você tem um sobrenome de peso, que eu lutei para construí-lo. Não vai jogá-lo na lama!

ㅡ Vá embora. ㅡ Jimin pediu, baixo. ㅡ eu quero que vá, por favor.

ㅡ Eu só saio daqui com você. Cansei dessa palhaçada, Jimin. Você nunca teve rédeas, mas vai aprender a ter.

ㅡ Eu não vou para lugar nenhum. ㅡ falou, sentindo os olhos queimarem.

O celular de Jongin tocou, então ele bufou. Estava se divertindo com a cena, mas teve que se desvencilhar para atender um chamado urgente da clínica que trabalhava.

Jungkook bufou, caminhando até a porta, voltando a abri-la.

ㅡ Por favor, saia da minha casa.

ㅡ Eu já falei, não saio sem Jimin. ㅡ seus olhos nem sequer focaram-se no Jeon. ㅡ ande, Jimin, busque suas coisas.

ㅡ Eu já falei, não vou a lugar algum.

ㅡ Você vai sim.

ㅡ Ou fará o quê? ㅡ Jiwoo se aproximou mais. ㅡ Você não é ninguém aqui dentro. Essa é a minha casa, Chimchim é bem-vindo, você não.

ㅡ Ele é meu filho. ㅡ falou, travando a mandíbula.

ㅡ Não me importo. Que tipo de mãe é você, que não quer ver o filho sendo feliz?

ㅡ Feliz?! ㅡ Boram outra vez deixou seu riso maléfico reverberar. ㅡ qual a felicidade que o meu filho pode conseguir com o seu?

ㅡ Toda. Chimchim é feliz com ele, qualquer um pode ver.

ㅡ O meu filho apenas está sendo seduzido pelo seu. Ou você acha que eu não sei qual o verdadeiro interesse dele com isso?

ㅡ O que você quer dizer com isso? ㅡ Jungkook perguntou, sentindo-se raivoso.

ㅡ Você acha que eu sou idiota? ㅡ os olhos da mulher fitaram os de Jeon com ainda mais fervor. ㅡ você é um puto!

ㅡ Mamãe!

ㅡ Você é um imundo! ㅡ continuou, sem sequer se importar com os olhos do filho que estava a sua frente. Jimin viu-a se aproximando de Jungkook, então se pôs a frente. ㅡ o que você quer com o meu filho? Dinheiro? Ok, diga quanto que eu mesma te darei. Mas tenha certeza que depois disso, você nunca mais verá meu filho.

ㅡ Você é louca. ㅡ Jiwoo falou, deixando um riso nasal no ar. ㅡ veja quanta bobagem fala!

ㅡ Bobagem? ㅡ Boram a encarou. ㅡ Vocês não gostam de dinheiro? Ah, me poupe. Vocês não enganam a ninguém. Tenho certeza que só querem o dinheiro que sabem que Jimin tem direito como herdeiro. Tenho certeza que só querem o que o sobrenome Park tem a dar. Mas eu já disse, me diga o preço que querem. Talvez até dê para comprar roupas melhores para você e… ㅡ seus olhos voltaram para Jungkook. ㅡ cortar esse cabelo ridículo.

ㅡ Você é ridícula. ㅡ Jungkook falou, sentindo o corpo de Jimin impedir que ele se aproximasse daquela mulher. ㅡ você acha que o mundo se resume a dinheiro? Eu amo o seu filho e é somente por isso que eu o quero.

Boram negou, respirando fundo.

ㅡ Você acha mesmo que engana alguém com essa conversa? Você não gosta de dinheiro? Então porque fazia sexo em troca disso? Era divertido?

ㅡ Você não tem nada a ver com isso!

ㅡ IMUNDO, DELINQUENTE!

ㅡ PARA COM ISSO! ㅡ Jimin gritou, empurrando levemente a mãe quando se aproximou ainda mais de Jungkook. ㅡ VÁ EMBORA, POR FAVOR!

ㅡ Eu vou com você! ㅡ Boram segurou-o pelo braço, o puxando. ㅡ estou cansada, farta de tudo isso.

ㅡ Eu não vou, mãe, eu quero ficar aqui!

ㅡ Você vai! Eu não vou ficar sustentando um vagabundo.

ㅡ Você não me sustenta!

ㅡ Ah não? Quem é que faz o depósito todos os meses na sua conta? Quem paga todos os seus luxos? Quem paga para você levar uma vida de rei?

ㅡ Eu nunca pedi nada disso! ㅡ falou, fracamente liberando suas lágrimas.

ㅡ Minie… ㅡ Jungkook chamou-o, mas viu-o negar, limpando o rosto.

ㅡ Só vá embora.

ㅡ Se eu for, tenha certeza, você vai perder tudo o que tem.

ㅡ Você não vai me assustar com a sua ameaça, mãe. Eu estou feliz aqui.

Boram suspirou, assentindo no fim. Buscou seu celular do bolso e tranquilamente o desbloqueou.

ㅡ Você vai se arrepender amargamente por isso. ㅡ ditou. ㅡ e vai me implorar para voltar para a casa.

ㅡ Eu duvido que isso aconteça. ㅡ mais uma vez, limpou as lágrimas.

ㅡ Eu não teria tanta certeza disso... ㅡ sorriu, guardando o celular na bolsa. ㅡ Você vai se arrepender de se misturar com essa gente, Jimin.

O Park negou, caminhando até a porta.

ㅡ Só vá embora.

Boram olhou-o no fundo dos olhos e caminhou calmamente em seu salto.

Parou de frente a Jimin, buscando seus óculos escuros da bolsa.

ㅡ Aconselho que olhe sua conta bancária de hoje em diante.

Sentiu o corpo aliviar quando a mãe enfim se foi, e bastou vê-la adentrar o carro, para que a porta fechasse e seu corpo tombasse.

Encostou a testa na madeira da porta e caiu em um choro pesado, alto, quase descontrolado.

Sentiu raiva, vergonha e nojo… Seu corpo tremeu, liberando sua angústia em forma de líquido, fazendo-o sucumbir por não ter escolhas quanto a mãe que o destino lhe deu.

ㅡ Sinto muito. ㅡ Jiwoo abraçou-o sem se importar se o Park se importaria ou não com seu toque. Seu corpo menor não lhe atrapalhou de embalá-lo em seus braços e seu coração doeu quando o choro aumentou ainda mais.

ㅡ Minie… ㅡ Jungkook outra vez lhe chamou. Sua mãe apenas olhou-o, fazendo-o ir até lá e participar do abraço. ㅡ ela não merece o seu choro.

ㅡ Estou com raiva. ㅡ Falou fungando, limpando os olhos outra vez. ㅡ será que eu nunca vou poder viver em paz?

ㅡ Claro que vai, meu anjo. ㅡ Jiwoo afagou seus cabelos, lamentando.

ㅡ Ela é minha mãe, porque não fica feliz por mim? ㅡ olhou a mulher nos olhos. ㅡ porque ela não pode participar da minha felicidade?

ㅡ Ela é uma pessoa ruim.

ㅡ Jungkook… ㅡ Jiwoo olhou-o, pedindo assim para que parasse.

ㅡ Mas é a verdade. Aquela mulher só sabe fazer mal, ela tenta, de todas as formas, fazer o Minie ficar triste. Eu a odeio!

ㅡ Jungkook! Ainda é a mãe do Chimchim, a sua sogra.

ㅡ Ela não é nada. ㅡ Jungkook falou, formando um bico.

Jiwoo negou, deixando um beijo sobre a testa do filho, ainda com Jimin praticamente em seu colo.

ㅡ Eu vou terminar os pãezinhos e vou caprichar no chocolate, tudo bem? ㅡ olhou de um a outro. ㅡ prometo que esqueceremos isso tudo.

Jimin apenas fungou, observando a sogra se erguer para voltar para a cozinha. Se aninhou ao corpo de Jungkook sem sequer protestar, sentindo a pele quente do peito do outro lhe aquecer.

— Eu não vou deixar que ela fale com você daquele jeito nunca mais. — o mais velho falou, deixando um beijo sobre os cabelos loiros do amado.

— Porque parece que o mundo está contra nós? — Jimin fechou os olhos, segurando a vontade de chorar com a garganta embargada. — porque não podem nos deixar em paz?

— Não pense mais nisso, Minie. Uma hora ela vai ter que nos aceitar.

Jimin suspirou, enchendo os pulmões de ar, tentando acalmar-se. Mas ouviu seu celular tocar no quarto e suspirou outra vez, vendo Jungkook ir até lá para buscá-lo.

— Quem é? — perguntou, vendo o rosto do namorado outra vez fechar.

— Você não vai atender.

— Quem é, Jungkook?

Entregando o aparelho a Jimin, foi a vez do Jeon de suspirar. Jimin encarou o nome de seu pai piscando na tela e fechou outra vez os olhos, negando.

— Não atende, Minie. — o maior pediu.

Mas Jimin não tinha mesmo escolhas.

— Oi, papai… — preparou-se para ouvir um sermão quando ouviu a respiração alta de Seojoon.

— O que você aprontou?

Jimin mordeu o lábio inferior, imaginando o que sua mãe já havia dito.

— Eu não fiz nada.

— Nada? — ouviu a voz de Seojoon aumentar alguns tons. — eu quero uma explicação para isso Jimin!

— O que quer ouvir? Ela é louca! Ela invadiu a casa e saiu ofendendo.

— Do que você está falando?

— Da mamãe.

— O quê?

— A mamãe veio até aqui. Eu não sei o porquê, mas ela veio.

— Ela soube que você foi morar com o… isso é verdade?

— É, papai. E eu vim porque eu quis! Não adianta vocês tentarem me afastar do Jungkook, eu não irei!

Jimin ouviu o respirar profundo do pai e imitou-o, sentindo-se ainda mais cansado.

— O que você fez com os cem mil dólares que estavam na sua conta?

— O quê? — Jimin franziu o cenho. — do que está falando?

— Dos cem mil dólares que eu sei que estavam na sua conta. Todos os meses eu faço depósitos para você, a conta é conjunta solidária, ou seja, eu também tenho total acesso. Ou você esqueceu disso?

— É claro que eu não esqueci… — resmungou. Todo o dinheiro que estava naquela conta havia sido Seojoon que havia depositado. Jimin apenas estava tentando juntar o suficiente para comprar um lugar para fazer sua academia de dança, onde pretendia dar aulas após a conclusão do curso. — mas o dinheiro está lá, eu não fiz nada.

— Você acha mesmo que eu sou algum bobo? Ande, diga o que você fez com todo aquele dinheiro, Jimin. O que comprou? Um carro?

— Estou falando a verdade, eu não mexi no dinheiro.

— Então para onde todo aquele dinheiro foi?

Jimin encarou os olhos de Jungkook, preocupado.

Deixou a ligação de seu pai em espera e foi rápido ao entrar no aplicativo de seu banco. Jimin sentiu o coração doer quando seu saldo apareceu negativo, mas não acreditou. Atualizou a página com o saldo, numa esperança que aquilo estava errado, mas outra vez, seu saldo foi nulo.

— Papai, o que aconteceu? — perguntou, nervoso.

A vontade de chorar já lhe tomava outra vez, seu corpo tremia.

— Eu quem lhe pergunto. — Seojoon falou. — o que você fez?

— Eu juro, eu não mexi nesse dinheiro. Você sabe, eu estava guardando para a minha academia.

— Então quem retirou esse dinheiro? Você acha que aquele seu-

— Por favor, não termine essa frase... — pediu, negando. Estava frustrado. Sua mão direita passeou com força por seu rosto vermelho e jogou os cabelos loiros para trás. — A mamãe tem acesso a essa conta?

— E porque sua mãe precisaria do seu dinheiro, quando na conta dela, há muito mais?

— Ela veio aqui, papai, ela me ameaçou. Ela quem retirou meu dinheiro, ela me roubou!

— Não faça uma acusação tão grave à sua própria mãe, Jimin.

— Eu tenho certeza que foi ela. — Jimin deixou as lágrimas voltarem a cair. Jungkook que estava ao seu lado, sentia o próprio coração se partir.

Como poderia um ser humano fazer tanto mal ao próprio filho?

— Ela me tirou tudo o que eu tinha. — Jimin falou, desesperando-se. — ela acabou com o meu sonho. Eu não tenho mais nada para realizar meu sonho!

— Minie, calma. — Jungkook pediu, voltando a lhe abraçar.

— Eu tenho certeza que ela não fez isso, mas eu vou investigar. Eu tenho certeza que esse dinheiro está em outro lugar, Boram não precisa disso.

Jungkook ouviu os soluços de Jimin e sentiu o sangue ferver. Buscou o celular da mão do amado e sem que ele tivesse chance de tomar de volta, falou sem pontos:

— Eu quero que todos vocês se fodam! Vocês são uns pais de merda. Você, principalmente você, por estar tentando dizer que fui eu quem pegou o dinheiro que eu sei o quanto Jimin vem tentando juntar. Vocês fazem o próprio filho sofrer, que merda de amor é esse? Eu realmente desejo do fundo do meu coração que vocês se fodam e, por favor, deixem o Minie em paz!

A ligação foi findada em seguida, o celular foi jogado sobre o móvel do centro.

Jungkook buscou o corpo de Jimin para embalar ainda mais com o seu e encarou os olhos da mãe, vendo-a chorar pela dor do outro, em silêncio.

Odiava como a família de Jimin sempre deixavam-nos abalados. Desejava muito que Jimin se livrasse de todos.

— Você ouviu o que a sua mãe falou? — falou, erguendo o rosto de Jimin. — Eu não estou com você pelo seu sobrenome, estou me fodendo para ele. Eu te prometo que um dia vou te fazer um Jeon, e nós vamos viver longe desse inferno. Vai ser só eu, você, a mamãe e todos os nossos amigos. Eles não vão nos atrapalhar.

Jimin nada disse, ainda chorava, deixava sua raiva misturar-se com todos os outros sentimentos que sentia no momento.

— Ela acabou com o meu sonho, Kook…

— Claro que não, meu amor. Estou com você e vou te ajudar no que for. Eu não vou deixar nunca que uma pessoa estrague os seus sonhos.

— Era todo o dinheiro que eu tinha, Jungkook. Eu não tenho mais nada. Eu não vou conseguir ter o valor da minha academia apenas com o estágio que acaba em breve. Estou perdido, Jun.

Jungkook negou, não adiantaria falar com Jimin, quando o estado dele claramente era o pior. Apenas voltou a embalá-lo em seu colo, tendo o pensamento que não deixaria que uma mulher qualquer estragasse o sonho do seu amor.

Se o problema para aquela família era o sobrenome, Jimin se tornaria um Jeon.

Já era um desejo seu para o futuro, não teria problema de adiantar aquilo em suas vidas também.

Mas, com certeza, Jimin não iria mais sofrer por causa daquelas pessoas.



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