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História Sex On Fire - The choice - Secret


Escrita por: lexiemiller

Capítulo 24 - Secret


— Ai, meu Deus! — gritei, e ri.

Ian se inclinou e me beijou.

— Sentiu alguma coisa?

— O gosto de morango? — provoquei.

— Não. — Seus lábios tocaram os meus mais uma vez. — Acho que você já sabe onde estamos.

— Ok, isso é assustador. Quero ver.

Ele tirou a venda dos meus olhos com cuidado e eu me surpreendi. Estávamos num barquinho num lago do parque onde também estavam outros casais e aquilo parecia totalmente romântico e meio que um pedido de desculpas.

Se ele pensava que iria se livrar assim tão fácil...

Se bem que ontem à noite quando começou a beijar o meu pescoço e a passar a mão pelo meu corpo, eu meio que o perdoei e tivemos uma noite maravilhosa e barulhenta que não deixou a Elena nada feliz. De manhã ela estava resmungando de uma forma tão irritante que quando Ian disse que iríamos sair, eu me arrumei na hora, sem nem pensar. Daí ele colocou a venda e começou todo o clima de suspense.

— Gostou? — ele perguntou.

— Sim. — Assenti. Porque tinha gostado. Parecia bem legal.

Ian suspirou, segurou as minhas mãos e olhou nos meus olhos.

— Eu sei que você tá desconfiada de algumas coisas e, Carol, prometo que vou te contar tudo no fim do dia, mas vamos curtir esse dia só nosso?

— Uau. Falando assim até parece uma despedida... — comentei. — Esse segredo é assim tão ruim?

— Eu não chamaria de segredo. Você provavelmente não investigou e por isso não descobriu. 

— É, confesso que tive medo — admiti, olhando ao redor. — Sei lá, eu sabia que algo iria acontecer para estragar essa coisa boa que tá rolando entre a gente, mas não imaginava que fosse tão rápido. Não me preocupei em investigar porque não quero saber — olhei para ele. — Eu não quero saber.  

— Mas eu preciso contar — ele insistiu. — Se eu não contar, você saberá por outra pessoa e isso só vai acabar com a tal "coisa boa que tá rolando entre a gente".

Sorri.

— Tudo bem. Mais tarde você me conta. — Eu me inclinei sobre ele e beijei o canto de sua boca. — Agora eu quero beijos. Muitos beijos.

Ian me abraçou e ficamos nos beijando pelo que pareceu um tempo interminável. Houve um momento em que ele enfiou a mão dentro da fenda do meu vestido florido e lá deixou, e eu vi olhares reprovadores de um casal discreto direcionado a nós dois. Achei graça. Só não achei tanta graça quando Ian se desequilibrou e deixou os dois remos cair. 

Nos afastamos no mesmo instante e ele tentou pegar os remos de volta, mas não conseguiu.

Ele então acenou para o cara para quem pagou o dinheiro e o cara apenas lançou-lhe um olhar de reprovação, depois um que pareceu dizer "bem feito" e outro que dizia perfeitamente "dane-se, se vira".

— É, parece que tudo não saiu tão romântico quanto eu pretendia.

Olhei ao redor.

— Tenta remar com as mãos. — Sugeri. Foi o que ele fez, mas não conseguiu resultado. Foi quando eu tive uma ideia. — Só vejo uma saída.

Ele me olhou, preocupado.

— Qual?

E todos se assustaram quando notaram um casal, rindo e se divertindo, enquanto nadava até a borda. Depois que saímos, em total harmonia, mostramos o dedo do meio para o tal cara e quando ele começou a falar que tínhamos que pagar pelos remos, saímos correndo aos risos para o outro lado do parque.

— Você — ele me beijou — é maravilhosa.

— Sim, eu sei.

Ele riu.

— Vou comprar um sorvete. Você quer?

— Flocos — falei.

— Pode deixar. — Ele prestou continência e saiu até a barraquinha de sorvete.

Fiquei encostada na árvore esperando até que senti algo caindo no meu pé. Quando olhei para o meu pé para ver o que era, eu me assustei. Lá estava um envelope. E àquela altura eu já conseguia reconhecer. Era o mesmo papel de envelope dos outros que eu andava recebendo. Estremeci só de pensar em alguém nos vigiando.

Olhei ao redor desesperadamente procurando pelo autor da carta, mas não vi ninguém conhecido. Eu me abaixei e abri a carta.

VOCÊ NÃO ME OUVIU. VOCÊ ESTÁ PRONTA PARA ACEITAR AS CONSEQUÊNCIAS?

QUE O JOGO COMECE!

ASS: QUEM AVISA AMIGO É

Grunhi e bati o pé no chão, irritada. Já estava cansada daquelas cartas. Se tudo o que diziam era verdade, por que o autor ou autora não era homem/mulher o suficiente para vir até mim e dizer? Então quando iria descartar a carta, vi que havia mais coisas. Fotos. Fotos minhas com o Ian chegando ao parque, quando eu ainda estava vendada, fotos nossas no barquinho enquanto ele tirava a minha venda, fotos nossas nos beijando no barquinho, fotos nossas nadando até a borda e uma foto minha encostada na árvore.

Já chega.

Fui até a barraquinha, mas ele tinha sumido. Ian não estava lá. Comecei a pensar o pior e corri pelo parque, desesperada, procurando por ele. Meu desespero só passou quando esbarrei com força em alguém que vinha na direção oposta. Ele. Quando meus olhos se encontraram com ele senti um alívio imenso e o abracei.

— A barraquinha mudou de lugar, o cara não vendia mais, o que aconteceu? O que te deu para sair correndo pelo parque assim?

— Eu recebi a carta — contei. — Outra carta daquelas.

— O quê?

Entreguei a carta para ele, que leu, rasgou e ficou vermelho de ódio.

— Isso parece uma ameaça, Ian — falei. — Tô ficando preocupada. Não estou te pressionando para me contar, mas...

Parei de falar quando notei que ele olhava acima do meu ombro com uma expressão de ódio e raiva, no entanto, quando olhei, não vi ninguém.

— Fique aqui.

Ian começou a correr até a uma área deserta do parque e eu fiquei olhando para a carta, para ele, para a carta, para ele, até que enfiei a carta dentro da bolsa que eu carregava e o segui, correndo, entre as árvores. Olhava para trás a todo instante com medo de estar sendo seguida e me escondi atrás de uma árvore ao ver uma atitude suspeita.

Na área mais deserta do parque, vi um grupo de garotos e Ian se aproximando deles com violência, como se fosse capaz de socar todos eles.

Não estava entendendo nada, então o vi. Os vi.

Brian e Tom. Eles estavam à frente do grupo de garotos como se fossem os líderes e encaravam Ian com ódio.

POV SEAN

— Desculpe a demora, — disse Sean, afundando no sofá. — estava falando com meu espanhol-gostoso-bom-de-cama-delicioso.

Revirei os olhos. Estava concentrado quando ela entrou.

— Blé.

— Não fique com ciúmes. — Ela se inclinou e apertou as minhas bochechas. — Eu sou a namorada dele, mas sou sua melhor amiga!

— Não estou com ciúmes. "Blé" foi uma espécie de pêsames para o cara via telepatia. Não é fácil aturar você.

Ela me acertou um soco no estômago e eu fingi sentir dor.

— Então, o que estava te deixando tão concentrado antes de eu entrar? — Sam perguntou.

— Tamara.

— O quê? Pensei que você gostasse da Carol! — Ela bufou. — Aliás, tenho que comentar, a Carol cresceu, meu Deus, estou ficando velha. Aquela garota está muito bonita.

— Eu sei, Sam. E eu gosto da Carol. — Respirei fundo. — Tamara é a secretária.

Ela revirou os olhos.

— Você estava lembrando da trepada com a secretária? Aliás, qual é a de vocês, homens, com as secretárias? Acho que se eu for secretária vou sofrer um abuso sexual. Porque, sinceramente, eu jamais me interessaria pelo meu chefe. Não há nada mais broxante do que ter que ver um cara todo dia e ele mandar em você. Você sabe que eu gosto de dominar.

Sam.

— Ok, fale. 

— Não estava lembrando disso. Estava me lembrando de que a Eve deixou escapar que a Tamara só aceitou pelo dinheiro porque parece que ela tem um noivo.

— Hummm.

— Sim, e estou pensando no que essa informação pode me ajudar.

— Você não tem que pensar! Tem que agir! — Ela se levantou. — Agora!

— No que está pensando?

Ela me puxou e eu me levantei.

— Nós vamos até a casa dessa Tamara e colocá-la contra a parede. E você sabe que eu sou boa em ameaçar as pessoas. Pausa para o meu olhar ameaçador. — Ela então me lançou um olhar que mexia com toda a sua expressão e que só me fez rir. — Enfim, funciona. Eu vou te ajudar. Confia! E aí nós obrigamos a Tamara a contar para a Carol o que fez com que ela partisse para cima de você. Não que você seja vítima, porque você é um grande canalha, embora seja grande em tudo, mas, Sean, essa garota pode ajudar e se ela não ajudar, eu posso te ajudar a esconder o corpo depois que você matá-la, mas eu posso...

Sam. Ok, Sam.

— Sério? Você acha um bom plano?

Ponderei.

— Acho que podemos tentar.

— É isso aí!

POV CAROLINE

Vi quando Ian começou a discutir, aos berros, com Brian e Tom, e, de repente, todos os outros caras seguraram o Ian. Então Brian e Tom começaram a socá-lo e eu entrei, desesperada, gritando, como se isso fosse de alguma forma ajudar.

Ao menos Tom e Brian pararam.

— Que porra está acontecendo aqui? — gritei.

A expressão de Ian foi de irritação para pânico. Ele balbuciava para eu ir embora, mas meus olhos estavam arregalados, impressionada com seu rosto ensaguentado.

— Foram vocês! — acusei. — As cartas idiotas. Foram vocês.

— Oh, a princesinha só descobriu agora? — Brian provocou.

Eu me aproximei. Não tinha medo daqueles babacas.

— Vá para o inferno, Brian — falei.

Tom me analisava.

— Ver você molhadinha assim não é nada mal, Carol. — Ele disse e só então lembrei que ainda estava molhada do banho no lado. — Sabe o que me lembra? — Ele olhou para o Ian e riu. — Eu lembro do quanto ela chupa bem, cara. Você sabe do que eu tô falando, não sabe? Ela chupa bem pra caralho. — A risada do Tom foi interrompida quando Ian lhe atacou com um chute assim que seus "capangas" vacilaram. Então, do nada, Tom desatou a rir e Brian o acompanhou. — Cara, você tá perdido. E você... — Tom voltou a me olhar e se aproximou. — Você continua tão gostosinha, Carol. Não, minto. Você tá ainda mais gostosa do que antes. — Ele olhou para o seu grupinho de idiotas, que estavam rindo e perguntou: — Tô mentindo, caras?

Todos disseram não e riram. Aquelas risadas, o sangue no rosto do Ian e o modo como pareciam ameaçadores só me deixava mais irritada.

— Vá à merda, seu babaca. Eu nunca precisei do seu projeto de pau. Porque, sim, não sei se os seus amigos sabem, mas você não tem um membro, digamos, razóavel... — Eu o encarei com desprezo. — Nunca cheguei ao orgasmo com você. E eu sempre gozava pensando em outros caras. Sei lá, na última vez foi... Zac Efron, sei lá. Qualquer coisa para não te desapontar. Mas verdade seja dita: você não é capaz de dar prazer à nenhuma mulher.

Tom ficou sério, mas os babacas continuavam rindo, então Tom lançou um olhar fulminante e eles se calaram. Ian parecia orgulhoso.

— Larga o Ian — falei. — E anda logo porque a minha paciência já está acabando.

Tom e Brian se entreolharam.

— Ele já contou pra você? — Brian perguntou.

— Sim — menti.

— Então você sabe que ele merece o que vai acontecer — disse Tom. — É uma vingança, gata. E você não vai impedir.

Tom se aproximou de mim e ficou tão perto que num ato covarde pensei em sair correndo. Mas aí olhei para o Ian e vi que tinha que ficar.

— Essa sua boca... — Tom tocou a minha boca com o dedo. — Essa sua boca sempre foi o meu fraco...

Eu o empurrei. Ele riu.

— Calma, gatinha. Temos um passado. Sem agressão.

— E o que fizeram com o Ian? Isso se chama agressão!

Ele fez um sinal para os caras e junto com o Brian paritu para cima do Ian, voltando a atingi-lo com socos e chutes, que só pararam quando eu gritei:

— Eu vou chamar a polícia, porra!

Um silêncio estranho se instalou no local e lentamente as cabeças de Tom e Brian se viraram para me olhar.


Notas Finais


vou postar mais tarde!


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