História Sexy Blood - Casamento.

Sexy Blood — Casamento.

Ruas de Los Angeles — 1:02pm — Terça-Feira.

— Surpresa em me ver, Hazel? — Sorriu torto, Hazel sentia seu estômago embrulhar, o nojo era evidente em seu rosto.

— Um pouco. — Soltou sua mão da do homem e sorriu forçadamente.

— Vejo que se tornou uma bela mulher, o tempo lhe fez bem. — Olhou-a de cima a baixo.

— Graças a Deus. O que faz aqui? — Perguntou, engolindo a seco a presença dele, mas tinha que se manter educada.

O destino é uma praga!

— Eu vim a trabalho e foi uma coincidência enorme vê-la por aqui.

— Enorme e principalmente desagradável. — Revirou os olhos.

— Ainda guarda rancor daqueles nossos tempos adolescentes, querida Hazel?

— Eu sinto nojo de mim mesma só de lembrar que quase me casei com você, Nataniel. — Cuspiu as palavras, enquanto apertava firmemente a bolsa em seu ombro direito.

— Isso é passado, Hazel. Nós somos adultos agora, eu era um moleque. — Ele revirou os olhos. 

— Sua barba mal feita, sua idade, diz sim que você é um adulto e um homem, mas e suas ações? Seu passado revela quem você é, Nataniel. Agora por favor, preciso voltar ao trabalho. — Ela virou-se, tentando continuar sua jornada até a empresa, mas foi impedida pelo toque de Nataniel, que fez seu corpo inteiro estremecer.

— Não antes de relembrarmos os velhos tempos. — A jogou contra a parede, a distância entre eles era a mínima que podia existir. 

— Solte-me Nataniel, seu ridículo. — Tentou se contorcer, mas foi apenas uma tentativa falha.

— Vamos Hazel, será apenas um beijo. — Começou a encostar os lábios no pescoço de Hazel, mas assim que encostou, a freada brutal de um carro o fez parar. Hazel fechou os olhos e agradeceu a Deus por aquele carro estar ali, mas logo se arrependeu, ao perceber que quem o dirigia, era seu chefe.

— Hazel? — Justin bateu a porta de seu carro, enquanto encarava a loira que estava sendo prensada na parede por um homem desconhecido por ele. — Quem é esse cara?

— Sou Nataniel, namorado de Hazel. Você é quem? — Nataniel encarou o homem de terno de linho a sua frente, a feição do rapaz era de absoluta raiva, mas a de Nataniel, era com certeza de divertimento.

— Justin, tire-o de cima de mim, por favor! — Hazel implorava, enquanto não conseguia mais segurar as lágrimas em seus olhos, as deixando escapar, uma por uma.

Bieber continuava a encarar a cena a sua frente, ele tentava lembrar do homem, mas não conseguia sequer lembrar do nome. Sua garganta estava seca e seus nervos a flor da pele, apenas por ver o rapaz tocar Campbell.

— Quem é ele, Hazel? — Natan perguntou, sentindo a raiva subir por sua cabeça, apenas por pensar na hipótese da mulher a sua frente estar se relacionando com o loiro.

— Eu sou o marido de Hazel e sei muito bem que você não é namorado dela coisa nenhuma. — Bieber respondeu, gélido e seco. Ao terminar sua fala, suas mãos foram de encontro ao maxilar do outro homem presente ali. Hazel correu, ficando atrás dele e abraçando fortemente sua cintura.

— Vamos embora, meu amor. — Ela pediu, dando passos para trás.

— Você vai me pagar caro por isso seu idiota! — Nataniel gritou, assim que viu a mulher e o homem entrarem no carro branco a sua frente. 

Hazel respirava fundo, tentando se conter da vontade de chorar que a invadia. Sua preocupação estava na ameaça feita a Justin. O olhar do chefe se mantinha sério e pensativo.

— Quem era ele? — Perguntou, ainda encarando a estrada.

— Nataniel.

— O nome eu sei, ele falou. Eu quero saber quem era ele. — O maxilar de Justin se prendeu e foi assim que Hazel percebeu que ele estava mais nervoso do que parecia estar.

— É um ex namorado de adolescência. — Respondeu receosa e logo seu corpo foi jogado para a frente com a freada brusca que Justin havia dado em seu carro. — O que foi isso, Justin? — Perguntou, voltando a sua postura normal no carro.

— É ele o homem que te traiu com a empregada da casa? — Perguntou, sem perceber que havia falado demais. Hazel abriu os olhos mais ainda, assustada. Como ele sabia disso? 

— Como você sabe disso? — Ela perguntou, sentindo um nó se formar em sua garganta.

— Droga. — Ele resmungou, virando a cabeça para a janela de seu carro e respirando fundo. — Eu fiquei sabendo. Agora, diga-me, é ele? — Hazel abaixou a cabeça e respirou fundo, por fim, assentindo. Justin sentiu sua raiva ficar ainda maior. — Saiu do restaurante para encontra-lo?

— O que? — Segurou a risada que ameaçava escapar de seus lábios. — É claro que não, Bieber. — Revirou os olhos. — Eu sai porque fiquei magoada com o jeito que você se referiu a mim ao falar que não gostava quando davam em cima ou elogiassem de algo que é seu, parecia que estava me chamando de um simples objeto, isso é ridículo. — Cruzou os braços.

— Me desculpe. — Ele a olhou. Suas mãos deslizaram pelos cabelos de Hazel e foram para seu rosto, o acariciando. — Eu não quis me referir a você desse jeito, só quis dizer que não gostava quando davam em cima da minha mulher. — Hazel prensou seus lábios um no outro ao ouvir ele chama-la de ''minha mulher''.

— Sua mulher? — O olhou e seus olhos azuis encontraram com as íris carameladas de Justin, fazendo um arrepio percorrer pelo seu corpo.

— Sim, minha mulher, porque acho que eu não me casaria com outra pessoa além de você. — Hazel sorriu, sentindo-se envergonhada. —  É sério. Que graça teria acordar ao lado de outro alguém que não fosse você? — Ela mordeu os lábios, sentindo sua pele corar, respirou fundo. Não sabia o que responder e muitos menos se confessava que estava sentindo algo a mais por ele, como uma adolescente. Mas e se ele não sentisse o mesmo?

— Eu não entendi. — Ela abaixou o olhar.

— Eu te chamo de minha mulher, por infelizmente não poder chama-la de minha esposa, ainda. — Ele sussurrou contra o ouvido de Hazel e percebeu o corpo da mulher se arrepiar. Céus, ele tinha um poder incrível sobre ela e o mesmo ela tinha sobre ele.

— Você iria me querer como sua esposa? — Se virou novamente, encarando os olhos de Bieber, fazendo com que o corpo do mesmo se estremesse-se. 

— Como nunca quis que outra mulher fosse. — Sorriu, fazendo Hazel também sorrir. Os lábios dos dois se encontraram e um beijo lento se formou ali.

O corpo de Hazel foi puxado brutalmente, fazendo com ela que se sentasse no colo de Justin. Ele a segurou bem perto de seu corpo, com os olhos fechados. Ambos se perguntavam se na vida deles, havia existido coisa mais perfeita do que aquela sensação de estarem completos, de estarem se completando. Justin estava apaixonado e a sensação era ainda melhor do que ele podia ter imaginado. E essa frase cabia bem no contexto de Hazel também, pois ambos estavam.

As mãos de Justin desceram da nuca, para a cintura dela, acariciando o local que estava nu, pois o cropped não pegava ali e a saia estava um pouco mais abaixo, deixando assim, uma parte parte de sua barriga amostra. Suas mãos imediatamente desceram mais ainda, acariciando as pernas de Hazel, causando na mulher uma sensação prazerosa, apenas pelo seu toque. O beijo ainda era calmo e carinhoso, ela segurava nos fios lisos dele. Justin afastou seus lábios e sorriu, a fazendo sorrir também.

— Isso foi um sim? — Perguntou.

— Isso foi um pedido de casamento? — Ela sorriu, porém estava nervosa sem ter a certeza de que ele estava falando sério.

— Ainda não. — Piscou e Hazel gargalhou, voltando para seu banco. Justin deu partida no carro, e eles foram novamente para o local de trabalho.

Empresa Bieber's — 4:50pm — Terça-Feira.

Hazel já havia terminado todos os seus projetos e arrumava as pastas para poder levar o desenho até a sala do chefe, onde os sócios estavam em reunião com o mesmo. Se levantou e foi até Jessica, enquanto jogava seu cabelo liso para trás do ombro.

— Jessica, pode avisar ao Sr. Bieber que eu acabei o projeto? — Pediu, curvando-se na mesa da secretaria.

— Sim, Sra. — Jessica rapidamente ligou para o chefe e anunciou que Hazel entraria em sua sala com o projeto em mãos, assim que foi permitida a entrada, ela avisou a loira.

Hazel caminhou devagar e abriu a grande porta a sua frente, dando de cara com os mesmos homens da semana anterior, sentados em frente a Bieber.

— Boa tarde, senhores. — Ela sorriu. — Com licença. — Sentou-se ao lado de Bieber e o mesmo sorriu a olhando.

— Boa tarde, senhorita Campbell. — Um dos homens a cumprimentou, sorrindo. — O projeto está ai?

— Aqui. — Ela entregou a pasta e os dois olharam os desenhos sorridentes.

— São maravilhosos. — Sorriu, minutos depois. — Você é uma arquiteta projetista e tanto, senhorita Campbell. Bieber é um homem de sorte por ter uma mulher maravilhosa trabalhando para ele.

— Obrigada. — Hazel sorriu.

— Não só trabalhando, Sr. — Bieber encarou Hazel, com um sorriso exagerado que quase rasgava sua pele. Nem mesmo ele estava acreditando em sua decisão, mas ele iria falar e fazer assim mesmo

— Como assim, não só trabalhando, Bieber? — O homem perguntou, sorrindo.

— Iremos nos casar, e quero vocês na nossa cerimônia. — Hazel olhou para Bieber, o espanto era evidente em seu olhar. Sua respiração já não existia mais, o corpo estava arrepiada e o nó que se formava na garganta era enorme. Bieber sorria.