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História Shades Of Cool - Born To Die


Escrita por: LovLolita_Micah

Notas do Autor


Antes de tudo, eu gostaria de dizer o quanto eu prezo o drama. Quem me conhece de outras histórias sabe disso.
Então sim, é um capítulo dramático. Sim, estamos em uma fase da história que o drama é o ponto principal.

Caso tenha ficado um tanto confuso e/ou até mesmo bastante "desesperador", é que este cap teve algumas alterações que fiz com base em: acharem que eu romantizei a depressão e a automutilação. Isso é algo que eu nunca faria e peço desculpas se foi passada essa impressão.

Espero não decepcionar.
Boa leitura e desculpe erros!

Capítulo 38 - Born To Die


Fanfic / Fanfiction Shades Of Cool - Born To Die

 

Eu empurro a lâmina de sua mão, e no ato corto a palma da minha. Ignoro completamente a dor. As lágrimas escorrem mais que descontroladas pelo meu rosto. Há um corte profundo no pulso de Tyler, e sangue em sua barriga.

Eu não sei o que sentir. Meu mundo caiu aos meus pés, junto com minha mente e meu coração.

- Por que? Me responde, por que? – falo em voz alta demais, empurrando seu peitoral.

Eu só sinto uma coisa agora: raiva.

Começo a socar seu peito, enquanto minha garganta está em chamas. Se eu havia chorado ontem, não se compara com o agora.

- Me desculpe, Dylan. – ele olha em meus olhos, mas mantém a boca aberta, pois não sabe o que dizer. Ele está em estado catatônico, sem se mover.

- Desculpa? Desculpa!? – eu grito. – Por que, Tyler?! Por que?!

A dor que se forma em minha garganta não é nada comparada com a que sinto em meu peito. Tyler derrama lágrimas, mas parece assustado, confuso. Eu continuo a bate-lo, e não fico satisfeito em momento algum. Eu fico com raiva, não apenas por ele ter se cortado, mas por ele... Parecer não sentir nada.

- Eu ia me barbear, a lâmina escorregou... – ele diz olhando para o chão. – Me desculpe. Eu sequer senti.

- Você não faz ideia, não é mesmo? – grito. – Eu te amo, seu idiota. Eu me preocupo! – soluço forte. – Se você morre Tyler, a porra do meu mundo acaba! Eu não vivo sem você, seu completo imbecil! Foda-se a porra do meu sofrimento! – me canso de bater em seu peito, e dessa vez o abraço, deitando minha cabeça sobre seu coração, esperando que seus batimentos me acalmem. – Se algo acontece com você, eu morro, Tyler.

- Não diz isso, por favor. – ele pede, me abraçando forte.

- Tenha mais cuidado, meu amor. Você não está sozinho. – soluço cada palavra. – Eu só quero você, e mais ninguém. Deveria ter me chamado no momento que se cortou.

Sinto seu cheiro, seu calor, seu toque, e uso isso como um escudo.

- Eu sou um babaca, Dylan. Deveria saber disso. – ele separa o abraço, se sentando em uma parede e deslizando por ela, sentando-se no chão.

Faço o mesmo, só que em uma parede oposta. Ficamos distantes, apenas encarando um ao outro. Encosto minha cabeça na parede gélida, e uma braço apoiado no joelho.

- Você não é um babaca. – digo. Já não choro mais, apenas respiro calmamente.

- Você ficaria melhor sem mim. – diz ele, encarando as próprias pernas.

- É aí que você se engana. Eu ficaria perdido sem você, Hale. – digo, abrindo meu coração.

- Eu ouvi sua conversa com Troy. – ele diz, me fazendo arquear uma sobrancelha. – Fui te visitar em seu trabalho, quando te vi abraçado dele, e quando disse aquilo. Você disse que não aguenta mais.

- E eu falava a verdade, eu não aguento mais. Eu estou cansado. – deixo mais uma lágrima escorrer.

- Você quer terminar comigo, Dylan Steele?

A pergunta ecoa pelas paredes. O ar se torna pesado, e um clima estranho toma conta. Encaro seus lindos olhos, e passo a mão pelos meus cabelos.

- Mesmo se eu quisesse, eu não seria capaz. Isso que nós temos, teria que ser a pessoa mais corajosa do mundo para romper. – respondo convicto em minhas palavras.

- Acha que algum dia será capaz de me perdoar? Por ser assim? – ele tem o olhar de alguém que está prestes a chorar.

- Sinceramente? Eu não faço ideia. – olho para um ponto qualquer, se eu ficar mais um segundo olhando em seus olhos, não aguentarei e desabarei em lágrimas.

Depois de um tempo, olho para minha mão e seu pulso. Os cortes estão na mesma profundidade e tamanho. É algo estranho para se concentrar, mas não sei mais o que pensar. Minha cabeça está tão cheia, que sinto que está completamente vazia.

- O que te fez pensar que fazendo isso, seria algo bom? Se cortando, embora sem querer, mas sequer se preocupando. – pergunto.

- Não pensei, esse é o problema. – diz pegando duas toalhas de rosto embaixo da pia. Uma ele joga para mim e a outra ele enrola no pulso. Faço o mesmo com minha mão. – Eu olho pra você Dylan e minha mente sai de rota. Nunca pensei que poderia amar alguém assim. Ver o menor rastro de sofrimento em seu rosto é o suficiente para que eu perca noção do mundo.

Ele respira fundo e continua.

- Não foi a primeira vez que fiz isso. Minha adolescência foi... Você sabe. – ele dá um sorriso fraco, com o olhar perdido. – Mas certas cicatrizes são para sempre.

Tyler engatinha até mim, e beija minha testa.

- Me deixa te proteger de mim, Dylan. – ele pede em um sussurro, enquanto me deita no chão frio, fazendo-me encarar o teto branco, e se deita em cima de mim, beijando meu pescoço, respirando fundo e sentindo meu cheiro. – Vá embora, por favor. Vá, e não olhe para trás.

Meu coração se aperta ainda mais do que antes. Eu cravo minhas unhas em suas costas arqueadas e aperto sua bochecha contra a minha.

- Eu não vou a lugar nenhum, Tyler Hale.

- Por favor, vá. – sua voz está cada vez mais falha, como se cada palavra lhe doesse.

- Eu não consigo, e sei que nunca serei capaz de conseguir. Não sei o que temos, não sei como esse vínculo nasceu, ou como não nos destruímos ainda, mas se estamos juntos até agora, depois de tanto tempo, depois de tudo que passamos...

Levanto seu rosto e invado sua boca com a minha, tomando seus lábios para mim, fazendo nossas línguas dançarem e se molharem. Acho que nunca nos beijamos dessa forma, tão brutal e ao mesmo tempo lenta e delicada. Quando o ar nos falta, separo nossos rostos e termino de dizer:

- ... Significa que será para sempre.

Ele sorri, e logo fica sério. Ele encara meus lábios, e eu os dele. Nem ao menos percebo quando estamos nos beijando de novo.

Dessa vez, mais ofegantes. Ele envolve minhas pernas em sua cintura, e me ergue no ar, sem separar nossas bocas. Não demora para estarmos na cama. Tyler arranca minha cueca e a sua, se deitando sobre mim novamente, enquanto nossas ereções crescem juntas. Ele faz movimentos com o quadril, esfregando nossos mastros, arrancando gemidos meus.

- Mete em mim, Sr. Hale. – sussurro em seu ouvido com a voz mais safada que consigo fazer.

Ele procura por lubrificante no criado mudo e coloca minhas pernas em seus ombros e meus joelhos encostam em meu peito. Ty então despeja o líquido em sua mão boa e em minha entrada, massageando-a e me alargando. Logo estou sentindo sua extensão dentro de mim, me abrindo, me invadindo.

- Mete com força.

Peço olhando em seus olhos, e é isso que ele faz. Tyler aos poucos aumenta a velocidade, e logo está bombeando dentro de mim, lançando meu corpo na cama, chocando nossas peles, criando um som extremamente excitante. É como uma daquelas fodas pós briga. Há raiva e ferocidade, e essa combinação é a melhor possível.

Meus gemidos podem ser confundidos com gritos, Nossos corpos estão suados, meu interior dói e ao mesmo tempo me faz delirar. Quando sinto seus pelos em minha pele, tenho a total certeza que sou capaz de aguentar todo o tamanho de Tyler dentro de mim.

Ele mete forte e rápido, sem parar nem por um segundo. Baba escorre pela minha boca e jogo minha cabeça pra trás.

- Isso, vai! Aaah, porra! Mete com força, vai Ty. – gemo como nunca antes gemi.

- Quer com força, quer? Implora. – ele manda.

- Eu imploro. Acaba comigo, Tyler Hale.

Quando, com minha mão não “enfaixada”, começo a me masturbar, acabo contraindo meu interior com o prazer, o que arranca gemidos gloriosos de Hale. Ele para de estocar rápido, e ao invés disso, ele estoca com força e pausadamente. Enquanto faz isso, ele olha no fundo dos meus olhos. Posso sentir minha alma sendo sugada por esses olhos cinzas e penetrantes.

Cravo minhas unhas em suas costas e distribuo arranhões por ela. Sou completamente extasiado pelo seu domínio sobre mim.

- Eu vou... – tenta anunciar, mas seus próprios gemidos o atrapalham.

Intensifico minha masturbação. Gemo alto quando despejo meus jatos, que molham nossas barrigas, enquanto Tyler sai de dentro de mim e goza em minha barriga. Ver esse homem ajoelhado a minha frente e gozando em mim é como ver os deuses.

Ele desaba sobre mim, respirando fundo em meu pescoço.

 

 

 

Depois de tomarmos banho e limparmos o banheiro, ficamos encarando um ao outro na varanda de seu quarto. Fiz um curativo em seu pulso e outro em minha mão. O vento é extremamente gelado, mas mesmo assim ambos estamos vestindo apenas cuecas. Apoio minhas mãos no parapeito de vidro e olho para baixo. Altura desse prédio é surreal. Tenho medo de altura, mas no momento, não tenho medo de nada.

- Posso te abraçar? – Tyler pergunta ao meu lado.

- Você acabou de me foder, é quase óbvio que pode fazer isso. – respondo ríspido. Não olho em seus olhos.

Sinto seus braços envolverem-me por trás, e então deito minha cabeça em seu peito nu. Sinto seu cheiro, o cheiro que tanto amo e que tanto me acalma.

- Se quiser me bater, fique à vontade. – diz ele em um sussurro próximo ao meu ouvido.

- A minha vontade, Tyler. – me viro pra ele, encostando minhas costas no vidro e apoiando minhas mãos para trás. Seus braços ainda envolvem minha cintura. – É de te jogar desse prédio. – ele abre a boca surpreso, mas não fala nada. – Mas o idiota aqui pularia junto.

Me esquivo de seus braços e vou para o outro lado da varanda. A noite é pura e bela, penso isso sem motivo algum. Essa é uma daquelas noites que te fazem pensar que você é invencível, que poderia fugir do mundo, e conseguir ser feliz, mesmo sem destino. Fito a Lua, que hoje está cheia, e da altura que estamos sinto que posso toca-la. O vento forte também me ilude, ao me fazer acreditar que posso voar.

- Me deixa te tocar, baby. – pede, mas logo sinto sua aproximação. – Quero tocar cada centímetro de seu corpo, para assim enfiar na droga da minha mente que o garoto que eu amo é real.

Ele o faz, passando as mãos pelas minhas costas, minha clavícula, minha bunda, meu peito, meu rosto.  

Tyler me causa arrepios que nem mesmo o vento consegue. Ele fica na minha frente, e sela nossos lábios por alguns segundos.

- O que nos tornamos, Tyler Hale? – pergunto olhando para seu peitoral. Seu cheiro é o melhor entorpecente que eu poderia desejar.

- Acredite em mim quando digo que não faço ideia, Dylan Steele. – ele arruma mantém os dedos em meu queixo e fecha os olhos. – Algum dia acha que seremos um casal comum?

- Se descobrir, me conta. – respondo o abraçando, deitando minha cabeça em seu peito quente, e sentindo cócegas em minha testa, provocadas pela sua barba.

Ficamos assim, por um bom tempo. O frio se torna um estorvo, e então me afasto de Tyler, indo em direção ao quarto.

- Dylan? – ouço sua voz quase falha.

Me viro para ele, e ele passa se aproxima, abraçando minha cintura com uma mão e com a outra em meus cabelos, chegando sua boca perto de meu ouvido, e ouço-o sussurrar:

 

- Quer se casar comigo?

 


Notas Finais


Repito aqui o que eu disse nas Notas Iniciais para dar uma ênfase a mais: Caso tenha ficado um tanto confuso e/ou até mesmo bastante "desesperador", é que este cap teve algumas alterações que fiz com base em: acharem que eu romantizei a depressão e a automutilação.

É isto galera
espero que tenha gostado e que tenha entendido as Notas Iniciais ^^
até o próximo <3
ah, acham que ele deve aceitar o pedido?
<3
alguém aqui ainda não leu minhas ones?
pq se sim, leiaaaaaa <3 são todas ótimas, eu prometo! <3 são meus orgulhos!


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