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História Shades Of Cool - Sad Girl


Escrita por: LovLolita_Micah

Notas do Autor


Esse cap... meu deus

Boa leitura! <3

Capítulo 47 - Sad Girl


Fanfic / Fanfiction Shades Of Cool - Sad Girl

Caio de costas na cama, ainda pensando no que acaba de acontecer. Tyler se deita ao meu lado, com os braços atrás da cabeça.

- Como está se sentindo? – pergunta ele sem olhar para mim, mantendo-se fixo no teto.

- Aliviado. – me deito ao seu lado. – Por anos me culpei pela sua “morte”. – faço aspas com os dedos.

- Já pode tirar esse peso da consciência. – ele se senta, ficando de costas para mim.

- Está tudo bem? – pergunto me apoiando em meus cotovelos.

- Está, Dylan. – ele suspira como se estivesse cansado, e se levanta. – Tenho que ir para a H.E. – puxo seu braço automaticamente, fazendo-o olhar para mim. – O que foi?

- Eu te amo. – digo, porém não sei por que. Ele abre a boca para falar algo, mas desiste.

- Tenho que ir.

E me deixa, indo para o corredor e logo não ouço mais passos, pois deve tr se dirigido ao elevador.

- Você é um idiota, Tyler Hale. – sussurro para mim mesmo e me arrependo no mesmo instante, pois odeio xinga-lo, e mataria aquele que o fizesse.

Tomo um banho quente e ligo para Johanna, pedindo que prepare a sala de jantar e prepare o que ela achar melhor, confio nela. Mando uma mensagem para James – nem acredito que estou fazendo isso – com o endereço e confirmando a hora.

Ligo para Amelie e espero a mesma atender.

- Me diz que sua ficha ainda não caiu! – grita ela, me fazendo rir.

- Não, e está bem longe de cair. – digo indo até a varanda de meu quarto. O vento frio bate em meu rosto, me relaxando.

- Eu tenho tanta coisa para perguntar para ele, você nem imagina.

- Somos dois. – digo desanimado.

- O que foi? – pergunta preocupada.

- Tyler. Ele está... Estranho.

- E você realmente se surpreende, Dylan? Você acaba de encontrar o primeiro amor da sua vida! É claro que ele ficaria com ciúmes.

- Ciúmes? – arqueio a sobrancelha. – Pode ser. Eu preciso ir, beijos.

- Bye.

Não achei apropriado dizer que não é ciúmes, e sim obsessão.

 

 

 

Depois de tudo pronto, fui até a Grant, fiz o que tinha que fazer – o que era pouco, pelo fato de ser o chefe – e voltei para o apartamento. No caminho, liguei para minha mãe, e ela também não acreditou, e quando enfim aceitou, fez uma proposta para a mãe de James. Tyler já havia chegado, e também começou a escurecer.

Me sento ao seu lado no sofá, enquanto ele está vidrado no jogo de futebol que passa na TV. Me aproximo aos poucos, tentando não demonstrar. Me deito em seu ombro, e ele não esboça nenhuma reação, fico brincando com o botão de sua camisa, até que ele mexe o braço, colocando-o atrás de meu pescoço e me puxando mais para si.

- Me desculpe por hoje mais cedo. – diz e olho para ele, beijando sua barba.

- Não precisa ficar com ciúmes, Tyler Hale. – digo e ele revira os olhos.

- Eu não estou com ciúmes. – diz carrancudo. – Vem cá. – ele abre as pernas e abraça minha cintura, colocando-me em seu colo. – Desculpe, okay? – abraça mais forte minha cintura, beijando-me calmamente.

- Desculpas aceitas, Sr. Hale. – digo enquanto ele beija meu pescoço, mordendo levemente. – Os convidados vão chegar.

- A gente faz rapidinho. – diz levantando minha camisa, mas logo eu o paro.

- Não, Sr. Hale, não seremos aquele casal que faz uma “rapidinha”. – me aproximo de seu ouvido e sussurro. – Seremos aquele casal que transa por horas, enquanto geme até que os vizinhos ouçam.

- Ousado, por isso eu te amo. – diz atacando meus lábios, enquanto se levanta comigo ainda com as pernas envolvidas em sua cintura.

Ele nos leva até o banheiro e nos despe. Debaixo da água, nossas ereções roçam uma na outra, obrigando nossos quadris a se forçarem para frente, em um movimento de vai e vem, até que estejamos gemendo. Ainda por cima, Ty me pressiona contra a parede. 

Temos que parar, ou senão não tomaríamos banho. Nos trocamos e vamos até a sala, onde encontramos Amelie sentada, assistindo TV.

- Como você entrou aqui? – pergunta Tyler atrás de mim e me viro para ele com um sorrisinho no rosto.

- Eu autorizei a entrada dela. – digo indo até ela e sentando ao seu lado.

- É meu caro... – ela vai até Ty e lhe dá um beijo na bochecha. – Eu sou VIP.

- Faz isso de novo que eu te jogo daqui. – diz ele e se senta ao meu lado, enquanto eu e Amelie rimos.

Amelie vai até a cozinha degustar alguma das comidas, e começa a conversar com Johanna. Não demora muito para que meu celular vibre e veja que tenha uma mensagem de James. Tyler liga para a recepção e libera sua entrada e de Stef.

Quando as portas do elevador se abrem, fico extremamente envergonhado com a reação de James e Stef. Ambos estão boquiabertos, olhando para o apartamento enquanto adentram o mesmo. Ele me vê e me abraça, retribuo sentindo seu perfume.

- Sintam-se em casa. – diz Tyler cumprimentando Stef.

- E que casa, hein. – diz James, apertando a mão de Tyler. Stef me dá um beijo na bochecha e vamos até a sala de jantar.

Amelie, que já estava lá, também se levanta para cumprimenta-los. Ty se senta em uma das pontas, sento-me em sua diagonal, Amelie na minha frente em sua outra diagonal, Stef ao seu lado e James ao meu.

- Agradecemos de novo pelo convite. – diz Stef, enquanto Ty serve o vinho para todos. – Nunca havia nem chegado perto dessa parte da cidade.

- Mãe. – James a olha com um olhar de repreensão.

- O que foi? Disse alguma mentira? – ela bebe um gole e estende a mão em minha direção, eu a seguro. – Fico tão feliz por você, meu filho. – sorrio para ela, ouço James suspirar ao meu lado.

- Ignora ela, baixinho. – diz ele, e os pelos de meu pescoço se arrepiam.

- Você lembrou... – digo olhando para ele.

- Claro que eu lembrei do apelido que eu te chamava, baixinho. – ficamos sorrindo um para o outro, até que Johanna chega com nossos pratos.

Jantamos enquanto conversamos. Stef não parou de elogiar tudo, ainda por cima foi a primeira a terminar e foi até a cozinha trocar receitas com Johanna. Fico muito feliz em saber que ela, mesmo depois de tudo que passou, não se deixou abalar.

Em meio as conversas, eu e Amelie contamos a James sobre nosso ritual anual, de irmos beber no bar.

- Preciso voltar lá, acreditam que nunca fui desde que voltei? – diz ele. – Muito legal da parte de vocês, fazer isso por todos esses anos.

James nos conta um pouco sobre sua vida, e o porque de ter decidido fazer Direito. Conversamos bastante, e nos deliciamos com uma sobremesa maravilhosa que Johanna e Stef prepararam juntas. Quando terminamos, todos nós nos reunimos na sala e assistimos a um programa qualquer.

- Hey. – chamo a atenção de James o cutucando. – Quero te mostrar uma coisa.

Me levanto e ele me segue. O levo até meu quarto, indo até a varanda.

- Sei o quanto ama paisagens como essa. – digo me apoiando no parapeito junto com ele.

- É verdade, assim como você. – ele me olha com um meio sorriso. – Agora que estamos a sós, me conta, como Tyler é?

- Tyler... – olho novamente para a paisagem, os prédios, as nuvens, as estrelas. – Ele é a pessoa que eu mais amo nesse mundo. – sorrimos juntos.

- Vocês são lindos juntos, sabia? – ele me dá um empurrãozinho, encostando nossos braços. – Espero encontrar alguém um dia.

- Você vai. – digo e ele balança a cabeça negativamente, olhando para baixo. – Vai sim! Você é lindo, inteligente... Vai chover na sua horta, se permitir.

- É difícil para mim, sabe? Confiar nas pessoas. – diz com um sorriso tristonho de lado. – Confiança...

- Hey, eu estou aqui, para o que você precisar, sabe disso. – o puxo para um abraço, repousando meu queixo em seu ombro.

- Obrigado, baixinho. – ele sorri e voltamos a nos apoiar no parapeito. – Uma coisa passou pela minha cabeça agora, esquece. – ele ri.

- Oque? Pois agora você desembucha. – digo em um falso tom de bravo.

- É que quando estávamos juntos nós não... Você sabe. – arqueio uma sobrancelha. –Foi com Tyler? – minhas bochechas coram e meu rosto esquenta automaticamente.

- Oh meu deus! – tapo meu rosto com as mãos e rio. – É sério?

- Por que não? Vai, conta!

- Tá bem... Sim, foi com ele. – escondo meu rosto no parapeito, entre meus braços.

- E como foi?

- Eu não vou te dizer isso! – o empurro.

- Qual é! Eu sempre quis ter sido seu primeiro, mas eu nunca nem sonharia em te pressionar, baixinho. – diz ele levantando minha cabeça.

- Me senti como ele sempre me faz sentir: um príncipe. – digo com um sorriso bobo.

- Acho bom, mesmo que eu apenas me lembre de você a algumas horas, lembro o quanto eu me preocupava contigo. – rimos juntos.

 - Ele é maravilhoso, não se preocupe. Eu amo aquele rabugento. – digo aumentando o sorriso.

Depois de um silêncio, eu me viro para ele com uma expressão acusatória.

- Acho que o apelido não é mais válido! – digo.

- Ah é? – ele fica com as costas retas, assim como eu e nos medimos a partir de nossos ombros. – Há! Ainda sou mais alto!

- UM centímetro! – gargalhamos e o silencio se alastra novamente.

- Eu ainda sou mais forte. – diz flexionando os bíceps, reviro os olhos.

- Eu não sou tão magro como eu costumava ser, okay? – levanto minha camisa, mostrando meu físico sem músculos, porém dá pro gasto.

Voltamos a observar a paisagem, e ficamos em silêncio novamente.

- Vem cá. – James abre os braços e me recebe em um abraço. Ele beija minha bochecha. – Estou aqui para o que você precisar, está bem?

- Obrigado, James.

Vejo que Tyler nos observa, quando ele vê que eu o flagrei, o mesmo vem em nossa direção.

- Stef está lhe chamando para irem. – diz Ty, envolvendo o braço em minha cintura.

- Bem, estou indo. – diz James com um aceno de cabeça.

- Espere. – digo puxando seu braço. – Diga para Stef que minha mãe a convidou para passar um tempo com ela, na Itália. Não se preocupe com gastos, eu pagarei tudo. Peça que ela pense a respeito, lhe fará bem, okay?

- Muito gentil da sua parte, baixinho. – ele sorri e sai do quarto.

- Gostou do beijo? – Tyler sussurra, levando arrepios por todo meu corpo. Antes que eu diga algo, ele se retira, deixando-me sozinho no vento frio da noite.

Desvencilho-me de meus devaneios e vou até a sala onde todos estão.

- Eu já chamei o táxi e o paguei, não precisam se preocupar. – diz Ty se despedindo de Stef e apertando a mão de James.

Apenas sorrio para ele e as portas se fecham. Tyler até o corredor, indo até o quarto.

- Amelie dormirá aqui, tudo bem? – digo. Ele se vira para mim e ergue as mãos ao ar.

- A casa é sua, Sr. Steele.

Então desaparece em uma das portas. Reviro meus olhos, Amelie me encara confusa.

- Vocês brigaram, ou algo do tipo? – pergunta.

- Eu não faço ideia. – mordo meu lábio inferior. – Vem, vou te mostrar o quarto de hóspedes.

A guio até o outro lado do apartamento, outro corredor. Ás vezes me impressiono sobre o quanto isso aqui é grande. Ela se joga na cama, sei que está um pouco tonta devido a quantidade de vinho que bebeu.

- Bem, eu vou voltar para meu quarto, e para meu carrancudo. – digo fechando a porta.

- Boa sorte! – ela grita.

Ao chegar no quarto, vejo Ty se despindo. O abraço por trás e beijo suas costas nuas. Fico satisfeito ao sentir que ele se arrepia.

- Podemos dormir? – pergunto me sentando na cama.

Ele não responde. Meu celular toca. Vou até ele e vejo a foto de Troy.

- Hey, Dylan. Quanto tempo. – ouço sua voz um pouco sonolenta.

- Como você está?

- Bem, eu queria saber se você pode vir aqui amanhã. Eu estou me sentindo um pouco sozinho, e o médico disse que isso não é bom.

- Claro, irei sim. Boa noite, Troy.

- Idem.

Desligo e coloco o celular em cima do criado-mudo.

- Disputado você, Sr. Steele. – diz Tyler em tom sarcástico e irônico.

- Quer saber? Dorme sozinho. Vou dormir com Amelie. – digo já me levantando e saindo do quarto. – Quando parar de ser um insuportável, me chama.

Não espero sua resposta, apenas vou até Amelie e me deito ao seu lado.

- O que houve? – pergunta ela enquanto entro debaixo dos cobertores.

- Tyler.

Ela apenas sorri e desliga o abajur, me abraçando em uma conchinha confortável, enquanto afaga meus cabelos, me acalmando e me dando sono.

 

 

 

O dia na Grant passou bastante rápido, ainda não falei com Tyler. Chego no apartamento de Troy e sou recebido com um grande abraço.

- Estava com saudade. – diz envolvendo os braços em minha cintura.

Ele parece calmo. Fecha a porta, e percebo que o apartamento está bastante arrumado.

- Eu estava assistindo um filme, acabou de começar.

Nos sentamos no sofá, e começo a assistir algum filme de terror com ele. Escolha interessante para essa hora, ainda dia. Coloco uma almofada em meu colo e bato nela.

- Deita aqui. – digo e ele o faz, deitando a cabeça em meu colo.

Fico fazendo carinho em seus cabelos e em sua barba.

- Como você está? – pergunto.

- Bem. Como eu te falei, ainda me sentindo solitário. Gosto da sua companhia. – diz sorrindo. – E você, como está? 

- Bem. – minto. Odeio brigar com Ty, embora nem sei ao certo se aquilo foi uma briga.

Fico com Troy por mais um tempo, até que decido ir embora. Ele fica um pouco triste, mas lhe dou um beijo na bochecha e logo vou para meu carro.

           

 

 

Tyler está em seu escritório, vou até ele e beijo o topo de sua cabeça, porém ele apenas mantem sua atenção no notebook. Reviro os olhos e ele vê, mas apenas arqueia a sobrancelha.

- É sério? – pergunto saindo do escritório.

- O que é sério? – pergunta ele me seguindo.

- Isso! Você, Tyler Hale! – continuo andando, até que ele puxa meu braço quando estamos próximos ao sofá. – Esse seu ciúme estúpido. – digo me desvencilhando de sua mão.

- Eu não estou com ciúmes! – diz apontando para si mesmo. Me afasto, mas novamente ele me alcança.

- Não, claro que não, imagina, Tyler Hale com ciúmes! – digo no tom mais sarcástico que consigo. – Devo estar ficando louco.

- Não, não é loucura. – diz aumentando cada vez mais o tom de voz. – Eu só estou cansado!

- De que?! – digo na mesma intensidade.

- De você não me dar atenção! – grita, e olha para os prédios, menos para mim. – Desde que James voltou dos mortos, ou Troy se declarou, você só dá atenção para eles! Eu sou seu noivo. Eu!

Ele olha para o chão, com as mãos na cintura e recuperando o fôlego. Tento tocar seu rosto, mas ele afasta minha mão.

- Para de ser infantil! – digo me alterando novamente.

- Como é que é? Eu infantil? – ele sorri irônico, olhando no fundo dos meus olhos. – Seu namoradinho de anos atrás ressurge e você vai correndo, Troy apenas faz uma mísera ligação e você vai sem reclamar. Você em algum momento pensou no que eu senti com tudo isso?

Fico sem palavras. Ele tem razão. Seus olhos estão levemente marejados, e a boca semiaberta, mostrando seus dentes que eu tanto amo.

- Quer saber? – ele começa a andar. – Que se foda.

Tyler pega as chaves de seu carro na bancada, e anda em direção ao elevador. Essa cena enche meu coração de adrenalina. Eu não sei dizer o que sinto, é como... Arg, não faço ideia.

De repente eu digo o que eu nunca pensei que diria. Está na hora de mudar o jogo.

- Tyler Hale! – digo seu nome em voz alta, até mesmo eu me arrepio. Ele para de andar e me encara assustado. – Olhe para mim.

Incrivelmente sem dizer nada, ele se ajoelha, com a cabeça baixa e mas mãos em suas coxas. Tyler está... Submisso?

Fico em sua frente e seguro seu rosto em minhas mãos, fazendo-o me olhar.

- Ninguém nunca vai me tirar de você. – digo. – Eu sou seu, não deles. Eu te amo Ty, eu nunca te abandonaria. Eu sou seu, entendido?

Não há expressão em seu rosto, e apenas uma frase sai de sua boca, pairando no ar por vários segundos.

- Sim, senhor.

 


Notas Finais


Essa última frase arrepiou tudo que é possível.

ei pessoa, já deu uma olhada em minha outra fic e em minhas ones? Eu ficarei mais que feliz se você o fizesse <3

obg por tudo e até o próximo! <3


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