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História Shadow - Supernatural Fanfic - Ela o amava.


Escrita por: nameiswhite

Notas do Autor


Olá Hunters! Finalmente voltei, eeeehh!
A forma de me redimir é pedindo mil desculpas pelo longo bloqueio criativo que tive, eu simplesmente não conseguia escrever. Por favor, não desistam de mim.
Shadow agora está de volta e, como forma de não desapontar vocês novamente, em todas as notas finais terá as datas dos próximos capítulos. É um jeito de concretizar meu compromisso e deixar vocês por dentro das atualizações.

Aproveitem a leitura xoxo

Capítulo 18 - Ela o amava.


St. George, Utah.

 Sam, que usou a tubulação para entrar no hotel, se encontrou em um dos corredores. Seu objetivo era chegar até a biblioteca de Anastácia, pois sabia que lá havia muito mais do que qualquer um poderia imaginar. O local estava em silêncio, sem ao menos as ilusões que eram tão presentes. Aquilo o chamou atenção, o instigando a verificar se havia alguém.
     Foi até o hall principal fugindo do alcance das câmeras de segurança, mas tinha consciência de que estava no território de uma bruxa e que talvez não valesse a pena ser tão cauteloso, já que Anastácia era ótima em saber sobre a vida de cada um. 

 Para sua surpresa, não havia nenhuma viva alma no hall. Os funcionários, hóspedes e ilusões haviam desaparecido. Caminhou até a cozinha e – por fim -  constatou que estava sozinho. 

 Anastácia esperava por eles. 

  Seguiu até as escadas e subiu com sua arma em mãos. 

 Quando estava a ponto de alcançar o andar do escritório da bruxa, escutou vozes. Parou por alguns segundos, tentando entender, mas estavam longe demais. 

_ Não! - era a voz de Danielle. - Socorro! 

 Ouviu o barulho de um tiro e sem pensar duas vezes, correu até o som. 

 Quando entrou no quarto escuro, viu uma figura feminina no canto da sala.  Anastácia sorriu para o garoto, fazendo-o perceber que havia caído em sua armadilha.

Sam viu a mulher estender a mão em sua direção e logo em seguida sentiu uma força invisível o arremessar intensamente para trás. O impacto fez a estante de madeira pesada se destruir e tudo o que estava nela cair sobre ele. Sammy olhou para a bruxa, se torturando ao sentir o sangue escorrendo e a dor latejante de sua cabeça. Levantou-se, cambaleante.

Anastácia apreciou sua insistência. Havia algo em Sam que o fazia ser seu preferido. Algo que, para conseguir, ela necessitava dele desacordado. 

A única coisa que Sam viu antes de apagar foi a bruxa estendendo a mão em sua direção e o lançando novamente.

×

 

_ Droga! - Danielle desligou o celular, batendo no vidro do carro em frustração. - Ele não atende!

Dean comprimiu os lábios, analisando o hotel a frente mais uma vez.

_ É uma armadilha, não tem ninguém lá. 

_ Mas nós precisamos salvá-lo. 

Dani se sentia culpada, não podia imaginar ninguém morrendo por sua causa. Não podia imaginar Sam morrendo por causa alguma! 

_ Qual é o plano? - Dean olhou para ela, mostrando que confiava em sua liderança. - É só o Sammy ou...?

_ Nós precisamos dela... - sabia que Rachel não merecia o seu perdão e que seria uma boa forma de punição deixá-la como escrava de uma bruxa, mas não conseguia esquecer aquela amizade. Para Rach pode ter sido apenas encenação, mas para Danielle foi muito verdadeiro. 

_ Você disse que Anastácia cortou a língua dela. Ela não pode falar!

_ Mas pode escrever... - a garota respirou fundo, saindo do carro e indo até o compartimento de armas. Dean a seguiu. - O efeito do feitiço já deve estar passando. 

_ Vamos simplesmente entrar pela porta da frente... - Dean perguntou, enquanto pegava sua arma. Riu ao ver Dani se equipar de um jeito diferente. - Com uma metralhadora? 

_ Eu gosto de ter estilo, - ela também sorriu - mas estou levando uma comum por precaução. 

 

 Quando estavam prontos, se puseram lado a lado, tomando coragem para seguir em frente. 

 Dean pôs a arma de lado, segurando o rosto de Dani com a mão livre e a beijando. Foi breve, mas fez com que as energias de ambos fossem recarregadas. Ela viu, bem ali na sua frente, Dean Winchester abandonar sua pose por alguns segundos e ser aquele que era quando eram apenas os dois.

_ O que foi isso?

_ Minha forma de dizer para não morrer, porque não posso ficar sem você. 

(...)

 Adentraram o hall principal com as armas em mãos. Aquele era o plano, atirar no que surgisse. 

  Eles estavam perdidos, sem saber por onde começar.
          A garota sabia que Rachel não estava mais nos corredores secretos do hotel, pois Anastácia a havia levado para as suítes acima, mas a falta de movimentação mostrava que a mulher estava ciente da traição de Danielle.

 A bruxa esperava por isso, pois havia conseguido o que queria. Dani tinha dado a ela o poder para controlar toda uma imensidão de criaturas.  Danielle Shaw nunca fora uma ignota para ela, muito pelo contrário. Tudo fazia parte de seu plano. E deixar de controlar a mente da garota fazia parte do show que pretendia proporcionar. O primeiro passo era fazer Dani perceber que havia caído em um encanto de confiança por todo esse tempo.

 Anastácia precisava daquela garota, mas os Winchester tinham fama... Eles seriam um empecilho.

Danielle estava exatamente onde a mulher queria e, sem perceber, estava entregando os irmãos de bandeja para ela.

 Dean guiou os dois por alguns corredores, com sua parceira o seguindo. 

_ Acha melhor nos separarmos? - a garota perguntou, entrando em seu campo de visão. 

_ De jeito nenhum! - ele foi rápido ao dizer. - É uma armadilha, ela te quer aqui. Não posso te deixar sozinha. 

 Ela olhou ao redor, lutando contra seus medos. 

_ Sam é a prioridade, onde acha que ele pode estar?

_ A biblioteca! - Dean falou. - Ele ficou muito intrigado com o que tem lá. 

  Eles correram até as escadas, subindo cada degrau até chegar ao andar destinado. Passaram pelo labirinto de corredores às pressas.

Dean observava Danielle a sua frente. Se não estivesse tão preocupado com o irmão, zombaria da forma como a metralhadora era quase o dobro de seu tamanho. 

 Dani sentia o cheiro de rosas impregnarem o local, mas também havia um odor desagradável no ambiente. Era algo forte, que fazia suas narinas arderem. 

_ Você está sentindo esse cheiro? - perguntou a Dean, que respirou fundo em busca do aroma. 

_ Isso é... Cheiro de cachorro molhado! - no mesmo instante, algo o jogou para trás. 

  Foi tão rápido que Danielle não conseguiu distinguir até ver a sombra cinza em cima de Dean e escutar o lobo rosnando. Era Rachel.  Atirou, sem considerar que precisavam da garota. O Winchester conseguiu escapar enquanto a criatura rosnava com a dor no local. 

 Dean chutou o rosto do animal, vendo que ele estava se recuperando de forma rápida e que Dani não possuía balas de prata.

_ Corre! - ordenou. 

Danielle saiu em disparada a sua frente e o tempo que levou para se certificar de que ela havia corrido foi o suficiente para que Rachel se recuperasse e viesse para cima dele novamente. Por sorte, seu raciocínio fora rápido o suficiente para bater com a arma em seu focinho e correr na mesma direção que sua parceira.   

 Os dois se apressaram pelos corredores, não demorando a escutar as batidas da pata da criatura no assoalho. 

 Entraram na biblioteca as pressas, sacando as armas na espera pelo animal. 

 Dean fechou a porta, mas sabia que Rachel como lobo tinha força para escancará-las.

 O casal se entreolhou ao perceber que a criatura havia parado. Era possível ouvir sua respiração pesada do outro lado da porta, mas ela havia ficado lá, simplesmente.

 Danielle desfez sua postura e olhou ao redor. A biblioteca de Anastácia era o seu canto mais precioso, onde guardava boa parte de seus mistérios, não poderia ser um lugar desarmado. 

 Caminhou até uma das estantes, arrastando-a e fazendo alguns livros caírem. Símbolos de proteção foram revelados.

_Nenhuma criatura entra. - concluiu. 

 Dean também se desarmou, passando a mão pelo rosto e se sentindo aliviado por estar em um lugar mais seguro. Sentou-se em uma das mesas, tentando raciocinar sobre o acontecido.

_ Algo ainda não entrou na minha cabeça... - começou a dizer, olhando para Danielle. - Você apenas disse que a bruxa está controlando a mente da garota lobo, mas como ela conseguiu se era necessário o sangue de alguém capaz de manipular a criatura? 

 Dani engoliu seco. Estava tentando retardar ao máximo essa conversa, principalmente porque deviam salvar Sam antes, mas também precisava ganhar tempo antes de contar a verdade. 

 Não conseguia imaginar ver Dean a olhando de outro modo, como uma inimiga, um monstro... 

_ Vamos conversar sobre isso depois, precisamos sair daqui e encontrar Sam. - a garota começou a vasculhar o local em busca de algo útil, mas também que pudesse adiar os questionamentos de Dean. 

 Ele não estava contente com a resposta e estava claro que Shaw havia se desviado do assunto, mas sabia que salvar o irmão era mais importava no momento. 

_ E quanto ao lobo do Jon Snow ali fora?  

_ O efeito do feitiço não deve durar muito. 

_ Não podemos, simplesmente, esperar passar. - Dean mostrou sua arma para a garota. - Balas de prata!

_ Isso vai matá-la! - Danielle questionou, fazendo Dean se aproximar. 

  Ele segurou o seu braço, como forma de consolo. Podia ver o temor nos olhos de Dani, mas ela em hipótese alguma abandonava sua determinação. Estava apavorada. 

_ Eu sei que ela pode saber muito sobre você, mas Sam é prioridade, lembra? 

_ Sim... - ela suspirou. - Por isso acho que você deve ir, enquanto eu a confundo. 

_ E o que te faz pensar que e vou concordar com esse plano? - ele soltou uma risada, mas estava claro que não era uma brincadeira. 

"O fato de ela me obedecer", Danielle pensou, se torturando por esconder algo de Dean. 

_ Ele é seu irmão... O amo demais para permitir que alguma coisa aconteça a ele, mas preciso dela - ela apontou para a porta, onde o lobo os aguardava - ela pode ser a resposta para o meu problema. 

Dean a estudou, semicerrando os olhos ao encará-la e constatar - definitivamente - que Danielle escondia algo. 

_ Eu também amo o Sammy, seria minha morte ver algo acontecendo a ele, mas eu não consigo imaginar a dor que seria perder você.

_Porque você nunca me perdeu. - a garota deu um sorrisinho acanhado, sabendo que o que Dean falava era real. 

_ E nem vou.

 Ele foi até Dani, tomando-a nos braços e tentando passar toda sua confiança a ela. Eles se abraçaram, com ela concentrada em pôr as mãos em volta da cintura de Dean, com ele apertando-a com toda força e mexendo em seus cabelos. Ele sabia que havia algo que ainda não fora sido dito, a conhecia o suficiente para perceber isso, queria encorajá-la a falar. 
           Entretanto, Dani desfez o abraço e lhe lançou aquele olhar que o fazia desmanchar. O mesmo olhar que enchia o seu coração de determinação para salvá-la. Ela o beijou brevemente e sorriu.

No mesmo momento, batidas na porta e um ruído estranho chamou a atenção dos dois.

_ Você escutou isso? - Danielle se pronunciou.

Mais uma vez, o barulho do lado de fora foi ouvido. Era um ruído humano.

_ É a Rachel, o efeito do feitiço passou! - ela correu até a porta, sem dar tempo para Dean a impedir. 

_ Dani, não... - ele mesmo parou de dizer quando, após a porta se abrir, viu o corpo nu de Rachel se contorcendo no chão. 

 Ela chorava e, ao ver Danielle, abraçou suas pernas e tentou dizer coisas incompreensíveis devido a sua língua cortada.
Dani voltou seu olhar para Dean, se perguntando o que fazer. Ele tirou o casaco e jogou para ela, que pôs sobre a garota até ela estar devidamente coberta. O choro cessou e ela se cobriu de maneira melhor. Danielle não conseguia parar de encará-la, ela não estava mais sob o efeito do feitiço, mas ainda era um monstro.

Dean deu-lhe a arma, se perguntando se estavam prontos para partir.

_ É melhor irmos. - Shaw disse. - Mas Rachel, lobo... Eu preciso de você, mas tente nos matar uma única vez, que atiro sem pensar duas vezes.

×

Uma dor de cabeça pulsante se manteve presente enquanto Sam tentava abrir os olhos. A luz o machucava, como se queimasse ao penetrar suas orbitas. Ele queria se levantar, mas algo semelhante a um peso sobre o corpo dificultava sua situação. Sam respirou fundo, se virando de cabeça para cima e concentrando nas batidas de seu coração, o ato fez seu corpo diminuir a tensão e surgir forças para ficar de pé.
Ele abriu os olhos, colocando o peso do corpo sobre os cotovelos e analisando o lugar ao redor. Anastácia não estava mais ali e sua mente trabalhava a mil pensando qual seria a vantagem de tê-lo deixado vivo.

 Levantou-se, seguindo para os corredores. Estava desarmado, pelo menos isso a bruxa tratou de fazer. A dor de cabeça se mantinha, mas ele conseguia se estabilizar agora. Precisava encontrar Dani e Dean para que pudessem sair da cidade ou matar aquela bruxa de uma vez... Todavia, Anastácia não era qualquer uma, era experiente e muito poderosa.

O corredor estava quieto e frio, grande... Parecia não ter fim. Seus passos ecoavam pelo local, como se a cada batida da sola de seus sapatos no assoalho fossem rítmicas as batidas da dor em sua mente. Ele prestava atenção no som, percebendo quando outro sapato começou a se fazer presente. Sammy olhou para trás, não encontrando ninguém, mas carregava consigo a sensação de não estar sozinho.
 Passou em frente a um espelho e encarou seu reflexo, estava exausto. Seus olhos o enganavam, ele parecia vazio.
 Sam se sentia vazio.

_ Não! – soltou.

Ele correu até a biblioteca de Anastácia, sabendo qual era o plano da mulher. Ela não estava apenas o estudando, estava usando seu próprio passado como arma. Toda a história de sua alma era o que a chamava atenção.

 Entrou no lugar e encontrou-a sentada em uma cadeira, com um sorriso estampado no rosto.

_ Você é realmente muito inteligente, Sam Winchester. – ela se levantou, caminhando até ele.

_ O que você fez? – ele manteve sua postura, mas temendo estar desarmado ao lado de alguém tão poderoso.

_ Entrei em sua mente.

_ E o que você tirou dela? – perguntou, fazendo a mulher gargalhar.

_ É possível sentir? – ele estava surpresa. – Isso torna as coisas ainda melhor.

_ O que você fez? – repetiu a pergunta em tom mais alto, correndo até a mulher e passando direto pelo o que acreditava ser o corpo.

Anastácia riu, fingindo limpar suas roupas.

_ Acha mesmo que eu seria tola ao ponto de ainda estar aqui?

_ Podia ter me matado, assim como ao meu irmão e a Dani.

_ E perder a oportunidade de explorar a vida de alguém tão extraordinário igual a você? – ela, dramaticamente, olhou o relógio de ouro em seu pulso. – Quanto a eles, terei outra oportunidade. Mande lembranças a Danielle por mim, se sobreviver, é claro.

_ O que quer dizer com isso?

_ Quero dizer, Sam, que você terá um encontro com alguém que conhece muito bem e ele terá uma segunda chance.

Ele se virou, caminhando até a prateleira onde antes havia sua pasta, a qual não estava mais lá.

_ Quem? – voltou-se a mulher com raiva na voz, mas ela havia desaparecido.

Um grito de fúria saiu de sua garganta.  Correu até a estante, jogando todos os livros no chão e rasgando os possíveis. Ele ia destruir aquele lugar, mesmo sabendo que ela era esperta demais para ter uma cópia de cada página presente naquela biblioteca.
  Sam chutou, quebrou, destruiu tudo o que conseguiu, perdendo as forças.

 Ajoelhou-se, ofegante, sentindo sua raiva se evacuando. A verdade era que queria sentir ódio, mas tudo o que havia feito era apenas uma cena, e a forma de se certificar que o hotel não seria mais um refugio para aquela bruxa.
 Ele sabia o que Anastácia havia feito.

_ Bela cena. – escutou uma voz familiar dizer atrás de si.

_ É algo que você faria, não é mesmo? – ficou de pé e se virou, sabendo o que ia encontrar.

Lá estava ele mesmo, como há anos atrás. O Sam sem amor, pena, dor... O Sam sem alma.

_ Surpreso? – seu outro eu falou, levantando um sorriso.    

_ Na verdade, confuso... – Sam começou a andar em volta do segundo, e ele fez o mesmo. – Qual o intuito de Anastácia com tudo isso?

_ Não é óbvio? Você é útil em uma batalha, Sammy. Mas você, sem alma, é uma arma.

_ Eu não sou você.

_ Está muito enganado, nós somos a mesma pessoa. – voltaram a andar em volta um do outro. – Sou apenas sua parte mais legal.

Sam riu, tentando encontrar tempo para pensar em algo adequado para se armar.

_ Então eu terei que matar você e o outro novamente?

_ Não, apenas eu. – Sam sem alma tirou a faca presa em seu sinto e deixou visível para o seu oponente. – Nenhuma briga tem graça quando não se quer lutar. As lembranças do inferno o fizeram medíocre, ele não é necessário. .

_ Por que ele não seria uma arma... – Sam concluiu. – Então terei que te matar, novamente?

_ Eu não sei se você viu, - mostrou a faca, caminhando até ele – mas eu sou o único que possui uma arma aqui.

O Sam verdadeiro recuou, sabendo que estava desprotegido. Correu, dando a volta em uma mesa destruída, fazendo o outro seguir. Foi o bastante para que abrisse caminho para o corredor.

O Winchester mais novo correu, sem saber aonde ir para encontrar uma arma.

Seu outro eu o seguiu com um sorriso no rosto, achando divertido vê-lo se desesperando. Ainda tinha sua postura, a que criou há anos atrás, como se não possuir alma era uma dádiva, mas sabia que não era nada. Apenas um feitiço... Uma mistura que ganhou vida quando a bruxa o misturou com as lembranças e o DNA de Sam. Precisava matá-lo para assumir o controle de seu corpo.

 Desceu as escadas, indo até o andar onde se encontrava os quartos. Entrou em um corredor cheio de portas, cada uma dando a uma suíte. Caminhou até ele, tendo o mesmo instinto proveniente de seu inimigo.

 Sam escutou os passos de seu impostor, esperando a hora certa de atacar. Sabia que ele havia se posicionado em frente à porta que se escondia e, na maior rapidez, saiu de seu esconderijo e pulou para cima dele.

Desferiu um soco no rosto tão conhecido, vendo a resistência de seu oponente por ser pego de surpresa. Sam sem alma caiu sobre uma das mesas de canto do corredor, espalhando cacos de vidro por todo o chão. O Winchester verdadeiro aproveitou a desvantagem do outro para usar seu corpo como peso para que ele não tentasse revidar. Há essa altura, a faca já estava longe.
 Era difícil segurá-lo, afinal, os dois possuíam a mesma força. Sam, de fato, sentia-se batendo em si mesmo. Desferiu socos e escutou os urros de dor de seu oponente, o qual se debatia e tentava sair a todo custo. Sangue escorria do topo de sua cabeça e Sam sentiu quando o golpe fraturou o nariz. Todavia, não percebeu quando o outro pegou um caco de vidro, erguendo em direção ao seu rosto e o cortando. Sammy pôs a mão no ferimento, rolando para lado. Não estava tão feio, mas o a distração foi o suficiente para que sua versão sem alma ganhasse vantagem para machucá-lo.

Ele agora estava na mesma posição que seu oponente anteriormente, e notava as consquencias de cada golpe em contato com a sua pele. A dor de cabeça aumentara e ele sentia que estava próximo de perder a consciência. Foi quando o escutou.

_ Sam! – era a voz de Dean.

Viu quando seu oponente olhou em direção ao irmão e, de forma teatral, se preparava para o seu show.

_ Dean, - falou, enquanto o verdadeiro não conseguia falar. – é um feitiço. Anastácia quer que nos matemos. Atire!

_ Não! – Sam falou com dificuldade.

Dean não sabia em quem confiar. Eram iguais, com as mesmas roupas. Danielle e Rachel se encontravam atrás, no mesmo estado. Ele olhou para Dani, na esperança dela ter a uma resposta, mas ela sustentava seu olhar aflito na direção dos dois.

_ Como vamos...? – ela tentou falar, mas sabia que Dean também não possuía a solução.

Ele caminhou em direção as duas versões do irmão, vendo que ambos estavam machucados. Olhou atentamente para os dois, até mesmo para o que estava no chão e, na atenção de um detalhe, sabia qual era o certo. E então atirou...

Sammy se levantou, surpreso. Danielle correu em sua direção, o ajudando a se sustentar. Ele aceitou o amparo, olhando ao redor e reconhecendo o rosto de Rach... Era um assunto para depois.

 Ele se virou para o irmão, admirado, vendo a figura de si mesmo sem alma se desmanchar no chão.

_ Como você sabia qual era o certo? – perguntou, colocando a mão no ombro de Dean.

_ Era o Sam sem alma? – o mais velho perguntou, se virando para o irmão.

_ Sim...

Dean deu de ombros, sorrindo.

_ Seus ferimentos estão bem mais feios do que os dele. – zombou. – Percebi que ele batia mais forte que você quando o tive como copiloto.

Danielle riu, batendo no peito de Sam, que fechou a expressão com a brincadeira do irmão.

Dean caminhou para perto de Rachel, dando uma leve olhada para se certificar de que ela não havia feito nada durante a distração. Analisou o corredor e também algumas portas.

_ Anastácia fez isso? – se voltou para os dois que ficaram para trás. – Ela ainda está aqui?

_ Não... – Sammy respondeu. – Tive uma breve conversa com uma miragem dela. Foi clara ao dizer que já estava longe.

_ Acha que temos mais armadilhas pela frente? – Dani perguntou.

_ É provável.

Os quatro se entreolharam. Até mesmo Rachel estava apreensiva.

_ E o que ela disse a você? – Dean continuava na defensiva.

_ É melhor nos concentrarmos em sobrevivermos por enquanto, falamos disso depois. – Sam pegou uma das armas que Danielle carregava e tomou a frente.

Dani estudou Dean, esperando para ver se ele tinha alguma critica, mas ele apenas fez um sinal para que ela fosse à frente, para que ele pudesse ficar na retaguarda. Ela segurou Rach pelo braço e se pôs a seguir Sam.

 

 Lebanon, Kansas.

 

Após uma breve parada no Colorado, finalmente estavam em casa. Ou o que quer que fosse aquele bunker. A saída do hotel foi muito tranquila, considerando as turbulências anteriores, mas estavam a salvo. Os mistérios deviam ficar para depois.  

 

Danielle deixou que a água do chuveiro lavasse seu corpo, seus machucados e, principalmente, sua alma. A cada minuto que se passava, ela sabia que sua hora estava chegando e não podia mais adiar ou ignorar a realidade.
Fechou os olhos e imaginou que uma brisa fria batia em sua pele. Estava em um lugar calmo, um campo verde. Esperava que seus pais ou seus avós surgissem no horizonte, mas foi Dean que caminhou em sua direção, sorrindo. Abriu os olhos e percebeu que chorava.
 Não sabia o que fazer sem ele.

×

 Dean entrou em seu quarto, vendo Dani secar os cabelos. Ela sorriu, menos apreensiva que durante a viagem e foi bom ver seu semblante mais tranquilo.

_ E Rachel?

_ Acorrentada. – ele caminhou em direção a ela, abraçando seu corpo e sentindo o cheio do sabão rente ao seu pescoço.

Danielle sorriu com o toque.

_ Precisamos descansar. – ela disse, sentindo os lábios dele tocarem sua orelha.

_ Nós vamos. – Dean sussurrou, mordendo-a.

Dani gargalhou quando ele a pegou no colo e jogou seu corpo delicadamente na cama, deitando na mesma ao seu lado. Ela se virou, encontrando seus olhos verdes a sua espera. Beijaram-se, como se nenhum problema estivesse ocorrendo além da porta daquele quarto e Danielle, mais uma vez, se perdeu na novidade que é estar apaixonada.

Sim, ela estava apaixonada e não tinha a mínima vergonha de dizer que era por Dean Winchester.

 

(...)

 

Dani o observava dormir, como sempre fazia desde que ficaram juntos. Ela usava a camisa surrada que ele tanto amava e sentia o cheio que ali estava. Ela chorava, sentindo o desespero de seu coração que implorava para que ela não saísse de onde estava.

 Ela o amava e sabia que era correspondida. Dean demonstrava isso a todo momento. Porém, era por possuir esse sentimento que não podia deixar que ele se enganasse, nem mesmo Sam. Danielle, agora, tinha consciência – pelo menos em parte – do que estava acontecendo consigo e sabia que era a vilã, mesmo não tendo más intenções. Os Winchester haviam feito muito por ela, não era justo fazê-los dormir com um monstro no quarto ao lado. Não era certo mentir para Dean...

Dani se levantou, tirando a camisa de Dean e colocando suas roupas. Quando estava pronta, apenas com uma pequena mochila, se voltou para o homem sobre a cama.

 A respiração fazia seu peito nu subir e descer tranquilamente e Dani desejou se lembrar de Dean daquela forma, serena e apaixonante. Uma lágrima saiu de seus olhos e ela sabia que se demorasse, não teria mais coragem.

_ Obrigada por me mostrar como é estar apaixonada por alguém. – sussurrou antes de ir.  

×

 

 Sammy já estava acordado quando Dean escancarou a porta de seu quarto repentinamente e totalmente desesperado.

_ Dani foi embora... – falou – E levou a Rachel.  


Notas Finais


E ai, o que acharam?

Até o próximo capítulo ♥

Nos vemos em 02 de março de 2018 com o próximo capítulo de Shadow - Supernatural Fanfic.


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