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História Shadow (G!p) - Michaeng - Park Jimin


Escrita por: OnIcy

Capítulo 11 - Park Jimin


O calafrio percorreu minha espinha quando o garoto disse a palavra 'homúnculo'. Ninguém além de nós homúnculos sabiam da nossa existência, era proibido falar sobre isso na frente de 'humanos'. 

ー Então, você vem comigo ou não? Há tanto para conversarmos. ー Jimin ainda se mantinha calmo e com um sorriso tranquilo no rosto. 

ー Homúnculo? Que conversa é essa de homúnculo, Chaeyoung? Quem é esse rapaz? ー Mina me perguntava, ela estava meio brava. 

ー Ele é um amigo de longa data. ー Menti, quer dizer, nem tanto. 

ー E põe longa data disso. ー Jimin brincou.

ー Jimin eu preciso te acompanhar agora? É que eu tenho algo para fazer com a Mina. ー Desejei que ele não insistisse. 

ー É claro, se eu demorei para te encontrar, desde que retornou nessa vida. 

ー Chaeyoung que conversa é essa? ー Mina estava impaciente. Eu não poderia deixar ela saber de nada, mas com Jimin aqui era impossível, ele estava falando tudo sem ter remorso algum. 

ー Desculpa Mina, mas eu tenho que ir com ele. ー Eu queria chorar de raiva por ter que deixar Mina, mas não tinha outro jeito. 

ー É sério? ー Ela me encarou incrédula. 

ー Desculpa. 

Mina botou as mãos pra cima, como se estivesse se rendendo e furiosa entrou no seu carro. 

ー Tudo bem, Chaeyoung. Faz o que você quiser. ー Mina então ligou o carro e acelerou com tudo, me deixando a comer poeiras com Jimin. 

ー Ela é bem brava, não é? É sua namorada? ー Jimin apontava para o carro saindo em alta velocidade. 

ー Não, ela não é minha namorada. ー E agora as chances de ser minha namorada diminuiram. ー Jimin, o que faz aqui? Por que contou na frente dela nossa real natureza? Isso tá errado. 

ー Eles nunca acreditam. Para eles não passamos de bobagens. ー Jimin sorria amargurado. ー Eu quero andar pela cidade, topa? 

Fiz que sim. Não tinha o que fazer, eu queria realmente saber qual era a dele comigo. 

Caminhamos pela avenida perto da praia e Jimin brincava, caminhando no meio fio da calçada, se equilibrando. Ele parecia uma criança e as vezes eu o encarava frustrada. 

ー Tem um tio bem ali que vende hot dog. Você quer? ー Ele perguntou. 

ー Tudo bem. ー Fomos até a barraquinha e compramos dois  hot dogs. Eu tive que pagar, já que Jimin não tinha dinheiro pra nada. 

Voltamos a andar e fomos para a areia da praia, onde nos sentamos de frente para o mar, encarando o oceano escuro. 

ー Jimin, qual o seu propósito nessa vida? Você vai ajudar na vida desse garoto? ー Perguntei.

ー Eu resolvi não interferir na vida de Park Jimin. Ele é um moleque bem problemático e como nossa vida é curta então resolvi viver por mim mesmo. 

ー Mas nossa função é basicamente consertar a vida problemática das pessoas nas quais possuímos os corpos. ー Falei. 

ー Isso não é uma regra, vai de cada um. Eu não vejo vantagens em consertar a vida de alguém que logo vai voltar para este corpo e fazer tudo de novo, esse não é nosso dever. ー Jimin encarava o oceano com um sorriso. 

ー E qual é o nosso dever então? 

ー Chaeyoung, nosso dever é aproveitar a pouca vida que temos. ー Jimin agora me encarou, mas ele não parava de sorri. ー Sabe, nós somos seres sem corpos, a gente nunca teve um corpo definido e nossa grande entidade nos deu essa vatangem de aproveitar a vida humana, mesmo que seja tomando o corpo de outra pessoa e isso seja temporariamente. Pode parecer triste, mas é assim que somos, somos seres sem corpos, somos sem identidades.

ー Eu não me conformo com isso. ー Falei triste. ー Eu queria tanto ter nascido um humano, ter o meu próprio corpo, minha vida e um dia morrer para sempre. Eu não queria viver dessa forma. 

ー E quem gostaria, Chaeyoung? É por isso que temos que nos acostumar. É isso que somos. Sabe aquela sua namorada? É melhor não se apegar muito a ela, pois um dia você vai embora. 

ー Não precisa me lembrar disso, eu sei. ー Aquilo pesou no meu coração, eu não queria um dia ter que dizer adeus para Mina, eu a amava. Eu também não queria brincar com ela, ser uma pessoa e depois a antiga Chaeyoung volta e faz de novo o que já havia feito com ela. Era injusto pensando por esse lado. ー Eu não queria que nada fosse assim, Jimin. 

ー Sim, mas estamos aqui. Nos encontramos e deveríamos aproveitar. ー Jimin se levantou e tirou a camisa. 

ー O que está fazendo? ー Perguntei vermelha. 

ー Vamos tomar banho, o mar está ótimo para um banho. ー Jimin foi tirando a roupa e ficando pelado. 

ー Garoto? Alguém pode te ver. ー Fiquei nervosa. 

ー Relaxa, ninguém vai nos ver. A praia tá deserta devido a ordem do governo. ー Ele sorriu ー Então, você vem? Depois daqui eu quero te levar em um lugar e é do seu interesse. 

Fiquei pensativa, mas dei nos ombros, então tirei a roupa e acompanhei Jimin, que foi de encontro ao mar. 


Acordei com o despertador e apalpei a cama atrás de algo. 

ー Cadê você? ー Perguntei por Chaeyoung meio sonolenta, depois foi que me lembrei que ela não tinha vindo para cá, ela saiu com aquele garoto estranho que falava sobre homos sapiens ou algo do tipo. 

Me levantei e fui tomar banho. O café da manhã eu faria na gravadora. 

Botei uma calça jeans, sandálias, uma blusa simples, peguei meu notebook e fui para o trabalho. 

O dia estava ensolarado e bonito. Aposto que Chaeyoung iria vim hoje me pedir desculpas e eu iria pensar muito antes de perdoa-la. Ela simplesmente me abandonou para ficar com aquele garoto. Eu iria dá pra ela tudo o que queria, amor, carinho e sexo. 

ー Caramba, qual é o meu problema? Por que é tão difícil me desconectar da Chaeyoung?

Cheguei na gravadora e fui para a minha sala. Aparentemente Chaeyoung ainda não havia chegado. 

Jihyo veio até a minha sala como ela sempre e ficamos conversando um pouco. 

ー Você conhece algum Park Jimin? ー Perguntei. 

ー Difícil. Como ele é? ー Jihyo perguntou. 

ー Branco, não tão alto, tem os cabelos loiros, tem feições delicadas. Ele é tipo um menino, bem diferente e bonito. ー Comentei lembrando da criatura. 

ー Ele parece um modelo falado assim. ー Jihyo sorriu ー Mas não faço ideia. Podemos procurar na internet, redes sociais e tal. Mas porque o interesse? 

ー Ele apareceu ontem para a Chaeyoung, dizendo que era irmão, alma gêmea dela e falou sobre um lance chamado homo sapiens, homólogos, não... Como era mesmo o nome? Ah sim, homúnculos. O que diabos é isso? 

ー Deve ser uma seita ou algo do tipo. Do jeito que Chaeyoung é estranha, não me admiraria se ela fizesse parte de uma seita. ー Jihyo balançou a cabeça. 

ー Vamos procurar na internet então sobre essa seita. ー Falei abrindo o notebook e digitei "seita homúnculos" mas não apareceu nada referente a essa pesquisa, apenas o significado da palavra 'homúnculo'.ー Que estranho, aqui só diz o significado da palavra, mas não tem nada relacionado a seita ou culto religioso. 

ー E o que diz sobre homúnculos? ー Jihyo me perguntou. 

ー Vou ler pra você: homúnculo (do latim homunculus, "homenzinho", plural homunculi) tem sido aplicado em várias áreas do conhecimento humano. ー Fiquei pensando, mas aquilo não fazia o menor sentido. Eu não entendi nada. 

ー Só tem isso? 

ー Achei isso: Homúnculos 1. Homem pequeno2. Anão3. [Figurado]  Homem desprezível4. Homem insignificante.

Jihyo começou a gargalhar. 

ー O que não deixa de ser verdade. Chaeyoung é um homem pequeno, desprezível e insignificante. Nossa ela é um real homúnculo. 

ー Ai Jihyo, pare com isso. Tá vendo que essa história tá me deixando aflita? ー Comecei a roer as unhas. ー Cadê a Chaeyoung? 

ー Eu não faço a menor ideia. ー Jihyo deu nos ombros. ー Te vejo mais tarde? Tenho muitas coisas para fazer agora.

Depois que Jihyo saiu fiquei pensando em Chaeyoung e para onde ela tinha ido. Também tinha essa história de Homúnculos que martelava em minha cabeça, mas eu iria perguntar a ela que história era essa. 

Quando deu três da tarde Chaeyoung ainda não havia aparecido, ela sequer mandou mensagem para mim. Isso estava muito estranho. 

Percorri pelo andar do prédio atrás dela e encontrei as garotas conversando. Sana, Tzuyu, Chaeryeong, Momo, Dahyun e Lisa. 

ー Vocês viram a Chaeyoung? ー Perguntei. 

ー Ela não ia dormir com você? ー Sana falou e todas as garotas repreenderam ela com um olhar mal. ー Puts, desculpa o vacilo. 

ー Tudo bem, mas ela não foi lá pra casa. Vocês por um acaso conhecem Park Jimin? 

Nenhuma delas conheciam e isso estava me deixando aflita. Chaeyoung estava fazendo loucuras de novo por aí? Ela não tinha esse direito.

Voltei para a minha sala e fiquei andando de um lado para o outro. Eu queria Chaeyoung e queria agora. 


Eu e Jimin acabamos dormindo na areia da praia e quando acordamos fomos até o lado sul da cidade, era uma área mais marginalizada e cheia de motoqueiros. O que ele pretendia me levando até ali? 

ー Jimin, você não pode fazer nada de errado comigo. ー Falei assustada. 

ー E nem vou. Eu quero te mostrar algo de seu interesse. ー Ele disse então andamos mais um pouco. ー Tá vendo aquele galpão ali? Lá mora as pessoas que te roubaram. 

ー Espera, tá falando da Jeongyeon e da Nayeon? ー Falei boquiaberta. 

Ele fez que sim. 

ー Como sabe que elas me roubaram? 

ー Eu segui seus passos, não foi tão difícil. ー Jimin sorria novamente. ー Vamos enfrenta-las e pegar o que é seu. 

ー Não é bem assim, estamos em desvantagens. ー Falei ー Além disso o território é delas, se alguém nos pegar já éramos. 

ー Nem tanto, eu também sou dessa região. ー Jimin agora sorria vitorioso. ー Eu conheço todos daqui e confesso que não gosto dessas duas.

ー Mas podemos falar com elas com calma e pedir de forma educada minhas coisa de volta. ー Falei. 

ー Quer resolver de forma pacifica, entendi. ー Jimin botou a mão no queixo. 

Jimin saiu de perto de mim e foi andando até o galpão.

ー Não faz isso, maluco. ー Corri atrás dele e acabamos que entramos no galpão, onde vimos muitas coisa por lá, tipo, vários objetos bonitos espalhandos, era como se fosse uma casa. ー Isso tudo é delas? 

ー Sim, elas roubaram tudo. Elas são boas em dar golpes. ー Jimin falou. 

ー Então descobriu onde eu moro. ー Disse Nayeon aparecendo atrás de nós. 

Tomei um susto e me virei vagarosamente. 

ー Finalmente te encontrei, Nayeon. ー Disse tentando não aparentar medo. ー Peça desculpas e devolva tudo o que me roubou.

ー Tá doida, filha? ー Nayeon deu uma gargalhada debochada. 

ー Para com isso e dar logo o que ela quer. ー Jimin falou impaciente. 

ー Jimin você tá com ela? Logo deu pra notar a semelhança entre vocês. São dois idiotas, mas deixa quando a Jeongyeon chegar, ela não te suporta. ー Nayeon fechou a cara para o garoto. 

ー Eu também não gosto da Jeongyeon, mas isso não vem ao caso. ー Jimin cerrou os punhos. 

ー Nayeon você poderia ser uma ótima cantora, porque ser uma golpista? Você me roubou e roubou tantas pessoas. Isso é errado e você pode ser presa. ー Tentei me aproximar dela. 

ー E daí que é errado, minha filha? Eu me divirto dando golpe nas pessoas e tomando o que é delas. ー Nayeon esboçou um sorriso de leve. 

ー Eu quero que devolva o que é meu, por favor. 

ー Vai se ferrar, anão de jardim. Eu já cansei disso. ー Nayeon falou e dois homens apareceram.  ー Podem dar dois socos nesses dois e tira-los daqui? 

Os dois homens altos, gordos-fortes, carecas, motoqueiros e de bigodes concordaram. 

Não tinha pra onde a gente fugir então um dos homens socou Jimin no nariz e depois no olho e o outro me socou no olho e no canto da boca.

Eles nos puxaram e nos abandonaram na pista, dizendo para não voltarmos mais. 

ー Caramba, isso não foi muito legal. ー Jimin tocava no próprio nariz.  ー Acho que quebrei. Eu tenho que ir pra casa me cuidar. 

ー Tem certeza? Podemos ir para o hospital. ー Falei tocando o canto da minha boca, que sangrava. 

ー Sim. Foi uma pena não termos conseguido nada nessa investida. 

ー Tá enganado, senhor Park Jimin. Eu gravei toda a confissão da Nayeon. Eu sabia que era sempre bom deixar o gravador rolando quando fossemos para esses lugares, os idiotas sempre confessam seus crimes. ー Sorri vitoriosa dessa vez. 

ー Wow, você é bem esperta, irmã. ー Jimin me encarou surpreso. 

ー Eu sou mesmo, não é? ー Eu estava me sentindo o máximo. ー Eu tenho que voltar para a empresa, andamos demais e eu nem sei onde estou, só sei que estamos longe.

ー Se cuida, Chaeyoung. Ainda vamos nos ver.  ー Jimin se despediu de mim e eu segui meu curso. Certamente eu iria demorar para chegar na gravadora, mas valeu a pena. 


Já era noite e nada de Chaeyoung aparecer.  Todos os funcionários já haviam ido embora e eu fui a única idiota que ficou por último esperando Chaeyoung, que não deu notícias o dia todo. Desde ontem que ela sumiu e isso fez mais de doze horas. Onde ela estava? Meu coração não aguentava mais, eu queria chorar, ligar para a polícia e sei lá, nada mais de útil passava pela minha cabeça. Eu estava pirando. 

Arrumei minhas coisas e fechei minha sala. Em casa eu resolveria o que fazer, se ligaria para ela, se chamava a polícia...

Estava passando pelo corredor quando vi a luz da sala de Chaeyoung ligada. Corri até lá e a vi. Ela estava com uma expressão cansada e seu olho e o canto da boca estavam roxos. 

ー Chaeyoung?? ー Me aproximei dela segurando seu ombro. ー Onde você estava? Você sumiu. O que aconteceu com você? 

ー Tá tudo bem, eu só fui resolver alguns problemas. ー Ela sorriu. ー Desculpa ter sumido e te preocupado. 

Eu estava tão feliz por vê-la que a abracei chorando. 

ー Você não tem o direito de fazer isso comigo. ー Eu a abracei forte. ー Você está toda machucada. Você vai me matar de preocupação. 

ー Eu tô bem, Mina. Isso não foi nada. Não precisa ficar assim. ー Chaeyoung me abraçou de volta. 

Nos afastamos uma da outra e eu acariciei seu rosto, tocando seus machucados. Chaeyoung tinha um olhar cheio de ternura para mim. Eu a amava, amava aquele olhar e se algo acontecesse a ela... Eu amava a pessoa que Chaeyoung tinha se tornado, eu não poderia perde-la. 

Me aproximei de Chaeyoung e a beijei, um beijo sufocante e desesperado. Eu não estava mais me aguentando, eu queria brincar com ela, mas eu acabei caindo na minha própria armadilha. 

Chaeyoung retribuiu o beijo, segurando firme na minha cintura. 

Minhas mãos desceram do seu cabelo para a sua blusa, onde eu segurei na barra e puxei para cima, tirando-a. Quebrei o beijo e vi o abdômen bem definido dela. 

Chaeyoung me encarou apreensiva. 

ー Você quer dessa vez? 

ー Quero! ー Segurei seu rosto e a puxei para mais um beijo. 





Notas Finais


Relevem os erros


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