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História Shadow (G!p) - Michaeng - Quando você me faz sofrer


Escrita por: OnIcy

Capítulo 19 - Quando você me faz sofrer


Eu vi aquela garota, a tal de Soyeon se aproximar de mim a passos rápidos. Eu tentava lembrar dela, mas não conseguia. Eu não lembro a merda que Chaeyoung fez com ela, então eu teria que entende-la primeiro, mas eu estava muito bêbada. 

- Espera, vamos nos acertar primeiro. – Levantei a mão em sua direção, mas Soyeon me acertou um soco no nariz, que me fez cair do banco e ir parar no chão. – Por que não poderíamos conversar? 

Meu nariz sangrava, mas acho que não quebrou. 

- E porque eu conversaria com uma cretina feito você? Você arruinou minha vida por pura inveja, sua invejosa. – Soyeon apontava do dedo na minha cara. 

- Olha, vai parecer uma loucura o que eu vou te falar, mas eu não sou a Chaeyoung que você conheceu, eu sou diferente. – Tentei me levantar, mas cai novamente. 

- Não me faça ir aí te acertar outro soco. O que custa me pedir desculpas e assumir que é uma perdedora e fracassada? 

- Eu não tenho esse problema. Qual é? – Consegui me levantar me apoiando em uma cadeira. – Eu sou uma perdedora e das grandes e fracassada demais. Me desculpa pelo o que te causei no trabalho. 

- Tá muito bêbada. Vamos, sente aí. – Soyeon me ajudou a se sentar. – Aposto que pra ter baixado a bola deve ter acontecido uma merda das grandes, conta aí. 

- Não aconteceu, quer dizer, aconteceu mas eu não vou te contar. – Sorri olhando para a garrafa de bebida que estava em cima do balcão. – Eu posso te falar que sai da empresa e trabalho como faxineira em uma loja. 

Soyeon me encarou bem atentamente e logo começou a gargalhar. 

- Você é tão idiota que não durou mesmo na gravadora que fundou. Eu sabia que era uma fracassada, mas não esperava tanto. – Soyeon deu um tapa nas minhas costas. 

- É, mas eu que decidi sair. – Falei tentando apontar para ela só que ela girava, sendo que na verdade eu que estava vendo ela girando. 

- E por qual motivo saiu? 

- Eu fiz coisas erradas, como demitir você. 

- É, nisso tenho que concordar. Eu estava juntando uma grana pra montar o meu negócio. – Soyeon cruzou os braços. – Mas você me deixou sem nada. 

- Podemos entrar em um acordo, Soyeon. Vamos abrir a nossa gravadora. Você trabalha comigo, eu tenho algum dinheiro. 

- Espera, você estava bolando essa ideia desde antes? 

- Não, eu bolei agora. – Sorri – Além disso tô muito cansada de trabalhar de faxineira. Tem que ser muito forte para aguentar o trampo. – Me levantei, mas fui ao chão. 

- Você não tá bem pra ir embora andando. Vou ligar para alguém vim te buscar. 

 

 

Eu, mamãe e Jackson nos sentamos para almoçar. Enquanto estávamos comendo ninguém falou nada, mas depois começaram a disparar sobre a história do casamento. 

- Jackson acabamos de noivar, eu ainda não acho que seja hora de casarmos. – Argumentei. 

- Mina, Jackson é um homem maravilhoso e vocês já moram juntos mesmo. Qual o problema em casar logo? – Mamãe me encarou. 

- É que casar já é algo duradouro e temos que ter certeza se é isso mesmo que vamos querer. – Falei. 

- Eu quero muito, Mina. – Jackson se pronunciou. 

- Viu, se ele quer então tá mais do que certo. 

- Espera mamãe, não é bem assim. Minha opinião também conta. Aliás, é a que mais conta aqui. Eu não quero me casar ainda e pronto. – Joguei o guardanapo na mesa furiosa e sai. 

Andei pela rua com raiva. Por que ninguém aceita minhas decisões? Casamento? Casamento era algo muito sério e eu não estava pronta para encarar aquilo com Jackson. 

- Mina, espera. – Ouvi ele me chamando e me virei logo. Era a hora perfeita de terminar com ele. 

- Jackson eu preciso falar com você. 

- Eu também preciso e é sobre a Chaeyoung. 

- A Chaeyoung, o que tem? – Perguntei. 

- Eu sei que passou a noite com ela ontem. Eu liguei pra Jihyo e você não estava com ela, então deduzi que estava com Chaeyoung e seu olhar não nega isso. 

Era verdade. Eu jamais iria negar que estava com Chaeyoung. 

- Eu sei que sente algo por ela, mas eu também sinto algo por você e é algo forte capaz de protegê-la. – Jackson segurou minhas mãos. 

- Por que você ameaçou Chaeyoung? Você disse que a colocaria na cadeia se não saísse da empresa. – Eu o enfrentei. 

- E isso é verdade, eu falaria isso para ela de novo. Mina, eu agi profissionalmente. Que tipo de pessoa toleraria alguém que rouba dentro de uma empresa? Chaeyoung agiu errado. 

- Mas ela mudou! – Me afastei dele. 

- Mas como pode me garantir isso? – Ele me perguntou. – Seja mais racional, você está botando o seu amor acima das necessidades da empresa. Chaeyoung quase que quebra a gravadora. Ela não pensou em você e eu jamais iria querer te ver no fundo do poço junto com a gravadora que você criou. Eu quero cuidar de você. 

Eu não queria entender o Jackson, eu só queria a Chaeyoung e pronto. 

- Eu queria te mostrar outra coisa. – Ele tirou o celular do bolso. 

- O quê? 

Jackson se aproximou de mim e me mostrou prints e fotos de hotéis luxuosos, recibos e conversas online. 

- Tudo de Chaeyoung. – Ele começou a explicar. – Quando vocês estavam juntas ela te traía, ela tinha muitas amantes e se divertia com elas nesses hotéis, enquanto você estava trabalhando. Era uma amante por vez, eu perco as contas, mas aqui, todas as provas, tudo assinado pela Chaeyoung com nome das acompanhantes, fora o fato de você ter flagrado ela com uma prostituta. Mina, Chaeyoung tá tentando resgatar sua confiança para voltar a te trair. Ela usou o dinheiro da empresa para se divertir em cima do seu sofrimento. Ao contrário dela eu quero cuidar de você. 

Fiquei remoendo tudo aquilo com vontade de chorar. Era injusto Jackson passar aquilo na minha cara logo agora. Minha confiança em Chaeyoung ficava muito balançada. 

Eu não sabia o que responder. Eu só queria ficar em casa sozinha e chorando, tentando entender porque eu merecia tudo aquilo. Meu celular de repente tocou. Era um número desconhecido, mas atendi. Era uma garota, ela estava com Chaeyoung bêbada e pediu para eu ir busca-la, ela me passou o endereço. 

- Eu tenho que ir. – Falei – Jackson não vai para casa esses dias. Eu preciso ficar sozinha. 

- Tudo bem, mas eu não vou desistir de você. 

Peguei um táxi e fui até o bar onde Chaeyoung estava, eu a encontrei com Soyeon, uma antiga funcionária da gravadora. 

- Como vai Soyeon? – Perguntei e me abaixei até Chaeyoung, ela estava sentada no chão chorando.

- Vou indo. Eu acabei trombando com ela e resolvemos alguns assuntos pendentes. – Soyeon falou.

- Tô vendo, você acertou o nariz dela. Grande assunto. Vamos, Chaeyoung. – Botei o braço dela em volta do meu ombro e a segurei pela cintura. – Obrigada por ter ligado. Adeus. 

- Até. – Soyeon estava na porta do estabelecimento nos encarando. 

- Eu quero ir embora, Mina. – Chaeyoung chorava. 

- Nós estamos indo, está bem? – Falei calmamente. 

- Eu quero ir embora desse mundo, eu quero morrer. 

- Não fala isso nem brincando, Chaeyoung. Precisamos parar para eu ver o seu nariz. – Olhei ao redor e encontrei um banco, onde sentei Chaeyoung lá e fiquei examinando seu nariz. – Pelo menos não está quebrado. Por que você bebeu, Chae? 

- Eu fiquei triste. – Ela falou. 

- Com o quê? Foi algo que você fez? – Eu a encarei atentamente de braços cruzados. Eu não conseguia evitar a raiva que estava sentindo. 

- Eu-Eu... Eu quero terminar com você. – Ela falou ainda chorando, com o nariz vermelho e encarando os dedos entrelaçados. 

- Ah, agora você quer terminar comigo. É sério? – Eu queria bater em Chaeyoung mais do que tudo. Eu queria machuca-la e fazê-la sentir o que eu estava sentindo.

- É. – Ela ainda não me encarava. – Eu não sou eu. 

- Que papo é esse? 

- Eu vou embora e você não pode se apegar a mim. Eu não quero te fazer sofrer. 

- Mais do que já fez? É impossível, certo? 

- Quê? Como assim? Eu jamais iria te fazer sofrer. Eu te amo Mina, eu te amo muito. Tudo pelo o que você passou não foi culpa minha, foi culpa da antiga Chaeyoung. Eu sou um homúnculo. 

- De novo essa história de homúnculo? A gente nunca vai sair do lugar se não me falar sobre isso. 

- Quando a Chaeyoung sofreu o acidente ela morreu e eu acabei tomando o seu lugar. Homúnculo é um ser sem corpo, é como se fosse um fantasma. Eu entrei no corpo da Chaeyoung para cuidar de seus assuntos, mas aquela antiga Chaeyoung vai voltar e eu vou embora. É por isso que eu quero terminar com você, eu não quero que sofra quando eu partir. 

- E você quer que eu acredite nessa história? Isso é só uma desculpa para terminar comigo. – Andei para o lado e para o outro nervosa e estressada. Eu queria chorar, mas Chaeyoung já estava fazendo isso por nós duas. 

- Eu queria que você acreditasse em mim, eu não mentiria pra você sobre isso. Eu te amo de verdade, eu te observei quando eu ainda não tinha um corpo. Eu achei que ocupando o lugar da Chaeyoung eu poderia ficar perto de você. Bem, e deu certo, mas é que a qualquer momento eu vou embora e  não vou mais poder ficar com você. Não quero que se torne dependente disso. Eu não quero te fazer sofrer.

- Não quer que eu sofra ainda mais, não é? Você gastava dinheiro com vagabundas enquanto eu estava trabalhando para manter aquela empresa de pé. Que tipo de pessoa você acha que eu sou, Chaeyoung? -  Não consegui mais evitar, chorei. – Eu não sou tão ingênua assim, sabia? Eu tô muito decepcionada com você por ter me traído. Você foi baixa, imoral e ilegal. Você me usou, me abusou e ainda me humilhou. O que quer que eu faça com tudo isso, me diz? – Fui até ela e a segurei pela gola de sua blusa. 

- Eu sinceramente não sei. – Seus olhos estavam inchados, eu os encarava bem de perto. – Eu só queria que acreditasse em mim, eu não sou aquela Chaeyoung. 

- Por que eu acreditaria nisso? Isso é fantasia. 

- Por que eu te amo e daria minha vida por você. – Chaeyoung segurou meu rosto e me beijou. A princípio tentei lutar contra, mas fui vencida e nos beijamos loucamente, começando a acender um fogo dentro da gente. 

Nos soltamos e olhamos em volta a procura de um lugar reservado e achamos um banheiro público velho, onde entramos e fomos para uma das cabines, trancamos a porta e fizemos amor lá. Ela desceu suas calças e as minhas. Chaeyoung me botou nos braços, me escorando na parede, eu passei minhas pernas em volta de sua cintura e ela adentrou seu pênis em mim, me fazendo gemer alto. Ela mentia forte, fazendo meu coração acelerar, eu a odiava por me fazer ama-la, era injusto, mas ela tinha razão, eu estava dependente daquilo. 

Segurei em seu pescoço e tomei seus lábios para um beijo. Mais uma vez estávamos fazendo sexo sem camisinha, mas não que isso venha ao caso agora. Eu só queria senti-la, eu só queria ama-la mesmo sendo naquele banheiro de bar velho. 

Chaeyoung gemia enquanto me dava estocadas e me segurava. O sexo com ela era muito bom, que me deixava lubrificada e com orgasmos. 

- Eu... t-te amo... Mina. – Ela disse ofegante e suada. Eu sabia que ela estava se esforçando muito. – Eu vou... 

Não disse nada, apenas deixei que ela gozasse. Eu sabia que ela ia fazer isso quando travou seu membro em mim e eu senti seu líquido quente me inundar. Ela não foi a única, eu também acabei gozando por todo o seu membro. 

Fizemos rápido pois ela estava bêbada, machucada e estávamos em um banheiro público. 

Quando terminamos nos vestimos e pegamos um táxi para o meu apartamento. 

Tirei suas roupas e as minhas e tomamos banho juntas. Não foi um banho demorado, depois vesti um pijama nela e a deitei na cama. 

- Mina, deita comigo? – Ela já não chorava e estava menos bêbada. 

Me deitei ao seu lado olhando bem em seus olhos. Eu estava confusa. 

- Eu te amo, Mina, mas um dia terei que ir embora e talvez aquela pessoa ruim volte. 

- Você tá falando sério quanto a isso? É mesmo um homúnculo? Quer que eu acredite nisso por você? 

- Eu quero que acredite por nós duas. – Ela puxou minha mão e botou em cima do seu coração. – Esse corpo não é meu e essa vida não é minha, mas os sentimentos são e tenho certeza que te amo e jamais te machucaria, jamais faria as coisas horríveis que a Chaeyoung fez. Você precisa sentir verdade em mim. Se você me ama um pouco vai acreditar. 

Eu a encarei e por um momento senti verdade no que ela falava. Desde o acidente Chaeyoung havia mudado, como se fosse outra pessoa em seu lugar e quando encarei profundamente seus olhos eu simplesmente não consegui ver mais Chaeyoung, eu não via ninguém, apenas um ser cheio de amor, mas muito triste ao meu lado. Fiquei com medo, mas eu amava aquela criatura e iria lutar para ficar com ela até o último dia de sua vida. Foi quando passei a acreditar.

- Eu acredito em você, Chaeyoung. Você é a minha Chaeyoung ideal e vamos ficar juntas, vamos achar uma solução para nos mantermos unidas.  – Eu a abracei forte e algumas lágrimas percorreram o meu rosto. Eu queria ficar com ela para sempre, eu a amava e não queria perde-la de forma alguma. 

Eu queria lutar contra Chaeyoung, mas eu sabia que seria injusto fazer isso com ‘aquela’ Chaeyoung. 

 



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