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História Shadow world - Capítulo 23


Escrita por: manucaximenes e CrisHerondale

Capítulo 23 - Capítulo 23


Fanfic / Fanfiction Shadow world - Capítulo 23

Capítulo 23

 Vazio

 

Depois do portal Unseelie. Idris –Escombros da Residência dos Lightwood, entardecer de 27 de Setembro de 1886.

 

Alec sente uma forte dor de cabeça.

Quando ele abre os seus olhos, um pânico invade o seu ser, fleches dos acontecimentos anteriores pulam em sua mente e tudo o que ele conseguia pensar era em Magnus, tanto que ele levanta-se abruptamente, batendo-se contra Magnus, que os estava protegendo em uma bolha azul.

-Magnus. –Chama, tocando em seu braço e no segundo seguinte, Magnus cai em seus braços, visivelmente fraco. –Pegue. –Manda, olhando-o nos olhos, oferecendo a sua mão, a sua energia.

-Não, Alexander, você vai precisar dela. –Garante, afastando a mão de Magnus, porém Alec entrelaça os seus dedos, apertando a mão do feiticeiro.

-Isso não é um pedido, Magnus Bane. –Diz, sério, mas a verdade é que Alec estava com medo, medo de perder Magnus, medo que Alex perdesse a sua Maggie, medo que os seus filhos perdessem um pai, medo que as suas filhas perdessem a mãe.

-Isso é extremamente excitante. Prometa que vai mandar em mim mais vezes. –Manda e fios azuis ligam os seus pulsos, começando o fortalece-lo e deixando Alec fraco.

Quando a conexão se acaba, Alec sentia que tinha lutado com mais de cem demônios ao mesmo tempo, enquanto Magnus parecia estar do mesmo nível, fazendo-o compreender, que ele não havia recarregado a sua energia, só o suficiente, o suficiente para os dois saírem dali com vida.

-O quê? –Pergunta Alec, confuso.

Magnus estava com um olhar ansioso, ele tocava o rosto de Alec com a ponta dos seus dedos, fazendo-o suspirar.

-Não me prometeu. –Acusa, deixando-o envergonhado e fazendo-o se encolher.

-Pode não tocar no assunto? –Pede, envergonhado, sentindo as suas bochechas queimarem.

-Você é adorável. –Afirma, alisando os lábios de Alec. –Anseio pelo dia de beijar os seus verdadeiros lábios. –Confessa, murmurando.

Aquele também era o desejo de Alexander, mas existiam coisas mais importantes naquele momento.

-Também. –Confessa, suspirando. –Mas temos que sair daqui. –Lembra, levantando-se. Alec estende mão em direção a Magnus, que a aceita prontamente. –Aonde acha que ele está? –Pergunta, avaliando-o.

-Provavelmente tentando encontrar um jeito de nós prejudicar, nós atrasar. –Responde, preocupado.

-As meninas? –Pergunta, nervoso.

-O seu parabatai, Izzy. –Responde, fazendo-o engolir em seco. –Temos que ir atrás deles o mais rápido possível. –Afirma, seguro.

-O que ele quer? –Pergunta, confuso.

-Unir todas as dimensões... Trazer o inferno para ao mundo dos humanos. –Responde, olhando-o nos olhos.

-Um novo Sebastian? –Pergunta, nervoso.

-Tenho medo de responder está pergunta, Alec. –Confessa, fechando os olhos.

Deveria ser difícil pensar que Ragnor, mesmo que em outra dimensão, estivesse pensando em algo assim, já que aos olhos de Magnus, ele ainda era o Ragnor.

-Este não é o seu amigo. –Afirma, aproximando-se ainda mais de Magnus.

-Sinto como se fosse. –Confessa, olhando-o nos olhos. –Maggie vai ficar arrasada. –Comenta, murmurando. –Sabe, Alec... Alguns feiticeiros quando chegam a uma idade avançada querem ir para um lugar chamado o Vazio, no mundo dos demônios, impedi Aldous uma vez com a ajuda de caçadores de sombras, mas sempre há aqueles que querem obter respostas. –Comenta, afastando-se de Alec.

-Ele quer que o Vazio se torne o mundo humano? –Pergunta, confuso.

-Ele vai usar o feitiço de Aldous para juntar tudo. –Responde, nervoso.

Alec ouve uma movimentação e acaba acertando um demônio com uma flecha logo em seguida.

-Temos que sair daqui. –Chama, armando o arco novamente.

 

***

 

Depois do portal Unseelie. Idris –Escombros do Gard, Tarde de 27 de Setembro de 1886.

 

A nuvem de poeira que tomou o local quase não deixava Clary enxergar ao redor, a ruiva pegou sua estela e desenhou uma runa de visibilidade, logo conseguiu distinguir o demônio, ele estava chegando perto de Jace, desesperada Clary sacou uma lamina serafim e a atirou no demônio, que por ser um demônio maior nem ao menos sentiu a pequena lamina, cada vez mais desesperada Clary começou a correr até o amado. 

Com uma rapidez que lhe era desconhecida, a ruiva chegou até o demônio e sacou sua espada Mongerstern, com habilidade começou uma luta ferrenha, apesar de ser forte, a ruiva estava em desvantagem, porém com um movimento rápido conseguiu usar a espada para empurrar o demônio para longe, aproveitando para dar um corte lateral na criatura, à ruiva sentiu a pele queimar onde o icor que emanava do demônio caia em sua pele. 

Aproveitando que o demônio estava atordoado, Clary corre até Jace, com cuidado a ruiva começa a procurar por ferimentos, aliviada vê apenas um pequeno filete sair de um pequeno corte em sua testa. Habilmente ela desenha uma iratze e logo percebe que o loiro abre os olhos. 

— C-Clary? O que aconteceu? - Perguntou Jace se sentando.

— Um demônio maior, Jace eu feri ele, mas temos que sair daqui! 

— V-você feriu ele? Como? - Perguntou o rapaz com os olhos arregalados.

— A-acho que aqui, nós temos sangue de anjo Jace, assim como na nossa dimensão. 

— Mas como? Na dimensão anterior, nós não tínhamos! 

— Magnus me disse que na dimensão anterior, Valentim não havia enlouquecido, ou seja, nada do que aconteceu na nossa dimensão havia acontecido ali, nós não fomos experimentos. Mas aqui, Magnus disse que seguiu a mesma linha da nossa dimensão, apesar dos sexos trocados. Então, aqui nós temos algumas vantagens que os caçadores normais não têm. 

— Pelo menos uma notícia boa! Sou um guerreiro, Clary! Finalmente vou fazer jus a isso! 

— Desculpe, meu amor, mas você aqui é uma mulher e está gravida e parece ser bem delicada, não sei se você consegue intimidar alguém. - Disse Clary segurando o riso. 

— Obrigada pelo apoio moral, meu amor! - Disse Jace irônico. 

— Desculpe, mas tem uma coisa que não entendo, quando eu vi o demônio chegar perto de você, eu enlouqueci, só pensava em te salvar e devo agradecer ao Anjo por ter esses músculos, ou não teria conseguido manter uma luta contra ele, mas eu corri Jace, eu corri muito rápido, realmente muito rápido! E velocidade e força não é exatamente uma coisa que eu tenho. 

— Espera! Força e velocidade são minhas habilidades, Clary, e eu não me sinto muito veloz ultimamente. 

— Será que nossa habilidades . . . 

Clary não concluiu a frase, pois o demônio que antes estava atordoado agora estava pronto para o ataque novamente, Jace arregalou os olhos ao ver a criatura, Clary podia estar em plena forma, mas ele não se sentia assim, um corpo feminino era muito frágil, ele não sabia se conseguiria lutar como sempre fazia, não iria resolver partir pra cima com tudo. 

— Jace, você não está vendo nada? 

— Como assim? Estou vendo um demônio furioso vindo pra cima da gente. 

— Não, você não quer desenhar nada? 

— Não faço ideia do que quer dizer. 

O demonio partiu para cima dos dois, Clary se jogou para o lado e empunhou a espada novamente, Jace que também havia pulado para o lado procurou sua laminas serafins e se amaldiçoou, ele havia saído apenas com a estela, primeiro que não acreditava que seriam realmente atacado, e segundo porque se sentia cansado e não queria carregar peso. Agora se amaldiçoava, não era de seu feitio sair assim tão desarmado, ele sempre era cauteloso. 

Clary percebeu que o loiro estava desarmado e assumiu o ataque, não podia deixar que o demônio chegasse até Jace, com uma investida rápida a ruiva conseguiu acertar a espada na lateral da cabeça do demônio, mas não foi rápida o suficiente e a calda do demônio lhe jogou longe. 

Desesperado Jace tenta ir até Clary, mas sem ter realmente como fazer. O loiro ia avançar contra o demônio quando uma imagem começou a se formar em sua mente, parecia com uma runa, mas ele não conhecia nenhuma runa como aquela. Encantado o caçador pegou a estela e começou a desenhar a runa no ar.

Por um momento nada pareceu ter acontecido, mas logo o demônio começou a se contorcer soltando um grito horripilante e se transformando em cinzas. Jace olhava para o monte de cinzas em choque, mas logo se lembrou de Clary e correu até a ruiva.

— Clary está tudo bem? 

— S-sim, nossa! Jace você fez aquilo? - Perguntou a ruiva sorridente, mas no fundo ela já sabia a resposta.

— E-eu acho que sim, mas não sei como. - Respondeu confuso. 

— Jace, acho que aqui, nossas habilidade especiais foram trocadas, eu tenho sua velocidade e força e você tem minha capacidade de criar runas. 

— Isso é bom, pelo menos não sou inútil. - Disse o rapaz alegre. 

— Você nunca é inútil, meu amor. - Disse Clary sorrindo, mas deixando escapar um leve gemido. 

— Você está machucada! Onde se feriu, Clary? - Perguntou o loiro preocupado.

Clary suspirou e mostrou o ferimento em sua costela, era um corte fundo onde a calda do demônio acertara, Jace franziu a testa preocupado e começou a desenhar uma iratze tentando curar o ferimento. 

— Isso não vai adiantar, deixe que eu conserto isso. 

O casal se virou assustado e avistaram a figura de Catarina, ou melhor, Caius chegando até eles. 

— Catarina? É você? - Perguntou Clary.

— Bem, aqui eu sou Caius. Deixem me ajuda-los. 

A feiticeira se aproximou dos dois e começou a fechar o ferimento de Clary, Jace sentiu seus olhos pesarem e uma sonolência se apossar de seu corpo, com um chacoalhão de cabeça o loiro se afastou de perto da feiticeira e pegou a espada que Clary havia deixado cair. 

— Quem é você? Afaste-se de Clary agora! 

— Jace o que há com você? - Perguntou Clary assustada com a atitude do rapaz. 

— Essa não é Catarina, Clary, não sei explicar, eu apenas sei que essa não é. Tem alguma coisa errada com ela. - Disse Jace sem desviar o olhar da feiticeira. 

Clary arregalou os olhos e tentou se levantar, mas uma dormência em seu corpo a fez continuar no lugar. 

— Você é realmente muito esperto, Herondale... Pena que percebeu isso tarde demais.

Jace arregalou os olhos ao ver Caius se transformar na versão feminina de Ragnor Fell, o feiticeiro estalou os dedos e tanto Jace como Clary caíram desacordados no chão, enquanto Ragnor dava um sorriso transtornado. 

 

***

 

Depois do portal Unseelie. Idris –Esgotos, entardecer de 27 de Setembro de 1886.

 

Izzy observava a dispensa, estava praticamente vazia, mas existia tanto amor que as dificuldades eram superadas dia apos dia... Não existia isso em sua casa, longe disso. Todas as dificuldades eram colocadas para debaixo do tapete e esquecidas.

-Izzy. –Chama Simon, preocupado.

-O quê? –Pergunta, confusa.

-Estamos sendo atacados. –Responde, preocupado. Izzy desenrola o seu chicote e o segue, sentindo uma mão na sua, parando-a.

-Não se preocupe, tio Isaac. Eu protejo. –Afirma Marie, olhando-a nos olhos.

 

***

 

Depois do portal Unseelie. Idris –Esgotos, manhã de 27 de Setembro de 1886.

 

Jenninfer e Wendy olhavam para Thomas que andava de um lado para o outro mexendo em vários livros ao mesmo tempo, a pequena sala improvisada para ser seu escritório estava empilhada de livros, apesar de viverem em condições nada favoráveis, Thomas não havia aberto mão de sua biblioteca, seu livros haviam todos sido postos naquele lugar, ele sabia que os esgotos onde viviam não era muito grande ou confortável, mas precisa de seus livros não podia abrir mão deles. 

— Eu nunca vi Thomas tão concentrado em algo que não fosse nos conquistar. - Comentou Wendy com Jennifer. 

— Na verdade, Thomas sempre faz de tudo para nos ver bem, para nossa segurança, Wendy, toda essa historia de dimensões o está tirando o sono. 

— Eu sei Jenny, mas estou preocupada, não sei se ele está bem o suficiente e outra coisa, tenho medo de que ele acabe se sacrificando no fim dessa historia toda. 

Ambas as garotas viram Thomas se estressar e jogar todos os livros que estavam sobre a velha mesa de carvalho no chão, aliás todo o conteúdo da mesa fora jogado no chão. Jennifer e Wendy se assustaram com a reação de Thomas, era muito raro o rapaz se irritar de verdade, ou ao menos demonstrar na frente delas.

— Thomas? Tudo bem? - Perguntou Jennifer cautelosa se aproximando do feiticeiro e colocando a mão em seu ombro. 

— Sim. Desculpe assusta-las, não era minha intenção. 

— Thomas, não somos frágeis e indefesas, você mesmo disse que uma das coisas que o fez se apaixonar por nós foi nosso jeito independente e forte. Então não nos trate assim, como se fossemos de vidro e pudéssemos nos quebrar a qualquer momento. Diga o que está te incomodando, compartilhe conosco suas frustrações, queremos te ajudar. - Disse Wendy passando a mão pelo rosto do rapaz. 

Thomas suspirou rendido, não é que não confiava nas garotas, mas não queria preocupa-las.

— Me desculpem, eu realmente ando bem estressado, preciso encontrar uma forma de parar tudo isso, alguém está tentando acabar com o mundo que nós conhecemos. Estão tentando unificar todas as dimensões em uma só, abrindo assim um portal para o vazio. 

— O que é vazio? - Perguntaram, tanto Wendy quando Jennifer ao mesmo tempo. 

— Vazio, como posso explicar para vocês? - Perguntou-se o feiticeiro coçando a cabeça. - Vazio é como chamamos os espaços inexistentes e grandiosos entre dois mundos, onde demônios maiores mortos são mandados até estarem reconstituídos para voltarem a sua terra natal. Alguns feiticeiros acreditam que essa dimensão seja a " casa " dos feiticeiros. As vozes desses demônios nos tentam para que nos juntemos a eles. 

— Pelo Anjo! Isso é muito sério. Temos que impedir isso Thomas! Se isso acontecer, é o fim de tudo. - Exclamou Jennifer horrorizada. 

— Eu sei, mas não consigo achar uma forma de impedir isso, a sensação que Tessa estava sentindo, é o fato que seja lá quem for que esteja fazendo isso, já começou! 

— Temos que dar um jeito, juntos, como a família que somos!  - Disse Wendy encostando sua testa na de Thomas e puxando Jenninfer para se juntar a eles. 



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