CAPÍTULO DOIS
Aline está saindo do quarto de Isabelle, que a encontra na porta.
— Aline, Oi! O que você estava fazendo no meu quarto? — Ela pergunta.
— Eu…? Te procurando. Gostaria de entregar meu relatório sobre a última ida ao instituto de Los Angeles. — A mulher solta os dedos da maçaneta.
— Aline, você não trabalha aqui. Não precisa entregar relatórios.
— Hm… Surpresa…? Eu solicitei minha transferência para o instituto de Nova York. — fala, tirando uns fios de cabelo do rosto.
— Ah, que ótima notícia, Aline. Já disse a Helen? — Ela dá um passo para trás.
— Ah, sim, claro.
— Estou tão feliz pelas duas.
— Eu também, obrigado. — Ela responde, com um sorriso singelo.
Izzy sai de sua visão.
Os líderes dos principais institutos estão presentes no de Nova York, acumulados como numa grande colmeia de abelhas rainhas.
— Senhores e senhoras, sabemos o que Clary Fairchild sacrificou para salvar o mundo, e estamos mais que agradecidos. Entretanto, ao utilizar a runa criada por ela mesma, foi contra o desejo dos anjos, que retiraram à força as runas e lembranças de Clary Fray, relacionadas ao mundo das sombras. Agora, estranhamente, as memórias de Clary estão voltando lentamente — pondo em risco todo o mundo das sombras. Se Clary Fairchild se lembrar de tudo, e não estar ciente da necessidade de manter completo sigilo, nós estamos diante de uma grande ameaça. — Disse Arkael, do instituto de Londres.
— E o que nos sugere, Sr Cartairs?
— Sugiro que, assim como diz as leis impostas pela Clave, Clarissa Adele Fairchild seja executada.
Alec se levanta com pressa da cadeira.
— Sem chance! Clary foi a única pessoa deste instituto que teve a coragem e a capacidade de enfrentar Jonathan Morgenstern, seu irmão, e pará-lo.
— Baixe o tom de voz, Sr. Lightwood. As sugestões serão passadas para o conselho, se consideradas válidas.
Isabelle está deslumbrante com seu vestido preto, tilintando uma taça disposta à mesa.
— Simon, não acha um pouco bizarro nós virmos, como um casal, para o restaurante da Maia?
— Qualé, linda. A gente já passou dessa fase.
— Pois é, mas com certeza não chegamos na fase “Linda”. Tá tendo aulas com o Jace de novo?
— Ah, ele sabe como conquistar as mulheres.
— Você não tem que conquistar as mulheres, Simon. Você já me conquistou.
Simon acaricia os lábios de Isabelle com um beijo.
— Oi, gente. Vão querer o quê? — Maia se aproxima, interrompendo o beijo.
— É… três bagels com queijo e tomate.
Isabelle olha com desconfiança, juntando mais os pés por debaixo da mesa.
— Um bagel?
— É tipo um pão com o formato parecido com o de uma rosquinha. Quer provar? — Ele solta o menu na mesa.
— É. Pode ser.
— Então, são seis deles? — Maia apronta os dedos ao Tablet.
— Isso. — diz Simon.
Ela se retira da frente dos dois.
— Acha que Clary se lembra de mim? A gente se conhece há tantos anos.
— Tudo relacionado ao mundo das sombras foi apagado dela, e você faz parte desse mundo. A não ser que, como eram próximos antes da vida dela virar de cabeça para baixo, ela possa lembrar do antigo Simon — mas você convenceu sua mãe de que tinha morrido, então…
— Tem razão. — Ele diz, com uma clara preocupação no rosto. — Bom, vamos falar de coisas boas — Simon transforma sua tensão em um breve sorriso.
— Seria ótimo se tivéssemos coisas incríveis para discutir sobre, o que não se aproxima muito da realidade, no momento.
— Temos ótimos exemplos de bons momentos, como esse — Simon pega a mão de Izzy. — Eu te amo, Isabelle Lightwood.
— Eu também gosto de você, Simon Lewis.
O gesto com a mão vai se transformando em algo mais, e, da maneira mais natural, as duas bocas já se encontram com um quente beijo.
Magnus está observando a paisagem que sua varanda abrange. Ele escuta o som de sapatos arrastando no tapete externo, seguido de um balançar de chaves delicado.
— Como foi com a Clave?
— Eu poderia citar milhares de palavras para descrever o caos, mas “tenso” já serve.
— Tenho uma tática milenar de como aliviar a tensão alheia. — Magnus o olha com indecência.
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