História Shadows of a Pack - Vamos Matar Aula?

Todos estavam se divertindo, eu estava de mãos dadas com Isaac, Scott com Kira, todos estavam conversando normalmente quando Stiles interrompeu a todos. – galera, galera, a Malia chegou. – quando Stiles disse isso seus olhos brilharam tanto que pareceu que uma estrela tinha se instalado em seus olhos.

Do jeito que ele é se levantou todo atrapalhado correndo em direção a uma menina, meio loira, com seus cabelos caindo aos ombros, estava com uma roupa larga e seus materiais em uma bolsa bege.

- e ai galera, sentiram minha falta?

Só eu que não sabia dela, todos a cumprimentaram. Quando chegou minha vez eu apenas sorri e acenei com a cabeça. Ela perguntou alguma coisa para Kira, que também respondeu algo em seu ouvido.

Os minutos se passaram e eu havia planejado algumas coisas para tarde de hoje, eu iria passar uma tarde com Isaac, uma tarde romântica com Isaac. O engraçado é que essa ideia veio da parte dele.

** flashback on**

Uma bolinha de papel cai amassada em minha mesa. A bolinha veio da direção de Isaac, que com um sorriso angelical, mandou silenciosamente que eu abrisse e lesse.

“eu estava pensando... o que você acha de irmos dar uma volta quando sairmos? Tipo uma tarde só para nós?”

Fiquei surpresa com esse tipo de pergunta, vindo de um homem. Realmente, Isaac não é um garoto pra qualquer uma. Ainda bem que nossos destinos nos fizeram cruzar. Claro que não foi em uma das melhores condições do mundo... eu sei que ele é uma criatura sobrenatural, que tem dentes afiados, unhas enormes e afiadas, olhos com suas cores anormais.

É claro que eu iria saber disso uma hora ou outra, mas eu fiquei sabendo na pior hora possível, na hora em que eu estou sabendo que tem uma mulher-loba atrás de mim, tentando me matar, e sem motivo.

Me virei para Isaac lhe dando um sim com a cabeça sorrindo para ele.

- posso saber o motivo de sorrisos e sinais? – disse o senhor Yukimura

- desculpe senhor Yukimura – disse me virando para frente e fingindo que estava lendo o livro didático. Assim que o senhor Yukimura se virou para o quadro eu disparei um olhar para Isaac, esperando que ele esteja olhando para mim também. E foi bem assim ele olhou para mim, com seu sorriso, se eu fosse picolé, teria derretido.

 Depois disso eu voltei a prestar atenção na aula.

**Flashback off**

Quando o sinal toca, me despeço do pessoal, e vou em direção ao meu armário. Tinha de pegar meu caderno de economia e deixar o de física. O meu armário coincidentemente fica ao lado do armário de Scott. Ao chegar em frente o meu armário giro o cadeado até formar os números chaves.

Abri o armário e coloquei o meu caderno ali. Quando ia puxar o caderno de economia junto com o livro, sinto dois braços me abraçando e um rosto atrelado a minha nuca, sua respiração em meu pescoço faz os pelo de minha nuca se eriçarem.

- oi, minha princesa – reconheço a voz de Isaac.

- oi, meu príncipe. – sorrio me virando para ele e lhe dando um selinho.

- qual é a sua aula agora? – ele perguntou ainda abraçado a mim.

- economia. – ele fez uma careta bem esquisita e engraçada – boa sorte com o treinador Finstock.

- uhm – revirei os olhos – muito obrigada, pois vou precisar. – disse sorrindo.

Ele me beijou na bochecha me largou indo até seu armário que fica a poucos metros do meu. Peguei meu livro e caderno de economia e tranquei meu armário, indo de encontro a Isaac e lhe esperando pegar seus livros.

- aguenta firme. Só mais uma aula . – ele disse vendo minha apreensão estampada em meu rosto.

- a gente não pode matar aula não? - Disse falando baixo. – por favor. – Isaac era do tipo certinho quando queria, mas eu estava orando para que esse tipo certinho não aparecesse agora.

- me desculpa, mas você tem aula de economia – ele disse fechando seu armário – e eu de álgebra. – ele olhou nos meus olhos. – são matérias importantes.

- mas uma vez na vida e outra na morte? Não mata ninguém – eu disse com meu timbre de voz quase implorando.

- não... não... – ele me puxou pelo braço me conduzindo até a porta da sala de economia , que nem o treinador estava ainda. Apenas estavam ali os gêmeos e a Lydia. – vai... entra.

- eu vou entrar você pode ir. – eu estava destinada eu iria matar aula, com ou sem Isaac.

- não eu só vou quando você entrar. – ele disse.

- não acredita em mim? Anda logo vai. – ele sorriu para mim, me deu um selinho e eu o esperei fazer a curva do corredor, aproveitei que o senhor Finstock ainda não tinha chegado, então eu sai correndo em direção à porta de saída da escola.

A cada passo ela ficava mais perto, e isso me alegrava não ter de ouvir a voz desse treinador vai ser muito bom, eu não sei se o aguentaria jogando lacrosse.

Alcancei a porta com a mão já a empurrando e a abrindo. O sol brilhava do lado de fora da escola, o que fez com que meus olhos tivessem de se acostumar com a luminosidade. Ainda não tinha dado quatro passos quando eu me choquei com algo ou alguém. De primeira não consegui ver, mas seja lá quem for, segurou meu braço.

Quando essa pessoa se pôs em frente ao sol todo o meu sorriso e a minha esperança de matar aula foram enterradas. – a senhorita achou mesmo que iria me enganar. – disse Isaac caçoando da minha cara.

- como? Você..agggrhrh – como ele conseguiu... ah, só há uma coisa de ruim com o Isaac, ele é uma criatura sobrenatural, ele consegue ouvir meus batimentos cardíacos e ver se eu estou mentindo.

- achou mesmo que eu iria deixar você matar aula. – toda a minha felicidade havia se esvaído. – pelo menos sem mim?

Meu rosto voltou com a expressão de felicidade, ele não iria me levar de novo para sala? GRAÇAS A DEUS. – pera ai, então você vai comigo?

- bom, você já me tirou do colégio, e mesmo se eu corresse na velocidade que eu posso, ainda iria me atrasar e eu iria ter de ir para a detenção então... presumo que é um sim.

O único problema. A chave da minha moto tinha ficado dentro do meu armário, e se eu voltar lá as câmeras de segurança iriam me pegar, e eu levaria suspensão por isso.- presumo que teremos que ir andando pois a chave..... – nem terminei de completar a minha frase. Com um sorriso Isaac segurava a chave da minha moto nas mãos o que me fez sorrir de novo. – você é incomparável sabia?

- eu sou de mais, disso eu sei.- ele disse se virando andando em direção a minha moto.

Ainda parada ao lado da minha moto, Isaac tirou minha mochila das minhas costas e a prendeu em suas costas me deixando mais livre para conduzir a moto.

Coloquei meu capacete, subi na moto, liguei-a e acelerei, passando pelo portão ainda aberto da escola.

Os meus cabelos ao vento sempre me deixa poderosa pelo menos me faz sentir assim, e agora tendo uma companhia dessas atrás de mim não preciso nem falar.

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Ao andarmos, evitamos a rua da casa do Scott, o hospital onde sua mãe trabalhava, a minha nova casa, a casa de Stiles nem a delegacia. Resolvemos pegar uma estrada em plena floresta. Sim, eu sei, parece ser arriscado, mas nas últimas semanas tudo pra mim está sendo arriscado.

A pista estava seca e livre, mas um pouco distraída, olhei para os lados e reconheci um carro. Eu freei bruscamente, tão rápido que o corpo de Isaac se chocou contra mim, depois desse momento, o silêncio predominou, apenas o som dos pássaros e do motor da minha moto estavam chegando ao nossos ouvidos.

- Isaac, Lydia não estava na escola?

- estava. Íamos para a mesma sala.

Eu tenho certeza que Isaac sentiu a diferença no meu batimento cardíaco, pois deu uma alavancada e eu senti um medo enorme ali. – se ela estava na escola o que o carro dela, faz ali? – apontei na direção do carro.

Nossos olhares preocupados se encontraram e foi como um mandamento sem palavras, eu conduzi minha moto até onde estava o carro de Lydia.

O carro estava parado, mas seu motor ainda estava ligado. Desliguei minha moto e desci dela, Isaac fez a mesma coisa. Fui em direção ao carro e tirei a chave da ignição, desligando o mesmo, quando Isaac chamou minha atenção.- Katherine. – ele me chamou e eu sai do carro de Lydia, e me deparei com a mesma olhando para algo com sua cabeça tombada para o lado esquerdo.

Nós nos aproximamos dela, ela parecia estar hipnotizada, sem consciência da onde estava. Lydia estava olhando para uma árvore aquilo me fez transpirar de medo, minhas mãos começaram a suar.

Foi ali que eu acordei à duas semanas atrás, e a Lydia estava olhando ali, sem nexo, olhando para o nada. Eu me posicionei na sua frente, e a sacudi de leve pelos ombros – Lydia. Acorda.

Assim que parecia que ela tinha recobrado sua consciência, sua expressão mudou de vazia para eterno medo. Podia não ter poderes sobrenaturais, mas era visível que sua respiração e batimentos cardíacos estavam altos.

Então do nada ela gritou.

Seu grito foi tão alto e tão fino, mais tão fino, que não me aguentei em pé, cai sobre a grama seca tapando meus ouvidos e fechando meus olhos. Fiquei desnorteada por um tempo no chão depois que ela deu seu super grito.

Logo depois Isaac veio até mim – você está bem?

Concordei com a cabeça enquanto ele me ajudava a levantar. – que merda foi essa?

- não sei. Eu só sei de uma coisa, se ela grita, não é um bom sinal.