História Shadows of a Pack - Festa Da Chegada.

- um filho? Um.... filho? - Isaac falou e repetiu, branco... que quase não saiu.

- antes estava difícil de entender, mas agora está bem nítido... e se vocês fizerem silêncio vão ver que os corações não estão tão alinhados como vocês pensavam. - por um instante o galpão realmente ficou em silêncio completo, e consegui escutar os dois corações que batiam dentro de mim, podia ver que um ritmo de batidas, era mais fraca que a outra.

Ao ouvir o coraçãozinho minha boca se abriu como se fosse sair algo de lá, mas em vez de sair sons da minha boca, lágrimas rolaram dos meus olhos, lágrimas de alegria.

- você deve estar em torno de seis semanas. - disse Alan.

Minhas mãos involuntariamente foram parar em minha barriga, eu estava estarrecida... eu estava grávida.

- eu acho melhor vocês irem para casa, respire, um pouco antes de vocês voltarem a sua vida normal.

Vida normal,  era uma coisa que eu não tinha mais, não depois que conheci eles, mas sempre tentamos viver um dia de cada vez.

                                             ****

O despertador me deu um susto na manhã seguinte. Eu bati com força no despertador que não sei como eu não quebrei-o em pedacinhos.

- uou, calma gatinha. - disse Isaac, mas eu não o vi, pois estava de costas para ele.

- eu, estou calma... - disse em tom brincalhão. Quando eu me virei Isaac estava com um shorts jeans apenas, seus músculos estavam a mostra. Agora eu entendo porque eu não me arrependo de ter um filho, com ele.

Ele riu, trazia uma bandeja com suco de laranja, e algumas torradas, pão, e tudo a mais. - trouxe algumas coisas pra você. Creio que está com fome. - sorri. Ele sabia exatamente do que eu precisava.

Eu me sentei, mas não tomei cuidado, sentei rápido de mais. Uma dor de cabeça misturada com uma náusea forte, invadiu minha cabeça e eu senti que iria vomitar, se tivesse alguma coisa para vomitar. Acho que eu não como alguma coisa tem mais de doze horas. Meu estômago não pedia comida, mas sentia que ele estava vazio. 

- meu amor,  está tudo bem? - Isaac perguntou. Pareceu preocupado comigo.

- estou sim foi só uma náusea rápida.

- tem certeza? Quer que eu te traga algum remédio, ou alguma coisa, só me falar. - eu sorri. Ele é perfeito quando se mostra protetor.

- mô... - eu sorri. - eu estou bem. Agora porque em vez de você ficar me olhando você não se senta aqui comigo?

Sem pensar duas vezes ele se sentou comigo, me enrolando nos seus braços protetoramente. Ele colocou a mãos em minha barriga. - você consegue ouvir nitidamente? – ele me perguntou.

- o que? O coração? Sim, da pra diferenciar do meus, os batimentos são mais fracos que os meus, mas mesmo assim rápidos, constantemente rápidos. Você não?

- é mais difícil, tenho que atravessar barreiras tentar isolar o som de tudo é me concentrar apenas no bebê, mas eu venho mais preocupado, com você e com o bebê, mais em alerta, tendo quê estar pronto para qualquer coisa. Eu não consigo me concentrar em apenas uma coisa, não mais...

Sorri instantaneamente, desde que soube a grande notícia, ele tem ficado mais em alerta, mais protetor, e eu amo tudo isso. Na verdade eu também tenho cuidado no que eu ia fazer, ou que sempre estava fazendo, pensando nos mínimos detalhes tudo para não me machucar.

Isaac colocou sua mão em minha barriga e eu as encobri com a minha mão. - isso tudo é muito louco.

- daqui a quase oito meses teremos uma miniatura de nós aqui nos nossos braços.

- eh loucura. - dei uma espiada no relógio, e iria dar oito da manhã. - e então, os nomes? Qual o da nossa filha? – Isaac disse

- ou filho? - eu ouvi direito isso?

- prefiro menina, para poder ter você, e minha filha, para chamar de minhas.

Meus sorriso se abriu e meu rosto ficou vermelho, eu senti isso. - tenho mil perguntas, e talvez nenhuma resposta. Como será o rostinho dela, ou dele.

- não sei, mas espero que o sorriso seja seu – sorri

Eu me deparei com o espelho. Eu não estava diferente fisicamente, mas me sentia diferente, era uma sensação boa, mas em desespero, meu filho vai crescer num ambiente mítico. Se você chegasse para mim há um ano e me falasse que eu iria conhecer um lobisomem eu iria rir e chamar de maluco, mas agora o que eu penso, conheci um não, um bando de lobisomens, sou uma deles, e estou no mesmo bando, estou namorando um deles, e grávida dele, já matei uma pessoa, o que eu nunca pensei que faria... eu realmente, não sou a mesma de antes, cresci, fortaleci? Não sei, mas tudo isso me veio ao me olhar no espelho. Como se todos os meus últimos meses passassem em segundos na minha frente e eu voltasse ao tempo em que me fizeram uma pergunta, que até hoje não foi respondida. Como eu cheguei na cidade? Mas agora, isso não importa porque eu não ligo. Pelo menos eu vivi, muita coisa tenho muita história para contar...  - Kath..? - disse Isaac me tirando dos meus pensamentos

- oi eu estou bem.. só estava pensando.

- pensando no que?

- em tudo... – eu acho que estava sendo fria com Isaac mesmo não querendo ser, eu estava bem distraída. – em tudo o que nós passamos, desde eu cheguei aqui.

- porque você estava pensando nisso?

- bem, o que eu passei aqui, dá uma história em tanto.

- isso é verdade. – ele disse aparecendo no espelho atrás de mim. Ele me abraçou por cima do ombro.

- e agora será que acabou?

- não sei.. espero que sim.

                                 ****

Já estava tudo preparado, a festa iria iniciar às sete da noite. Em casa Isaac, Scott, Melissa e Chris, me ajudaram a montar a decoração, não era a toa, mais uma pessoa estava chegando no bando, na nossa família, tínhamos de festejar. Pedi uma ajuda com a lista de músicas, a festa seria uma coisa mais interna. 

A campainha tocou e primeira a chegar foi Lydia, ela trazia em suas mãos um presente... – oie – bem, desde que descobri que estava grávida, ou seja, umas duas semanas atrás, Lydia se tornou uma bela companheira. Não está aquela menina com um super alto ego que pensei ter.

- oie – ela disse animada e me entregou o presente – eu sei que é cedo para descobrir se é menino ou menina, mas, bem é um presente unissex.

- não precisava, entra logo, não fica ai fora não – eu disse indo na direção da mesinha mais próxima e abri o pacotinho. Quando abri eu vi a coisinha mais fofa do mundo. Uma roupinha de bebê verde, mas um verde claro muito fofo.

- claro que precisa... eu sei que é muito cedo, mas sabe eu queria ser a primeira a dar um presentinho.

- obrigada...- Lydia foi muito fofa em trazer me trazer um presente, mas ela não estava bem, ela parecia, meio, confusa ou desconfortável.

- tudo bem Lydia?

- ahh tudo.

                                 Pov’s Lydia

eu não vou estragar a festa, eu não vou estragara festa, era isso que eu repetia na cabeça. Porque? Alguma iria acontecer. Com o bebê da Kath...

** flashback on **

Algo me incomodava, eu estava animada com a nova chegada na família, cada um estava animado do seu jeito.

Eu havia parado de estudar, estava tudo em dia, trabalhos e estudos então decidi desenhar um pouco. eu já estava pronta para dormir então deitei na minha cama, peguei meu caderno de desenho e comecei a desenhar, uns traços aqui, outros ali...

Daí eu me peguei pensando, em algumas coisas, como eu possa ser uma banshee? Eu só trago a desgraça, primeiro foi a Allison, ai a Kath chegou, e quem descobre que alguma coisa vai acontecer? EU!

Minha mão estava se movendo sozinha... ahh não de novo não. Chega!

Já era tarde de mais o desenho já estava no fim, eu estava dando os últimos retoques... quando minha mão parou. Eu fiquei estarrecida, parada sem conseguir me mexer, o desenho só podia estar errado. Eu fechei meu caderno. E me deitei. Tentei dormir mas tentei, não consegui.

**Flashback off**

Eu me sentei no sofá eu estava com falta de ar ao lembrar da noite passada, fechei meus olhos e respirei fundo. Isaac, Melissa, Chris e Scott estavam já ali, ajudando Kath com os últimos preparativos.

Kath, ia subir a escada para o segundo andar quando eu a chamei. – Kath podemos conversar?

- claro pode falar...

- não tem que ser em particular. – olhei em volta para ter certeza que não tinha ninguém olhando, nem tentando ouvir a nossa conversa.

- tá bom, vamos lá em cima, eu vou guardar o presente que você me deu. – ela subiu as escadas na minha frente, ela entrou no quarto e eu a segui. – o que houve?

- Kath, eu... – eu não conseguiria segurar o choro. – quer saber, deixa pra lá.

- não nada de deixa pra lá fala logo Lydia.

- não eu juro eu não quero estragar a festa, deixa pra depois.

- Lydia, você não está bem, qual é vamos fala.

- Kath... eu... uma pessoa vai fazer mal ao seu bebê.

                                 Pov’s Kath

Eu não ouvi aquilo, como ela pode ter falado isso, ninguém vai fazer mal ao meu filho. – como é?

- eu falei pra você, deixar pra lá.

- não, não é essa a questão. Ninguém vai machucar meu filho.

- essa pessoa não vai ter escolha. Não vai ser culpa da pessoa. Não vai conseguir controlar.

- Lydia, você não está entendendo, ninguém, NINGUÉM vai machucar meu filho. – de saco cheio de tudo isso eu sai do meu quarto deixando Lydia para trás.  

Descendo as escadas ouço a campainha e vou atende-la – eu atendo!!

Quando eu abro recebo um abraço de urso inesperado. – Stiles, quer matar Kath! – disse Malia ao ver Stiles literalmente em cima de mim.

- AHH desculpa...- ele se afastou. – oiii Kath!

- oi Stiles. – sorri, não tem como ficar séria tendo Stiles no recinto. – oi Malia, entrem já estamos prontos.

Deixei Stiles e Malia entrarem e fui ver Isaac.

O abracei por trás quase subindo nas suas costas e o enchendo de beijos. – e o som?

- já tá pronto é só dar play. – Isaac disse sorrindo.

- ótimo deixe-me fazer as honras. – digo apertando o play do computador e a música começou. Eu voltei para sala com um copo de suco na mão já que agora não posso beber e a festa começou.

A campainha tocou de novo dois minutos depois, eu não tinha sinal da Lydia, desde a nossa não conversa no meu quarto. Quando abri a porta, Derek.

Tá não era para ficar surpresa a final eu chamei mas, não esperava que ele realmente viesse, ele nunca vem. – Derek!?

- oi. Erh eu trouxe pra você. – ele tirou uma pequena caixinha que estava escondida provavelmente em seu bolso .

- obrigada. E Peter.. ele não vem.

- você sabe como Peter é...

- ah claro – eu abri a caixinha, e havia ali sapatinhos de pano, de recém nascido, rosa.

- Derek não sabemos ainda o sexo do bebê mas obrigada.

- eu confio na minha intuição. – Derek sorriu.

- bem, então eu calo a minha boca.- sorrio e abraço Derek.

De repente ouço um grito, não só eu mas todo mundo que estava na festa, além disso  grito não era comum, era o grito de uma banshee, era o grito da Lydia.

Eu me afastei de Derek para poder ver, e ela estava na ponta da escada virada para mim e Derek, seu rosto era de medo total. Seus olhos estavam paralisados em nós, ela estava tremendo e seus lábios nem o batom deu para disfarçar eles estavam brancos como se ela tivesse visto um fantasma.

Eu me afastei de Derek indo em direção a Lydia, todos ficaram assustados, mas voltaram a conversar quando eu cheguei perto da Lydia, todos nós sabemos, que quando Lydia grita, não é boa coisa. Eu puxei Lydia para o final do corredor no segundo andar. –o que deu em você Lydia? –eu estava meio brava com isso tudo, mas sei que não é intencional.

- me desculpa. Eu, eu juro que eu não queria, mas.. quando eu te vi com Derek...

- como assim o que tem Derek? – não pensei comigo mesma – não.. não pode ser Derek. Derek nunca faria isso.

- eu te disse ele não tem escolha, não vai ser ele.

- você acabou de me dizer que vai ser ele e agora não vai ser ele.

- espera eu sei tá confuso, vai ser ele mas não vai ser ele. Vai ser o corpo de Derek, mas não vai se a consciência dele.

- Lydia, me desculpa mas isso é loucura. Eu...  – Lydia apontou com os olhos para trás de mim e com surpresa vejo Isaac subindo as escadas.

- oi meninas, tudo bem?

- tudo sim – respondi com um sorriso no rosto – eu vim pegar um remédio para Lydia, porque ela estava com dor de cabeça.

- nós já estamos descendo.

- ok – Isaac desceu de novo.

Respiro fundo – ok . do começo.

- tem uma menina, não sei o nome apenas sei o rosto, ela está por trás disso tudo. Eu não sei o que fazer.

- tá vamos perguntar para ele. – digo me virando.

- NÃO! Eu odeio dizer isso, mas não podemos contar para ninguém ainda. Nós vamos falar com alguém que gosta de segredos e que deve saber disso. Peter.