História She is a Wolf - Capítulo 10 - Uma noite de amor

POV Stella

 

Estacionei meu carro na vaga de sempre e reparei que tinha um carro de luxo estacionado em frente ao prédio. Achei estranho mas logo ignorei esse fato. Peguei a mochila e sai do carro, indo para o prédio. Entrei no elevador e apertei o botão do quinto andar. Estava tão distraída que só percebi que tinha chegado no andar quando as portas se abriram. 

Sai do elevador e peguei a chave de casa que estava na minha mochila. Abri a porta e coloquei a minha mochila no sofá.

 

— Oi tia May! — falei quando eu a vi sentada com um cara. 

Espera aí, não acredito que a tia May arrumou um boy pra ela! 

 

— Hmm, desculpe a pergunta mas quem é você?! — falei apontando para o cara que aparentava ter uns 40 anos e era bem bonito para alguém daquela idade. 

— Sou Tony Stark. — ele falou esticando a mão para me cumprimentar.

— Sou Stella Jones — falei apertando sua mão.

— Fiquei vem surpreso por não saber quem eu sou! — ele disse me encarando um pouco desconfiado.

— Vim de uma cidade pequena. — respondi o encarando.

— Stella, cadê o Peter? — May falou para cortar o clima estranho que ficou.

— A gente brigou na saída e eu deixei ele lá. — falei dando de ombros e a May me olhou confusa sem entender direito o que eu havia falado. — Mas fica tranquila que ele deve está chegando. 

 

Só foi eu falar isso que eu escutei os passos de Peter do lado de fora. Aproveitei que o Tony continuou falando com May e fui para cozinha buscar um copo d'água. 

Bebi a minha água e escutei a voz de Peter falando com a May.

 

— Oi May.

— Oi, como foi a escola hoje?

— Foi tudo bem, tem um carro enorme parado lá fora... — Peter se calou quando viu Tony a sua frente.

— Senhor Parker. — Tony o cumprimentou.

— Ahmm, o q.. o que cê... É, oi, e-e-eu sou o Peter! — Peter falou gaguejando.

— Tony.

— O que você... o que você tá fazendo aqui?! — Peter perguntou.

— Vim aqui para te conhecer. Recebeu meus e-mails né?! — Tony perguntou piscando. Pelo visto, tem caroço nesse angu. 

— É, é sobre... — Peter falou entrando na onda do cara.

— Não me falou sobre a bolsa! — May falou.

— Sobre a bolsa. — Peter completou sua frase anterior.

— Fundação Setembro. — Tony falou o nome dessa tal bolsa. — Lembra quando se escreveu?! Eu aprovei e agora vamos fazer negócios.

— Mas você não me contou nada! O quê que está acontecendo?! Tá escondendo o que de mim? — May o questionou.

— É que eu sei o quanto gosta de surpresas, então eu planejei te contar quando... Enfim, no que eu me escrevi?

— É o que eu tô aqui para discutir. – Tony falou.

— Tá, tá. Discutir, ok. — Peter falou com os braços cruzados. Ele parecia nervoso. 

— É tão difícil de acreditar que ela é tia de alguém! — Tony falou se direcionando a May. 

— Pois é, a gente vem de diversas formas e modelos. 

— Esse pãozinho de amêndoas é uma coisa louca viu!? — Tony falou dando uma mordida.

— Deixa eu fazer uma pergunta. — Peter falou e o cara se direcionou à ele.

— Fala.

— Essa bolsa, por acaso tem algum dinheiro envolvido por aí? Não?!— Peter perguntou colocando seus braços para trás igual à uma criança quando pede algo aos seus pais.

— Tem, é um orçamento bem alto. — Tony o respondeu e Peter ficou surpreso com a resposta que obteve. — Posso falar com ele um pouquinho? — Tony perguntou para May.

— Claro.

 

Peter guiou Tony até seu quarto para eles terem uma conversa privada. Precisava saber o que ele queria com o Peter. Fiquei muito desconfiada com esse papinho da tal bolsa.

 

Entrei no banheiro para poder escutar melhor, já que toda vez que eu aguço a minha audição minha cara fica meia esquisita, me lembro de uma vez que o Stiles disse que eu fazia cara de quem estava cagando. Mas tanto faz, foquei no que queria ouvir, fiz como Scott me ensinou.

 

— Tirando o pãozinho de amêndoas não foi tão ruim. — Stark falou. — Aaah, olha só isso aqui... Tecnologia retrô! Achou no brechó? Exercício da salvação?!

— Aham, isso eu peguei no lixo. 

— Gosta de reciclagem.

— É, e-eu tava... Enfim, eu com certeza não me inscrevi para sua bolsa. — Peter falou em um tom gentil.

— Naha! Eu primeiro. — Tony falou.

— Tá bom.

— Uma perguntinha retórica rápida... Esse é você né?! — Tony perguntou. Pelo barulho que ouvi, parece que ele mostrava algo para Peter.

— Ah, não. O-o que você quer dizer?! — Peter falou.

— É, olha para isso. Woah, boa pegada! Mais de uma tonelada, sessenta por hora. Não é fácil, você tem talento. — Tony falou mostrando estar surpreendido.

— Isso tá tudo no youtube, não tá?! Foi lá que você encontrou! — Peter falou nervoso. — Porque tudo isso é fake, foi tudo feito no computador...

— Aham. 

— ...É que nem aquele vídeo, sabe qual é?! — Peter tentava da uma contornada na situação para não revelar o seu segredo.

— Ah tá, tá! Tá falando daquele ovni em  Phoenix? 

— Exatamente! — Peter falou e algo caiu. Só espero que o que caiu não seja o uniforme do Peter.

— Opa, olha aí...

— Não! 

 

Aí, merda! Por favor, que não seja o que eu estou pensando!

 

— Então, você é o Aranhazinho? O aranha que combate o crime, o garoto-aranha? Hein?!

— Não, s-sou o Homem-Aranha. — Peter falou.

— Com esse pijaminha não é não. — Tony falou.

— Não é pijama! — Peter falou na defensiva.

— Meu dia até que estava bom hoje, sabia senhor Stark?! Eu não perdi o trem, achei esse DVD player tava largado por aí... e o teste de álgebra, mandei bem! — Peter falou omitindo grande parte do que aconteceu hoje.

— Quem mais sabe?

 

Escutei as batidas do coração de Peter bater mais rápido. Ele parecia estar pensando se deve ou não falar que eu sei que ele é o Homem Aranha.

 

— Ninguém. — Peter falou.

— Nem mesmo a sua namoradinha e a bonitinha da sua tia?

— Não, não, não. Se ela soubesse ela ia pirar e quando ela pira, eu piro junto. — Peter falou sem ao menos se importar que Tony me chamou de "sua namoradinha".

 

— Stella, está ocupada? — May perguntou batendo na porta do banheiro. — Preciso da sua ajuda aqui! 

 

Aí, logo agora May! Respirei fundo e destranquei a porta.

 

— Claro, o que precisa? — falei sorrindo. 

— Preciso que me ajuda a arrumar as coisas. — ela falou e eu a segui indo para a cozinha. — Vou varrer a casa e você lava a louça, ok?

— Ok. — falei e comecei a lavar a louça. 

 

Aproveitei que estava sozinha na cozinha e voltei a escutar a conversa do Peter com o Stark. 

 

— Você está precisando de um upgrade, uma restauração completa de cabo a rabo. Exatamente por isso que eu estou aqui. — Tony falou. — Por quê tá fazendo isso? Qual é a sua motivação que te faz levantar da cama? 

— É porque... — Peter respirou fundo antes de prosseguir. — Eu tenho sido eu desde sempre e tenho esses poderes à seis meses...

— Uhum. — Tony murmurou.

— ...Eu leio livros, monto computadores e olha eu adoraria jogar futebol, mas eu não jogava antes então não devo agora. — Peter falou.

— Claro, porque você é diferente. — Tony disse concordando com o que Peter falou.

— Exatamente. Mas eu não posso contar isso pra ninguém, então eu não sou. — Peter falou e suspirou. — Quando consegue fazer as coisas que eu consigo, mas não faz, e aí coisas ruins acontece, a culpa é sua.

 

Eles ficaram uns minutinhos em silêncio, pareciam processar tudo o que Peter havia falado. 

 

 

— Então quer ajudar os outros, fazer a sua parte, tornar o mundo um lugar melhor, é isso?!

— É, é ajudar os outros. É exatamente isso. — Peter falou e Tony suspirou. 

— Eu vou sentar aqui. Tira a perninha, tira. — Tony falou se sentando, deduzo que seja na cama. — Tem passaporte?

— Ah, não. Não tenho nem carteira de motorista. 

— Já esteve na Alemanha? — o mais velho perguntou.

— Não.

— Aah, cê vai adorar! 

— Não posso ir para a Alemanha!

— Por que? — Tony o questionou.

— Porque eu tenho dever de casa. — Peter falou dando uma desculpa qualquer.

— Tá, eu vou fingir que não ouvi isso. — Tony falou se levantando.

— Não, não, eu tô falando sério! Não posso matar aula assim.

— Pode ser um pouco perigoso, eu vou dizer pra tua tia gata que... — Tony começou a falar mas algo o atingiu, imagino que seja a teia de Peter. 

— Não conta para a tia May. — Peter falou sério.

— Tá legal Homem Aranha. — Tony falou no mesmo tom. — Tira isso de mim.

— Foi mal, é claro que tiro! 

 

Aí meu Deus, não acredito que Peter vai para a Alemanha! Mas por que Tony Stark precisa dele lá?! Larguei a louça do jeito de estava quando escutei a porta ser destrancada e os dois saíram de lá como se nada tivesse acontecido. O sr. Stark passou por mim e foi até a May para conversar com ela, enquanto eu fui até Peter e assim que parei em sua frente, o encarei com os braços cruzados.

 

— Então, você vai com ele? — perguntei.

— Como você sabe? 

— Não sei se você se lembra mas eu tenho uma super audição, e, bem, eu escutei grande parte do que vocês dois falaram. Agora responda a minha pergunta. — falei séria.

— Eu vou, o senhor Stark precisa da minha ajuda. — Peter falou brincando com suas mãos.

— Então tá, eu vou com você! — falei e passei ao seu lado para começar a arrumar uma mochila com as minhas coisas para irmos.

— O que?! Stella, você não pode ir, é muito perigoso. — Peter falou me impedindo de prosseguir com o que eu iria fazer.

— Se é perigoso pra mim também é perigoso pra você! E eu sei cuidar de mim, você não é o único com habilidades especiais. 

— Eu sei mas é muito arriscado para você. Não quero que eles descubram do que você é capaz e prendam você para fazer experiências malucas. — Peter falou e logo balançou a cabeça como se espantasse algo de sua cabeça. — Não gosto nem de imaginar uma coisa dessas.

 

Ele suspirou continuando a me encarar e eu o encarava de volta numa tentativa de convencê-lo a me levar junto.

 

— Por favor Stella, fique aqui onde é mais seguro para você. Eu não iria me perdoar se algo acontecesse com você. — Peter implorava com seus lindos olhos castanhos. 

 

Vi a preocupação que dominava todo seu corpo. Vê-lo  daquele jeito era como se alguém estivesse apertando o meu coração. Amo como o Peter cuida de mim, mas também detesto vê-lo tão aflito como ele está agora. Respirei fundo e encarei meus pés.

 

— Tudo bem, eu fico mas quero que me prometa que vai voltar inteiro pra mim. — falei, fazendo-o suspirar de alívio. 

— Eu prometo que volto para você! — ele falou colocando sua mão em meu queixo, puxando-o levemente para que eu o olhasse.

 

Acabei não resistindo aos seus encantos e o beijei. Nos beijávamos como se fosse o nosso último beijo, e eu tinha medo que fosse. Tinha medo de perder Peter. Pode parecer loucura me apegar a alguém que eu conheço a pouco tempo mas foi algo que eu não consegui controlar, e agora eu estava com medo de perdê-lo. Já perdi todas as pessoas que amava e não queria que Peter fosse mais uma dessas pessoas. 

 

Fui parando nosso beijo aos poucos, finalizando com selinhos. Ambos não queria que esse momento entre nós dois não acabasse. 

 

— Quando você voltar a gente termina o que começou. — falei no seu ouvido enquanto o abraçava. — Agora vai lá e dê o seu melhor.

 

 

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Três dias haviam se passado. Três dias sem saber como ele estava. Três dias longe dele. Três longos dias que pareciam eternos. 

 

Hoje eu sai mais cedo da lojinha que eu trabalho e fui para casa na esperança de que Peter estivesse lá me esperando. Chegando lá, peguei a chave de casa e abri. Sorri ao escutar a voz do Peter conversando com May. Fui até o quarto e dei de cara com a tia May.

 

— Stella, vou precisar da uma saidinha. Peter está com o olho machucado, então o olho dele continuar doendo me avisa que eu volto correndo! — May falou.

— Claro! Pode ficar tranquila que ele vai está em boas mãos. — Falei sorrindo.

— Obrigada Stella! — May falou e saiu me dando passagem para entrar no quarto de Peter.

 

Ele estava deitado na cama com uma toalha com gelo em seu rosto. Peter se levantou, deixando a toalhinha de lado, esticando os braços para um abraço. Eu o abracei fortemente e enterrei meu rosto em seu peito.

 

— Fiquei tão preocupada com você! — falei o olhando e ele sorriu. Ah, esse maldito sorriso que faz me apaixonar ainda mais por ele.

— Você precisa vê o uniforme que o sr. Stark fez pra mim. É incrível! — ele falou ainda com os braços ao meu redor. — Eu até gravei uns vídeos, se quiser eu te mostro agora. — Peter falou empolgado com a sua mais nova aventura.

— Hmm, quem sabe mais tarde. Agora eu tenho algo importante para fazer. — Falei e vi que ele ficou chateado por eu não demonstrar tanto interesse.

—Ah, e o que seria? — Ele perguntou sem ânimo. 

— Te beijar. — Falei e o beijei.

 

Tal ato o pegou de surpresa mais logo correspondeu. Pulei em seu colo e ele segurou em minhas coxas e se sentou na cama. Nosso beijo estava mais selvagem do que nunca! Percebi que estávamos indo longe quando eu já estava deitada sobre ele e ele estava com suas mãos em meu quadril.

 

— Tem certeza disso? — Perguntei parando o beijo.

— Tenho. — Ele respondeu engolindo seco.

— Não precisa se você não se sentir bem. — Falei me sentando em seu colo e ele se levantou.

— Stella, eu quero você. — Ele falou colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e me beijando logo em seguida. 

Desci os beijos para seu maxilar e fui subindo para sua boca. Suas mãos foram para minha blusa que logo estava jogada no chão. Aproveitei e tirei sua blusa também e a joguei longe. Peter havia tirado sua calça ficando apenas de boxer. 

As mãos de Peter passavam pelas minhas costas a procura do feixe do meu sutiã, o ajudei a tirá-lo e logo estava livre. Não pude deixar de notar que as bochechas de Peter estavam vermelhas ao ver meus seios. Ele me encarava.

 

— O que foi? Quer parar? — Perguntei.

— Não, é que você é linda! Tem algo diferente em você, algo que toda vez que eu te olho fico encantado! Ah, Stella, você desperta coisas que eu jamais pensei que sentiria. — Seus olhos trasbordavam puro desejo. 

Ele acariciava meus cabelos co

 ternura. Peter me deitou na cama e deu início à uma trilha de beijos que ia de meus lábios descendo pelo meu pescoço, indo para os meus seios e terminava no cós do meu short. 

Ele me olhou como se pedisse permissão e eu apenas concordei. Arfei com seu beijo em minha intimidade. 

 

— Oh, Peter... — Gemi quando senti seu toque. 

 

Peter foi parando lentamente e foi subindo com uma outra trilha de beijos, deixando chupões pelo caminho, que certamente ficaram roxos. Nos beijamos enquanto ele tirava sua boxer. Gemi quando senti seu membro na minha intimidade.

 

— Tá pronta? — Ele perguntou.

— Vai fundo. — Respondi.

 

Ele começou a se movimentar lentamente e eu cravei as minhas unhas em suas costas. 

 

— Ah, Stella! — Peter gemeu.

— Vai mais rápido, vai. 

 

Ao meu pedido, Peter deu início a estocadas mais rápidas e chegamos ao ápice juntos. Peter saiu cuidadosamente de dentro de mim e eu fiquei por cima dele, tomando o controle da situação para mim. 

Me sentei em cima de seu membro e ele o posicionou em mim. Comecei a rebolar e coloquei meu rosto na curvatura de seu pescoço, gemendo o nome de Peter no seu ouvido, fazendo-o ir a loucura. 

 

— Isso, Stella. Aaarh. — Ele gemeu e o beijei. 

 

Passei meus lábios pelo seu pescoço e dei um chupão no local. Após alguns meninos naquela posição, nossos corpos relaxaram e senti um líquido quente escorrer. Peter tirou seu membro e me deitei ao seu lado.

 

Nossas respirações estavam ofegantes, me virei para seu lado e o encontrei me olhando e fui surpreendida por um beijo. 

 

— Obrigado por essa noite! — Ele me agradeceu acariciando meu rosto e fez com que brotasse um sorriso em meus lábios.

— Digo o mesmo à você. — Falei e ele me beijou novamente indo pra cima de mim.