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História She — NaruTen - Capítulo único;;


Escrita por: lamren

Notas do Autor


Pessoal, essa história pode chegar a gerar gatilho! Sua narrativa é bem dramática.

Songfic inspirada na música: Can We Kiss Forever? – Kina

Sempre que ver a sigla (T.) leia os versos da música como se fosse - também - simples versões/versos de Tenten seguindo os acontecimentos.
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Obrigada @ohannasan pela betagem perfeita, e @Nishis- pelo design🤍

Capítulo 1 - Capítulo único;;



Narrado por - Naruto

“Eu tentei te alcançar”

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Tudo nela era lindo, a cor de seus cabelos, a intensidade de seus olhos, o brilho do seu sorriso. Poderia passar uma eternidade, mas nunca deixaria de admirar a beleza que aquela mulher carregava.

Não sei em qual momento eu passei a nutrir sentimentos tão confusos em relação a minha parceira de equipe, ou quando o ar parecia sumir quando ela aparecia. Entretanto, independente da resposta, eu sabia que fora[a] a melhor coisa que me aconteceu há anos.

Fazíamos aulas de surf juntos, e isso me deixou ainda mais interessado nela.

Na sua concepção eu era seu veterano, por ter começado primeiro, e apesar de ainda ter muito a aprender, a ajudei em algumas situações. Lembro de cada trilha de bicicleta que fizemos nos primeiros dias, e de nossas fugas para nadar no mar, de como nos ajudávamos na hora de surfar, dos sorrisos maravilhosos quando um de nós caia da prancha.

Acontece que Tenten Mitsashi fazia dos meus dias os melhores...

Virar seu amigo foi quase impossível de evitar, estávamos cada vez mais próximos e a sensação de estar com ela todos os dias assimilava-se às malditas borboletas no estômago.

Sim, eu estava apaixonado, estava apaixonado justamente pela minha amiga, e não tinha planos de contar isso a ela nem tão cedo.

T. “Eu não posso esconder o quão forte é a sensação. Quando nós mergulhamos”.

Não saberia dizer se ela em algum momento me olhou diferente, e se sim, eu não consegui notar, não até aquele fim de tarde quando nossa aula acabou, quando notei ela me olhando.

Fiquei desconcertado, confesso, principalmente por causa de suas palavras, o que havia me dito.

“Você topa sair comigo, tipo um encontro?”

Havia sido a primeira vez que alguém falou tão diretamente, a primeira vez que ela olhou no fundo dos meus olhos, e não vacilou.

O melhor foi perceber que não havia malícia, apenas uma naturalidade que só ela conseguia expressar, e quando eu concordei ela sorriu, e me abraçou.

T. “Através do oceano da minha mente”

As coisas foram acontecendo no nosso ritmo, os encontros conseguiam ser os mais divertidos e intensos que eu já tive, pois Tenten conseguia manter as coisas tão bem entre nós que eu só me deixei levar, era ela quem mandava, eu só a seguia.

Aos poucos íamos nos conhecendo melhor, e foi justamente numa dessas ocasiões, que nos abríamos um pro outro, que descobri coisas sobre ela que nunca passaram pela minha cabeça.

Ela estava se recuperando de um término difícil.

E eu não me incomodei com isso, passou longe, eu me senti feliz por ela confiar em mim para conversar sobre. Pelo que havia passado.

Estávamos deitados na areia, e ela me contou como tinha sido sufocante, como parecia estar se afogando o tempo todo, e não conseguia retornar à superfície.

Ela se sentia presa, pressionada, o seu antigo namorado não deixava-a pensar, nunca tinha tempo. Ela não tinha voz.

Ela simplesmente não queria casar aos 27 anos, com ele, e eu entendi.

Tenten era livre demais para ficar presa.

T. “Minhas feridas estão cicatrizando com o sal”

Naquela noite, sob a luz das estrelas, eu a levei num restaurante, e ela estava radiante. Seu cabelo preso a uma tiara dourada e um lindo vestido azul, me fizeram querer gritar o quanto era sortudo por tê-la ao meu lado, por desfrutar de sua companhia.

Tenten manteve-se sorrindo o tempo todo, enquanto eu contava uma de minhas várias histórias inacreditáveis de infância, e a sua gargalhada era música pros meus ouvidos.

Senti que podia morrer ali mesmo, tinha sido feliz apenas por conhecê-la.

T. “Todos os meus sentidos se intensificam”

Tudo ia bem, até aquela porta abrir, até o vento frio entrar.

Nunca senti dor pior que aquela, a dor que senti ao ver seu sorriso morrer, no instante em que ela olhou para ele.

Aquela pessoa, que a manteve submersa, que a deixou para se afogar nos seus pensamentos, estava de pé bem na sua frente, quando caminhou até nós.

Lembro das suas palavras frias, do seu olhar de nojo, que além dela, eram direcionados a mim. E senti como ainda a afetava.

Ele trajava um terno, e acompanhava uma garota de cabelos escuros, essa que reconheceu Tenten, e insistiu para se juntar a nós.[b]

E eu fui para o seu lado, e eu segurei sua mão.

T. “Sempre que você e eu mergulhamos através do oceano da minha mente. 

Mas no final eu me afogo”

Eles estavam dando um tempo, e eu não queria perdê-la.

Eu olhei para Tenten, e o silêncio era a única resposta que eu precisava para entender que aquela noite havia acabado.

Então eu esperei as próximas palavras daquele sentado à nossa frente, pois elas seriam as últimas.

Mas ele não disse nada, apenas manteve seus olhos em mim e na garota ao meu lado, que não havia soltado minha mão, desde do momento que a segurei.

Naquela mesa, apenas a voz animada da garota intrusa se manteve, e isso começou a incomodar. E a conversa sem fim continuou, até o seu primo interferir mandando-a se calar, palavras essas que também surtiram efeito em Tenten.

E isso me irritou, eu estava para me levantar, nós íamos embora.

Mas algo me impediu, e foram as seguintes palavras que saíram daquela boca imunda:

“Foi para isso que pediu um tempo, para dar pro primeiro que encontrasse?”

Em um momento eu estava sentado, no outro eu pulei em cima dele[c].

T. “Você me empurrou para baixo, para baixo.”

‘As minhas mãos se fecharam assim que acertaram seu rosto, e nós dois caímos no chão.

Suas tentativas falhas de se defender só me ajudaram, e eu tenho certeza que se não fosse Tenten que tivesse me afastado, eu teria continuado até ele ficar inconsciente.’

“Fale assim dela outra vez, e se arrependerá amargamente, garantirei isso.”

Não saberia responder de onde veio a minha calma quando me virei delicadamente e peguei a mão da morena, o pedido de desculpas quando nossos olhos se encontraram.

Então saímos, como se nada tivesse acontecido, deixando todo o alvoroço ao lado das notas de cem que deixei na minha cadeira.

E a levei para minha casa.

[...]

Eu contei tudo que sentia, entreguei nas mãos dela o meu coração e sentimentos, e nada me fez mais feliz ao ver ela aceitar, e me entregar os seus.

Foi na porta da minha casa que nos olhamos, quando a envolvi em meus braços e a beijei pela primeira vez.

Eu amava aquela mulher, amei desde que a vi, só fui lento para perceber. Estive de joelhos todo esse tempo, e nada descreveria a intensidade quando a puxei pro meu quarto, com ela me acompanhando.

Éramos um emaranhado de corpos sedentos um pelo outro.

Lembro de cada mísera sensação, dos nossos toques necessitados, do seu sabor, da sensação de tê-la por completo, tudo nela me deixava inebriado, em êxtase. E quando nos separamos apenas para desfrutar dos minutos enroscados naquela cama, dormimos profundamente.

[...]

O depois só veio para mostrar como as coisas estavam bem, como melhoraram, e para mim nada mais importava, apenas seria eu e ela, contávamos com o para sempre.

E por isso, quando eu saí de casa com aquela caixa no meu bolso, estava decidido que me jogaria aos seus pés se possível, apenas para pedir ela em casamento, para oficializar que eu era seu, e ela era minha.

E se ela ainda não estivesse pronta, se não quisesse isso agora, eu esperaria o tempo que fosse necessário, com um sorriso no rosto.

[...]

“Ia chover”

Diante disso eu cheguei o mais cedo que consegui, seria naquela praia que tomaria essa iniciativa, pensando na melhor forma de fazer acontecer, imaginando como minha vida mudaria assim que pisasse os pés para fora da areia.

Contudo não foi Tenten que vi, e sim a prima daquele cara, que sorriu ao me ver e correu até mim.

E na medida que sua voz se assemelhava a sussurros, eu me vi desconfiado. Não havíamos conversado sequer alguma vez, nem mesmo naquele dia no restaurante, sequer uma palavra. Quis perguntar o que queria, só que soube minutos depois, quando ela disse que estava interessada em mim.

Fiquei chocado, até mesmo indignado porque eu estava com Tenten, ela sabia.

Então deixei claro que não queria, esperando de verdade que entendesse.

Ouvi seu suspiro quando se afastou, pensei que era uma deixa e que iria embora, contudo notei seu olhar para o lado, e foi tarde demais quando percebi o real motivo para aquela cena, no momento que seus lábios encontraram os meus, e Tenten chegava com Neji.

T. “Cheia de vergonha”

E ela se foi, segurando sua prancha, e não parou de correr nem quando chamei seu nome. O desespero que senti me deixou petrificado, porque mesmo que não tenha sido minha culpa, eu magoei ela.

E o céu acima desmoronou.

E eu corri também, em direção ao mar.

O porquê estava chorando eu não sei, mas tive um mal pressentimento quando passei pelas árvores, desviando das pessoas que corriam da chuva, dos avisos para quem estivesse na água saísse imediatamente, pois a correnteza estava fortíssima. E isso não a impediria.

T. “Quando você chama meu nome”

“Eu chamei seu nome. 

Mas não ouvi você”

Olhei além do horizonte como o mar estava agitado, torcendo para que ela não tivesse entrado nele. Porque nada era comparado com aquilo, e eu estava verdadeiramente com medo.

Corri pela areia, e não tirei meus olhos da água.

Nem o ar, nem meu coração descontrolado me impediria de continuar, pois eu estava desesperado. E no meio de todo o alvoroço meteorológico, vi a prancha vermelha, um pontinho no azul, e gritei ao perceber, porque aquela onda era grande demais até para alguém com experiência.

T. “Eu senti dor quando você veio”

Era tarde demais quando ela percebeu, quando a água a derrubou brutalmente.

E eu não vi mais nada além da prancha vermelha subir para cima.

Parecia que o tempo tinha parado, lembranças de nós dois passaram tão devagar na minha cabeça que parecia estar em transe.

O dia que a conheci;

As aulas de surf;

Nossos encontros;

O primeiro beijo;

Aquela noite.

E eu me vi sem direção, não consegui sentir nada, porque parecia que tudo tinha sido levado para longe…

Eu tentei te alcançar

Por isso eu pulei.


Notas Finais


Até até


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