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História She Will Be Loved - Capítulo 28


Escrita por: snowindelicada

Notas do Autor


Oi gente, que saudades de vocês. </3
Este foi o capítulo que mais mudei em toda a fic. Eu tinha pegado pesado, e então mudei algumas coisas. Não me matem, é só isso.

Notas finais.

Capítulo 28 - Capítulo 28


Alex acordou com alarme estrondoso do despertador. Seus dedos preguiçosamente foram andarilhando por cima do aparelho apertando os pequenos botões, a fim de encontrar o certo que o desligasse de uma vez. Xingou até a última geração do ser que inventou o relógio digital.  Uma vez na cozinha, ligou a cafeteira elétrica e seguiu para o banheiro. Quinze minutos depois, enrolou-se na toalha e ficou parada na entrada do quarto, passava pelo doloroso processo de se vestir. Nicky chegaria dentro de dez minutos. O aroma do café fresco beijou suas narinas, fazendo-a murmurar palavras agradáveis. Vestiu uma roupa leve, sem muita frescura. Luminor estava dormindo em um ponto qualquer de sua cobertura. O cachorro raramente acordava cedo, o que era uma piada aos ouvidos de quem a ouvisse relatar. Dirigiu-se à cozinha, pensativa. Ativou o modo zumbi, tomando seu café amargo e pelando. Gostava assim. Seus pensamentos embarcaram num trem bala até Piper. Sorriu com a boca na borda da xícara, relembrando à tarde agradável que tiveram depois de muito tempo.

– Pensando na morte da bezerra? – Nicky sorriu, abrindo os braços. Alex quase engasgou com a chegada súbita dela. O que diabos ela fazia sorrindo a essa hora da manhã? Ou o mau humor matinal pertencia somente a si? No entanto, foda-se.

– Bom dia. – respondeu fechando a cara.

– Que mau humor! Anime-se, hoje você vai comer boceta até se estrebuchar. – Nicky deu um beijo debochado na cabeça dela, e voou até a cafeteira.

Antes que Alex pudesse retrucar, Nicky sentou-se junto a ela na mesa. Primeiro acendeu um cigarro, antes de beber o café. – Tenho ótimos planos para hoje à noite. – ela disse e tragou em seguida.

– Lorna não participará?

 – Não! Ela me deu um passe livre, mas não vou usá-lo. Nem me olhe de lado. 

Alex riu e voltou a olhar sua imagem refletida no café fulminante. Preferiu continuar calada. Decidiu que quanto menos falasse, melhor seria.

Nicky a olhou.

– Eu sabia! Alex, você não resiste mesmo, não é? Porra...

 – O que você sabia? Aliás, do que merda você está falando?  

– Você não me perguntou para onde iríamos, ou o que faríamos hoje. Tem Piper na parada, e sem contar essa tua carinha de imbecil apaixonada.

Um silêncio tenso seguiu o desabafo de Nicky. Alex apenas seguia a fumacinha do cigarro que zanzava em sua frente.

– Foda-se. – continuou. – Foi bom pelo menos?

 – Defina bom? – Alex girou o traseiro na cadeira e levantou.

 – É assim que você quer? - Nicky balançava o líquido preto dentro da xícara, em ensaio de esfriar o café com leves assopros.

– Podemos apenas falar de sua despedida? – Alex apelou, deixando seu café de lado.

– Cuzona! – Ela comprimiu os lábios. – Mudando de assunto, Lorna foi para Itália. Claro que eu protestei, mas ela disse que ficaria na casa dos pais dela. – Fez uma pausa para fumar e beber um gole de café. Alex se aproximou, elevando a mão na altura da cintura, já perdendo a paciência. Nicky assim que começava um assunto, levava certo tempo para concluir. Sempre interrompia para mexer em algo, ou ajeitar sua juba de leão. Mas neste caso, o café e o cigarro ganharam a interferência. – Teremos um showzinho no Strip Club em Upper West Side... E-

– Nicky, você pirou? Não se lembra da ultima vez em que pisamos lá? – Alex surtou, andando de um lado para o outro.

– Ela não vai estar lá, Alex. – Disse, colocando-se de pé. – Peggy garantiu pra mim. – Era mentira pura, mas Nicky falou com tanta segurança que acabou convencendo a si mesma de que Penélope não estaria fazendo um de seus milhares de shows.

– Que mentira da porra. – ela cruzou os braços, bufando. – Você pisca duas vezes seguida quando mente, não tem jeito.

Nicky cuspiu uma risada e apagou o cigarro dentro da pia. Alex franziu a testa, mais irritada ainda. Deixou passar.

– Quer saber? Ela vai estar lá sim. Quer fazer o favor de superar? Penélope gostava de deixar você doida apenas para arrancar seu dinheiro, não era nada relacionado a amor...

– Você quer levar outra surra?

– Eu passo. – Nicky abriu as mãos no ar. – Olha, vai ser divertido. Nós vamos curtir pra caramba. Taystee, Cindy e Sophia chegam de tarde. Quer dizer, nem sei se Sophia vem mesmo. Ela disse que talvez ficasse com Piper para ajudá-la com as crianças.

– Piper está sozinha com as crianças? Sinceramente? Você pirou, Nicky.

Alex se preparava para sair da cozinha, mas Nicky pulou em sua frente.

– Ela disse que daria conta. As crianças vão se comportar.

– Tem certeza? Se acontecer alguma coisa eu juro que te mato. – ameaçou intimidadora.

Nicky não era de temer as ameaças de sua adorável irmã, mas sentiu um desconforto com a segurança de suas palavras.

 – Qual é Vause, Piper ficará tão bem quanto nós.

– Eu temo por isso. – ela disse e andou rapidamente, Nicky saiu de sua frente, como uma pessoa prestes a ser atingida por um carro.

Xxx

Alex fumava seu segundo charuto naquele finalzinho de tarde, de ouvidos atentos na conversa de Taystee, Nicky, Cindy e Meiko. Seu coração batia calmo, aliviado, por saber que Sophia desistiu de ultima hora para ficar com Piper e as crianças em Queens. Estavam ambas sentadas no terraço, após o jantar. As sombras e os ruídos da noite que se aproximava avisavam que mais um dia terminava. Não para elas, claro.

– Precisamos nos arrumar. – Nicky espreguiçou-se, empurrando para o lado sua taça de champanhe.

– Eu ainda não estou acreditando que iremos a um show de stripers. Não quero uma vaca se esfregando em mim! – Cindy encolheu os braços parecendo presenciar as mulheres dançando em sua frente. – Preferia um Latrell Spencer dançando satisfaction em meu colo.

Todas riram.

– Não será tão ruim assim, Cindy. – Nicky disse a ela, encaminhando-se para a porta do terraço. – Você deu sorte, terá um show masculino no piso ao lado, está tudo liberado.

– Agora estamos falando a mesma língua, cadela. – ela comemorou.

 

Todas trajavam um smoking feminino escuro. Alex sorriu ao ajeitar a sua gravata borboleta em seu pescoço pálido. Gostou do que viu. Dentre todas ali, ela era a mais alta, e intimidadora. Seus olhos de gavião ganharam um brilho quase erótico. Aguardavam a limousine chegar, Nicky sorria para todas, com um cigarro preso entre os dedos, enquanto segurava um copo de whisky.  

– Você está uma tentação, Lex! – Meiko sussurrou no pé do ouvido de Alex.

– Obrigada baby. – Alex anuiu. – Não quer dispensar a festinha de hoje e ficar aqui comigo? – brincou, oprimindo um sorriso.

– Obrigada, mas não perderia por nada essa despedida.

– Ainda continuo não sendo o seu tipo? – Alex a cercou, prendendo seu corpo contra a parede, de repente.

Meiko arqueou as sobrancelhas, mas não se moveu.

– Puta merda, Alex. Já está atacando antes da hora? – Nicky sentiu vontade de rir.

Alex deu um passo para trás, liberando o espaço para Meiko, que lhe deu a língua. 

– E lá vamos nós! – Nicky gritou, jogando os braços para cima.

Xxx

O clube estava esfumaçado e barulhento, com as músicas eletrônicas no último volume, e os bancos junto ao palco estavam quase todos ocupados. Havia muitos homens e algumas mulheres ao redor das duas grandes mesas logo à entrada. As luzes piscando dificultavam um pouco a visão de algumas pessoas. Já residentes, Nicky e Alex, foram cumprimentar Peggy, uma transformista, que se apresentava aos domingos para o publico gay.

– O show vai começar em trinta minutos. – informou Peggy, conforme as guiava para o local junto ao bar onde havia separado um espaço para elas.

 Já acomodadas, Nicky endireitou-se e fez sinal ao homem do bar, pedindo as bebidas. Depois tilintou o seu copo contra os das garotas num brinde.

 – À minha grande noite de despedida! – Fez à saudação acompanhada de um sorriso. Alex se apressou em absorver toda a bebida de seu copo. Nicky balançou a cabeça, reprovando sua pressa. – E a vocês que estão aqui comigo, esta noite será memorável. – Finalizou, batendo, mais uma vez, no copo de suas companheiras.

– Presentinho! – Meiko depositou o copo sobre a mesa e apanhou seu porta-cigarros. Quando o abriu, todas ficaram surpresas. Cigarros de marijuana todos enfileirados, prontos para serem usados.

– Puta merda! – Taystee levantou o copo com cerveja amanteigada no alto, Cindy animada com a ideia, imitou seu gesto. – Deus abençoe a nossa noite.

– Eu surpresa pra caralho. – Nicky riu, grudando as mãos na cintura. – Faz tanto tempo que não fumo um cigarrinho do capeta... – Disse indecisa e olhou Alex, esperando uma resposta franca dela.

– Por mim, tudo bem. Vamos ficar doidonas. – Sua voz soou um tanto séria demais para a ocasião. O baseado seria o menor dos problemas ali, ela sabia. Seus dedos subiram por seu rosto a procura dos óculos, mas ela não os encontrou e lembrou-se que havia optado por não usá-los.

Meia hora se passou, e o show das stripers havia atrasado um pouco, por um probleminha técnico. As mulheres já estavam mais soltinhas, Alex resolveu tirar o paletó, uma vez que só ela usava o look completo, Taystee e as outras já haviam se libertado da peça. Um calor fora do normal já se apoderava de seu corpo, só veio a piorar depois que fumou dois cigarrinhos daqueles. Nicky e Cindy jogavam moedas tentando acertar os copos de bebidas, e riam segurando uma na outra quando erravam.

– Ai Alex, eu te amo muito. – Nicky gritou segurando no braço direito dela. – Obrigada por estar aqui comigo hoje. – ela sorriu e bebeu sua garrafinha de cerveja.

– Eu te amo. – Alex deu um beijo desengonçado em sua testa, lutando para falar sem cair na gargalhada.

– Lembra quando eu fiz chocolate de coco e Larry comeu um?

– Lembro, eu também provei um.

– Ei vocês. – A voz de homem fez com que todas olhassem na direção contrária.

– Nicky, é o cara da bunda de fora. – Alex comentou no pescoço dela.

Nicky se afastou empurrando Alex, ao se aproximar do homem, o abraçou, como velhos amigos.

– Você tá’ convidado Antônio.

– Ih, ela tá’ doidona. – ele abriu um sorriso e coçou a barba. – Vim tirar satisfações.

– Senta aqui. – puxou-o jogando-o sobre o estofado. O impacto balançou a mesa, derrubando algumas bebidas.

– Quem é esse branquelo? – Taystee perguntou dando um tapinha na cabeça dele.

– O cara que dá para o urso no Queens zoo. – Alex uniu as mãos na boca e disse.

– Eu vou arrebentar tua cara, vadia! – Ele levantou, inclinando sobre Alex.

– Eiiii! – Meiko e Cindy o puxaram de volta.

– Somos todos amigos aqui essa noite, Antônio. – Nicky empurrou um copo com vodka em sua direção.

Ele aceitou, de olho em Alex que sorria abertamente.

– Meu nome é Joel Luschek, seu monte de bostas.

– Que cara casca grossa. – Cindy disse controlando a vontade de segurar em seu pescoço e apertar sem parar, até constatar que ele já não respirava mais.

– Essa área é minha.

 – Te arrumaram um cinto, ou seu hobbie é andar com o cu de fora?

– Alex dá um tempo. – Nicky interveio, bagunçando o cabelo do homem que relaxou por um instante.

Alguém desligou a musica e as luzes se concentraram no palco principal. Muitas das mesas estavam ocupadas, para a primeira sequencia de apresentações.

– Isso ai é um bagulho? – Luschek perguntou olhando os poucos cigarros que restaram espalhados pela mesa.

 – Sim... – Meiko respondeu com um sorriso meigo. – Quer um?

– Fuma um pra você relaxar. – Nicky bateu a palma da sua mão na perna dele. – Você é estressado pra caralho, cara.

– Não temos culpa de você andar com o rabo de fora, amigo. – Alex não perdeu a oportunidade.

– Eu não sou teu amigo. E por culpa de vocês eu perdi a merda do meu emprego e virei alvo de piada daqueles desgraçados.

Alex e Nicky explodiram em uma gargalhada alta, as demais não entenderam, mas riram também para entrarem no clima. Luschek acendeu o cigarro e tragou; o efeito foi de imediato. Ele desfez a cara de ódio e arriscou um sorriso.

– Sedenta dos infernos, isso é bom pra caralho.

A primeira striper pisou no palco, sensualizando, arrancando suspiros dos marmanjos. A música estava tão alta agora. Alex se deliciou com a loira que gingava a cintura, sem se preocupar com os homens parados, jogando algumas notas de dinheiro aos seus pés. Taystee chamou-a apontando para o copo de tequila e perguntou:

– Quer experimentar um desses?

– Agora! – Alex lambeu o sal que colocara nas costas da mão, tomou a bebida de um só gole e chupou o pedaço de limão servido com o copo.

Luschek chamou o garçom, pediu a tequila e pagou com a nota de vinte dólares que havia enfiado num dos bolsos de trás da calça. Nicky tentara impedi-lo, mas ele fora mais rápido.

– Se está aqui, pode beber de graça. – ela disse e berrou na sequencia. – Garçom! Uma rodada de te... Tequila aqui, porra! Somos o pelotão da festa, caralho.

– Uow! – Todos gritaram, incluindo Luschek.

– Vamos fazer um chapado antes de irmos para os finalmente, ali perto do palco. É o seguinte. – Ela deu a volta na mesa, sentando no meio de Nicky e Meiko. – É o seguinte cara... – repetiu, obtendo a atenção de todos. – Isso aqui se chama chapado. – Com o isqueiro em mãos, acendeu o cigarro de ervas, as luzes piscavam nas cores vermelhas e azuis, iluminando a mesa rapidamente. – O que vocês têm que fazerem é dar um pega, virar a tequila, e soltar a fumaça.

O garçom deixou a tequila juntamente com o sal, e os limões cortados em sobre a mesa, e saiu.

– Nós vamos nos dar mal, apaga esse bagulho, Alex. – Cindy abanava a mão na frente da fumaça, para dissipá-la.

– Relaxa, isso já não é proibido aqui. – riu ela.

– É mole pra mim. – Taystee puxou o cigarro das mãos dela e fumou prendendo a fumaça, em seguida virou a tequila.

– Cuidado que você vai ficar doidona, hein. – Nicky fincou os cotovelos na mesa, interessada no resultado.

Ninguém disse mais nada após o comentário dela. Estavam de olhos em Taystee que fazia uma careta ao segurar a fumaça por muito mais tempo. As batidas das músicas entravam pelos seus ouvidos, como um som de fundo, acompanhado de ansiedade. Ela então soltou a fumaça, seguida por uma tosse descontrolada.

– Ah... – ela riu com a voz falhada. – Isso... não é nada mal. – tossiu novamente. – Chapada, né?

– Uhum. – Alex respondeu balançando a cabeça, divertida pela voz dela.

 – Eu acho que... Acho que eu já... Eu já entendi por que... – Disse, e deitou a cabeça na mesa, fechando os olhos. – Tem... Esse... Nomezinho...

– Eu sou o próximo. – Luschek arrancou o fumo das mãos dela.

Dez minutos depois, Alex outra vez lambeu as costas da mão, sentindo o sal apegar-se a sua língua e ergueu o copo, num brinde, antes de beber. O líquido pareceu ferver em seu caminho até o estômago. Sua garganta parecia seca com limão. Mas o sofrimento valeu a pena, porque Penélope caminhava na direção do grupo, com um sorrisinho vulgar nos lábios vermelhos. Alex a olhou. E lá estava ela, em sua frente. Mais ruiva do que nunca, com um sobretudo escondendo seu corpo maravilhoso.

– Quanto tempo, Alex. – sua voz pastosa roubou a atenção de todos. – Olá Nicky, soube que você vai casar... finalmente. É uma pena. – Ela mordeu o lábio com força, estreitando os olhos verdes na direção dela.

Nicky engoliu em seco.

– Tenho um presentinho para vocês duas. – Ela puxou as irmãs por suas gravatas cinza, de suas camisetas.

– Me leva também. – Luschek pediu.

Penélope o olhou.

– Quem sabe da próxima vez?! – Sorriu jogando um beijinho no ar.

Ele apenas assentiu, voltando-se para os amigos.

– Eu vou até o palco. Quem vem?

Xxx

Nicky sorriu para Alex que estava sentada em uma poltrona de couro marrom, ao lado da sua. No meio, havia uma mesinha com champanhes, morangos e alguns charutos importados. A luz neon roxa deixava a sala particular com um ar ameno. Um mastro de pole dance estava posto no meio do cômodo, esperando por Penélope que havia saído por um segundo.

– Eu quero fazer sexo com ela.

– Eu quero que ela faça sexo comigo. – Nicky mordeu um morango, cuspindo tudo após. Não era aquilo que precisava para o momento, então, serviu um pouco de champanhe em sua taça.

– Solte isso aí... – Penélope entrou trajando uma roupa de colegial bem depravada.

Nicky imediatamente obedeceu.

Alex afrouxou o nó da gravata e abriu alguns botões de sua camiseta.

A ruiva estalou o dedo e começou a tocar lentamente Like A Prayer. Ela fez charminho abrindo todos os botões de sua blusinha, ficando apenas de sutiã vermelho. Um lápis prendia seus cabelos, e os óculos de grau dava-lhe uma seriedade angelical. Mas por pouco tempo. Nicky e Alex mal respiravam, Penélope era uma verdadeira diabinha. A julgar pela roupa e pela música escolhida por ela. Os cabelos ruivos caíram em queda livre, chegando até sua cintura. Os quatros pares de olhos em seu corpo a fez sorrir. Nicky era a sua garota favorita de todos os clientes; ela também ganhava umas vantagens com Alex, mas se afastou quando soube de uma suposta paixão desmedida que a morena mantinha por si. Não misturava paixão e prazer, nunca. A saia de riscos azuis deslizava por suas coxas. Nicky esticou a mão para tocá-la, mas ela balançou o dedo calmamente. Não era o momento. Ainda.

Penélope adorava a arte da provocação, era sua arma favorita. Sabia como mexer com o íntimo de cada ser que assistia a uma de suas danças. Já teve muitos problemas com isso, sendo assim, jamais permitia que sua clientela a tocasse. Mas hoje era diferente, especial, diria. Nicky merecia algo que só ela poderia dar. Sorriu, piscando o olho na direção das irmãs. Ela soube a principio que, ambas, estavam bêbadas, e isso seria divertido. Segurou firme na barra, deslizando com as pernas abertas.

– Eu vou cometer uma loucura se ela não descer dali... – Alex comentou sem desviar os olhos da ruiva.

Nicky não conseguiu formar uma frase. Penélope. Seus movimentos. Seus olhos. Seu corpo. Cruzou as pernas, para conter a excitação.

Suas costas desceram pelo mastro no mesmo ritmo da música. Com os dedos puxou a calcinha até a metade das coxas, e subiu novamente. Passeou com a ponta do lápis pelo corpo todo, até chegar à panturrilha. Jogou-o longe e se aproximou como uma gata selvagem perto das duas. Nicky foi a primeira a tocar as costas dela. Um sorriso brotou nos lábios de Alex, ao olhar aqueles seios durinhos em sua frente.

– Ei, vão com calma, crianças... – Penélope sentiu-se como se fosse um brinquedinho novo naquelas mãos. Elas percorriam seu corpo com curiosidade, ousadia. Num salto, sentou no colo de Nicky e desvinculou-se das mãozinhas danadinhas de Alex que já adentrava o fecho de sua lingerie. A música finalmente mudou, assim como a luz neon, agora era azul... O ar gélido da sala pareceu mudar subitamente. Estava morno, parecido com as mordidas de Nicky em suas costas. A striper reprovou seu comportamento, e abandonou o seu colo. – Nada de mordidas, mocinha.

 – Quem manda você ser gostosa. – ela murmurou.

Penélope riu e abriu as pernas antes de sentar no colo de Alex, de frente. Ela estava diante de duas mulheres famintas por sexo. Seus olhos encontraram os verdes de Alex... Eles estavam carregando um fogo dentro deles. Eram lindos excitados, pensou. Sem desviar deles, esticou o braço na direção da coxa de Nicky. Massageou, apertou, massageou novamente, detendo-a de qualquer outro movimento contra o seu corpo. Agradeceu e desviou o olhar para a mão boba de Alex que apertava seus seios. A sensação era maravilhosa, deixou-se tocar. Enquanto a outra desfrutava de seu corpo, Penélope tocou o sexo úmido de Nicky por cima da calça.  Ela gemeu consentindo. Com a ponta da unha beliscou o clitóris escorregadio dela, não queria demorar muito tempo com o seu presentinho de casamento, sendo assim, penetrou-a com força, vontade. Nicky gemeu tão forte que ela temeu. Alex agarrou seu rosto, tomando-lhe os lábios. Beijou-a e sentiu o gosto de álcool em sua língua, também havia gosto de cigarros.  Quando desuniu os lábios dos dela, Penélope teve que segurar em sua mão que ia de encontro ao seu sexo. – Não, não... Comporte-se. – Reprimiu-a, aprofundando os toques dentro de Nicky.

– Eu vou gozar... – Nicky disse embaraçadamente.

Quando sentiu seus dedos esquentarem com líquido quente de Nicky, Penélope sorriu totalmente satisfeita, e levantou-se. – Seu presente, querida. – disse-lhe tocando o braço.

– Eu quero um presentinho também, Penélope. – Alex virou a garrafa de champanhe na boca.

– Quando você for casar, volte aqui, meu bem.

Xxx

– Pela cara de vocês, foderam até a alma da ruivinha. – Meiko bateu palmas, aplaudindo-as.

– Eu gozei demais. – Nicky gritou aos sete ventos. – Vamos be-beber.

– Isso ai. – Taystee bateu na mesa, já disposta.

– Ela esta acordada. – Disse Alex, tirando o sarro.

– Vamos beber cerveja! – Luschek gritou.

– É isso ai! – Cindy reforçou.

– Beleza! – Nicky já virava a bebida goela abaixo.

Duas horas mais tarde, o grupo já deixava o clube. Nicky segurava em Alex, que segurava em Taystee, essa segurava em Cindy, que ajudava Meiko a segurar a mão de Luschek.

– Eu quero que o filho da puta do meu ex-chefe morra. – Luschek chutou o vento, caindo para o lado.

– Eu quero beber algo mais forte. – Meiko parou na frente de todos, freando a suas andadas. – Eu... – ouviram a buzina da limousine.

– Vamos lá meninas. – Nicky arrastou Alex sendo seguida pelas outras. – Você também Luschek.

– Johnny... leve a gente para a praia. – Nicky pediu ao motorista que se divertia com a embriaguez dos passageiros.

– Praia não Alex. – Taystee abria e fechava o teto solar do carro.

– Eu quero uma bebida mais forte, filhas da puta. – Meiko voltou a falar.

– Mijo de carneiro. – Luschek sugeriu.

– Onde tem a porra de um carneiro, cara? – Nicky engatinhou, sentando do lado dele.

– Zoológico. – respondeu um tanto pensativo. – Vamos invadir o zoológico de Queens. Eu sei como.

– Conte comigo. – Alex prendeu um cigarro entre os dentes.

Luschek possuía uma chave exclusiva que só os funcionários do zoo tinham acesso. A chave abriria somente a porta da sala de segurança. Meses atrás ele havia esquecido uma chave do portão superior do jardim zoológico em uma das gavetas daquela sala. Com a ajuda das garotas, encontrou-a. Antes de saírem caça ao carneiro, desligaram todas as câmeras de segurança. Andaram tombando por todo o local. Eles gritavam chamando a atenção de alguns bichos.

– Nessa porra não tem carneiro. – Nicky atirou uma garrafa de cerveja longe.

– Vamos ver a Piper.

– A Piper tá dormindo, Alex. – Taystee falou, não entendo a piada interna.

– Aí cara, onde estão as alpacas? – Nicky pendurou um braço no ombro do homem.

– Aqui do lado...

Ao se aproximarem da cerca, Nicky chamou o bichinho que levantou na hora.

 – Ei Piper nós voltamos.

– Vamos pular lá e dormir com ela. Eu estou com sono. – Alex já se pendurava na cerca.

Cindy foi à última a entrar no recinto. O animalzinho estava deitado ao lado deles, encarando aquela situação numa boa. Ela se juntou ao grupo, deitando ao lado de Meiko.

– Ay ay ay ay... Está llegando la hora. El día ya viene raiando, mi bien. Yo tengo que ir aunque. – Nicky cantou sozinha, mas ganhou força quando os outros cantaram também.

– Boa noite pessoal. – Taystee fechou os olhos.

– Boa noite. – Responderam.

O dia raiou, e o céu, de um azul intenso, estava salpicado de pequenas nuvens brancas, criando uma visão linda. Sons de pássaros sobrevoando o as árvores, despertou Alex, que abriu os olhos com dificuldade. Nunca desejou morrer, quanto naquele instante. Sua cabeça estava pesada. Piscou algumas vezes, olhando o imenso céu azul. Fechou os olhos, achou que estava no meio de um sonho.

– O que significa isso? – A voz de um funcionário abobalhado foi despertando aos poucos as mulheres e o homem. – Eu vou acionar a polícia agora mesmo. – ele disse.

– Merda! Acordem. – Nicky gritou.

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Não sei se vocês esperavam mais, mas foi o que eu consegui escrever. jasijdsjsidjosdijosdosijosd tô rindo pakas da situ da galera. ): Quero uma Penélope pra mim. ))))))))))))):
Enfim, postarei o próximo capítulo depois do feriado!

Um beijo, e bom feriado, claro. ♥♥♥


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