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História She's Back (Mileven) - A tortura mental causada pela dor de uma perda.


Escrita por: StrangerEggo

Notas do Autor


Bom, eu sei que a sinopse está bem fraquinha mas eu sou uma tragédia nisso :x

É a minha primeira fic, espero que gostem. Eu já tinha postado esse primeiro capitulo há muito tempo, porém, por insegurança depois de uma hora eu apaguei, dessa vez fiz diversas alterações e vou seguir com a história, como já tenho alguns capítulos prontos acho que não vou demorar para atualizar. Boa leitura <3

Capítulo 1 - A tortura mental causada pela dor de uma perda.


Fanfic / Fanfiction She's Back (Mileven) - A tortura mental causada pela dor de uma perda.

Hawkins, Sexta-Feira, 11 de Agosto de 1989. 

 


Após os acontecimentos de 1983 e o suposto fechamento, eu diria transferência, daquele maldito Laboratório, Hawkins voltou a ser aquela cidade pacata a qual as principais queixas que o delegado recebia eram por anões de jardim roubados ou ataques de pássaros a senhoras que tinham penteados que inocentavam as pobres aves, se é que você me entende. 

Para quem nunca soube o que houve, nada mudou, mas para nós... Bom, tentamos seguir nossas vidas, superar nossas dores e muitos de nós tiveram sucesso, mas eu não consigo. Sabe aquela ferida que você tenta cuidar, faz o maior esforço para que logo ela cicatrize, mas acidentalmente você bate no local e fere novamente, entrando em um ciclo que nunca acaba? Pois é, Eleven é a minha ferida incurável.

Eu tinha uma concepção completamente diferente da minha vida antes dela, mas em apenas uma semana tudo mudou. Qualquer tipo de cálculo que obtenha 011 como resultado, eggos, o ginásio da escola, o porão e, principalmente, aquela cabana que até hoje eu ainda não tive forças para desmontar, tudo a traz para minha mente, como eu gostaria de poder estar ao seu lado novamente... Como pode o destino colocar uma pessoa na minha vida só para tirar depois? Estou cansado das pessoas dizendo que ela se foi e que eu preciso "recomeçar", elas não entendem que não é como um poema que você tenta escrever à lápis e a cada erro pode apagar o verso e fazer algo melhor, eu perdi o amor da minha vida e não tive chances nem de protegê-la. 

É difícil conviver com a culpa de não ter feito nada para pará-la, fiquei apenas parado, incapaz de olhar, tapando os ouvidos por causa de seus gritos. Eu fui fraco, não pude protegê-la, não pude a salvar... Eu falhei com ela... Não cumpri a minha promessa. 

Por muito tempo eu procurei por ela... Eu não sei exatamente quando a ficha de que eu a perdi para sempre caiu, me sinto quebrado, por dentro e por fora, vivo chorando e ao mesmo tempo me remoendo de raiva por ter sido tão inútil.
Meu coração dói como se alguém tentasse tirá-lo de meu peito, até respirar me machuca.

Tudo o que eu queria era que Eleven estivesse aqui, fazendo suas inocentes perguntas e mexendo em meu Supercomm, mas ao olhar para a cabana vazia, meu coração dói, ela não está lá. 
Eu me sinto morto, as coisas são tão difíceis sem ela aqui, é como se eu pudesse ouvir sua voz macia chamando pelo meu nome.


De fato, a vida é uma coisa curiosa. Quando você pensa que o castelo de cartas está pronto, uma brisa vem e tudo desaba por água abaixo. 


Eu sinto sua falta.. Eu preciso dela como precisamos de oxigênio para sobreviver. Sem ela eu estou perdendo a vida, me tornei completamente dependente de Eleven.
Me sinto perdido, El é o meu equilíbrio, e sem ela... Não consigo me manter no rumo certo da corda bamba em que minha vida é, estou quase caindo no abismo. 



Mike, querido, venha jantar! - Minha mãe me tirou de meus pensamentos. 



Subi as escadas do porão desanimado, afinal, esse era o verdadeiro espírito desses clássicos jantares em família de Sexta à noite. Essa noite seria algo "especial" por Nancy ter vindo nos visitar, já que agora ela foi para a universidade e só vem às vezes para casa. Deveria estar feliz já que minha irmã está aqui, mas... Se bem que... Eu não tenho tido animo para nada, porém eu tento disfarçar, cansei de pessoas opinando sobre o que devo fazer, como devo agir ou tendo pena de mim. 
 



- Vocês estão sabendo que temos novas vizinhas? - Minha mãe se aproximou empolgada da mesa. 

 


- Sim, mãe. - Nancy e eu dissemos em coro.

 


- Mike, ela tem uma filha de idade aproximada da sua, acho que você deveria se apresentar. - Minha mãe e a sua mania de tentar me socializar com garotas. Ela achava estranho o fato de que um cara de 18 anos ser completamente desinteressado pelo sexo oposto, ainda mais por eu ser o único, entre os meus amigos, a nunca ter mostrado interesse pela nossa única amiga, a Max. 

 


- Acho bem estranho uma senhora de idade ter uma filha de 17/18 anos.  - Soltei sem pensar.

 


- Não seja grosseiro, Mike!  - Nancy me repreendeu.

 


- Eu não quis... 

 


- Tudo bem, filhos. – Minha mãe me interrompeu. - De fato, a garota não é filha biológica dela, se eu entendi bem ela a resgatou da rua. Aparentemente, ela tinha sofrido algum tipo de acidente e perdeu a memória. Deve ter dito uma vida bem complicada, por isso espero que vocês não sejam rudes com ela.

 


- Que sinistro, mãe... Vou tentar ser legal com ela. - Falei fazendo pouco caso, peguei meu prato e me retirei da mesa. 




Criei o hábito de dormir mais cedo, comecei a teorizar que quanto mais tempo eu dormir maior a probabilidade de eu sonhar com a El, dessa forma, mais tempo eu posso passar "com ela". Pode parecer loucura, mas se essa for a única forma de sentir que estou com ela novamente, eu não ligo em fazê-la.
 

 

 

Hawkins, Sábado, 12 de Agosto de 1989. 
 

 


Após o café da manhã resolvi sair um pouco para pegar um ar fresco, criei esse hábito para tentar espairecer um pouco a mente, tudo em minha casa traz ela de volta aos meus pensamentos... A brisa gelada da manhã me acalmava, o sol ainda fraco e os pássaros a cantar eram a minha distração momentânea, no momento era tudo calmaria...


De repente um cachorro saiu correndo em minha frente mais rápido do que o Dustin quando a sobremesa é pudim de chocolate, logo em seguida uma garota atrás dele. 


 


Volta aqui seu aparvalhado!! - A garota gritava correndo atrás do animal.

 

 


O cachorro estava brincando com a paciência da garota, resolvi ajudar, fui atrás de ambos, até que o animal deu uma volta e passou a correr em sentido oposto, foi o momento em que ele passou perto de mim e eu o peguei.




- Hahahaha você chama o cachorro de aparvalh... - Eu disse levando o bicho até ela, que se virou em minha direção para pega-lo. 



memória era a minha pior inimiga ou seria a maldita esperança que nutro em meu peito?
Estaria o destino pregando uma peça em mim? Estou ficando maluco a ponto de vê-la em outras pessoas? Não sei mais diferenciar ilusões da realidade? Fiquei estático, não conseguia mais falar, aquele nariz empinado, olhos castanhos assustados, aqueles lábios, agora com um lindo cabelo ondulado... Não estava acreditando no que estava vendo... E acidentalmente nesse meu devaneio deixei o cachorro escapar e ela me tirou do transe.



- Você deixou ele fugir!!! APARVALHADO VOLTA AQUI!! - Ela saiu correndo novamente.



Seria ela? Por que ela não teria ficado surpresa ao me rever? Fiquei a observar a garota lutando para pegar o animal extremamente veloz e fui novamente tentar ajudar, e após muita correria peguei o cachorro novamente.



- El... É você? - Disse me aproximando dela com o animal no colo.
 


- Sim... Você... Me... Conhece? - Ela disse ofegante após correr desenfreadamente.



Aquilo me atingiu como um soco bem no estômago, não era possível, El estava viva, mas não se lembrava de mim? Olhei em busca da sua tatuagem e lá estava ela, o pequeno 011 que guarda muita história. Realmente era ela, era a minha El. Precisava manter a postura, mas novamente fiquei estático, sem saber o que pensar.

 


- Ah... Oi? Tá tudo bem? - Ela me olhava confusa.
 


- Ah sim, desculpe. Por um momento confundi você com uma prima minha da Suécia, ela se chama Eleanor, costumo chamar ela de El.
 


- Nossa! Que coincidência! - Ela ria. - Obrigada por me ajudar com esse fugitivo, ele sempre faz isso comigo. Sou a nova moradora daquela casa ali. - Disse apontando para a casa ao lado da minha.
 


- Sou seu vizinho, moro na casa ao lado - Digo tentando parecer o mais normal possível. - Me chamo Michael Wheeler, mas as pessoas costumam me chamar de...
 


MIKE! - Ela me interrompeu ferozmente e pareceu se assustar com a própria atitude. - Desculpa... Não sei o que deu em mim, bom, como você já deve ter percebido, me chamo El. - Ela disse rindo.
 


- Não tem problema, acho que é meio óbvio que me chamem assim. - Ri para disfarçar meu nervosismo. - Só El?
 


- Foi a única que coisa que consegui lembrar após um acidente... Minha mãe tentou me fazer lembrar de algo falando vários nomes que começam por E-L mas nada deu certo, então resolvemos deixar por isso.
 


- Ah entendo, desculpa.
 


- Não precisa pedir desculpas. - Ela sorria amigavelmente. 



EL, VEM CÁ, TEMOS UM COMPROMISSO DAQUI A POUCO!!



- Ops, minha mãe, tchau, Mike! Muito obrigada pela ajuda e foi um prazer te conhecer!! 
 


- Prazer... El...

 





Voltei correndo para casa.

Era hora de desabar.


Notas Finais


Obrigada a todos que leram o capítulo inteiro <3


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