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LAURA POV
Finalmente meu aniversário de 17 anos chegou, sabia que tinha apenas mais três meses para ficar na Inglaterra e isso me entristecia. Exatamente agora, estou no meu quarto, me arrumando, pois Jess, uma amiga de escola, insistiu irritantemente para que fossemos a uma festa. Ouço passos na escada que da para o sótão, Alex adentra o quarto e me encara com uma expressão confusa.
Alex: Aonde pensa que vai? -Ele pergunta calmo, porém autoritário.
Laura: Vou a uma festa com Jess. -Respondo ainda olhando para o espelho enquanto me maquio.
Alex: Não, você não vai. -Ele fala como se mandasse em mim. -Muito menos com essa roupa. (link na descrição)
Olhei para Alex incrédula e percebi que ele segurava um grande buquê de gloxinias, flores que simbolizam o amor a primeira vista, e uma caixa em suas mãos. Sorri, esquecendo-me de seu comentário anterior.
Alex: Passei o dia fora, pensei que chegaria aqui e teria você só pra mim. -Ele esticou os braços me entregando os presentes.
Caminhei em sua direção e depositei um beijo em sua boca, em agradecimento aos presentes. Dentro da caixa havia um colar (link na descrição) e na parte inferior do colar, para que ninguém pudesse ver, estavam nossas iniciais. Alex afastou meu cabelo e colocou o presente delicadamente em meu pescoço, sussurrando em seguida "feliz aniversário, nunca se esqueça o quanto eu te amo". Senti meu corpo todo estremecer.
Laura: É lindo, Alex. Eu te amo. -Olhei profundamente em seus olhos.
Alex subitamente me agarrou, me beijando com desejo, muito desejo, eu sabia o que ele queria. Ele apertou minha bunda, fazendo com que nossos corpos se juntassem ainda mais.
Alex: Você é gostosa demais. -Ele falou enquanto beijava meu pescoço.
Arfei quando uma de suas mãos foi parar em meu sei, apertando-o. Alex começou a levantar meu vestido e eu não me opus, uma de suas mãos foi para a parte anterior da minha calcinha, afastando-a para que ele pudesse tocar minha intimidade. Alex começou a me penetrar com dois dedos, senti minhas pernas cederem, mas meu peso estava apoiado dele. Comecei a gemer seu nome baixo, o que o fez aumentar a velocidade de sua mãos. Me agarrei em sua nuca com unhas quando senti meu orgasmo vindo. Ele retirou os dedos de dentro de mim e os colocou em sua boca, apreciando o sabor.
Alex: Tem certeza de que quer ir para essa tal festa?
Laura: Alex, eu prometi a Jess que iria, é uma noite das meninas, quando eu chegar passarei todo o tempo do mundo com você. -Beijei a ponta de seu nariz.
Alex que olhou com uma cara de desapontamento, raiva e aceitação, o que foi bem engraçado, porque ele ficava um gracinha quando estava bravo.
Alex: Tudo bem, mas só porque já conversamos sobre isso. -Ele deu um tapa em minha bunda e saiu do quarto.
ALEX POV
Fiquei em casa aguardando ela voltar, eu estava perdidamente apaixonado e acreditava que isso poderia ser perigoso. Sinceramente não sabia o que aconteceria quando ela voltasse para o Brasil, a ideia de nos separarmos me deixava desesperado, estávamos a quase quatro meses juntos, era uma tarefa difícil fazer tudo escondido de meus mais, minhas viagens com a banda também não colaboravam, mas ninguém poderia saber sobre nós, não até ela completar a maioridade.
Escuto a campainha tocar e vou abrir sem muito ânimo. Me deparo com um policial na porta.
Policial: Você é o responsável por Laura?
Alex: Sim, por que?
Policial: Então o senhor sabe que ela estava em uma festa?
Alex: Sim. -Eu estava agitado e impaciente, queria saber o que o homem em minha porta tinha a me dizer.
Policial: Houve um tiroteio na festa, alguns garotos armados foram para lá. -Meu coração havia parado por alguns instantes, eu pude sentir. - Algumas pessoas foram baleadas e Laura é uma delas. -Senti meu corpo todo doer, eu não conseguia pronunciar qualquer palavra. -Ela estava no topo da escada quando isso aconteceu, a garota rolou escada abaixo e bateu a cabeça com muita força, ela está no hospital St. Louis agora.
Não esperei o policial terminar, sai correndo desesperadamente pelas ruas, o hospital ficava a quatro quadras da minha cara. Senti meus olhos lacrimejarem e então me perguntei o que Laura fazia para que eu me sentisse assim, tão dependente.
Abri a porta do hospital, foi como se tudo passasse em câmera lenta. Corri para o balcão de atendimento.
Alex: Eu procuro por Laura, Laura Schmidt. -Minhas palavras saíram baixas e não muito claras, mas a atendente entendeu.
Atendente: Quarto 505.
Corri feito um louco pelos corredores brancos do hospital, aquele lugar me dava calafrios. Quando finalmente entrei no quarto, senti meu coração se partir em milhões de pedaços. O crachá preso em sua casa dizia "Laura Schmidt: paciente em coma, estado grave."
Cai de joelhos no chão e chorei feito uma criança que fica de castigo sem poder usar os brinquedos. Eu não poderia viver em um mundo sem ela, seria triste demais ter que me acostumar a presença de outra pessoa apenas por conveniência, simplesmente por não poder passar o resto da minha vida com a única que realmente importava.
Quando estava um pouco mais calmo, me levantei do chão e segurei sua mão, ela estava gelada, parecia estar morta. Eu diria que ela está morta, se não fossem os aparelhos indicando as batidas do seu coração.
Alex: Não me deixa, eu ainda nem comecei a ter uma vida com você, -Beijei sua mão.
Instantes depois um médico, que aparentava ter uns 60 anos, entra no quarto e me explica algumas coisas.
Médico: O estado dela está bem próximo a morte, se ela não acordar até o próximo mês, teremos que desligar os aparelhos, e é o que provavelmente vai acontecer. -Senti minha visão escurecer e meu chão ir embora. -O tiro não foi grave, mas o impacto em sua cabeça sim. Caso ela acorde, há uma grande chance de ter problemas com a memória. Seus pais brasileiros, como consta em seus documentos achados na bolsa, já foram avisados e estão vindo para cá.
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