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História Shinigami. (Hanma X Kisaki) - Capítulo - 10


Escrita por: MisakiMitsuko03

Notas do Autor


Oh meu Deus, olha quem voltou kakakaka

Tomem cuidado com os erros ortográficos e tenham uma boa leitura =^

Capítulo 10 - Capítulo - 10


Fanfic / Fanfiction Shinigami. (Hanma X Kisaki) - Capítulo - 10

O apartamento estava calmo, a televisão estava desligada e apenas o ar-condicionado podia ser escutado.

Mikey observava atentamente sua alma gêmea concentrada no caderno em sua mesa, aparentemente era alguma atividade de sua faculdade.

Era divertido quando o loirinho fechava a cara e encarava o caderno com certa raiva, ou quando seu rosto demonstrava curiosidade com qualquer assunto.

Takemichi era fofo. Tão fofo quanto um filhote de cachorrinho.

- Por que me encara tanto? – A voz angelical foi ouvida. Mikey apenas sorriu gentilmente.

- Estou observando a beleza da minha alma gêmea, não posso? – Falou com sinceridade vendo o rosto do mais novo pegar fogo.

- Pode, eu só...não achei que fosse bonito, mas você falando assim...

- Em que mundo você não se acha bonito? – Perguntou exaltado, claramente irritado com a declaração do anjo. – Você é o ser mais belo que eu já vi em toda a minha vida, se duvidar é o mais belo do mundo! De todas as dimensões!

Takemichi riu baixo com as bochechas rosadas e coração acelerado. Mikey certamente sabia falar bonito.

- Mikey-kun também é um dos seres mais bonitos que já vi na minha vida. – Revelou desviando o olhar para a janela da casa. Era noite.

- Sou?!

Com essa pequena pergunta, Takemichi sentiu a presença do loiro ficar mais próxima de si, virou a cabeça para o lado onde o loiro estava. Estavam perto.

As respirações se misturam com a proximidade de seus rostos. Takemichi estava completamente vermelho, mesmo sendo almas gêmeas eles nunca ficaram tão perto. Tão perto ao ponto de suas respirações se misturarem ou tão perto ao ponto de seus lábios se encostarem.

Enquanto Takemichi surtava por coisas aleatórias, Mikey encarava aquele rosto angelical com pequena pergunta rondando sua cabeça.

“Eu beijo ou não beijo ele?”

Ele podia? A quanto tempo se conheciam? Duas semanas? Não estaria sendo muito invasivo?

Bom, seres humanos tendem a ser racionais e o loiro a sua frente era um anjo que passou a vida inteira achando ser humano. Perguntar não faz mal, certo?

Sua mão direita traçou um carinho leve nas bochechas vermelhas do Hanagaki.

- Ei, Takemitchy. Posso beijar você? – Sussurrou olhando aqueles olhos azuis lindos como o céu de um dia ensolarado.

Takemichi estava tão inerte que apenas assentiu. Mikey sorriu pequeno.

Seus lábios se tocaram de forma lenta e calma em um selinho simples, sem qualquer segunda intenção, apenas sentindo a textura dos lábios um do outro.

Manjiro se afastou um pouco enquanto olhava para o anjo.

- Mikey-kun...

- Sim?

- Não sou feito de porcelana. – Sussurrou segurando a mão que antes o demônio havia colocado em sua bochecha. – Pode me beijar a vontade, não é como se eu fosse reclamar de ser beijado por você. – Sorriu gentilmente, Mikey retribuiu o sorriso enquanto se aproximava novamente.

Seus lábios se tocaram novamente, mas desta vez o mais velho pediu passagem com a língua, está que foi logo cedida. O beijo era um pouco desajeitado por causa da falta de costume do mais novo, mas ele estava seguindo o ritmo. Mesmo estando difícil por causa da falta de ar.

Os dois estavam aproveitando aquele momento a sós na sala, colocando todos os sentimentos apaixonados para fora do jeito que podiam. Eles só esqueceram de uma coisinha básica.

Kisaki estava em casa.

- Vocês viram os meus... – Parou de andar e falar no momento em que viu os dois se afastarem um do outro com as bochechas coradas e respiração ofegante. – Óculos?

Takemichi engoliu em seco com a respiração acelerada e olhou para o demônio ao seu lado antes se olhar o amigo.

- Está na mesinha do lado da minha cama... – Respondeu com um sorriso desconfortável, e isso não passou despercebido pelo loiro mais novo da sala.

- Mas oque? – Murmurou baixo e juntou os pontos. Seus olhos se arregalaram e suas bochechas avermelharam de leve, correu escada a cima deixando os dois na sala.

- Acha que ele percebeu? – Mikey perguntou baixo.

- Sim...

Kisaki voltou correndo – já com os óculos rotineiros – direto para a porta, a abriu e olhou para os loiros.

- Não quero sujeira na casa quando eu voltar, e nem louça na pia. – Olhou bem para o Hanagaki e fez uma feição irritada. – Usem camisinha.

O Tetta fechou a porta deixando um anjo de bochechas vermelhas e coração acelerado para trás com um demônio com sorriso malicioso.

- E-ele não f-fala coisa com coisa hehehe – Takemichi riu nervoso.

Mikey apenas sorriu achando graça da situação, olhou para a porta e depois voltou para ao anjo logo perguntando:

- Aonde ele foi mesmo?

O loiro demorou um pouco para assimilar até entender que ele falava do Tetta.

- Ele foi lá pra frente esperar o Hanma-san vir buscar ele, aparentemente é um encontro. – Explicou com um sorriso no rosto.

- Eles se resolveram? – Perguntou com um leve sorriso.

- Bem, digamos que eles ainda não tinham conversado sobre o Kazutora e eu acabei falando demais....

Mikey riu baixinho.

- Não se preocupe tanto com isso, o Hanma é meio tapado mas eu tenho quase certeza que ele vai jogar as cartas na mesa. – Explicou pegando um papel solto que tinha em cima da mesa.

Takemichi respirou fundo e voltou a fazer as atividades de sua faculdade. Kisaki era um pouco temperamental então a chance deste “encontro” dar errado era alta.

Mas ele queria acreditar que o loiro iria passar por aquela porta na manhã seguinte e com bom humor.

O loiro esperava o Shuji com a maior cara de tédio possível. Não que estivesse desinteressado com esse “encontro” e sim por causa da calmaria da rua aquela hora da noite.

“Não tem uma alma viva nesta merda?” – Sua mente rodava em torno daquilo enquanto observava a paisagem de vários prédios a sua volta mas sem nenhuma pessoa na rua.

Kisaki deu um sobressalto ao escutar a lata de lixo bater e depois um miado chegar aos seus ouvidos. O bruxo mesmo estando amedrontado seguiu até perto da lata de lixo e viu oque tinha acontecido.

Um gato preto.

Um gato preto de olhos dourados o encarava. A pelagem dele era brilhante, ele poderia apostar que aquele gato usava mais produtos de hidratação do que várias garotas.

Seus olhos dourados o encaravam de forma selvagem. De fato um animal muito bonito.

Sua atenção se desviou por um momento do felino ao avistar alguém alto se aproximando, era Hanma. Kisaki saiu devagar dali e andou até o Shuji.

- Achei que não ia vir mais, já ia voltar para dentro. – Ditou entediado.

- Eu sei que iria me esperar a noite toda se fosse preciso. – Debochou sorrindo.

- Você é quem acha isso, para onde iremos?

- Bem, eu pensei em um restaurante chique, mas lembrei que você não gosta muito de chamar atenção. Então, que tal a gente ir em uma lanchonete?

- As oito da noite?

- Sim ué, vamos comer uma pizza. – Sorriu genuinamente.

- Tá...

Hanma se aproximou do loiro e segurou a sua mão entrelaçando os seus dedos com o do bruxo. A mão menor que a sua estava um pouco fria, mas isso não o incomodava nenhum pouco.

Kisaki por outro lado tentava a todo custo prestar atenção no percurso que eles estavam fazendo, e não no quão quente e grande a mão do mais velho era em comparação com a sua. Ele poderia bater o pé e simplesmente o empurrar e dizer para o Shuji nunca mais o tocar.

Mas como negar o que já estava na cara?

Ele queria sentir aquele toque.

A lanchonete era bonita por dentro. As paredes pintadas, a metade de cima em um tom de creme e a metade de baixo tinha textura de troncos madeira escura. As cadeiras eram claras com um estofado vermelho assim como a toalha das pequenas mesas.

Ao mesmo tempo que era aconchegante, também tinha uma vibe bem chique para uma lanchonete.

Hanma sabe a diferença entre ser chique e não ser?

- Hanma.

- Hum?

- Essa é a sua visão de algo simples? – Perguntou erguendo uma taça na frente do bicolor. – A lanchonete, se é que eu posso chamar isso de lanchonete, está vazia, Hanma. Vazia! – Pontuou o olhando irritado.

- Você queria conversar em um local cheio de gente? Achei que ficaria incomodado...

Okay, aquilo havia pegado o loiro de surpresa.

Desde quando exatamente o bicolor sabia que ele não gostava de ficar no meio de muitas pessoas?

O loiro fechou a mão em cima de seu colo e olhou para o mais velho novamente.

- Eu ficaria – Suspirou. – Obrigado por levar isso em consideração...

- É claro que eu levo em consideração, Kisaki, aqui, hoje e sempre você será a minha prioridade. – Afirmou pegando uma das taças que continha água e a levou até os lábios observando as feições do loiro.

Kisaki claramente não esperava uma declaração dessas, suas bochechas rosadas eram a prova disso. Mas era o Hanma, ele não tem nenhum filtro além de...

Kazutora....

- Oe, Hanma. – Chamou o mais alto que apenas o respondeu com um “Hum?”. – Eu tenho algo para dizer.

O shinigami colocou a taça de volta em cima da mesa.

- Já está apaixonado por mim? – Perguntou com um sorriso debochado.

Pena que aquele sorriso se desmanchou logo depois da seguinte frase dita pelo bruxo:

- Eu sei sobre o Kazutora. – Ditou direto.

- Começamos bem... – Suspirou se encostando na cadeira. – Quem te falou sobre?

- Eu só quero deixar claro que a culpa por eu saber sobre isso é inteiramente minha, talvez um pouco do Takemichi, mas a culpa é minha. – Suspirou olhando para o bicolor.

- Quer conversar sobre o Kazutora, não é? – Perguntou mesmo sabendo a resposta.

Kisaki desviou o olhar claramente envergonhado.

Um garçom saiu da cozinha com uma bandeja e foi até a mesa dos únicos ali presente, colocou os dois pratos de sobremesa e saiu rapidamente.

“Que sufocante...” foi oque se passou por sua cabeça ao ficar no mesmo lugar que os dois homens.

- Depois que eu dormi na sua casa e fui para a minha, o Take havia me perguntado se eu estava confuso por você sempre se irritar com o Mikey ou se era pela sua história com o Kazutora. Eu fiquei confuso, nem ao menos sabia quem era Kazutora.

- O Mikey contou para o Takemichi? – Perguntou confuso.

- Sim, continuando. – Bebeu a água. – Eu fiquei pensando no que o Kazutora poderia ser para você, e o Chifuyu acabou me contando algumas coisas.

Hanma suspirou pegando a taça da água.

- Eu te juro, eu queria espera você se sentir confortável para me contar tudo, mas... eu não sei, minha curiosidade falou mais alto...

Hanma riu soprado.

- Isso é normal, Saki-chan. – Colocou a taça na mesa depois de beber metade do conteúdo dela. – Bruxos são curiosos e adoram saber de tudo...

- Me desculpe...

- Pare.

- Oque?

- Pare de se desculpar por algo que não tem controle, isso é normal Kisaki, e não vai te fazer mal. – Olhou ao redor. – Eu queria que essa noite fosse boa e divertida para nos dois, mas parece que eu tenho uma história para te contar.

O maior levantou deixando algumas notas em cima da mesa.

- Vamos?

- E a sobremesa? – Perguntou confuso.

- Eles vão entregar para pessoas que precisam mais do que a gente, não se preocupe nada será desperdiçado.

Kisaki se levantou e seguiu o demônio, não sabia oque exatamente iria acontecer a seguir, mas o Shuji estava muito sério para o gosto dele.

O caminho foi silencioso e até um pouco sufocante. O rosto de Hanma não parecia de alguém irritado ou triste, e sim de alguém entediado.

Kisaki sentia seu coração acelerar apenas com a suspeita de que o demônio a sua frente esteja irritado com ele.

Talvez seria melhor se ele não tivesse dito nada...

A porta do apartamento foi aberta e logo a luz da sala foi acessa, Hanma deu espaço para que o bruxo entrasse logo depois dele o guiando até a sala.

- Então, quer me contar algo antes de mim? – O bicolor perguntou olhando aqueles olhos tão azuis quanto um oceano frio.

O loiro suspirou sentando ao lado do mais velho no sofá.

- Eu não tenho nada a falar por agora, mas... – Segurou a mão direita do bicolor, entrelaçando seus dedos. – Eu não tenho por que ficar irritado com algo relacionado ao seu passado, vou continuar aqui ao seu lado...

Hanma soltou o ar que nem havia percebido que prendia e sorriu gentilmente.

“Eu realmente não te mereço...”

- Bem, por onde eu começo? – Perguntou fazendo um carinho na mão do loiro com a sua outra mão.

- Pelo começo.

Hanma sorriu debochado.

- A alguns anos atrás a dimensão demoníaca estava me entediando...

“Eu era responsável pela tortura das almas que fizeram atos hediondos durante sua estadia na dimensão humana. Várias almas de diversas espécies, sereias, dragões, lobos, eu cuidava de cada uma delas.

Aquilo estava começando a ficar chato, era sempre a mesma coisa: gritos, choro, implorando pela vida, uns verdadeiros miseráveis que não dão valor ao que tem e procuram tirar o que tem de bom na vida dos outros.

Eu só cansei de tudo naquela época...

- Eu vou viajar. – Comentei enquanto lia um livro sobre dimensões, não deixei de notar o pequeno demônio loiro se engasgando ao meu lado.

- Oi?! – Mikey se exaltou. – Não, tu não vai, tu não é doido. Precisamos de você aqui!

- Mikey tá tudo chato aqui em casa, eu quero sair um pouco, viver.

- E vai viver aonde? Debaixo da ponte dos anjos? – Draken perguntou amarrando o cabelo do Sano.

- Em algum lugar que não seja aqui....

Mikey encarou Draken com cara de nojo.

- Vai pra uma dimensão de luz? Se for, cuidado pra não se queimar.

- VAI DEIXAR ELE IR?! – Mikey gritou com o líder da dimensão dos dragões.

- Sim, o Hanma não pode ficar só aqui Mikey. Deixa ele ser livre. – Respondeu tomando sua xícara de café – um líquido pelo qual ganhou vício após provar na dimensão humana.

Hanma sorriu radiante.

- Obrigado amigo voador.

Draken sorriu de volta enquanto Mikey se segurava pra não voar nos nossos pescoços.

Depois da nossa “pequena” conversa, eu estava mais decidido em ir até as outras dimensões, e foi isso que eu fiz. Visitei cada uma delas.

Primeiro a dimensão dos duendes, eles eram engraçados, tinham muita lábia, era incrível jogar poker com eles e sair correndo depois de provocá-los.

Logo depois visitei algumas dimensões da luz, anjos, fadas, sereias, sinceramente aquele lugar era muito iluminado. Usar óculos escuros ali foi uma das poucas coisas que deram certo, ainda lembrava de quando achou um demônio queimado pendurado em uma árvore, foi naquele dia que eu decidi que lugares com luz está fora de cogitação.

Foi quando eu decidi ir até a dimensão dos Homens fera e conheci ele.

Hanemiya Kazutora, um tigre um tanto arisco no começo, mas um grande amigo no final.

Ele era divertido, alegre, um pouco temperamental por algumas coisas relacionadas a família dele, mas era uma boa pessoa. Uma pessoa pela qual me vi atraído.

- Sabe Hanma, você é meio estranho. – Comentou bebendo um pouco de suco de uma fruta nativa da sua dimensão. – Por que se sente atraído por mim? – Perguntou encarando aqueles olhos dourados do shinigami.

- Não sei...sua astúcia?

- Minha astúcia...? – Colocou o copo em cima de um tronco e andou até o mais velho colocando as mãos no rosto do shinigami, fazendo um carinho em sua bochecha. – Eu gostei de você por ser diferente.

- Diferente? – Perguntou confuso e o mais novo assentiu.

- Você é um demônio em uma dimensão de homens fera, e também tem uma aura misteriosa...gosto disso... – Seus olhos dourados encaravam o demônio a sua frente com curiosidade, seus olhos desceram para a boca dele.

- Quer algo?

- Quero...

Seus lábios se chocaram com fervor.

...

A partir dali eu perdi um pouco meus sentidos.

Eu sentia que queria ele por perto sempre, seja tocando ele ou apenas com a presença dele, eu queria o Kazutora. Eu precisava dele.

Eu o levei para conhecer meu amigos, ele me levou para conhecer os dele. Mas algo faltava....

Kazutora não era totalmente entregue a mim quanto eu era a ele, foi quando Naoto Tachibana chegou. Um homem fada que cuidava de todos os outros membros da população, ele enfrentava aqueles que eram foras da lei, seres que trabalhavam para os seres das sombras, Naoto era praticamente um policial fada.

Quando seus olhos se encontraram eu percebi oque faltava no nosso relacionamento.

Eu não era alma gêmea de Kazutora.

Eu não podia fazer nada, independente de saber coisas sobre ele que ninguém mais sabia, de sempre querer ele por perto, de todo o cuidado que eu tinha com ele, eu não tinha nascido com a alma grudada com a dele.

Eu não era o Naoto.

Eu não queria me separar, eu falei disso com o Mikey e eu não sei se era por causa da minha grande consideração a ele, eu acreditei que ele estava comigo nessa, que ele ia me ajudar a continuar o meu relacionamento com o Kazutora. Afinal, mesmo não sendo alma gêmea dele ainda poderíamos ser felizes.

Mas, aquele idiota apenas fez oque era melhor na opinião dele e quando Kazutora pediu para a gente se separar, ele disse que era o certo.

Eu fiquei irritado e fui até uma bruxa...só ouvi mais sermão. Quando falei sobre fazer com que a minha alma se ligasse com a de Kazutora ela só faltou arrancar o meu fígado fora, velha maluca.

Eu voltei para casa, aceitei o término, briguei com o Mikey e voltei a viver na dimensão demoníaca. Desde então eu não vi mais Kazutora”.

Kisaki olhava atentamente o bicolor, sua feição não passava de nada mais do que nostalgia. Não tinha dor, não tinha raiva – tirando as partes que ele falava de Mikey – não tinha nada além de nostalgia.

- Faz quanto tempo que não vê o Kazutora?

Hanma virou para o loiro olhando dentro de seus olhos, levou sua mão direita ao rosto do menor fazendo um carinho ali, loiro se inclinou em direção a sua palma em busca de mais da quentura aconchegante.

- Vinte e três anos....

- Ahn? – O loiro se despertou rapidamente.

- Fazem vinte e três anos que não converso com o Kazutora, eu estava preocupado em proteger alguém.

Kisaki sentiu sua respiração falhar.

- Quem...?

- Você Kisaki...

Kisaki sentiu suas bochechas corarem, os olhos de Hanma estavam mais calmos que o normal. Respirou fundo se aproximando do maior.

- Por que me proteger? Do que exatamente?

- Eu não sei, eu só queria que ficasse seguro. Aquela bruxa maluca brigou comigo e xingou até a minha última geração falando que eu deveria deixar Kazutora viver e ir viver a minha vida, esperar a sua chegada... – Se aproximou do mais novo o abraçando. – Não quero que fique chateado comigo, não quero que me afaste...

As pequenas mãos trêmulas foram até os fios bicolores fazendo um cafune ali.

- Eu ouvi tudo e ainda estou aqui, né? Não vou sair daqui.

Hanma ergueu o rosto e encarou a face de Kisaki. Ele estava belo como sempre, mas hoje....por que seus lábios estavam tão chamativos naquela noite?

- Kisaki....

Sua voz saiu mais arrastada que o normal e isso não passou despercebido pelo loiro. Hanma estava perto, MUITO perto de seu rosto, de sua boca...

- S-sim?

“Merda, como posso gaguejar em um momento assim?!”

Hanma deu um sorrisinho de lado ao levar suas mãos até as laterais do rosto do loirinho.

- Vai me perdoar se eu beijar você hoje? – Perguntou aproximando seu rosto com o do menor, as bochechas dele ficaram rosadas.

“Fofo...” tá aí uma coisa que Kisaki não pode escutar ele dizer.

- Vou, se for apenas hoje...

- Certo...só por hoje Saki.

Hanma quebrou a distância entre os seus lábios e os do loiro em um selinho demorado até pedir a passagem com a língua sendo cedida de imediato. Sua língua se enroscava sutilmente com a do loiro de forma calma e gentil apenas aproveitando aquele momento.

Kisaki sentia um pequeno arrepio toda vez que o mais velho fazia um movimento diferente, sua mente tinha nublado de vez, ele não sabia que horas eram e tinha até mesmo esquecido onde estava, ele só estava tentando se concentrar nas sensações que aquele momento lhe proporcionava.

Hanma se afastou devagar apreciando as bochechas rosadas do loirinho, sua respiração ofegante e o seu olhar tão inocente...aquela visão o deixou extasiado.

- Então...vai passar a noite aqui? – Perguntou puxando o corpo do menor para o seu colo.

Kisaki segurou firme no ombros do demônio, enquanto tentava raciocinar tudo que havia rolado ali.

- E-ehr...eu não sei? Eu não sei nem o motivo de isso ter acontecido agora a pouco...

- Se arrepende? – Perguntou apenas por perguntar, Kisaki não se arrependia tão fácil assim de alguma coisa que ele fez porque quis. Sua carinha de surpresa e o balançar rápido da cabeça em forma de negação foi o auge.

- Não! Quero dizer...okay, não eu não me arrependo... – Levou sua mão até a nuca do mais velho e segurou firme os fios de lá, vamos fingir que ninguém notou a arfada que Hanma deu... – Mas, foi muito rápido...

Soltou o cabelo do mais velho e saiu de seu colo indo em direção ao bebedouro da cozinha.

- Rápido? Achei foi devagar....

- Hanma!

- Tudo bem, oque achou rápido? – Se endireitou no sofá.

- Estávamos falando sobre o seu passado, seu namoro com o Kazutora, a briga que teve com o Mikey e do nada formou um clima e a gente se beijou...aí meu Deus a gente se beijou...

Hanma gargalhou enquanto o rosto do menor ficou em vermelho.

- Kisaki. – Se levantou e caminhou até o loiro. – Talvez tenha sido muito rápido para você por sempre ter tido um pé atrás comigo, mas pra mim não importou muito.

- Não é por isso, é por causa do seu passado...

- Eu já superei Saki! – Abraçou o corpo do menor. – Eu não sinto mais nada de romântico em relação ao Kazutora, ele está feliz com o Naoto e eu fico feliz por eles. – Sua mãos foram até o rosto do loirinho novamente. – Eu quero ficar com você, gosto de passar o tempo com você, você é bonito, inteligente e sempre pensa nos outros primeiro.

- Esse último é mentira... – Murmurou baixinho desviando o olhar.

- Okay, eu vou reformular a resposta, você pensa no Takemichi antes. – Sorriu gentilmente fazendo um carinho em sua bochecha. – Eu quero você ao meu lado Saki, agora e para sempre...

O mais novo pareceu pensar um pouco e fechou os olhos aproveitando o carinho eu suas bochechas.

- Tabom....eu fico hoje...

Hanma sorriu como nunca ao tomar os lábios do loiro novamente.

Que Takemichi não estivesse esperando pelo Tetta porque ele estará muito ocupado dando atenção para o shinigami.




Notas Finais


Espero que tenham gostado e até o ano que vem akkakakakakka



(Brincadeira povo, não me matem kakakakkaka


FUI! -w-


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