História Shippuuden Story: The Konoha Next Generation - Arco Inicial - Capítulo 9

Os dias em Konoha costumavam ser bem calmos comparados a tempos antigos. Com a modernização do mundo e o aumento de segurança por todos os lugares, crimes aconteciam bem menos e a Força Policial de cada cidade-aldeia cuidava bem disso.

Se antes era feita pelos Uchiha, hoje se dividia entre membros de outros clãs em uma só divisão, tendo Yamanaka Sai como principal líder da nova Força Policial Conjunta de Konoha.

Os distritos onde ficavam os tradicionais clãs de Konoha mantiveram seus aspectos com o passar do tempo, somente com pequenas modernizações e expansões puderam mudar algo ali, tendo mais residências em suas mediações. Além de novos comércios e instituições de vários tipos, sendo que uma em especial era a Clínica de Assistência Médica Mental de Konoha, que cuidava de pessoas com traumas da guerra e ajuda na reabilitação mental e física de pacientes com esses problemas recorrentes.

Pessoas do mundo todo vinham se tratar na clínica, que era mundialmente conhecida por seus métodos de tratamento ultra mente modernos e com equipamentos de última geração. Além disso, era conhecida também por ter sido fundada por Uzumaki Sakura, Uchiha Hinata e Senju Tsunade, e apesar de Sakura não trabalhar tanto ali diretamente, tinha muito orgulho de sua clínica.

...

Na área de treino do clã Hyūga, Mahina treinava seu Jūken em um dos bonecos de palha que havia preso em um tronco. Apesar do cansaço, já estava a mais de uma hora em um ritmo bem forte e rápido, a Hyūga tentava melhorar ainda mais suas técnicas de taijutsu, que quanto melhor estivesse preparada, melhor poderia agir diante de uma situação de risco em uma missão ou até mesmo num ataque direto.

Apesar de ainda ter pouco mais de treze anos, a Hyūga havia herdado o título de “Gênio do Clã” de seu pai e batalhava todos os dias para que todos tivessem a confiança nela, zelando por esse título e demostrando que o treinamento que havia recebido desde dos oito anos havia valido a pena.

Enquanto acertava os golpes no boneco, Mahina mantinha sua linhagem sanguínea ativa e já estava ofegante devido ao treino, porém não iria parar até que cumprisse o horário definido por si e faltava poucos minutos pra isso. Admitia que treinar com alguém era bem melhor do que num pobre boneco de palha, mas estar sozinha naquele lugar era confortante depois de terminar uma missão tão difícil quanto a sua última, quando teve que enfrentar bandidos no País das Estações para levar um documento até Kibō, o ShūKisetsu, que é o Chefe de Estado, daquele país em Amegakure.

Após acertar uma sequência de golpes e girar os tornozelos pronta para executar a palma central, sentiu seu chakra esvair da mão e uma dor angustiante vim acompanhada, dando um soco em cheio no boneco e se ferindo por conta disso.

- Droga! — Ele recolhe a mão vendo que havia alguns cortes superficiais no punho, dando um longo suspiro sentindo a ardência do ferimento.

- Está melhorando bastante no seu Jūken. — Mahina se virou e viu Hinata se aproximar devagar enquanto tinha um sorriso sincero nos lábios. — Creio que está melhor que seu otousan na sua idade. E honrando bem o título de gênio.

- Hinata-basan!

A cabelos de chocolate diz surpresa e feliz, logo correndo até ela e dando um forte abraço. Hinata não costumava fazer visitas ao seu antigo clã, mesmo fazendo as pazes com seu pai e com o conselho, ainda sim não se sentia bem estando no lugar onde passou por tanto sofrimento e dor no passado.

Mas agora eram novos tempos e estava ali por um motivo bem maior.

- Como você está, querida? — A Uchiha perguntou se desvencilhando de sua sobrinha de consideração.

- Estou bem, mas bem cansada. A última missão que fiz com meu time foi bem complicada! Lutamos até mesmo com alguns bandidos.

- Eu soube disso e estou orgulhosa de que conseguiu conclui-la com sucesso.

- Meu time ajudou também, Basan. — Mahina coloca uma mecha atrás da orelha enquanto abaixava a cabeça corada, o que fez Hinata se lembrar de si quando mais jovem. — Lee-san e Kasumi-san são ótimos companheiros, se não fosse por eles talvez a missão nem chegaria a ser concluída. Sem esquecer, claro, da Hanabi-sensei!

- Isso é ótimo. — A perolada diz dando uma curta risada e levando sua mão a ombro da menor. — Tenho muito orgulho de você.

Mahina ergueu a cabeça encarando a Uchiha que tinha um sorriso lindo e percebeu o quão incrível eram as palavras de incentivo de sua tia, por isso sempre foi tão apegada a ela, mesmo que já não tivessem tanto contato como antes.

- A-Arigatō, Hinata-basan!

- Não há o que agradecer, querida. — Se aproximou dando um beijo na testa da Hyūga, a deixando ainda mais corada. — Eu queria muito te ajudar com o treinamento, mas vim aqui atrás de seu otousan. Sabe se ele está?

- Ah, está sim! Eu o vi no escritório quando cheguei em casa. Estava conversando com alguns senhores do conselho, mas não vi nada além disso.

- Oh, entendo. — Hinata pega um lenço de dentro do bolso de sua jaqueta e coloca sobre o punho ferido de Mahina. — Irei falar com ele, mas não esqueça de cuidar desse machucado, entendido?

- Hai.

- Prometo vim te visitar mais vezes e farei questão de trazer Ayumi também.

- Seria muito legal treinar com ela! — A perolada menor diz animada com aquela ideia. — Ayumi-chan é bem forte! Nós duas iríamos ter uma grande luta!

- Tenho certeza que sim. — Hinata dá um longo suspiro dando um passo atrás. — Vou indo, se cuide, querida.

- Você também, Basan!

A Uchiha acena em despedida e sai do pátio indo até a residência principal do clã, pois era lá que se encontrava o escritório de Neji e também onde morava junto a TenTen e Mahina. Se recordou dos tempos antigos e notou que pouquíssimas coisas sofreram mudanças nas estruturas do clã, que mantinham a velha arquitetura dos Hyūga e que vinham assim por décadas.

Pensou que talvez Neji pediu que se mante-se assim por conta de Hiashi, que não era tão adepto as modernidade do mundo atual e pelo menos dentro do Distrito Hyūga as coisas se manteriam da forma antiga, assim não modificando as velhas tradições de um dos clãs mais fortes de Konoha.

Hinata caminhou entrando na grande residência e seguiu o caminho que costumava sempre fazer quando seu pai lhe chamava no escritório. Ia tantas vezes naquele cômodo que decorou o caminho sem o menor problema, visto que sempre tinha reuniões tanto com ele quanto com os conselheiros, onde ouvia por horas eles ali decidirem seu próprio futuro, sem ao menos perguntar a si se era aquilo que queria.

Logo que chegou no corredor que dava acesso ao escritório, parou em frente a porta e ouviu algumas vozes vindo de dentro, percebendo que Neji estava em reunião com algum conselheiro, deu alguns passos atrás e se encostou na parede cruzando os braços e dando um longo suspiro. Teria que esperar seu primo acabar, já que não iria interrompe-lo com seus assuntos.

- Faz tempo que não te vejo aqui, Hinata.

Aquela voz grossa e autoritária como sempre a fez virar a cabeça para o lado, vendo assim Hiashi pouco distante no corredor com ambos os braços cruzados por baixo de seu quimono. Agora mais velho, os cabelos estavam um pouco brancos e com a pele mais enrugada mostrando assim que os anos não haviam sido nada generosos com ele.

- Otousan... Não esperava vê-lo aqui. — A Uchiha diz com um leve sorriso nos lábios.

- Raramente venho a casa principal, já que quando Neji se tornou o líder do clã, tive que sair daqui contra minha própria vontade. — O mais velho se aproxima caminhando devagar. — Não acredito que depois de tantos anos vivendo nessa casa, acabei sendo enxotado como um ninguém!

- O senhor conhece bem as regras do clã, otousan.

- Sim, eu sei. E não culpo Neji por isso, pois até ele quis que eu ficasse. Mas o conselho não se agradou com essa ideia.

- Fico surpreso que o senhor não tenha percebido o quão egoístas podem ser os velhos do conselho Hyūga. — Hinata diz deixando uma risada sapeca escapar.

- Não deveria falar assim deles, filha.

- Já não me importo mais com isso. Não faço mais parte do clã, então minha opinião sobre eles não faz diferença alguma.

Ela vê Hiashi assentir e dá um longo suspiro, buscando um jeito de iniciar uma conversa. Estranhamente seu pai não era uma pessoa tão calada daquela maneira e desde que tiveram um confronto depois que ela retornou da viagem com Sasuke, Hiashi havia mudado seu modo de agir e por muitas vezes tentou pedir perdão por tudo que fez consigo no passado, mas Hinata não quis ouvir e o ignorou por muito tempo.

Somente lhe deu a chance de se retratar quando Ayumi nasceu, pois o permitiu que visse sua filha recém nascida e acabou aceitando o perdão de seu velho pai, dando um fim nas dores do passado e recomeçando um novo futuro. Porém, ainda tinham mágoas e essas não tinham qualquer cura. Iriam continuar com a perolada até o fim de seus dias.

- Hinata, eu...

- Não tem que fazer isso de novo, otousan. — Ela o interrompe erguendo sua mão. — Já resolvemos isso e peço, por favor, não abra de novo essas feridas.

- Tudo bem. — Hiashi baixou a cabeça demostrando estar triste com aquilo. — Como está Ayumi?

- Ela vai bem. Está em missão com seu time, desde que se tornou uma gennin, tem estado bastante ocupada fazendo missões e treinando.

- Me lembro de quando você também fazia isso. — Ele dá uma fraca risada, mas logo se recolhe ao ver que sua filha não demostrou nenhuma reação. — Eu... Queria poder vê-la, conversar com a minha neta.

- O senhor sabe que isso não depende só de mim, otousan. — Hinata dá um longo suspiro vendo o velho Hyūga assentir. — Quando ela quiser falar com o senhor, eu lhe contacto.

- Certo. — Ele olha para a frente no corredor e começa a caminhar saindo dali. — Foi bom te ver, filha.

- Digo o mesmo, otousan.

Hiashi abre um curto sorriso e sai dali caminhando do seu jeito lento e calmo. Apesar de não ter sido como as antigas conversas, quando o Hyūga tinha o prazer de destratar Hinata, dessa vez tudo havia sido mais calmo. Ela até mesmo pensou que seu pai havia mudado, mas sabia bem que poderia ser um fingimento visto que Hiashi sempre foi ótimo com isso.

Alguns minutos depois, Neji abriu a porta de seu escritório e saiu junto a um conselheiro do clã Hyūga, que assim que viu Hinata encostada na parede tratou de dizer com seu ar de superioridade:

- Ora essa, se não é a traidora do clã. O que faz aqui, Uchiha?

- Traidora do clã? — Hinata indagou um pouco ofendida com aquilo. — Eu posso não ser mais uma Hyūga de sobrenome, mas meu sangue ainda pertence a este clã!

- Acha que tem o direito de dizer isso depois de tudo que fez? Se casando com um Nukenin traidor de nossa aldeia e ainda tendo uma filha mestiça! Realmente o clã Uchiha sempre foi feito de pessoas horrendas.

- Olhe bem como fala de minha filha e de meu marido, conselheiro! — Hinata se desencosta da parede e dá um passo se aproximando do senhor idoso, o que faz Neji se aproxima vendo que ela poderia a qualquer momento saltar no pescoço do conselheiro. — Deveria lavar a boca ao se referir a eles dessa maneira. Eu não posso ser mais uma Hyūga, mas não irei permitir que destrate o sobrenome de meu clã!

- E o que vai fazer?

- Devo lembrá-lo que na ausência de meu marido, sou eu que lidero os assuntos que envolvem o clã Uchiha, conselheiro? Deveria ir agora mesmo ao Hokage e dar queixa disso? — Ela o encara friamente e até mesmo Neji sentia que aquele olhar cortaria até o ar se pudesse. — Ou deveria contar a Sasuke pessoalmente o modo que sou tratada aqui? Esperava algum respeito vindo dos membros do conselho do clã Hyūga, Neji-dono.

O conselheiro a olha de cima a baixo e sem dizer mais nada, apenas resmunga e sai dali a passos largos enquanto era observado por Hinata e Neji, que acabou suspirando profundamente passando as mãos nos cabelos.

- Não deveria falar com eles dessa maneira, Hinata-sama. Pode acabar me arranjando um problema qualquer dia desses!

- Eu não tenho culpa se ele agiu como um babaca comigo! Estou cansada de ouvir pessoas como ele me destratando sempre que venho aqui.

Neji balança a cabeça negativamente e abre um pequeno sorriso em seguida, assim como Hinata também. Ela se aproxima e ambos dão um forte abraço, com o Hyūga dizendo que sentiu falta de sua prima e ela dizendo que também estava com o mesmo sentimento.

Logo se separam e ele a acompanha adentrando a sala e tomando seu lugar atrás da mesa, enquanto a Uchiha observava a decoração do lugar e se sentava na cadeira em frente a mesa. Estava bastante impressionada em como tudo havia mudado e ganhado aspectos mais vivos, já que Hiashi odiava decorações e antigamente não haviam tantos detalhes como agora.

- Gostei da decoração, foi você que organizou tudo?

- Quem dera eu tivesse paciência para organizar isso. — Neji dá uma curta risada guardando os papéis que estavam sob sua mesa. — Foi a TenTen que fez a decoração.

- Ah, entendo. Ela tem bom gosto, Niisan.

- Com toda a certeza.

- Falando nisso, onde ela está?

- TenTen viajou para uma convenção de armas em Kiri, representando o clã Hyūga.

- Entendo, é bom pra ela viajar um pouco.

- Sim, é. Mas então, o que devo a sua visita? Você raramente vem até o clã, não nego que estou surpreso em lhe ver aqui.

- Me desculpe por não vim tanto aqui, queria que fosse uma simples visita mas precisava de sua ajuda em uma coisa. — Neji termina de guardar dos papéis na gaveta da mesa assentindo e fazendo a Uchiha dá um longo suspiro. — Queria pedir os livros sobre os pontos de Tenketsu que fazem parte da biblioteca do clã emprestados.

- Hina, você sabe que não precisa pedir permissão pra isso. Pode pegar o que quiser sem ter que me consultar.

- Eu sei, mas não me sentiria a vontade de não fizesse isso. — Hinata diz dando um sorriso de lado tímido.

- Não se preocupe em relação a isso. — O líder do clã Hyūga diz com seu sorriso de sempre. — Mas posso perguntar por que quer esses livros em específico?

Hinata explica a Neji tudo que havia acontecido com Yasuki, relatando sobre a máquina de extração de chakra e o quanto isso havia sido prejudicial a pequena Uzumaki, destruindo seus pontos de Tenketsu e queimando alguns pontos do sistema circulatório de chakra dela.

O Hyūga ficou chocado ao ouvir aquilo e se perguntava como Takeo havia sido cruel ao submeter sua até então filha a algo tão pesado como aquela máquina, chegando a sentir um ódio por ele por conta disso. Imaginou por um instante que isso poderia acontecer com qualquer pessoa, inclusive com sua própria filha e sentiu uma estranha sensação por conta disso.

- Por Kami, que horrível tudo isso! — Neji diz se recostando na cadeira enquanto balançava a cabeça negativamente. — Ainda bem que esse desgraçado está morto, ou eu mesmo faria questão de matá-lo!

- Todos partilhamos desse sentimento, Niisan. Mas tudo que nos resta fazer é ajudar Yasuki-chan de alguma forma! Não quero que ela tenha que abandonar uma vida como Kunoichi que sequer começou!

- Eu entendo e quero ajudar. Então pode pegar todos os livros que quiser, sei que deve haver algo neles que fale como curar pontos de tenketsu.

- Espero isso também. — Hinata suspira profundamente enquanto massageava as têmporas cansadas pelo stress. — Pode me ajudar a encontrar os livros certos?

- Claro.

Ambos se levantaram e saíram do escritório a caminho da biblioteca do clã, que ficava em uma outra grande residência, onde também era o templo de orações do clã Hyūga além de guardar os importantes documentos e relíquias sagradas, era um local de bastante respeito por todos e a grande biblioteca continham muitos exemplares de livros sobre a história do clã, sobre o Byakugan e também de técnicas de ninjutsu e taijutsu usado pelos Hyūga.

Ficaram ali por alguns minutos até encontrarem todos os livros que tinham alguma temática sobre sistema circulatório de chakra e pontos de Tenketsu, sendo livros grossos e que estavam bem empoeirados. Neji até se ofereceu para ajudar a prima a levá-los até em casa, mas Hinata alegou que não precisava e que conseguia carregá-los sem problemas.

Assim que chegaram ao pátio, Neji e Hinata viram que Mahina estava em um treino com Hanabi, que ainda estava vestida com sua roupa jōnin e parecia ter chegado a poucos minutos. Sentado em um banco que havia ali, Hiashi observava as duas com um pequeno sorriso e a Uchiha notou isso, assim como Neji, que disse vendo o olhar meio triste de sua prima:

- Ele sente muito a sua falta. Sempre que se encontra comigo pergunta se tenho alguma notícia de você. — A Uchiha aperta os livros em seus braços desviando o olhar e dando um suspiro. — Por que não fala com ele depois? Talvez possam resolver suas antigas pendências.

- É... Talvez, Niisan. — Hinata abre um sorriso tímido se virando para seu primo. — Arigatō pelos livros. Prometo que os devolvo muito brevemente!

- Não se preocupe com isso, Hinata. Fique com eles quanto tempo precisar e espero muito que encontre uma maneira de ajudar Yasuki.

Ela assente e após se despedir de Neji sai dali passando por outro lugar, assim evitando que Hanabi ou Hiashi pudesse vê-la. Hinata sabia que precisava conversar com ele em algum momento, pois até mesmo Ayumi queria ter mais contato com seu avô e ela entendia isso, mas precisava ter cuidado em expor sua filha a Hiashi, mesmo sabendo que havia mudado.

Era um assunto delicado de se tratar e a Uchiha não tinha cabeça pra lidar com aquilo agora. Seu principal objetivo era pesquisar uma maneira de reverter o quadro de Yasuki e tinha certeza que aqueles livros tinham algum método que a ajudaria e assim não teria que abandonar a vida como Kunoichi.

...

O dia passou rápido e a noite chegou confortável e fria a Konoha, aos poucos as luzes da cidade eram acessas e se antes a aldeia era um lugar quieto durante a noite, hoje era tudo diferente principalmente no centro.

As galerias e as ruas eram iluminadas pelos telões que haviam por todas as esquinas e a agitação das baladas, bares e restaurantes começavam a tomar conta por todos os lugares. Era estranho ver que a calmaria foi substituída por música alta e muita movimentação nas ruas do centro de Konoha.

A família Uzumaki vivia em um condomínio horizontal afastado de toda aquela agitação e ali sim era um lugar calmo e onde o silêncio reinava absoluto, muito por conta das regras do silêncio impostas pela admiração do condomínio fechado.

A casa do Hokage era a maior dentre as outras e a última da principal rua, os vizinhos mais próximo viviam a pouco mais de duzentos metros da propriedade de Naruto, que mesmo que insistisse em viver em algo mais simples com Sakura e seus filhos, acabou cedendo ao luxo e se acostumou com aquilo. Não que ele havia deixado de ser a mesma pessoa de sempre, mas seu estilo de vida havia mudado consideravelmente e o cargo como líder do País do Fogo era a principal influência daquilo.

Sakura havia acabado de chegar em casa após um dia tenso no hospital. Teve que cuidar de duas cirurgias de extrema complicação e graças ao seu conhecimento e experiência, teve sucesso em ambas, salvado a vida de duas pessoas. Também cuidou de papeladas burocráticas e auxiliou Karin no tratamento de Yasuki, e após ver o quanto a garota sofria nas inserções de chakra no sistema circulatório, entendia o olhar de dor que a ruiva tinha quando acabaram a sessão.

Após tomar um banho e trocar de roupa, rumou para a cozinha para começar a preparar o jantar. Hanami lhe fazia companhia enquanto estava sentada pequena mesa que havia cozinha e desenhava várias gravuras em uma folha com seus lápis de cera, se mantendo entretida enquanto a rosada ia de um lado pro outro pegando ingredientes para preparar um Okonomiyaki, que era uma panqueca com massa grelhada com repolho e naquela noite faria com camarões, então os cortava com bastante cuidado enquanto cantarolava uma música de uma famosa cantora que fazia sucesso no mundo shinobi.

Ouviram o barulho da porta principal ser aberta e a voz de Shinachiku bem desanimada, o que fez Sakura achar estranho. Por isso limpou as mãos no pano que estava em seu ombro e caminhou até a entrada, ficando muito surpresa e assustada com o que viu. O loiro estava coberto de lama dos pés a cabeça e ainda fedia a fezes de vaca, deixando o ambiente todo empestado com aquele fedor.

- Shinachiku?! Filho, o que aconteceu?!

- Eu odeio fazer missões de nível-D! — O Uzumaki diz dando um longo suspiro triste. — Tivemos que passar a tarde inteira em uma fazenda recolhendo cocô de vaca e por acaso eu tropecei em um pedaço de galho e cai dentro de uma poça de lama cheia de cocô!

- Por Kami, Shina. — Sakura leva a mão ao nariz para tampar do fedor. — Você precisa de um banho urgentemente!

- Niichan, o que houve? — Hanami diz aparecendo vindo da cozinha e ficando surpresa aí ver o irmão sujo daquela maneira, além do fedor e isso a faz tampar o nariz também. — Argh! Você está fedendo!

- Acha que não sei, Hanami?

- Querida, melhor ficar afastada do seu oniichan por enquanto. — Sakura diz afastado a menor devagar para atrás de si. — Você acabou de tomar banho e é melhor não chegar tão perto.

- Desculpe, Niichan.

Hanami acaba saindo dali e voltando a cozinha, enquanto Sakura ainda encarava Shinachiku pensando em uma solução pra ajudá-lo. Shinachiku dá um passo a frente, mas logo a Uzumaki diz:

- Ei, pode parar aí mesmo! A casa está limpa e não vai sair andando por aí sujando tudo!

- E o que eu vou fazer, Kaachan?

- Vai tirar a sua roupa e ir direito pro banho.

- O quê?! Não vou ficar pelado aqui! — Diz Shinachiku surpreso por aquela fala de Sakura, que revira os olhos por conta disso.

- Não é dessa maneira! Espere aí.

A rosada sai dali indo até a cozinha e depois aí banheiro que ficava no andar de baixo, voltando com uma toalha e um saco de lixo. Ela entrega os dois para o loiro, que de imediato não entende nada, mas logo a rosada começa a falar:

- Tire sua roupa, coloque-a no saco de lixo e se enrole com a toalha! Assim que fizer isso, suba direito pro banheiro enquanto eu coloco sua roupa na lavadora! Na verdade, eu deveria queimar elas devido a fedor!

- Kaachan!

Nesse instante a porta se abre e Naruto adentra o pequeno hall de entrada da casa, logo vendo a pequena discussão entre sua esposa e seu filho. Porém assim que se aproxima sente o cheio desagradável vindo do pequeno Uzumaki e diz tampando o nariz:

- Por Kami-sama, Shinachiku! O que aconteceu?

- Eu cai num poço de lama e cocô de vaca, Touchan! — O loiro diz retirando seu casaco e suas botas shinobis, enquanto Sakura o observava de longe. — Aliás, muito obrigado pela missão de limpar o pasto daquela fazenda.

- Me desculpe, filho. Não achei que isso poderia acontecer.

Naruto retira sua capa e a pendura em um gancho da entrada, passando por Shinachiku e indo até o lado de Sakura enquanto segurava para não rir daquela situação, pois saberia que o loiro ficaria de alguma maneira magoado por isso.

Ele dá um beijo na lateral do rosto de sua esposa enquanto observa seu filho retirar quase todas as roupas e as colocando dentro do saco preto, ficando apenas com uma cueca do tipo samba-canção e com uma camisa regata branca que usava por baixo das demais. Retira também a bandana e a coloca dentro do saco.

- Pronto. — Shinachiku diz dando um longo suspiro enquanto enrolava a toalha na cintura, mas apesar disso, tinha ainda lama nos cabelos, nos braços, nas pernas e no rosto.

- Direto pro banho e não encoste em nada no caminho, por favor. — Sakura fala pegando o saco com as roupas e o fechando.

Shinachiku apenas assente e sai dali subindo as escadas em direção ao andar superior e ao banheiro, que ficava a duas portas a esquerda do grande corredor acima. Já a Uzumaki sai dali levando as roupas pra lavanderia da casa enquanto Naruto vai até a cozinha onde cumprimenta Hanami com um beijo na testa da pequena rosada.

Pouco tempo depois de toda essa pequena “confusão”, a família já se reunia na mesa de jantar da sala de mesmo nome. Estavam comendo enquanto comentavam como haviam sido seus dias, com até mesmo Hanami dizendo que estava adorando as aulas na academia e queria muito se tornar uma Kunoichi quando crescesse, fazendo Sakura ri com aquilo e Naruto a incentivando a continuar com seu sonho.

Shinachiku ainda reclamava que odiava missões de baixo nível, pois dizia que elas não ensinavam nada e estava cansado de correr atrás de animais de estimação perdidos e limpar pastos e celeiros, queria uma missão verdadeira e que tivesse ação, não passar por tudo aquilo.

Isso chamou a atenção tanto de Naruto quanto de Sakura, que viam no olhar triste de seu filho o quanto aquilo o colocava pra baixo e que mesmo sabendo que tinha um grande potencial, deveria cumprir missões de baixo nível nos próximos meses até que tivessem preparo suficiente pra fazer missões de alto nível, mesmo tendo sucesso naquela missão de nível-B, foi algo bem sério a ponto de ferir a mão direita do loiro e lidar com dois mercenários que com toda a certeza dariam trabalho até mesmo pra ANBU.

- Eu prometo conversar com Shikamaru para lhes passarem missões mais importantes, tudo bem? — Naruto dizia olhando para Shinachiku, que apenas assente voltando a comer a panqueca com camarão.

Sakura vendo o desconforto que havia se instaurado na mesa, limpa a garganta para chamar a atenção e após dar um gole do suco de maçã, abre um sorriso perguntando ao filho:

- Então, eu soube que em algumas semanas acontecerá o exame chūnin. O time 7 vai participar esse ano?

- Konohamaru-sensei nos perguntou isso a alguns dias, se concordávamos em participar. — Shinachiku bebe um gole do seu refrigerante, deixando a lata sobre a mesa e erguendo a cabeça. — Nós três gostamos da ideia e ele fará a inscrição do time.

- Isso é ótimo, amor! O exame é um ótimo meio de melhorar suas habilidades e o trabalho em equipe. Na nossa época fazer o exame era uma grande honra, pra todos nós! — A rosada ri se lembrando da primeira vez que participou junto ao seu time e o quanto foi difícil. — Naruto, se lembra do quanto a gente sofreu na floresta da morte na segunda fase do exame?

- Oh, me lembro bem! — O Hokage diz coçando a nuca enquanto sorria e ganhando a atenção de Hanami e Shinachiku, que curioso até mesmo parou de comer. — O exame mudou muito com o tempo, mas esse ano teremos será algo bem peculiar e sei que você vai adorar participar, Shina.

- Peculiar como, Touchan? — Pergunta o loiro menor bastante curioso.

- Bem, isso você terá que ver quando participar ttebayo. — Naruto sorri cortando um pedaço a panqueca e o levando na boca.

- Ah! Já ia me esquecendo de uma coisa. — A rosada diz limpando os lábios e se levantando da mesa, indo até a sala e voltando com duas pequenas caixinhas, entregando uma a Shinachiku e outra a Hanami. — Isso é um pequeno presente que seu touchan e eu decidimos dar a vocês dois.

- Mas não é meu aniversário, Kaachan. — Hanami diz olhando pra caixinha e arrancando uma risada de seus pais.

- Não se preocupe com isso, querida. Abra!

Ambos abrem suas caixas e Shinachiku tira da sua um colar com uma pequena pedra meia azul e meia verde, o que o deixa bem espantado pela beleza daquela pedra brilhante. Já Hanami tira de sua caixa também um colar, só que esse tinha um pequeno cristal laranja e brilhava tanto quanto do colar de Shina.

- Kaachan, eles são lindos! — Hanami diz bastante feliz.

- E são muito especiais, ambos. — Sakura se senta novamente em seu lugar e sorri ao ver seus filhos lhe encarando para que contasse do porque eram especiais. — Seu colar foi seu touchan que me deu, amor. Quando começamos a namorar, ele havia ido treinar senjutsu com Fukasaku-sama no Monte Myōboku e de lá trouxe esse cristal como um presente pra mim. — Ela sorri se recordando disso e sente quando Naruto segura sua mão do outro lado da mesa. — Eu sinto que deveria passar a diante algo que é muito significativo pra nós dois. — A rosada ajuda sua filha a colocar o colar, ajeitando o cristal a ficar bem visível. — Saiba que não importa aonde estiver, seu touchan e eu estaremos com você. — Dito isso, o selo Hiraishin que havia dentro do cristal brilha e faz Naruto sorri por conta disso.

- Eu amei!

Hanami salta da cadeira dando um forte abraço em Sakura, que ri com aquilo apertando a pequena rosada em seus braços. Shinachiku aperta o colar e suspira sentindo uma pontinha de inveja daquilo.

- O dela parece ser bem mais especial que o meu.

- Ao contrário, filho. — Naruto diz chamando sua atenção e o fazendo erguer a cabeça. — Seu colar é bem mais especial do que parece.

- Como assim?

- Ele pertenceu a dois Hokage antes de ser meu. — Shinachiku abre um perfeito “o” com os lábios e arranca uma risada de Naruto, dá um gole em sua cerveja e começa a falar. — Eu ganhei ele de uma aposta com Tsunade-baachan, à muito tempo. E antes dela, o colar era de Senju Hashimara.

- O Shodai Hokage?!

- Exatamente! — O loiro ajeita-se na cadeira ganhando a atenção de todos a mesa. — Ele deu o colar como um presente a Godaime quando ainda era criança, como um modo de protegê-la de maus espíritos. Muitos anos depois, Baachan deu esse colar ao seu irmão mas ele acabou falecendo durante um ataque ao seu time. — Todos escutavam a história em silêncio, enquanto Shinachiku observava bem a pedra brilhante no colar. — Depois disso, ela ficou com o colar e quando o Sandaime faleceu, Jiraiya-sensei e eu saímos em uma busca para trazê-la de volta a Konoha para ser a nova Hokage. Baachan ficou bem relutante em aceitar o cargo, então eu propus que apostasse seu colar em uma luta, no qual se eu vencesse ganharia ele e ela assumiria o cargo de Godaime!

- E você venceu a luta, touchan? — Hanami pergunta cheia de expectativa e ansiosa pela resposta, porém Naruto apenas dá uma risada balançando a cabeça negativamente.

- Não. Ela me venceu com apenas um golpe. — Ele ergue a mão direita e o dedo indicador. — Com apenas um peteleco na cabeça.

Shinachiku e Hanami ficam surpresos com aquilo, fazendo Sakura dá uma risada contida enquanto se levantava e recolhia os pratos. Ambos os pequenos Uzumaki estavam impressionados com o tamanho da força da Godaime e entendia o porque ela era tão respeitada por todos, assim como por sua mãe, que havia sido sua discipula.

- Tsunade-sama é incrível!

- Com toda a certeza ela é. Mas a razão que a fez me dar esse colar, foi porque ela acreditou no meu sonho de ser Hokage e por causa disso a fiz ter novamente a vontade do fogo! Conseguimos trazê-la de volta a Konoha e vê-la assumir como a Godaime Hokage. — Naruto sorri sentindo a nostalgia dos tempos antigos. — Com toda a certeza, ela foi uma das melhores Hokage que já tivemos!

O loiro menor encara o colar agora sabendo da importância que ele tinha e logo o coloca em seu pescoço, ajeitando a pedra brilhante a frente e abrindo um sorriso, surpreendendo Sakura e Naruto com aquilo.

- Arigatō, Touchan.

- Não há o que agradecer, filho. — Naruto se levanta indo até ele e bagunçando seu cabelo. — Eu confio que você cuidará bem dele e que assim como eu, correrá atrás de seus sonhos, não é?

- Mas... Eu ainda não tenho um grande sonho.

- Então terá que procurá-lo. Sei que pode ter o que quiser, basta acreditar em si mesmo ttebayo! — O Hokage se abaixa ficando próxima ao filho, que ainda estava sentado. — O exame chūnin está chegando, o que me diz de um treino no final de semana? Quero que meu filho mostre a todos do grande potencial que tem. O que me diz?

- E-Eu adoraria, touchan! — Shinachiku salta da cadeira abraçando Naruto e fazendo ambos caírem deitados no chão. — Arigatō!

Hanami vendo aquilo acaba pulando sobre eles também rindo e se divertindo com aquilo. Sakura até pensou em se juntar a eles, porém acabou ficando de longe apenas observando com um sorriso emocionante, agradecia a Kami-sama internamente por ter lhe dado uma família maravilhosa e aquela cena mostrava que tudo estava perfeito, em seu lugar, como deveria ser.

Depois desse pequeno momento em família, os dois menores rumaram para o andar superior e após escovar os dentes, foram para a cama. Sakura fez questão de checar se tudo estava bem, indo primeiro ao quarto todo rosa de Hanami e a vendo dormir calmamente debaixo do edredom, também rosa. Deu um beijo e saiu deixando a porta entreaberta, já que a filha tinha um certo medo de dormir com tudo escuro e assim a luz do corredor iluminava um pouco seu quarto.

Já quando foi olhar o quarto de Shinachiku, o viu dormindo com o pequeno vídeo game portátil sob seu rosto. Sorriu com aquilo pegando o aparelho e o deixando na mesa de cabeceira dele, dando por fim um beijo em seu rosto e após sair do quarto, fechando a porta por completo. Pois diferente de Hanami, Shina preferia dormir com o quarto totalmente no escuro.

A Uzumaki desceu as escadas e foi até a cozinha, onde Naruto terminava de preparar um chá em uma moderna máquina de fazer cafés e chás expresso através de cápsulas, porém estava totalmente perdido no que fazer e isso arrancou uma risada de sua esposa, que se aproximou o ajudando.

- Eu odeio essas coisas modernas! — Resmungou indo até o armário e pegando uma caneca branca que tinha escrito “Melhor Pai do Mundo”, que era um presente dado por seus filhos no Dia de Pais e Mães do ano anterior. — Gostava das coisas mais simples, preparadas no fogão e com bule!

- Mas assim é tão simples, amor. — Sakura colocava a cápsula de maneira correta e apertando um botão, acionava a máquina. — Viu? É até mais fácil.

- Diga por você, Sakura-chan. Eu nunca fui bom nessas coisas modernas. — Ele escora no balcão e puxa a cintura da rosada até si, a abraçando por trás e encostando seu queixo na cabeça dela. — Shikamaru quase teve um treco me ensinando a usar o computador a algum tempo.

- Imagino bem a cena. — Ela ri fazendo um carinho no braço, antes ferido, do marido. — Mas você tem que se acostumar. Estamos em novos tempos e querendo ou não, temos que estar atualizados com tudo! Eu mesma tive que aprender a usar diversos equipamentos modernos que o hospital recebeu.

- Mas diferente de mim, você é mais esperta e aprende rápido. Eu sou burro de qualquer maneira.

- Para, você não é burro, amor.

- Tá. — O loiro diz dando um longo suspiro e já ouvindo o som do chá caindo dentro da caneca, além do aroma de hortelã tomar conta do ambiente. — Esse cheiro é maravilhoso.

- Realmente, o chá parece estar muito bom.

- Eu não falei do chá. —Naruto diz com um sorriso malicioso de lado, fazendo Sakura corar e dá um tapinha na mão de seu marido.

- B-Baka... Não diga essas coisas pervertida!

- Sei que lá no fundo você ama isso.

Eles se desvencilham e o loiro a puxa dando um longo e demorado beijo em Sakura, que retribuiu de maneira calma, mas bem quente. Acabam sendo interrompidos quando o apito da máquina e acionado e logo param o beijo, a contragosto de ambos.

- Que tal... — O loiro pega sua caneca e dá um gole no chá de hortelã. — Se continuarmos isso lá no quarto?

- Mmm... — Sakura toma a caneca da mão de seu marido e bebe um gole também. — Adorei a ideia.

Ela sorri maliciosamente e sai dali carregando o chá enquanto balançava o quadril de forma bastante sensual, fazendo até mesmo Naruto morder o lábio inferior enquanto imaginava mil besteiras na cabeça.

Ele suspira e sai da cozinha desligando o interruptor da luz, passando pela sala de jantar e pela sala de estar, parando antes de subir as escadas na mesinha onde estava o telefone residencial e ao lado dele um porta-retrato com toda a sua família, incluindo seus pais e até mesmo Jiraiya, Tsunade, Sasuke, Hinata e Ayumi.

Deu um largo sorriso desligando o abajur e balançando a cabeça positivamente diz a si mesmo:

“Então essa é a sensação de ter uma família... É incrível.”

Logo caminhou até as escadas e subiu devagar, passando pelo corredor num silêncio totalmente enquanto observava as portas dos quartos do filhos enquanto ia em direção a porta de seu quarto.

Chegando lá, viu que Sakura estava deitada o encarando com um olhar que ele conhecia bem e quando ela ergueu a mão e o chamou, sabia que a noite deles seria bem longa, então sorriu novamente fechando a porta de seu quarto.