História Shiro - Shiro XIX

Um sorriso marcante nos lábios carmim, denunciou que realmente deveria estar atrapalhando algo.

— Desculpe Tenten, não quero te atrapalhar, mas preciso de um favor sério.

Ela enrrugou o cenho, chamando-o para entrar.

— Você não atrapalha nunca. — Tenten observou o amigo, imaginando porque ele estava com um saco de figos nas mãos. — O que aconteceu?

No meio da explicação, Neji ouviu um barulho vindo da cozinha, realmente era desconfortável atrapalhá-la. Ouviu a voz familiar, e quando estava quase certo de quem era que fazia companhia para ela, se calou e a olhou sério.

— Lee?

— Oh!!! Neji. — Ele se aproximou, puxando o ex-companheiro de time pra um abraço. — Já faz dois meses que eu voltei e ainda não nos encontramos.

— Neji, o Lee e eu combinamos de sair, mas Gai-sensei esta atrasado. Você não o viu por aí pagando alguma aposta com o Kakashi-sensei né?

— Não, eu estava atrás dos figos.

— Uhm! Figos tem muitas vitaminas, me dá um? - Lee esticou a mão, levando um tapa de Tenten.

— Não! São pra Hinata.

— Mas o que você quer exatamente? — Tenten perguntou tirando a sacola da mira de Lee.

— Torta de figo ainda é sua especialidade? — Recordava-se de que Tenten era uma lástima na cozinha, a única coisa que sabia, era fazer torta que sua mãe lhe ensinara quando criança.

— Quer que eu faça torta de figo pra sua futura esposa? Ora, ora. Estamos indo para onde? — Sorriu, fazendo uma brincadeira. — Hey! Eu até posso fazer, mas vai ter que sair com a gente, como antigamente.

— Não posso, Hinata está um tanto sensível ultimamente, ela pode não gostar.

— Se não perguntar, nunca vai saber. Fala com ela. — Tenten bem que tentou, mas não conseguiu dizer não para o Hyuuga.

Duas horas depois a torta já estava pronta. Gai-sensei chegou bem a tempo de sentir somente o cheiro e assim como Lee, ficar na vontade.

Neji agradeceu Tenten, prometendo que, assim quando for possível, iria sair com eles, mas gostaria de fazer isso com Hinata ao lado.

— Quem diria, Hyuuga Neji encoleirado. — ela sorriu, tocando no ombro do amigo. — Vai ser divertido se Hinata quiser sair com a gente, podemos levá-la naquele restaurante que tem um aquário grande, lembra-se?

— Claro, Tenten. Eu não me esqueço do que vivi. Eu só não quero dar motivos para falarem na família. Nunca liguei pra isso, mas agora não sou sozinho, tenho que pensar no meu filho.

— Eu entendo. Me diz uma coisa, esse casamento, eu não sei como devo ir. É tradicional, tenho que ir encoberta, ou vai ser mais descontraído.

— Você vai como achar melhor, vai ficar bonita de qualquer jeito. Só convidei os amigos mais próximos, para não ter que olhar só pra Hyuugas, porque se fosse depender de mim seria no templo num colina bem alta.

— Neji, você fez uma piada. — Ela sorriu batendo palmas. — Esse casamento vai ser um sonho.

Ela avermelhou-se, pedindo desculpas. Não que ainda houvesse algo guardado, ou quem sabe havia. Era difícil estar tão perto e tão longe de alguém.

— Eu vou levar a torta, e você... Tome cuidado, Maito Gai e Rock Lee juntos nunca deu muito certo.

— Pode deixar, eu sei como sossegar os dois.

Se despediram e cada um seguiu para seus compromissos. Tenten teria muito trabalho naquela noite. Os dois acompanhantes estavam mais animados do que nunca.

Neji chegou em casa rapidamente, antes que conseguisse por num prato um pedaço da torta, Hinata já estava em pé ao lado dele, com um sorriso de orelha à orelha.

Ela se sentou, puxando a torta para seu lado, empunhando uma colher na mão.

— Não come muito rápido. — E não adiantava alertá-la, mas se divertia ao ver a vontade da mulher ir diminuindo a cada colherada, ou aumentando.

— Onde conseguiu a torta? Já passa da meia noite. — perguntou, diminuindo o ritmo da comilança.

— Tive que caçar figos por Konoha, depois que consegui o suficiente, pedi pra Tenten cozinhar a torta, era pra eu ter chego antes, mas o Lee quase que ataca a torta dentro do forno. — Neji se sentou, colocando água no copo, percebeu que o ritmo de Hinata desacelerou num instante, até ela parar de comer. — Já encheu? Achei que fosse ter que lutar por um pedacinho.

— Então vá pedir pra Tenten um pedaço. — ela se levantou irritada, empurrando a assadeira com torta pro lado. Saiu da cozinha, deixando um Hyuuga sem entender o que aconteceu.

Hanabi chegou no mesmo momento, na ponta dos pés, com as sapatilhas seguras na mão. Levou um susto ao se deparar com Neji.

— Neji-niisan. Algum problema? — disfarçou, escondendo as sapatilhas atrás do corpo, mas Neji não se interessava no que a prima fazia aquela hora da noite, ou melhor...

— Hanabi, já é meia noite, onde você estava.

— Em missão. — respondeu rápido.

— Vestindo yukata com decote?

— Era uma missão especial. Mas o que a nee-chan tem? Eu a vi correr para o quarto. — mudou de assunto, imaginando que algo aconteceu. Neji explicou o que teve que fazer para conseguir uma torta de figo, no fim, Hanabi estava sentada comendo da mesma torta. — Você não é muito esperto com as mulheres! Porque foi falar que a Tenten fez a torta?

— E que mal há nisso?

— Nenhum, mas Hinata esta sensível. Qualquer coisa a faz chorar. Eu pedi um laço emprestado e ela me acusou de tê-la chamado de feia. Não tem explicação. Definitivamente, eu não quero engravidar nunca.

— Eu não minto para Hinata, não vou começar agora.

— Não é mentir, é omitir certos fatos. Assim você evita desentendimentos desnecessários. Sabe, as vezes nós mulheres não suportamos certas coisas. Ainda mais em épocas específicas. Imagina uma grávida?

— Entendo... — Neji observava a prima, com quantos anos mesmo Hanabi estava? Continuou ouvindo os conselhos da mais nova, não acreditando naquilo.

Esperou mais meia hora, Hanabi estava realmente a fim de conversar. Não parou um minuto. Mas era até melhor, assim não pegaria Hinata muito brava, deveria estar mais calma.

Ele entrou no quarto, sem bater ou fazer qualquer barulho. Caminhou pelo tatame, visualizando o corpo de Hinata deitado no futon, ouvia um choro fraco, e a respiração dela agitada. Sentou-se ao lado, mexendo nos cabelos lisos, puxando devagar aquela mulher para seu colo, até que ela se aninhou no peito dele, abraçando-o.

— Desculpe. — Hinata pediu perdão várias vezes sem parar, sendo apertada cuidadosamente pelos braços de Neji. — Eu não sei o que me deu, me perdoa.

— Tudo bem, tudo bem. Não há o que perdoar. Eu entendo que deve estar se sentindo mais fragilizada e sensível. Não fique assim, eu já disse que vou cuidar de você e do nosso filho, nunca te abandonaria.

— Promete? Mesmo que eu fique enorme de gorda e feia?

— Você nunca ficará feia. — Alisou mais os cabelos dela, com um sorriso.

— Eu não sou mais daquela forma que você viu antes, do jeito que você gostou. Agora estou crescendo e crescendo. E ainda falta quatro meses.

— Tem razão.

— Tenho? — ela franziu a testa, fazendo bico, apertando as mãos no kimono branco de Neji.

— Você não esta mesmo como antes. — Faltava pouco para ouvir o choro, mas Neji foi mais rápido. — Está mais linda do que nunca. Esse peso extra que tanto te incomoda não me faz diferença. Olha como seus olhos estão mais vivos, — mexeu no rosto dela, beijando a ponta do nariz — Sem contar nos seus seios. — Sussurrou no ouvido de Hinata, puxando-a mais um pouco pro seu colo. — Estão mais lindos do que antes.

Hinata corou, enfim mostrando seu sorriso.

— E você gosta?

— Que homem não iria gostar de ter uma mulher como você em seu colo? — Desceu as mãos até a cintura dela, subindo somente a mão direita pela frente da yukata que ela vestia, abrindo-a com os dedos. — Você é uma mulher com medidas perfeitas.

A mão já estava por dentro da yukata, acariciando os seios de Hinata com cuidado. Iniciou os beijos pela orelha, descendo no pescoço. Livrando-se das roupas devagar. Deitou Hinata no futon, ouvindo os gemidos baixinhos dela.

Hinata murmurou, sentindo a língua molhada tomar sua pele, em toques circulares. Gemeu mais uma vez quando a boca de Neji alcançou os bicos rijos, sugando-os levemente.

Emaranhou os dedos nos longos fios negros, puxando-os nas vezes que Neji a sugava insaciável. Abriu as pernas, enlaçando-se no corpo em cima do seu.

Neji cuidava para que seu peso não recaísse sobre Hinata, Apoiando-se com uma mão sobre o futon. Deixou que ela ritmasse os movimentos, dando mais confiança aos seus desejos. Mas sem abster-se de senti-la da forma que desejava.

Deixou os seios, mesmo com protestos manhosos, percorrendo o restante do corpo. Parou diante a barriga que se fazia mais saliente, acariciou com cuidado, dando leves beijos. Roçando os lábios novamente na barriga de Hinata, não tão grande como ela dizia estar. Lembrando-se das tentativas frustradas de fazerem sexo, sem prejudicar o bebê.

Sentiu um movimento diferente na região onde estava com a boca, olhou para Hinata que também pareceu sentir. Obviamente, já que era no corpo dela.

— Mexeu. O que você falou aí? — ela perguntou, fazendo carinho no ventre.

— Nada demais, coisa nossa.

— Estão fazendo segredo pra mim?
Neji voltou a subir pelo corpo de Hinata, olhando-a de frente.

— Está parecendo uma gata, com tanta manha. Ou é ciumes por que o bebê me respondeu e não a você. — ele beijou os lábios dela, deitando ao lado, abraçando-a.

Hinata virou-se para Neji, puxando-o pelo pescoço.

— Nós nem começamos e a ideia da boca não é tão má. — Neji piscou, se divertindo em silêncio com as maçãs avermelhadas de Hinata. Gostava de ver que ainda havia nela aquela timidez cativante de antigamente.

— Você me deixa em brasas. Não só de vergonha.

Superou a velha timidez, subindo pelo corpo desnudo. Estava excitada demais para fingir que não entendeu o que ele dizia. Encaixando-se perfeitamente por cima dele, arranhando-o de leve com as unhas pequenas e bem aparadas, do peito até a virilha. Movendo-se com graça pra frente e para trás, sem deixar que fosse penetrada, testando-o, quando que vez ou outra quase deixava.

Afastou-se um pouco, tomando em suas mãos o membro ereto. Massageando lentamente, propositalmente, olhando-o sofrer mais um pouco. Depois de tanto tempo de castigo. Sabia que Neji merecia uma recompensa.

Curvou-se, substituindo as mãos delicadas pelos lábios doces, soprou um ar quente tocando a língua como desejava. Ouviu um gemido mais audível, e escorregou a boca para baixo até que tivesse todo o membro acolhido. Brincou mais com a língua antes que repetisse a mesma coisa de antes.

Ela já sentia o gosto de Neji tomar conta da sua boca, o jeito discreto dele gozar, segurando-se no futon, protegendo-a de sua força.

Hinata limpou os lábios, voltando a se sentar no colo de Neji. Ele ergueu o corpo, segurando-a, sem deixar que fugisse mais.

Em pouco tempo já estava dentro dela, levantando-a e fazendo descer com cuidado. Ouvindo agora os gemidos abafados por seus beijos. Deixando a boca explorar a pele, até os seios fartos. Sugando os bicos rijos, descendo as mãos pelas costas delicada, apertando o quadril contra o seu, fazendo ir mais fundo na mulher.

Hinata abraçou-o, querendo manter-se para sempre nos braços dele. Contraiu o corpo, desmanchando-se em seguida. Ficaram em silêncio, apenas ouvindo as batidas dos corações, a respiração descompassada.