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História Short Stories - Gentil


Escrita por: Yuikinho

Notas do Autor


Um conto sobre a primeira vez de uma garota, e a milésima de uma prostituta.

Capítulo 3 - Gentil


Fanfic / Fanfiction Short Stories - Gentil

   Tudo começou há algumas semanas, eu estava apenas trabalhando, de novo, como sempre, como eu faço todos os dias. No que eu trabalho? Eu sou prostituta, uma web-prostituta talvez? Muito difícil eu fazer programas presenciais, por que eu iria fazer presencial se eu já recebia meu dinheiro fazendo por mensagens e chamadas de vídeo? Mas nesse dia, alguém me ligou, e quando eu atendi, me surpreendi, não era um velho ou um mauricinho como as outras vezes, era uma garota, uma garota bem nova, acho que tinha o que, seus treze anos? Doze anos? Começamos a conversar, acho que ela só queria bater papo, não sei nem se ela sabia para que serve o aplicativo, conversamos um pouco e logo depois a chamada foi encerrada, acho que acabaram os diamantes dela, mas isso me rendeu oitocentos pontos. Ela deixou uma mensagem dizendo que colocaria mais diamantes amanhã para conversarmos mais, eu falei que tudo bem, que esperaria, aliás, que mal tem, eu estava ganhando com isso, e ela só queria bater papo. 

   Começamos a conversar todos os dias, todos os dias ela me ligava, todos os dias ficávamos em torno de cinco ou dez minutos em chamada, eu estava gostando daquilo, eu ganhava pontos apenas por conversar com uma garotinha, era incrível, ela estava me rendendo bons pontos, consequentemente, um bom dinheiro. Até que depois de uns dias, ela soltou um “por que você não vem me ver?”, me pegou de surpresa, a gente já era amigas, de tanto que conversávamos, isso eu sabia, mas não pensei que ela gostaria de me ver um dia, eu nem sabia de onde ela era, perguntei, afinal, perguntei de seus pais, se eles deixariam eu ir na casa deles, ela disse que eles deixavam ela receber amigas em casa, então ela perguntou minha idade, eu respondi “Dezessete, e você?”, ela me soltou um “Ah eu sou um pouco mais nova, mas idade não é nada né” e soltou uma risadinha, eu já estranhei, deu a entender que talvez, talvez, ela tivesse interesse em mim? Enfim, eu topei ir vê-la, mas, eu iria me aproveitar um pouco, falei a ela que não tinha dinheiro para ir, era longe, então ela disse que viria me buscar, eu disse que ela poderia me enviar o dinheiro e eu iria, mas ela disse que preferia vir buscar. Então ela disse viria me buscar de jatinho. Ela tinha um jatinho? Não acho que seja dela, talvez dos pais dela? Ela é rica? Agora sei da onde ela arranja tanto diamante para me ligar todos os dias, enfim, concordei.  

   Arrumei uma mochila, iria ficar cinco dias na casa dela, eu achei que viria só ela me buscar, mas ela apareceu com seu pai e uma amiga, era uma viagem até que curta, mas duraria toda madrugada, já que ela viria me buscar de noite, sentei no primeiro banco, enquanto a amiga dela sentou no meio d o pai dela nos últimos bancos, ela me deu uma coberta e foi se sentar com o pai dela, fiquei mexendo no celular, assim comecei a ouvir todos roncando, ela apareceu ao meu lado, pedindo para se sentar junto comigo, ela estava toda sorridente, usava aparelho, tinha um sorriso largo, também era mais alta do que eu achava, um cabelo liso castanho claro com uma franja de lado, fui para o banco do canto e abri a coberta para ela entrar, assim que ela se acomodou, não trocamos uma palavra, mas ela deitou a cabeça no meu ombro e ali ficou, o que eu iria fazer? Empurrar ela? Deixei-a ali, e ainda fiz um cafuné. Ficamos um tempo assim, até que a amiga dela chegou perto e disse que queria falar com ela, saiu da coberta e foi para os fundos com ela, sua amiga começou a cochichar, mas ainda assim eu conseguia ouvir. 

   — Por acaso você a conhece direito? Você sabe com o que ela trabalha? Ela não é gente boa. 

   — Claro que ela é gente boa, ela nem trabalha, ela só estuda, ela me contou. 

   — Você realmente não sabe? Ela é uma puta, garota! Ela é a droga de uma prostituta, é isso que você quer para a sua vida? — Ela quase ergueu seu tom de voz, mas continuou cochichando. 

   — Para de falar bobagem, que isso... Eu não vou te escutar falando esse tipo de coisa, ela é legal, okay? Ela é legal, e acabamos aqui. — Então ela voltou para o mesmo assento que eu estava, entrou para debaixo das cobertas e voltamos para a mesma posição, assim ficamos até o jato pousar. 

   Eu não tinha entendido por que a amiga dela tinha vindo junto, me buscar, mas quando chegamos eu peguei um pouco as ideias, pelo que consegui entender a amiga dela também era de longe e estava passando uns dias na casa dela. Sua casa era enorme, tinha dois andares e era muito extensa, com um grande jardim e um campo de futebol nos fundos, isso que eu chamo de casa. Ela me levou para um dos quartos de cima, disse que ficava ao lado do dela, e que eu poderia ir incomodá-la quando quisesse, se eu quisesse. Falei que tudo bem e me acomodei, mas me perguntava como eu iria arranjar tempo para trabalhar se eu iria ficar com ela o tempo todo, sobrou o horário da madrugada para trabalhar, quando eu estou sozinha e tenho tempo, eu iria ficar 5 dias, era uma quarta-feira quando eu fui, então só iria trabalhar escondido por três dias, já que os fins de semana são livres. O tempo passou rápido, eu estava trabalhando de madrugada por algumas horas e acordava perto do meio dia, então trabalhar de madrugada não atrapalhava meu sono, ainda bem, pois se atrapalhasse ia ser um desastre ter que explicar porque eu não estava dormindo direito. Já era meu terceiro dia ali, e encontrei outra pessoa no aplicativo, ele veio me perguntando quais são os preços, eu fui informando-o até que ele disse “então venha até a sala”, até a sala? Só então eu entrei no perfil dele e olhei bem a foto, era o pai dela. O pai dela queria que eu descesse as escadas para um programa. Eu desci, pois, pagando bem, que mal tem, não é? Esse é um dos meus lemas. Sai do quarto de fininho, sem fazer muito barulho, e o encontrei na sala, no sofá, mexendo no celular. Me sentei ao lado dele e ele pediu para eu reafirmar os preços, foi o que eu fiz, e tudo ocorreu muito rápido, eu nem estava pensando muito em tudo que estava acontecendo, caso contrário eu iria surtar. Começamos a nos beijar no sofá e uma coisa levou a outra, já que era o que ele queria, o que ele estava pagando por. Ele pedia para que eu gemesse mais alto, mas se eu fizesse isso as garotas iriam acordar, e eu não queria que nenhuma delas visse aquela situação, não mesmo, e foi exatamente o que aconteceu. Quando me dei conta de abrir os olhos, dou de cara com o olhar perplexo da garota na ponta da escada, empurrei o homem para trás e tentei me cobrir com as almofadas, ela fez um cara de desgosto e eu não pude dizer nada, não havia o que dizer, mas seu pai abriu a boca. 

   — Você é muito nova, realmente não sabia por que tinha que pagar para fazer chamadas? Ela nunca te disse nada, não é? Ela não vale nada, e agora você sabe disso. 

  Franzi as sobrancelhas para ele e a garota subiu as escadas, chamei-o de babaca e coloquei minhas roupas, subi atrás dela, que já estava trancada no quarto, bati na porta, dizendo que gostaria de me explicar, e pedi desculpas, mas ela não abriu. Fui para o meu quarto e esperei, não tinha o que fazer, acabei dormindo, e pensar que ainda haviam mais dois dias para ficar na casa, ia ser um inferno, pelo menos a amiga dela ainda não ficou sabendo, ou vai dizer “eu te avisei” na cara dela, e isso vai piorar as coisas, o dia seguinte foi lento, muito lento, demorou horrores para passar, não conversamos, fiquei zanzando pela casa a tarde toda, e quando ia onde ela estava, ela saia de lá. Já era noite, eu estava na sala no sofá, em um canto, enquanto ela e sua amiga estavam do outro lado da sala, no outro sofá, conversando, falei que iria dormir e ela me olhou de cima a baixo quando levantei, desviou o olhar e continuou conversando, me perguntei se o clima ficaria assim até eu ir embora, e como seria quando eles tivessem que me levar de volta, quando comecei a subir as escadas olhei de volta para o sofá e ela estava me olhando, dei um sorriso fraco e continuei a subir, fui para o quarto, mas não conseguia dormir, e já era fim de semana então não tinha nada para fazer mesmo, pois trabalhar não dava, mas se eu quisesse, até dava, mas eu não queria, horas se passaram com eu mexendo no celular, me distraindo, até que ouço a minha porta se abrir, admito que me assustei um pouco, mas quando vi sua silhueta percebi que não tinha porque temer. Falei oi, mas ela demorou um pouco para responder, fechou a porta atrás de si e não acendeu a luz. 

   — Se eu te pagar, você transa comigo também? — Falou ainda de pé, e eu não fazia ideia do que responder, ela estava mesmo propondo isto? Me levantei e me aproximei dela. 

   — Não acho que fazer você pagar seria justo. — Pus a mão em sua cintura e a beijei, seus lábios eram doces, doces como se tivesse passado um gloss de morango segundos atrás, a guiei até a cama sem descolar nossos lábios, estava tudo escuro, eu mal conseguia vê-la, mas passear minhas mãos pelo seu corpo era um jeito de enxergá-la.  

   Levei minhas mãos para de baixo de sua blusa, cheguei em seus seios e acariciei, eram pequenos, ainda não desenvolvidos, provavelmente, tirei sua blusa e fiz o mesmo com a minha, ambas estávamos sem sutiã, mas nada era visível naquela escuridão, mas eu podia sentir. Levei meus beijos até seu pescoço, e fui descendo, descendo até chegar em seus seios, sua barriga, até a borda de seu short, quando coloquei as mãos no sentido de puxar o short para baixo, eu parei para pensar que talvez fosse a primeira vez dela, e eu teria que ser gentil, então perguntei se eu poderia tirá-lo, ela assentiu, conforme ia puxando o short junto com a calcinha para baixo, ia distribuindo beijos pelas suas coxas, até que o tirei completamente, então ela se sentou na cama e pediu se poderia fazer o mesmo comigo, eu assenti, também. Deitei na cama e ela veio por cima, distribuindo beijos por todo meu corpo e fez a mesma coisa, fiquei por cima novamente e minha mão deslizava por sua coxa, até que decidi chegar até sua buceta, pude sentir que estava molhada, acariciei por alguns momentos até que pedi permissão para colocar um dedo, ela estava com os braços por cima de meus ombros apoiando suas mãos atrás de minha cabeça, segurando meus cabelos, chegou perto de meu ouvido e sussurrou para que eu fosse gentil, e assim eu seria, coloquei um dedo e ela soltou um gemido de leve, sua voz era bonita, e era mais bonita ainda quando gemia, seu gemido era suave como uma melodia, eu queria fazer ela gemer mais, mais alto, mais gostoso, comecei a beijar seu pescoço e deixar chupões leves enquanto meu dedo lá em baixo ficava pressionando a parede de cima de sua buceta, que ficava cada vez mais molhada, pedi permissão para por dois dedos depois de alguns momentos, ela deixou, e assim o fiz, seu gemido não foi contido, coloquei meu outro braço por tras de sua cintura a puxei para cima, fazendo-a ficar em meu colo, enquanto movimentava meus dedos dentro dela, eu queria que a luz estivesse ligada, para poder vê-la, naquela posição, naquele ângulo, suando, gemendo... Eu queria vê-la, mas senti-la era muito melhor. Como ela era mais alta do que eu, sentada no meu colo minha boca não alcançava seus lábios, mas encaixava em seu pescoço, onde eu deixei um chupão forte propositalmente, até que suas pernas começaram a tremer e ela deu seu último gemido, alto e claro. Tirei os dedos de dentro dela e os lambi, ela descansou com a cabeça no meu ombro e eu a deitei na cama assim como a havia tirado de lá, deitei-me ao seu lado e ela me abraçou. 

   — Obrigada... Por ser gentil. — Ela falou perto de meu ouvido, me deu um beijo na bochecha, levantou, vestiu suas roupas e então saiu do quarto. 

   Eu iria embora no dia seguinte, e não acho que depois daquilo o clima melhoraria, não consegui dormir, fiquei do mesmo jeito de antes, mexendo no celular e esperando o tempo passar, mas dormi depois de algumas horas, quando você fica no tédio por muito tempo, você dorme. 

   Me levaram para casa antes do almoço, e eu voltei a minha vida medíocre de web-prostituta, alguns dias se passaram e ela não falou mais comigo, seu perfil no aplicativo havia sido excluído, e aqui estou eu, achando que tudo não passou de um delírio coletivo. 


Notas Finais


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